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BENGUELA
DE
CONTABILIDADE BANCÁRIA
Consumo
Rendimento
disponível
Poupança
Liquidez imediata
Dinheiro
Poupança
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Agentes económicos: são todos os indivíduos, instituições ou conjunto de instituições
que, através das suas decisões e acções, tomadas racionalmente, intervêm num qualquer circuito
económico. Apesar de terem funções diferenciadas no circuito económico, de produção, de
consumo ou de investimento, estabelecem entre si relações económicas essenciais:
Estes três agentes, em conjunto com as instituições financeiras, fazem parte de uma
Economia Fechada. Contudo, e cada vez mais, deve considerar-se um quarto agente, o
Exterior, com os quais os restantes agentes económicos nacionais estabelecem, num quadro de
Economia Aberta.
Tanto para os romanos como para os gregos a profissão de comércio era considerado
algo desprezível, pois tais operações eram efectuadas por gente humilde, por escravos ou
estrangeiros prisioneiros ou escravizados. Roma, que era rica e senhora do mundo, quando lhe
faltou a fonte da qual era toda a sua riqueza, caíra em negra miséria. Esse estado de miséria a
que chegara a rainha do mundo, onde entretanto havia grandes tesouros de arte, atraíra a cobiça
de estrangeiros, que para ela afluíram com grandes capitais, empregando-os em diversas
especulações. Entre as que mais seduziram esses estrangeiros estavam o comércio e a indústria,
especialmente o comércio bancário. Foi assim que, segundo alguns historiadores se criara em
1157, ou em 1171 na opinião de outros, o primeiro banco – La Banca di Venezia – na cidade.
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dos clientes e, também, fazer empréstimos a juros. Essas operações não foram desenvolvidas
em série e nem em volume considerável, pois a rara poupança advinha dos proprietários de
terras, e a procura de crédito também era limitada devido ao raro efeito desenvolvimento
industrial e comercial. Tais atividades foram desenvolvidas pelos chamados TRAPEZISTAS na
Grécia, pelos ARGENTI em Roma, que acumulavam riquezas e se tornaram soberanos na
circulação do dinheiro, por dominarem as funções de troca, depósito e empréstimo de moedas.
Na idade média, com o florescimento do comércio, em função das feiras italianas, surgiram os
cambiatores. Inicialmente, apenas trocavam moedas, mas com a evolução das suas atividades
para além de crédito propriamente dito, passaram a ser chamadas de banqueiros, expressão que
surgiu no séc. XII e se manteve na história, até os nossos dias.
Em 1926 o BNU é substituído pelo Banco de Angola. Este banco deteve a exclusividade
do controlo da actividade financeira em Angola até em 1957 com o surgimento do Banco
Comercial de Angola que era estritamente de direito angolano. Desde esta data o Banco de
Angola para além de actuar como banco emissor das notas, também actuava como banco
comercial mas contando com a concorrência dos outros bancos tais como o Banco Comercial de
Angola, o Banco de Crédito Comercial e Industrial, o Banco Totta Standard de Angola, o
Banco Pinto & Sotto Mayor e o Banco Inter Unido.
Um ano mais tarde após a independência, através da Lei n.º 69/76, publicada no Diário
da República N.º 266 de 10 de Novembro de 1976, é criado o Banco Nacional de Angola
(BNA), que funcionava como Banco Central e Comercial, e no mesmo ano foi criado através da
Lei n.º 70/76 de 10 de Novembro o Banco Popular de Angola (BPA), um banco de direito
público que funcionava como banco comercial.
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criada com o objectivo de apoiar a expansão da capacidade produtiva dos sectores agrícola,
pecuária e piscatório). Posteriormente, estabeleceram-se sucursais de bancos estrangeiros,
nomeadamente, o Banco Totta e Açores (BTA), o Banco de Fomento Exterior (BFE) e o Banco
Português do Atlântico (BPA), e demais bancos.
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Automáticos (CA) da rede Multicaixa, permitindo aos seus utilizadores realizar levantamentos,
requisitar livros de cheques e efectuar consulta de saldos e de movimentos de conta.
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processo de criação de moeda tendo, por isso, a sua actividade muito regulamentada pelas
entidades que gerem a política monetária, que são os bancos centrais.
Bancos mistos – são instituições financeiras que desempenham funções idênticas aos
bancos comerciais, de investimentos e de desenvolvimento ao mesmo tempo.
Ainda no sistema bancário podemos encontrar para além dos bancos, também podemos
encontrar as instituições de micro créditos. Estas instituições não aceitam depósitos de clientes,
nem mesmo servem para efectuar transferências de meios monetários, no entanto, servem para
atribuir empréstimos de valores muito reduzidos principalmente para as famílias ou para
empresas unipessoais.
Os bancos são instituições financeiras que captam dinheiro das pessoas singulares ou
colectivas à uma determinada taxa de juro, com a intenção de aplicar os mesmos fundos à uma
taxa de juro mais elevada. Os bancos possuem três responsabilidades fundamentais,
nomeadamente as funções de financiamento, comercial e de assinatura.
Comercial: funcionam com os títulos tais como as letras (documento através do qual
uma entidade promete liquidar uma dívida dentro de um prazo mencionado na mesma),
livranças (é um título de crédito no qual uma entidade compromete-se a pagar a outra uma dada
quantia num determinado prazo, geralmente, este documento é uma parte integrante de um
crédito, que os bancos usam como garantia, caso o devedor não consiga reembolsar as
prestações do crédito) e títulos da dívida pública (documentos emitidos pelos governos com o
objectivo de financiar as despesas públicas).
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Assinatura: são garantias dadas pelo banco para assegurar o cumprimento de
promessas.
LIBOR – London Interbank Offered Rate: a LIBOR é a taxa de juro de referência diária,
calculada com base nas taxas de juro oferecidas para grandes empréstimos entre os bancos
internacionais que operam no mercado londrino.
LUIBOR – Luanda Interbank Offered Rate: a LUIBOR é uma taxa de juro baseada nas
taxas de juro das operações de cedência de liquidez, em moeda nacional, de fundos não
garantidos, realizadas entre bancos para a maturidade de 1 (um) dia (overnight), e pela
informação prestada pelos mesmos sobre as taxas de juro oferecidas e aceites para maturidades
de 30 (trinta) dias à 360 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
DEPÓSITOS A PRAZO: são aqueles que se caracterizam por terem data de reembolso
previamente definida. Não têm livre movimentação. Podem ter remuneração pré e pós-fixada,
quer dizer, que a remuneração do depósito pode ser conhecida no momento em que ele é feita
(prefixada) ou somente no futuro (pós-fixada).
2.3.1 Créditos por desembolso – são aqueles em que o banco disponibiliza ao cliente,
uma determinada quantia por um prazo definido e mediante o pagamento de juro. Neste tipo de
crédito podemos identificar três opções:
2.3.2 Créditos por assinatura – o banco garante, perante terceiros, o bom cumprimento
de uma obrigação do seu cliente. Neste tipo de crédito podemos identificar diversos tipos de
garantias:
Aval bancário – é uma garantia que apenas pode ser prestada em títulos
de crédito como letras e livranças (concretamente mediante a assinatura do avalista no
verso do documento), neste caso o avalista é o Banco. O aval bancário permite que, em
caso de incumprimento da letra ou da livrança por parte do devedor, o credor pode
efectuar exigências do pagamento da dívida ao avalista (Banco).
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