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Capitulo1 - Termod
Capitulo1 - Termod
1 1
CAPÍTULO I
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1.1 - Introdução
máquinas frigoríficas, etc. Por isso, desde há muito tempo que um bom
entendimento dos princípios da termodinâmica tem sido uma parte essencial da
formação dos engenheiros.
1.3 - Propriedades
m ½m Propriedades
½m
V ½V ½V extensivas
T T T
P P P Propriedades
ρ ρ ρ intensivas
P P
3
2
2 4
1
1
V V
Figura 1.11 - Ciclos
(a) Um ciclo constituido por 2 transformações (b) Um ciclo constituido por 4 transformações
8 Termodinâmica I – cap. 1
1.7 - Pressão
1 Pa= 1 N.m-2
Sempre que não seja dito o contrário, o termo pressão refere-se a pressão
absoluta.
________________________________________________
Prel
-----------------------------------------------------Patm---------------------------------------------------------------------
Pvácuo Pabs
______________________________ Patm
Pabs
___________________________________Pabs=0___________________________________________
Manómetro
Fg = mg = ρ V g = ρ Α h g
∆ P = P1 - Patm = ρ g h (1.2)
Outros tipos de manómetros podem ser calibrados por comparação com aquele
que se acabou de descrever.
Barómetro
Patm = ρ g h (1.3)
1.8- Temperatura
Apesar de nos ser familiar o termo temperatura, como uma medida do grau de
aquecimento dum corpo, não é fácil dar uma definição exacta de temperatura. O
sentido do tacto permite-nos dizer se um dado corpo está a uma temperatura
superior, ou inferior, à temperatura de outro corpo mas não permite atribuir um
valor numérico a essa temperatura. Além disso, os nossos sentidos podem
enganar-nos. Por exemplo, se tocarmos num pedaço de metal e noutro de
madeira temos a sensação de que o metal está mais frio do que a madeira apesar
de os dois estarem à mesma temperatura. O facto dos valores de várias
propriedades dos corpos, designadas propriedades termométricas, mudarem
quando se altera a temperatura vai permitir avaliar com precisão esta
temperatura. Por exemplo, o funcionamento do conhecido termómetro de
mercúrio e vidro baseia-se na dilatação do mercúrio com a temperatura. Neste
caso a propriedade termométrica é o comprimento L duma coluna de mercúrio
contida num tubo capilar de vidro. Quando se calibram estes termómetros faz-se
corresponder a cada valor de L um valor numérico θ que é a temperatura.
Define-se desta maneira uma escala empírica de temperaturas. Noutros tipos de
termómetros a temperatura é determinada por várias outras propriedades
dependentes da temperatura como, por exemplo, a resistência eléctrica dum
condutor, a força electromotriz dum termopar, a pressão dum gás mantido a
volume constante, etc.
É sabido que, quando se põem em contacto dois corpos a temperaturas
diferentes, o corpo mais quente arrefece enquanto que o mais frio aquece devido
a uma transferência de calor do corpo quente para o corpo frio. Entretanto
observam-se variações em algumas das propriedades dos corpos que, ao fim de
algum tempo, cessam. Quando tal acontece diz-se que os dois corpos alcançaram
o equilíbrio térmico e que estão à mesma temperatura. A igualdade de
temperaturas é a única condição exigida para o equilíbrio térmico. O princípio
zero da termodinâmica afirma que:
Poderá parecer estranho que este facto, tão óbvio, seja considerado uma das leis
fundamentais da termodinâmica. Contudo, não pode deduzir-se de outras leis e a
sua importância deve-se à circunstância de servir de base à medida de
temperaturas. Se o terceiro corpo fôr um termómetro pode dizer-se que dois
corpos, mesmo que não estejam em contacto, estão em equilíbrio térmico se em
ambos fôr medida a mesma temperatura.
T = θºC + 273,15
T=bP
(equação da recta que passa pela origem dos eixos coordenados)
Como esta equação tem uma só constante (b) basta apenas um ponto fixo para a
determinar. O ponto fixo escolhido foi o ponto triplo da água, o estado em que
é possível coexistirem em equilíbrio as três fases da água (sólida, líquida e
vapor) à temperatura do qual se atribuiu o valor 273,16 K. Para obter a constante
b determina-se experimentalmente o valor da pressão P3 do gás no ponto triplo
da água:
273,16
b = T3/P3 =
P3
Uma vez conhecida a constante b para achar a temperatura de um dado meio
imerge-se o reservatório do termómetro nesse meio, espera-se que o equilíbrio
térmico entre o termómetro e o meio seja alcançado e, medindo nessa altura a
pressão P, pode determinar-se a temperatura T pela equação:
T = 273,16 (P/P3)v=const
Na realidade para os gases reais mantidos a volume constante a sua pressão não
é exactamente proporcional à temperatura absoluta (este seria o comportamento
do gás perfeito), por isso é necessário fazer correcções aos valores assim
determinados.
É desejável que haja uma escala de temperaturas que seja independente das
propriedades duma substância, ou grupo de substâncias. Essa escala é a escala
termodinâmica de temperatura, que mais tarde será definida à custa do
segundo princípio da termodinâmica e que, no sistema internacional de
unidades, é a escala Kelvin. Na definição desta escala utiliza-se, também, o
ponto triplo da água como ponto fixo. Pode-se provar que a escala
termodinâmica (Kelvin) e a escala absoluta do termómetro de gás perfeito
são coincidentes no intervalo de temperaturas que podem ser determinadas com
o termómetro de gás.
Termodinâmica I – cap. 1 15
∆T (K) = ∆θ (ºC)
Figura 1.20 – Comparação das escalas de temperatura
Analogamente:
∆T (R) = ∆θ (ºF)
Leitura recomendada:
ENUNCIADOS DE PROBLEMAS
Capítulo I
1.5 - O barómetro dum alpinista indicava 930 mbar no inicío duma escalada e
780 mbar no fim. Desprezando o efeito da altitude na aceleração da gravidade
determine a distância vertical que o alpinista subiu. Considere a densidade média
do ar 1,20 kg/m3 e g=9,8 m/s2.
R: 1275,5 m.