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Cromatografia Gasosa

Acadêmicos: Elaine Honoria


Rafael Castro
Thiago Cruz
José Ricardo
    Informações gerais A Cromatografia Gasosa (CG) é uma técnica
para separação e análise de misturas de substâncias voláteis. A amostra
é vaporizada e introduzida em um fluxo de um gás adequado
denominado de fase móvel ( FM) ou gás de arraste . Este fluxo de gás
com a amostra vaporizada passa por um tubo contendo a fase
estacionária FE (coluna cromatográfica), onde ocorre a separação da
mistura. A FE pode ser um sólido adsorvente (Cromatografia Gás-
Sólido) ou, mais comumente, um filme de um líquido pouco volátil,
suportado sobre um sólido inerte (Cromatografia Gás-Líquido com
Coluna Empacotada ou Recheada) ou sobre a própria parede do tubo
(Cromatografia Gasosa de Alta Resolução). Na cromatografia gás-
líquido (CGL), os dois fatores que governam a separação dos
constituintes de uma amostra são:
- a solubilidade na FE: quanto maior a solubilidade de um constituinte
na FE, mais lentamente ele caminha pela coluna.
- a volatilidade: quanto mais volátil a substância (ou, em outros termos,
quanto maior a pressão de vapor), maior a sua tendência de permanecer
vaporizada e mais rapidamente caminha pelo sistema.
As substâncias separadas saem da coluna
dissolvidas no gás de arraste e passam por um
detector; dispositivo que gera um sinal elétrico
proporcional à quantidade de material eluido. O
registro deste sinal em função do tempo é o
cromatograma, sendo que as substâncias
aparecem nele como picos com área
proporcional à sua massa, o que possibilita a
análise quantitativa
Detalhes do Equipamento
A amostra é transportada por uma corrente de gás através de uma
coluna empacotada com um sólido recoberta com uma película de
um líquido. Devido a sua simplicidade, sensibilidade e efetividade
para separar os componentes de misturas, a cromatografia de gás é
uma das ferramentas mais importantes em química. É amplamente
usada para análises quantitativos e qualitativos de espécies
químicas e para a determinar constantes termoquímicas tais como
calores de solução e vaporização, pressão de vapor e coeficientes
de atividade. A cromatografia de gás é também usada para
monitorar os processos industriais de forma automática: analisam-se
as correntes de gás periodicamente e realizam-se reações de forma
manual ou automática para compensar variações não desejadas.
1 - Reservatório de Gás
e Controles de Vazão /
Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador)
de Amostra.
3 - Coluna
Cromatográfica e Forno
da Coluna.
4 - Detector.
5 - Eletrônica de
Tratamento
(Amplificação) de Sinal.
6 - Registro de Sinal
(Registrador ou
Computador).
 
Muitas análises de rotina são realizadas rapidamente no
campo medicinal e outros. Por exemplo, por meio do uso
de apenas 0.1 centímetros cúbicos (0.003 onças) de
sangue, pode-se determinar as porcentagens de oxigênio
dissolvido, nitrogênio, dióxido de carbono e monóxido de
carbono. A cromatografia de gás é útil também na análise
de contaminantes do ar, álcool no sangue, óleos essenciais
e produtos alimentícios.
O método consiste primeiramente na introdução da mistura
de prova ou amostra em uma corrente de gás inerte,
normalmente hidrogênio, hélio, nitrogênio ou argônio, que
atuarão como gás de arrastre. As amostras líquidas
vaporizam-se antes da injeção no gás de arrastre. O fluxo
de gás passa pela coluna empacotada através da qual os
componentes da amostra se deslocam a velocidades
influenciadas pelo grau de interação de cada componente
com a fase estacionária não volátil. As substâncias que têm
a maior interação com a fase estacionária são retidas por
mais tempo e, por tanto, separadas daquelas de menor
interação. À medida que as substâncias eluem da coluna,
podem ser quantificadas por um detector e/ou tomadas para
outra análise.
Existem dois tipos de cromatografia de gás: cromatografia
Gás - Sólido (CGS) e cromatografia Gás - Líquida (CGL). A
cromatografia Gás - Sólida se baseia na base sólida
estacionária, na qual a retenção das substâncias
analisáveis é a conseqüência da absorção física. A
cromatografia Gas -Líquida é útil para separar íons ou
moléculas dissolvidas em um solvente. Se a solução de
amostra estiver em contato com um segundo sólido ou fase
líquida, os diferentes solutos interagem com a outra fase
em diferentes graus, devido a diferenças de adsorção,
intercâmbio de íons, partição, ou tamanho. Estas
diferenças permitem que os componentes da mistura se
separem usando estas diferenças para determinar o tempo
de retenção dos solutos através da coluna.
Gás de arrastre
A escolha do gás de arrastre depende do tipo de
detector que é utilizado e dos componentes a
determinar. Os gases de arrastre para cromatógrafos
devem ser de alta pureza e quimicamente inertes, por
exemplo, hélio (He), argônio (Ar), nitrogênio (N2) e
hidrogênio (H2). O sistema de gás arrastre pode conter
um filtro molecular para a remoção de água e outras
impurezas.
Sistema de injeção de amostra
Os sistemas de injeção mais comuns para a
introdução de amostras de gás em seringa.
Injeção direta com seringa
As amostras gasosas e líquidas podem ser injetadas com uma seringa.
Na forma mais simples a amostra é injetada primeiro em uma câmara
aquecida, onde se evapora antes de ser transferida para a coluna.
Quando são utilizadas colunas empacotadas, a primeira parte da
coluna, em geral, serve como câmara de injeção, aquecida
separadamente a uma temperatura adequada. Para colunas capilares
utiliza-se uma câmara de injeção separada onde somente uma
pequena parte da amostra vaporizada/ gasosa é transferida à coluna,
este método é conhecido como split-injectíon. Isto é necessário para
não sobrecarregar a coluna com volume de amostra.
Detector por ionização de chama
Um detector de ionização de chama (FID ou DIC)
consiste em uma chama de hidrogênio (H2)/ ar e um
prato coletor. O efluente passa da coluna do CG
através da chama, a qual divide em moléculas
orgânicas e produz íons. Os íons são recolhidos em um
eletrodo negativo e produzem um sinal elétrico. O FID é
extremamente sensível com uma faixa dinâmica
grande. Sua única desvantagem é que destrói a
amostra.
Os detectores por ionização de chama são usados para detectar
hidrocarbonetos (HC) como o metano (CH4), etano (C2H6), acetileno
(C2H2), etc.
A amostra a ser analisada mistura-se com hidrogênio (H2),
hidrogênio mais hélio (He) ou hidrogênio mais nitrogênio
(N2). Os íons e elétrons que se formaram na chama ficam
presos em um eletrodo coletor permitem que uma
corrente flua no circuito externo. A corrente é proporcional
aos íons formados, o que depende da concentração de
hidrocarbonetos nos gases e é detectada por um
eletrômetro e mostrado na saída análoga.
O FID oferece uma leitura rápida, precisa e
contínua da concentração total de HC para
níveis tão baixos como ppb.
O consumo crescente de produtos naturais, utilizados como
alimentos ou como medicamentos, trouxe-nos a preocupaçäo
de verificar a qualidade de alguns desses produtos. Essa
verificaçäo foi realizada por cromatografia em fase gasosa,
através de análise dos ácidos graxos de 60 amostras de óleo
de amêndoas, 33 de óleo de germe de trigo, 16 de óleo de
gergilim, 16 de óleo de alho, 14 de óleo de fígado de
bacalhau e 8 de óleo de semente de uva. No caso dos óleos
de germe de trigo e fígado de bacalhau foi também verificado,
por via espectrofotométrica, o teor de vitaminas E e A
respectivamente. Das amostras analisadas 79% dos óleos de
germe de trigo, 77% dos óleos de amêndoas, 6 (38%) das de
gergilim, e 2 (14%) das de fígado de bacalhau estavam
falsificadas. Todas as amostras de óleo de semente de uva
se apresentavam puras. Concluiu-se que a cromatografia em
fase gasosa é um método adequado para a verificaçäo da
pureza de todos os óleos analisados
Foram analisados comprimidos de Ecstasy
provenientes de sete diferentes lotes da droga
apreendidos em São Paulo, visando à pesquisa
de metilenodioxifenilalquilaminas. Em seis
amostras foi detectada a presença de 3, 4-
metilenodioximetanfetamina (MDMA), sendo
que numa delas foi encontrada também
cafeína. Apenas numa, foi identificada a 3, 4-
metilenodioxietilanfetamina (MDEA). A
cromatografia em fase gasosa com detector de
nitrogênio/fósforo (CG/DNP) e a espectrometria
de massas acoplada à cromatografia em fase
gasosa (CG/EM) foram utilizadas como técnica
de triagem e confirmação, respectivamente

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