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INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE

BANCÁRIA

•Origem da Moeda;

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•Funções da Moeda;
•Origem do Comercio Bancário;
•Classificação dos Bancos;
•Legislação das instituições bancárias;
•Classificação das instituições financeiras

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ORIGEM DA MOEDA

 Muito embora não haja precisão absoluta, a unificação do


sistema de cunhagem da moeda é atribuída aos líbios, no século
VII, entre 687 à 650 A.C. Contudo, no terceiro milénio A.C. já
o ouro era tido como unidade de conta no Egipto e a prata na

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Mesopotâmia.

 A partir do século IX A.C. os chineses usavam o bronze como


meio de pagamento com diversas formas de inscrições
gravadas. Isto significa que, a moeda apareceu numa fase mais
evoluída da organização social.

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No ocidente, os povos que mais se notabilizaram na expansão da
moeda foram os gregos, os persas e romanos durante a Idade média
e época renascentista através do mediterrâneo, tornando-se num
objecto de investigação por parte de teólogos, de filósofos como
Platão e outros pensadores.

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A moeda sempre representou um instrumento poderoso de realização
dos anseios do ser humano devido às suas já conhecidas principais
funções:

 Instrumento de Troca;
 Meio de Pagamento ;
 Reserva de Valor ;
 Denominação Comum de Valores;
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- Instrumento de Troca
Toda peça monetária representa um direito sobre riquezas
existentes, permitindo ao seu portador adquirir certa quantidade
dessas riquezas, à sua escolha, até onde alcance o valor facial
indicado.

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 A introdução da moeda nas transacções comerciais dissociou a
anterior troca directa (uma só operação) em duas fases distintas:
a) Troca de bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por
moeda (operação de venda);
b) Troca de moeda por bens ou serviços produzidos pelo
indivíduo, por moeda (operação de compra).

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- Meio de Pagamento
Nas operações anteriormente descritas da troca indirecta, a moeda aparece
para satisfazer a necessidade de meio de pagamento.
• A moeda tem poder legal de liberar débitos. Sua aceitação é baseada
fundamentalmente nos factores confiança e hábito.

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- Reserva de Valor
• A moeda permite armazenar e conservar os valores para utilização
oportuna.
• Os motivos que levam qualquer indivíduo a reter a moeda são :
transacção, segurança, poupança.

- Denominação Comum de Valores ou unidade de conta


• A moeda como meio de troca, torna possível a indicação de todos os
preços numa só unidade, pela comparação dos valores relativos das
mercadorias; Permitindo contabilizar ou exprimir numericamente os 5
ativos e os passivos, os haveres e as dívidas.
O BANCO
São empresas que possuem capitais próprios e de terceiros
(depósitos) e que empregam esses recursos em diversas
espécies de operações peculiares ao comercio de dinheiro,
com o objectivo de lucro;

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O papel dos Bancos é o comercio de dinheiro por um dado preço
e aplica-los por preço maior (juros e descontos), donde a
diferença representa lucro bruto, com que se pagam as
despesas, resultando o lucro líquido, distribuindo em forma de
dividendo ou acumulando como reserva.

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ORIGEM DO COMERCIO BANCÁRIO
• A origem do comercio bancário é muito antiga. E a sua evolução
acompanhou a do comércio geral. Na Babilónia, já se praticava
a concessão de empréstimos e guarda de valores.

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• O nome actual universal dado a instituição “Banco” é de origem
latina, foram os romanos que o utilizavam nos seus dia a dia e
em italiano significa a mesa que cambistas utilizam para a
realização das suas operações monetárias. Importa referir que
nessa época a principal operação dos bancos consistia na troca
de moedas, captação de depósitos e concessão de empréstimos

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O desenvolvimento do sistema bancário através dos tempos
deveu-se, sobretudo a busca do lucro, os quais para além de
trabalharem os metais preciosos, também recebiam como
valores a guarda.
Importa anotar que este tipo de serviço era prestado aos viajantes

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e mercadores dessa época em troca de pequena taxa de serviço.

• O comércio Bancário – é uma actividade comercial que


consiste, essencialmente, em receber fundos em depósito (à
ordem ou a prazo), emprestar capitais aos que deles necessitam
(através de adiantamentos ou pelo desconto de títulos
comerciais), subscrever compromissos para facilitar as
transacções dos seus clientes (aceites bancários, fianças, etc.) e
acessoriamente, em:
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1 - Efectuar, por conta de outrem, pagamentos e todas as
transacções de capitais (operações de recebimentos, de
compensação, transferências, pagamentos, e.t.c.);

2 - Comprar e Vender:
- Moedas de ouro e prata ou notas (operações de cambio);

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- Cartas de câmbio e títulos à ordem;
- Títulos públicos;
- Acções de empresas industriais;

3 – Executar, de uma maneira geral, todas as operações


financeiras por conta da sua clientela depositante (subscrições,
guarda e conservação de títulos e outros valores, ordens de
bolsa, regularizações de títulos, recebimentos de cupões, gestão
de carteiras, informações financeiras, e.t.c.); 9
4- Fornecer aos seus clientes todas as informações e
esclarecimentos susceptíveis de os ajudar na sua actividade
(informações comerciais, documentação comercial,
prospecção e estudo de marcados e de fontes de
aprovisionamento, introdução junto de bancos estrangeiros,
e.t.c)

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CLASSIFICAÇÃO DOS BANCOS
Os Bancos podem classificar-se de acordo com os diversos
critérios:
• Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua
constituição;

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• Segundo a origem dos seus capitais;

• Segundo a natureza das operações que executam;

1- Segundo o papel desempenhado pelo Estado na sua


constituição:
Os Bancos públicos criados pela intervenção do Estado;
Os Bancos Privados constituídos pela iniciativa privada;
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2- Segundo a origem dos seus capitais podem distinguir-se:

I- Os Bancos emissores ou Bancos centrais – aqueles que obtêm


fundos pela emissão de notas que são postas em circulação em
virtude das seguintes operações:

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-Compra de ouro ao Balcão;
-Créditos concedidos ao comércio e à industria através de desconto
directo de letras comerciais;
-Empréstimos ao Estado;
-Empréstimos sobre títulos a comerciantes. A emissão de notas realiza-
se de diversas formas, consoante a intervenção do Estado ou não
neste domínio.
A emissão de notas pode também ser objecto de um monopólio de um
banco particular ou de um privilegio concedido a um numero12
limitado de estabelecimentos.
• II. os bancos comerciais, cujos recursos são
fundamentalmente representados por fundos que lhes são
confiados pela clientela.

• III. Os bancos de negócios, que trabalham principalmente

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com recursos próprios e com os de sindicatos associados.

• IV. os bancos mistos, que acumulam as características dos


bancos comerciais e dos bancos de negócios.

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3 . A natureza das operações executadas

Quanto a natureza das operações que executam, temos:


 Os bancos comerciais que executam as operações bancárias correntes:

-Recepção e transferência de capitais


-Aplicações de fundos

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-Empréstimos sobre títulos, etc
-Compra e venda de moedas e metais preciosos
-Operações de bolsa
-Guarda e conservação de títulos

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 Os bancos exteriores ( comercio externo )que se dedicam
sobretudo ao financiamento do comercio externo.

 Os bancos hipotecários, que são especializados em empréstimos e


garantias imobiliárias.

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 Os bancos agrícolas e industriais, que se encarregam de conceder a
agricultura e a industria o apoio financeiro de que necessitam
(créditos de campanha, compras de material, aprovisionamento de
‘’estocks’’, etc ).

 Os bancos populares que beneficiam de empréstimos do estado


para apoiar o pequeno e médio comercio e industria .

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LEGISLAÇÃO ECONÓMICA
MOÇAMBICANA
 No contexto da legislação económica do pais, importa estudar a lei nº
1/99 de 01 de Novembro, conhecida por lei das instituições de
credito. É esta que serve de base da classificação das instituições
financeiras inseridas na estrutura do sistema financeiro

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moçambicano.

 De conformidade com a lei em apreço, a constituição de instituições


de credito ( dependências correspondentes, sucursal); instituições
auxiliares de credito; instituições de intermediação financeira e
instituições especiais de credito na Republica de Moçambique,
depende de autorização do conselho de ministros, precedida de
parecer do banco de Moçambique. A constituição de instituições de
credito sob a forma de empresas publicas é determinada pelo
conselho de ministros.
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Do mesmo modo, e de sublinhar que a constituição de bancos
comerciais e de estabelecimentos especiais de credito só pode ser
concedida depois de observados alguns requisitos seguintes:

• A adoptar a forma de sociedade anónima de responsabilidade


limitada.

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• A sociedade requerente deve possuir um capital social não inferior
ao mínimo legalmente previsto, subscrito e realizado.

• O Conselho Administração ou Direcção da instituição deve ser


constituído por um mínimo de três membros.

• Os membros referidos anteriormente devem ser pessoas idóneas e


de reconhecida competência em matéria monetária e financeira,
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económica ou jurídica e de gestão.
No tange ao funcionamento de filiais, agencias e delegações, a sua abertura,
como o encerramento destas unidades organizacionais carece de
autorização especial previa do Banco de Moçambique. O pedido referente
as mesmas será acompanhado dos seguintes elementos:

• Tipo de operação a realizar;


Numero de trabalhadores nacionais a estrangeiros a empregar;

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Relativamente a apreciação do pedido, ter-se-á em conta o seguinte:


• A capacidade do requerente;

• O interesse para a economia local;

E tida como condição da autorização que a soma do capital e fundos de reserva


da instituição seja adequada a garantia das operações a efectuar pela
dependência.
Tudo isso leva-nos a concluir que não basta ter uma soma avultada de dinheiro
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para que nos sintamos a altura de abrir um banco ou uma sociedade!
Para alem destes requisitos legais e ainda de referir que a instituição
deve ter por objecto actividades permitidas por lei. Ao fazer
apreciação da necessidade e oportunidade da instituição, devera
ter-se em consideração os seguintes critérios:

• A adequação dos objectivos a politica económica do pais;

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• Idoneidade dos accionistas fundadores;

• Suficiência de meios técnicos e recursos financeiros em relação ao


tipo de operações que pretende realizar;
• Possibilidade de melhorar a diversidade ou a qualidade dos serviços
prestados ao publico e garantir a segurança que lhe forem confiados;

• Compatibilidade entre as perspectivas de desenvolvimento da


instituição e a manutenção de uma concorrência nos mercados em 19
que se propõe exercer a sua actividade.
CLASSIFICAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS
Como anteriormente foi referido, a classificação das instituições
financeiras/empresas financeiras em Moçambique assente numa
perspectiva legal a seguir indicada:
I.INSTITUIҪÕES DE CREDITO

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- Institutos de credito do estado;
- Casas bancárias;
- bancos comerciais;
-instituições especiais de credito:
- Bancos de investimento;
- Caixas económicas;
- Cooperativas de credito;

II.INSTITUIҪÕES AUXILIARES DE CREDITO


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- correctores de fundos e câmbios ;
- casas de cambio;
III.INSTITUIÇÕES DE INTERMEDIAҪÃO FINANCEIRA
Autoridades monetárias
As Autoridades Monetárias de Moçambique são:
 Ministério das finanças;

 Banco de Moçambique ( Banco Central ).

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Ministério das finanças
O Ministério das Finanças, simultaneamente , Órgão do Governo da
Republica e autoridade monetária nacional.

Na qualidade de Órgão do Governo da Republica, o Ministério das


finanças põe em prática as políticas económico-financeiras definidas
pelo governo, sendo ajudado pelo Banco de Moçambique.

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Enquanto autoridade monetária, este Órgão do Governo tem
por função, por exemplo, negociar acordos e financiamentos
externos, tendo como consultor o Banco Central e ainda
orientar a politica monetária a cambial.
Em resumo, as principais funções do ministério das finanças
são:

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 órgão do governo da Republica

 Autoridade monetária

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Banco de Moçambique
As principais funções do Banco de Moçambique( Banco Central) são:

Autoridade Monetária
Como autoridade monetária, define e executa a politica monetária e
cambial. Fá-lo através da orientação e controle das instituições do
sistema financeiro ,regulando assim, o mercado.

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A referida orientação e supervisão, consiste em;
 Estabelecer directivas de actuação das instituições;

 Fixar o regime das taxas de juro e outras formas de remuneração das


operações;
 Estabelecer condicionalismos as operações activas das instituições de
credito;

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Bancos dos Bancos
E chamado o banco dos bancos, porque:
 Os bancos depositam ai as suas reservas obrigatórias;

 Quando um banco tem dificuldades de tesouraria, pode recorrer ao


Banco Central: Diz-se que é prestamista de ultima instancia,
relativamente aos bancos.

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Consultor do Governo
Como consultor do Governo cabe ao Banco:
• Prestar informações e pareceres sobre questões de natureza
financeira e cambial;
• Aconselhar nas negociações sobre acordos e financiamentos
externos;
• Participar em reuniões “ad hoc” em matéria da política monetária,
financeira e cambial; 24
Emissão de moeda

• O Banco de Moçambique tem o exclusivo e a obrigação de


emissão de notas e de moeda divisionária em Moçambique;
• Banqueiro do Estado;
• No desempenho desta função, o Banco poderá conceder ao

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Estado, anualmente, crédito sem juros sob forma de conta
corrente, em moeda nacional, até ao montante máximo de 10%
das receitas ordinárias do Orçamento Geral do Estado
arrecadadas no penúltimo exercício económico.

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Autoridade Cambial

 O Banco de Moçambique mantém reservas em ouro, prata,


platina, direitos de saques especiais e divisas o que assegura a
solvência da moeda;
 Deste modo, sem autorização expressa do Banco de

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Moçambique e salvo disposição em contrário, não podem ser
efectuados quaisquer pagamentos externos;

Compete ao Banco, nomeadamente:


 Definir os princípios reguladores das operações sobre ouro e
divisas estrangeiras;
 Fixar os limites das disponibilidades em ouro e divisas a deter
pelas entidades autorizadas a exercer o comércio de câmbio;
 Autorizar a abertura de contas em moeda nacional por entidades
não residentes; 26
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 Obrigado pela atenção

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