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CONHECIMENTOS

BANCÁRIOS
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BLOCOS ECONÔMICOS
A expansão das empresas e criação das multinacionais é outro efeito significativo para o mundo
contemporâneo a partir da globalização. Dessa forma, empresas presentes em determinado país
passam a atuar em outras nações, gerando empregos e possibilidade de trocas comerciais entre
as regiões.
No entanto, também é preciso destacar o ponto de vista negativo desse novo cenário. Em
alguns casos, a presença de “empresas globais” em países subdesenvolvidos representa a exploração
destes, seja da mão de obra ou de matérias-primas locais.
A globalização também provocou a criação dos blocos econômicos: grupos de países que
se unem em prol do desenvolvimento e do crescimento de suas respectivas economias. A União
Europeia, o Mercosul e o Nafta são alguns dos blocos econômicos mais conhecidos.

ENCOLHIMENTO DO MUNDO
Com o desenvolvimento tecnológico, as distâncias foram “encurtadas”. Conforme mostra a
imagem abaixo, o tempo de locomoção foi acelerado ao longo dos anos, o que torna possível fácil
percorrer longas distâncias em menor tempo ao redor do mundo. Esta facilidade contribuiu para a
consolidação do processo de globalização.

SISTEMA FINANCEIRO MUNDIAL


Sistema financeiro global é o quadro mundial de acordos jurídicos, instituições e agentes
econômicos formais e informais que, em conjunto, facilitam os fluxos internacionais de capital
financeiro para fins de investimento e financiamento do comércio. Desde sua criação no final do
século XIX, durante a primeira onda moderna de globalização econômica, sua evolução é marcada
pelo estabelecimento de bancos centrais, tratados multilaterais e organizações intergovernamen-
tais visando melhorar a transparência, a regulamentação e a eficácia dos mercados internacionais.

ACORDO DE BASILÉIA I (1988)


O Acordo de Basileia (ou Basileia I), oficialmente denominado International Convergence of
Capital Measurement and Capital Standards, foi um acordo firmado em 1988, na cidade de Basileia
(Suíça), por iniciativa do Comitê de Basileia, ratificado por mais de 100 países. Esse acordo teve
como objetivo criar exigências mínimas de capital, que devem ser respeitadas por bancos comerciais
como precaução contra o risco de crédito.
Até Basileia I o requerimento de capital era baseado na fixação de índices máximos de ala-
vancagem. Bancos somente poderiam emprestar 12 vezes seu capital e reservas, ponderados pelo
risco de crédito. Infelizmente, mantiveram o erro inicial de 1935 – quando esses limites foram
primeiramente estabelecidos –, de não reajustar o capital e as reservas pela inflação do período.
Assim, uma inflação de 4% ao ano, multiplicado por 12, resulta numa queda de 48% do capital
emprestável de um banco.
Foi essa a causa da crise da Dívida Externa do Brasil em 1982, quando a inflação americana
atingiu 12%, obrigando os bancos a chamarem 144% de seus empréstimos de volta para poderem
cumprir com a legislação de 1935. Achando que a crise fora provocada por excessivo endividamento
do Brasil e demais países, surgiu a ideia dos acordos de Basileia I. A partir de então o requerimento
de capital passou a ser baseado em risco. Estabeleceu-se que os requerimentos mínimos de capital
deviam ser alinhados às expectativas de perda econômica de cada instituição.
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O acordo também previu os mecanismos de mensuração de risco de crédito e estabeleceu as


exigências de um padrão mínimo de capital. Desde então as medidas preconizadas foram sendo
progressivamente introduzidas por autoridades monetárias de diversos países.
Basileia I não conseguiu evitar inúmeras falências de instituições financeiras na década de 90.
Em 2004, o Comitê da Basileia lançou um novo documento em substituição ao acordo de 1988. O
Basileia II, como ficou conhecido, fixava-se em três pilares e em 25 princípios básicos sobre conta-
bilidade e supervisão bancária.

ÍNDICE MÍNIMO DE CAPITAL


O Basileia I determinou a obrigatoriedade de os bancos manterem depositados no mínimo 8%
do valor total de todos os empréstimos, a fim de gerar garantia para os depositantes.

CAPITAL REGULATÓRIO
O acordo ainda estabeleceu que cada instituição devia manter, em caixa, um montante de
capital próprio, a fim de mitigar os riscos.

AVALIAÇÃO DE RISCO
Com o acordo, os bancos e instituições financeiras passaram a ser avaliados de acordo com
os riscos de suas operações, tanto de empréstimos quanto financiamentos.
Tais medidas foram implementadas a fim de minimizar os riscos dessas transações e garantir
uma melhor segurança do sistema bancário, tendo em vista que essas instituições são grandes agen-
tes da economia mundial e que seus colapsos podem resultar em, por exemplo, crises econômicas.
Fonte - https://www.bis.org/

Fonte - https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/160048

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