A ausência ou a quantidade acentuadamente inadequada do hormônio
insulina, que é produzido pelo pâncreas, é o fator causador da cetoacidose diabética conhecida pela sigla DKA (Diabetic Ketoacidosis). A produção deficitária desse hormônio atinge o metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios, causando distúrbios como: a hiperglicemia, a desidratação e perda de eletrólitos e também a acidose.
A ausência da insulina reduz a quantidade de glicoseque é absorvida
pelas células e ao mesmo tempo é aumentada a produção de glicose pelo fígado, gerando um excesso dos níveis de glicose no sangue, caracterizando a hiperglicemia. Os rins passam a excretar a glicose, água e eletrólitos, numa tentativa de livrar o corpo do excesso de glicose. Logo, essa eliminação de liquido (água), juntamente com eletrólitos, levam á uma desidratação.
Os pacientes com cetoacidose diabética grave chegam á perder 6,5
litros de água e de 400 á 500 mEq de sódio, potá ssio e cloreto diariamente.
A clivagem dos lipídios (lipólise) em ácidos graxos livres e glicerol é um
efeito da produção inadequada ou da ausência da insulina. Existe na DKA uma produção demasiada de corpos cetônicos, isso ocorre por causa da ausência ou da ineficiência na produção da insulina. O acúmulo dos co rpos cetônicos (que são ácidos) na circulação causa a acidose metabólica.
São três as principais causas da DKA: dose inadequada de insulina
(menor que a quantidade normal), doença e infecção e o di abetes não diagnosticado ou não tratado . A DKA pode ser um primórdio do diabetes.
Uma dosagem de insulina prescrita pelo médico ou administrada pelo
paciente numa quantidade insuficiente pode resultar no déficit desse hormônio. Pacientes doentes tendem á administrar a insulina de forma inadequada, um exemplo disso é quando os mesmos passam á injetá -las em doses menores ou menos frequentes simplesmente pelo fato de não estarem ingerindo a mesma quantidade de alimentos ou até mesmo vomitando, o que na verdad e nem sempre diminui a taxa de glicose no sangue , pois as infecções podem causar um aumento dessa taxa, sendo assim, ao contrário de diminuir, muitas vezes a dosagem de insulina deve ser aumentada. Outro erro cometido por alguns pacientes é a aplicação de forma inadequada da injeção de insulina (mais comum acontecer com pacientes com deficiência visual). Os problemas apresentados em aparelhos como a oclusão do equipamento da bomba de insulina e a negligência de alguns pacientes com o tratamento também representamalguns dos fatores que desencadeiam o déficit de insulina no organismo.