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Diferença entre a Constituição brasileira de 1967 e 1988

Através do Ato Institucional n°4, surge à constituição brasileira votada em 24 de janeiro de


1967 que buscou auxiliar o regime militar conseqüente da revolução de 1964. Com esta
constituição, o poder executivo sobrepôs o poder legislativo e judiciário proporcionando uma
hierarquia constitucional centralizadora. Conseqüentemente, a população brasileira da época
foi à vítima do poder autoritário do executivo.

O presidente Castelo Branco por meio do AI-4, convocou uma votação no Congresso Nacional
para a promulgação de uma nova constituição, pois a constituição de 1946 já havia recebido
tantas emendas que estava completamente descaracterizada. Surge à constituição de 1967
que representava majoritariamente os interesses da Ditadura Militar.

A sexta constituição do Brasil e quinta da República aumentaram significativamente a


influência do poder executivo sobre os outros poderes. As emendas constitucionais que eram
atribuições do poder legislativo passaram ao comando exclusivo do poder executivo, e os
demais seriam simplesmente espectadores das aprovações das novas medidas tomadas pelos
militares. De suas principais medidas, podemos destacar:

Concentração no Poder Executivo a maior parte do poder de decisão;

Confere somente ao Executivo o poder de legislar em matéria de segurança e orçamento;

Estabelece eleições indiretas para presidente, com mandato de cinco anos;

Tendência à centralização, embora pregue o federalismo;

Estabelece a pena de morte para crimes de segurança nacional;

Restringe ao trabalhador o direito de greve;

Ampliação da justiça Militar;

Abre espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento.

Embora a constituição de 1967 tenha sido elaborada amplamente para representar o interesse
de quem estava no poder, esta pode ser considerada uma carta constituinte semi-outorgada.
Pois o Congresso Nacional, transformado em Assembléia Nacional Constituinte e com os
membros da oposição afastados elaborou este documento sob pressão dos militares para
legalizar o regime militar. Nesse contexto, os militares poderiam exibir no cenário
internacional a imagem de um país de certo modo democrático, diferente da prática, que
realmente se tratava de uma ditadura.

Em 1969, a constituição de 1967 sofreu algumas alterações devido ao afastamento do


presidente Costa e Silva na época. A junta militar assumiu o poder e baixou a emenda Nº 1
juntamente com o Ato Institucional nº 5, o qual permitia o poder aos militares mesmo com a
presença do vice-presidente.

O AI-5 foi à expressão mais rígida da Ditadura Militar que vigorou até dezembro de 1978.
Definiu-se o momento mais duro do regime, concedendo poderes excessivos aos governantes,
os quais seriam os militares, para punir arbitrariamente quem fosse inimigo do regime ou
considerado como tal.

A constituição de 1967 vigorou durante o restante da Ditadura Militar como órgão máximo da
antidemocracia, substituída em 1988 depois do fim da Ditadura.

Com o fim do regime militar, surge a necessidade de uma nova carta, pois a constituição antiga
além de ter sido modificada várias vezes com os atos institucionais, também não representava
mais os anseios da nova sociedade que renascia.

Portanto, em 1º de fevereiro de 1987 instala-se a Assembléia Nacional Constituinte e no dia 5


de outubro de 1988 é promulgada a nova constituição também chamada de “Constituição
Cidadã”.

A nova constituição representa um avanço rumo à democracia, no qual a sociedade possui


maior participação, é estimulada a contribuir com novas propostas em diversos setores por
meio de associações ou sindicatos. Entre as suas modificações mais significativas foram:

Direito de voto para os analfabetos;

Voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos;

Redução do mandato do presidente de 5 para 4 anos;

Eleições em dois turnos (para os cargos de presidente, governadores e prefeitos de cidades


com mais de 200 mil habitantes);

Os direitos trabalhistas passaram a ser aplicados, além de aos trabalhadores urbanos e rurais,
também aos domésticos;

Direito a greve;

Liberdade sindical;

Diminuição da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais;

Licença maternidade de 120 dias (sendo atualmente discutida a ampliação).

Licença paternidade de 5 dias;

Abono de férias;

Décimo terceiro salário para os aposentados;

Seguro desemprego;

Férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário.

Diante das modificações propostas pela nova constituição, percebe-se que o governo de
quatro décadas atrás não chega nem perto da idéia de democracia. O resto da sociedade que
viveu durante a Ditadura Militar como: Caetano Veloso, Milton Nascimento e entre outros
confirmam que a democracia ainda está longe de ser alcançada, mas no período da Ditadura
Militar, esta palavra nem se ouvia.

REFERENCIAS

- BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Acessado em 14 de maio de -


2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_brasileira_de_1988

data: 14/05/2011 hora : 15:00

- http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/a-constituicao-1988.htm

data: 15/05/2011 hora: 15:30

- http://pdba.georgetown.edu/Constitutions/Brazil/brazil88.html

Fundação: Banco de Dados Políticos da América

Data: 16/05/2011 hora: 12: 30

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Censura_no_Brasil

Data: 16/05/2011 hora: 14:00

- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constitui%C3%A7ao67.htm

Data: 16/05/2011 hora: 16:30

- http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/constituicao-1967.htm

Data: 16/05/2011 HORA:17:30

- http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/constituicao-de-1967/

DATA: 14/05/2011 HORA 18:00

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