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Material de Finanças e CP

NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Capitulo I – Breve Evolução do Dinheiro

Autor: João Manuel(1)

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Nesta unidade curricular em particular neste capitulo, vamos estudar sobre a evolução
histórica do dinheiro , moeda e o kwanza.

A unidade curricular denomina-se Finanças e contabilidade Pública, ela trata os aspectos


relacionados com Finanças pessoas (Educação Financeira), Finanças Empresariais, finanças
públicas e Contabilidade realizado pelas entidades publicas que é a contabilidade publica.

Este capítulo de forma particular vai apenas tratar da origem do dinheiro, visto que falar de
finanças estamos a falar de dinheiro.

1. CAPITULO: REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo abordamos questões relacionadas com dinheiro e moeda, no contexto geral e
nacional, também analisamos o papel-moeda angolano conhecido como kwanza, através de
pesquisas académicas por meio de varias obras desenvolvidas sobre a matéria.

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO, DINHEIRO, MOEDA E


EDUCAÇÃO FINANCEIRA

1.1.1 - Evolução do Sistema Financeiro Internacional

O sistema financeiro internacional é dos principais meio que permite garantir as relações
económicas e financeira entre os países. Por meio de algumas instituições que as compõe
como Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e outros, tornam possível esta conexão
entre diferentes estados. Vamos aqui analisar em síntese alguns períodos da evolução deste
Sistema.

Para Camargo (2009), Até os anos 1970, o sector financeiro eram extremamente regulados em
todas as economias de mercado. Esse sistema de regulação e supervisão, implantado nos anos
1930, após, portanto, vários dos efeitos da crise de 1929, visava prevenir a ocorrência de
crises sistémicas, diminuindo, assim, o risco de colapso dos sistemas de pagamentos baseados
no uso de depósitos à vista. Apesar de alguns episódios de instabilidade, a existência de tal
aparato de supervisão financeira garantiu a aderência a essas regras, bem como a estabilidade
do sistema financeiro por, no mínimo, cinco décadas. Entretanto, esse mesmo aparato foi
responsável por manter os sistemas financeiros essencialmente estagnados. (CAMARGO,
2009).

No caso do sector bancário, sujeito a regulação e supervisão mais rígidas devido ao temor de
riscos sistémicos, foram atenuados os incentivos às inovações financeiras e à concorrência –
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via preços ou via outro instrumento que aumentasse a contestabilidade dos mercados
bancários, estimulando a adopção de comportamentos inovadores (Carvalho, 2007. Citado por
Camargo)

A partir da década de 70, iniciou-se, em vários países do mundo, um processo de liberalização


e desregulamentação do sector de serviços financeiros. Gradualmente, foram sendo
eliminadas as restrições sobre operações financeiras, estabelecidas após a crise de 1929 e
durante o regime de Bretton Woods. A presença do Estado é diminuída e surgem inovações
tecnológicas e financeiras, como a securitização, os derivativos e as operações fora do
balanço. (CAMARGO, 2009).

Essas mudanças alteram a forma de actuação desse sector, principiando um acentuado


processo de consolidação do sector de serviços financeiros, por meio de fusões e aquisições –
envolvendo empresas bancárias de um mesmo país e também de países diferentes processo de
internacionalização das instituições financeiras de cada país também é considerado,
tradicionalmente, como acompanhando a transnacionalização das empresas do sector
produtivo desses mesmos países e a expansão do comércio internacional, intensificadas a
partir de 1980. Esses processos levaram a uma expansão da demanda por serviços financeiros
na esfera internacional (Strachman e Vasconcelos, 2001).

As crises de balanço de pagamentos dos países emergentes, no final dos anos 90, forneceram
argumentos para que o FMI aumentasse a pressão sobre os governos nacionais, a fim de que
estes aceitassem a presença dos bancos estrangeiros. A reestruturação e a modernização dos
sistemas bancários domésticos passaram a ser vistas como necessárias, e estas passavam pela
abertura de mercados aos bancos estrangeiros. (CAMARGO, 2009).

Segundo Camargo (2009), A maioria dos países emergentes, principalmente da América


Latina e da Europa, aceitou essa visão e, durante a década de 90, as limitações legais e
regulatórias foram sendo gradativamente relaxadas ou eliminadas. Dessa forma, alguns
bancos conseguiram expandir suas actuações, atingindo novos tipos de clientes e aumentando
sua escala de operações, por meio do aumento da participação de mercado em outros países.

Strachman e Vasconcelos (2001), citados por Camargo (2009) apontam algumas razões que
podem levar os países, principalmente os mais atrasados, a permitir e incentivar a entrada de
bancos estrangeiros no mercado nacional. Uma das razões é que os bancos estrangeiros
ampliariam a diversidade e qualidade dos produtos financeiros disponíveis no mercado,

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desenvolvendo habilidades e tecnologias para o sistema financeiro, já que os bancos nacionais
seriam incentivados pela concorrência a se aprimorar.

Por meio dos diversos bancos que começaram a surgir em outros países, o sistema financeiro
começou a expandir-se de forma gradual no mundo inteiro, facilitando assim as pessoas a
terem as diferentes moedas estrangeiras mais próximas de si. Este processo hoje tem ajudado
e diversas individualidades incluindo investidores estrangeiros a manter relações económicas.

1.1.2 - Sistema financeiro Angolano.

O sistema bancário angolano é o terceiro maior da África Sub - Sahariana, depois da África
do Sul e da Nigéria. Para Pereira (2015) O SEF foi o primeiro programa de (re) ajustamento
da economia e com ele teve início as primeiras reformas macroeconómicas. O SEF previa o
reforço do papel do mercado e da moeda, a descentralização do poder económico, o
redimensionamento do sector empresarial do Estado e a redução do défice orçamental.
(Rocha, 2011).

Para Pereira (2015), Com o SEF o governo parece ter uma significativa abertura económica e
começa a criar condições para uma recuperação da situação contínua de problemas de balança
de pagamentos e de uma economia desorganizada. Mais tarde, em Agosto de 1990 o governo
faz uma tentativa de reforma complementar do SEF, e cria o Programa de Acção de Governo.
(Rocha, 2011).

Em 1999, o Ministério das Finanças e o BNA, perante a situação económica no país,


procedem a elaboração de legislação orientada a prossecução do controlo monetário, a
redução dos custos de intermediação e o aumento da captação das poupanças. Como
resultado, o BNA criou o Mercado Cambial Interbancário, permitiu a flutuação da taxa de
câmbio do Kwanza, tirou as restrições à aquisição de moeda estrangeira para importações,
liberalizou as taxas de juro activas e passivas para os bancos comerciais e inseriu os chamados
Títulos do Banco Central, dando assim o primeiro passo para a criação de instrumentos de
controlo indirecto da política monetária. Ainda em 1999, o BNA autorizou os bancos
comerciais a concederem empréstimos em moeda estrangeira aos exportadores. (PEREIRA,
2015).

Para Pereira (2015) No mês de Abril de 1999, a Assembleia Nacional aprova a lei das
Instituições Financeiras (Lei nº 1/99, de 23 de Abril3 ), como instrumento base do sector
financeiro. Um ano mais tarde, a Lei nº1/2000, de 3 de Fevereiro, procede a abertura da

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actividade seguradora à iniciativa privada, até então exercida pela Empresa Nacional de
Seguros de Angola (ENSA). Com a mesma lei, a actividade seguradora e a mediação de
seguros é regulada pelo Instituto de Supervisão de Seguros (ISS) e tutelada pelo Ministério
das Finanças (cf. Art. 11º, LGAS). No que se refere aos mercados financeiros, verificou-se
um conjunto de acções com o objectivo da criação de um quadro legal específico para as
instituições financeiras. Neste domínio, a 18 de Março de 2005, através da publicação no
Diário da República do Decreto nº 9/05 do Conselho de Ministros foi criada a Comissão do
Mercado de Capitais (CMC).

Conforme Diário da República (2005), a CMC rege-se pela Lei dos Valores Mobiliários, pela
Lei das Instituições Financeiras, pelo seu estatuto Orgânico, bem como pelo ser Regulamento
Interno, e sujeita-se à tutela do Ministério das Finanças. Simultaneamente a harmonização do
sector financeiro nacional, esteve também em curso um conjunto de acções tendentes para a
abertura da Bolsa de Valores e Derivados de Angola (BVDA). As suas bases estão criadas,
mas a sua abertura ainda é condicionada por um conjunto de factores comerciais, empresariais
e jurídicos subjacentes ao país. (PEREIRA, 2015).

O sistema financeiro nacional, teve o seu crescimento e amadurecimento ao longo do tempo.


Instituições como Ministério das Finanças, Banco Nacional de Angola, são dos principais que
permitem o funcionamento do sistema nacional. As parcerias que as mesmas têm com
instituições como Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, permitem este vínculo
com outros países, garantindo desta forma a harmonização do Sistema Financeiro Nacional
com o sistema financeiro Internacional.

1.1.3 - Origem do dinheiro

Falar do dinheiro é falar de um bem muitíssimo valioso para as pessoas, a vida inteira as
pessoas vivem consumindo bens e serviços, e muito deles dependem do dinheiro para os ter.
É um bem precioso por isso, as pessoas em muitos casos estão dispostos a fazer diversos
sacrifícios para ter dinheiro, em muitos países do mundo, o dinheiro traz respeito e dignidade
ao próprio homem. Mas, nem sempre foi assim, havia um período longínquo da história
humana em que o dinheiro não fazia parte da vida do homem. Ao longo dos anos o homem
começou a sentir a necessidade de adquirir coisas que não o pertenciam e o meio de troca era
necessário.

Segundo weatherford (1970), No final do terceiro milénio a.C, as pessoas de mesopotâmia


começaram a usar lingotes de metais preciosos em troca de produtos. Tabletes de argilas da
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Mesopotâmia com escrita cuneiforme em 2500 a.C. mencionam o uso de prata como forma de
pagamento. As pessoas chamavam esses pesos padrões de ouro e prata de shekels ou talentos.
Depósitos inteiros de azeite, cerveja ou trigo poderiam ter seus valores transformados em uma
quantidade facilmente transportável de lingotes de ouro ou prata. (WEATHERFORD, 1970).

Para weatherford (1970), esse sistema provou-se eficiente para os mercadores acostumados a
transaccionar com carregamentos e grandes quantidades de um produto, para o ouro manteve-
se escasso e muito valioso para as pessoas comuns que queriam vender uma cesta de trigo ou
comprar um pouco de vinho. Essas pessoas não tinham acesso aos lingotes de ouro e prata.

Para Filho (2019) Génese/origem quer dizer conjunto de factos ou elementos que
contribuíram para produzir determinada coisa ou, ainda, origem e desenvolvimento dos seres
vivos. O primeiro conceito se adapta à génese do dinheiro. São vários os factores e os
elementos que contribuíram para a génese do dinheiro do modo como o conhecemos hoje. No
início, a troca de mercadorias era na forma natural e se chamava escambo, onde duas pessoas
com desejos contemporâneos permutavam entre si duas mercadorias distintas para fazer um
uso útil destas. Depois, tivemos o advento das mercadorias moedas, onde o gado e o sal foram
os mais importantes. O gado devido à produção do leite e seus derivados e o sal por ser raro
na época. Gado em latim é pecus, de onde vem a palavra pecúnia = dinheiro. (FILHO, 2019).

Segundo Mises define o dinheiro da seguinte forma:

O dinheiro é o meio de troca geral usado no mercado. O dinheiro,


meio de troca, é algo que os indivíduos escolhem para facilitar a troca
de mercadorias. O dinheiro é um fenómeno de mercado. O que isso
significa? Significa que o dinheiro se desenvolveu no mercado e que
seu desenvolvimento e funcionamento nada têm a ver com o governo,
com o estado ou com a violência exercida pelos governos. (MISES,
2019).

Há milhares de anos, os homens não precisavam de dinheiro, as poucas pessoas que existiam
moravam nas cavernas, cobriam seus corpos com pele de animais e comiam aquilo que
caçavam ou pescavam. Banco Central do Brasil (2002). Com o passar do tempo, essas
comunidades primitivas cresceram e as suas actividades económicas teve que aumentar, para
além da recolher aquilo que a natureza oferecia, passaram também a praticar a agricultura,
caça, pesca e muito mais.

Segundo Banco Central do Brasil (2002), quando as pessoas de uma comunidade precisavam
de um objecto que não produziam, iam a uma comunidade vizinha e faziam a troca por coisas

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que não existiam por lá. Assim foi criado o escambo (permuta) que é a troca de um objecto
para outro. O escambo (Permuta) foi a primeira forma de comércio.

A palavra dinheiro vem do latim denarius, nome dado a uma antiga moeda romana. Essa
palavra foi usada para denominar uma moeda de prata e cobre que circulava em Castilha, na
Espanha e depois foi utilizada para designar todas as moedas e todo o tipo de dinheiro, tal
como mostra a informação disponibilizada pelo Banco Central do Brasil (2002).

As primeiras formas de dinheiro conhecidas são os lingotes (ou barras de metal, que eram
usados na babilónia há uns 5.000 anos, tal como mostra a informação disponibilizada pelo
Banco Central do Brasil (2002).

Segundo Sandroni (2010), lembra que em inglês, o termo money conservou o sentido
específico de moeda até o final do século XX quando então foi generalizado o seu significado
como dinheiro.

Para Silva (2015), o dinheiro é a forma de constituição do activo, ou seja, pode ser formado
por notas (geralmente em forma de papel), por moedas (peça de metal), por cartões (plástico)
e digitais permitidos para circulação.

Para weatherford (1970), quando a tecnologia humana e a sua organização social se


desenvolveram ao ponto de usar quantidades padrões de ouro e prata nas trocas, o
aparecimento e o uso de pequenas moedas foi uma questão de muito pouco tempo. O salto
cultural e tecnológico das moedas primitivas constituiu a primeira revolução monetária da
história e, para vantagem do conhecimento numismático, aconteceu apenas uma vez.

Sobre a utilidade do dinheiro Mises (2019) diz o seguinte: O mercado desenvolveu o que é
chamado de troca indirecta. O homem que não conseguia o que queria no mercado por troca
directa, por escambo, pegou outra coisa, algo que era considerado mais facilmente negociável,
algo que ele esperava trocar depois pelo que realmente queria. O mercado, as pessoas no
mercado, as pessoas que organizam a divisão do trabalho e realizam o sistema em que um
homem produz sapatos e outro produz casacos, criaram o sistema em que casacos podem ser
trocados por sapatos, mas apenas praticamente por conta da diferença da importância e do
valor, pelo intermediário do dinheiro. Assim, o sistema de mercado tornou possível que as
pessoas que não conseguiam hoje o que precisavam, o que queriam comprar no mercado,
recebessem, em troca do que trouxeram para o comércio, um meio de troca - isso significa
algo que foi mais facilmente usado no mercado do que o que eles trouxeram para trocar. Com

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um meio de troca, os originadores da troca podem obter satisfação, finalmente, adquirindo as
coisas que eles próprios desejam consumir. (MISES, 2019).

Para Mises (2019), O dinheiro torna mais fácil para o indivíduo satisfazer suas necessidades
por meio de outras trocas. Em outras palavras, as pessoas primeiro trocam o que produziram,
por um meio de troca, algo que é mais facilmente trocável do que o que produziram; então,
por meio de trocas posteriores, eles podem adquirir as coisas que desejam consumir. E este é
o serviço que o dinheiro presta ao sistema económico. (MISES, 2019).

Para weatherford (1970), afirma que:

Ocorreu na Ásia ocidental onde hoje fica a Turquia e de lá espalhou-se


pelo mundo para tornar-se o sistema monetário global ancestral do
sistema no qual vivemos e trabalhamos hoje. O dinheiro não existe na
natureza e não existe versão ou análogo entre ele e quaisquer membros
do reino animal. O dinheiro assim como a linguagem é
exclusivamente humano. O dinheiro constituiu uma nova forma de
pensamento e acção que mudou totalmente o mundo.
(WEATHERFORD, 1970).

Somente agora, depois de aproximadamente 3 mil anos, o poder total do dinheiro está-se
tornando aparente nas questões humanas, à medida que suplanta e domina muitos dos laços
sociais tradicionais baseados na família, tribo, comunidade e nação. (WEATHERFORD,
1970).

Neste contexto, podemos dizer que o dinheiro veio para satisfazer as necessidades das pessoas
adquirindo o bem ou serviço que não possuem, por meio da troca, só que essa troca tinha que
ser com algo que lhe possibilitasse adquirir outro bem, desta forma o dinheiro foi ganhando a
sua utilidade no seio do homem, substituindo a permuta (que é a troca de diferentes
mercadorias), pelo dinheiro. Quando se tem o dinheiro pode-se adquirir o que quisesse, e
quem o recebia também poderia adquirir o que quisesse.

O dinheiro sempre fez parte da vida do homem desde a fase que o homem começou a sentir
necessidade de ter outras coisas que não o pertenciam. Portando, a acordo as varias
abordagem apresentadas por weatherford, Mises, filho e Silva que conceptualizam e
debruçam a origem do dinheiro, o que mais se enquadra com a realidade Angolana é a de
Mises que afirma que o dinheiro é o meio de troca geral usado no mercado. O dinheiro, meio
de troca, é algo que os indivíduos escolhem para facilitar a troca de mercadorias. Esta sim é a
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realidade de Angola porque vigorou muito em Angola a permuta que era a troca de diferentes
mercadorias.

O dinheiro surgiu para servir de ponte entre o que tem um bem que não precisa utilizar ou
consumir e aquele que necessita utilizar aquele bem. Este instrumento de troca é para garantir
que a outra pessoa consiga adquirir um bem do seu interesse e não sinta vazio que o bem lhe
trará.

1.1.4 - Origem da Moeda, breve evolução dos meios de troca.

Pesquisas arqueológicas indicam que as moedas surgiram há quase 4 mil anos (2500 a.C), o
que torna o dinheiro tão antigo quanto as pirâmides do Egipto. De acordo Rossetti (1997), As
primeiras moedas sugiram no século 7 a.C, no reino da Lídia, onde hoje fica a Turquia. Os
lídios inventaram a moeda moderna, com pesos, tamanho e valores diferentes. Cada pedaço
de metal tinha valor que correspondia a um determinado produto. Assim, o homem começou a
dividir e pensar o metal quando pretendia realizar um negócio. (ROSSETTI, 1997).

Conforme Rossetti (1997), o primeiro papel-moeda ou a primeira cédula foi utilizada na china
no século VII, a mais de mil anos.

Para Henriques (2013), Entre 640 e 630 a.C., é inventada a cunhagem: as moedas passam a
ser identificada por imagem gravadas em relevo, como as moedas de hoje. Ao cunhar e emitir
milhares de moedas, os lídios inventaram uma economia muito rica e forte, e fizeram fortuna
na antiguidade.

As primeiras moedas cunhadas em Roma foram feitas em 268 a.C., e chamava-se denário,
termo que é a origem da palavra dinheiro. O denário era feito de prata e servia como base do
sistema de moedas (sistema monetário) de Roma. Ele também era dedicado à deusa Juno
Moneta (palavras moeda e monetário) (HENRIQUES, 2013).

Para Massissa (2020), afirma que:

Apesar do dinheiro ter surgido pela primeira vez no reino da Lídia, a milhares
de anos, ele desapareceu com o fim do império Romano. E quando a idade
média chegou, com os servos que cultivavam os alimentos em imensas
propriedades de senhores feudais, a terra passou a ser a coisa mais valiosa. As
pessoas só produziam o que precisavam, e o escombo (a troca) tomou o lugar
do dinheiro. (MASSISSA, 2020).

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Nas sociedades modernas, o dinheiro é essencialmente um símbolo abstracção. As notas são
os tipos mais comum de dinheiro utilizado presentemente. No entanto, bens como o ouro e a
prata mantêm muitas das características essenciais de ser dinheiro. (MASSISSA, 2020).

Conforme Rossetti (1997), no princípio, quando a divisão do trabalho começou a ser


praticada, estruturaram-se os primeiros sistemas de trocas baseadas no escambo. O alto
numero de produtos disponíveis nos mercados dificultou a pratica rudimentar do escambo,
como a dificuldade de se estabelecerem relações justas de troca, ou de encontrar cujo os
desejos e personalidades coincidissem. Para Rossetti (1997), foi exactamente este o motivo de
se atribuir valor às mercadorias, surgindo assim, as moedas mercadorias, que deviam ser raras
(tendo mais valor) e atender uma necessidade geral.

Lopes (2002) ressalta que as moedas mercadoria não conseguem atender à todas as funções de
uma moeda, principalmente a de reserva de valor, dada a sua condição de baixa durabilidade,
indivisibilidade e difícil transporte.

Lopes (2002) evidencia que o transporte do ouro e da prata não era fácil, pois eram
carregados em sacos, junto com balança para pesa-los na compra ou na venda de mercadorias.

Complementarmente, Lopes (2002) ressalta que o transporte de moedas tornou-se


inconveniente, pois havia muito risco de roubo. por este motivo as moedas foram deixadas
com pessoas de confiança, pagando-se uma taxa para deixa-las guardadas. Essas pessoas
transformaram suas casas em lugares seguro se equipados e entregavam aos proprietários da
moeda um recibo (moeda - papel), com o qual pegariam suas moedas novamente. Essas foram
designadas casas de custódias.

Rossetti (1997) lembra também que as casas de custódias começaram a se aproveitar da


situação promovendo empréstimo para a população através dos recibos, porem desprovidos de
lastro metálico, ou seja, não tinha essa quantidade de moedas guardada para efectuar o
pagamento.

É interessante o papel de África na origem da moeda. Apesar de não ser muito mencionada a
nível nacional e internacional, a África participou de forma activa no processo que permitiu
ter a moeda como meio de troca. Segunda as abordagens supracitadas Lídia têm a hegemonia
na origem da moeda moderna. Os lídios inventaram a moeda moderna, com pesos, tamanho e
valores diferentes. O ouro, a prata são das moedas mais antigas e valiosas. Na minha visão
continuam a deter o valor muito forte no mercado financeiro internacional, porque com a

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prata ou ouro as pessoas conseguem adquirir grandes quantidades de dinheiro. Em parte
também por ser um bem raro e não muito fácil de encontrar.

1.1.5 – Evolução da Moeda em Angola.

Em Angola, o dinheiro também tem a sua história particular. Tudo começou na permuta ou
seja aquele período em que o dinheiro não se fazia presente nas nossas comunidades, as
pessoas praticavam a permuta que é a troca de diferentes mercadorias. As famílias faziam a
troca de diversos produtos para satisfazer as suas necessidades. Com o passar do tempo, no
Reino do Congo começou-se a utilizar o dinheiro que era denominado Nzimbo.

A federação do Congo foi um dos maiores e mais dinâmicos conjuntos de políticos do


continente. Uma analise minuciosa de fontes escritas e oras permitiram concluir que os
Bakongos que submeteram outros povos e fundaram o reino do Congo, encontravam-se
ao sul do grande rio Nzadi, na região entre o Atlântico e o kuango, com varias
chefaturas mais ou menos dependente. Ao norte do rio Zaire, na região do vungo, a
leste da actual província de Cabinda, existia uma chefatura dirigida por Nimi-a-Nzima.

Um filho deste, Nimi-a-Lukeni, motivado pela ambições de criar um estado ou reibo


maior do que de seu pai, ambicionou logo a região do rio Zaire, fácil de conquistar ,
dada a fragilidade de inúmeras chefaturas nelas existentes. A formação do reino do
Congo parece tomar corpo com a acção politico-militar do grupo conduzido por Nimi –
a-Lukeni muito antes do século XIII. Tal acção resultou na administração de um grande
território, com os seguintes limites geográficos: A norte limitado pelo rio Ogwé no
Gabão, a sul rio Kwanza, a este pelo rio kuango (Fluente do rio Zaire), a oeste banhado
pelo oceano Atlântico.

O reino do Congo foi o primeiro Estado Bantu a constituí-se na costa ocidental de África
e tinha como capital a cidade de Mbanza-Congo. Dentre as 6 províncias que tinha,
Mbamba era descrita como uma das maiores do Reino do Congo. A sua maior riqueza
era o controlo da rota comercial de Luanda. Pois, era na ilha de Luanda onde se
realizava a actividade de recolha de Búzios vulgo Mabangas (Nzimbo ou Zimbo). Depois
do processo concluído, o governador de Mbamba enviava os búzios para o tesouro real
em Mbanza-Congo.

O Nzimbo era o padrão, a moeda de maior valor no reino do Congo que eram as
mabangas recolhidas na ilha de Luanda, que era propriedade exclusiva do Mani-Congo.

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A ilha era a fonte principal do tesouro federal, pois com o Nzimbo dai retirado
comprava-se comprava-se tudo, incluindo ouro e prata. O monopólio da ilha de Luanda,
abastecedora do nzimbo e o seu controlo tinha sido retirado defectivamente ao rei em
1665 após a batalha de Ambuila.

Em Angola, antes do período colonial, utilizava-se colares formados por rodelas de conchas
de caracóis e outras conchas, furadas no centro enfiadas em fios de fibras têxteis, como
instrumento de troca (MASSISSA, 2020).

Todavia, apesar da variedade de conchas, foi o NZimbo, pequeno búzio cinzento, um dos
mais importantes e dos primeiros instrumentos de troca constituindo funcionalmente autentica
moeda local. (MASSISSA, 2020).

Para Massissa (2020), afirma que: O NZimbo ou lumache -, búzio do tamanho de um bago de
café, teve curso como moeda em quase toda a costa ocidental africana. Apareciam em toda a
costa de Angola, embora os mais belos fossem da ilha de Luanda. Dentre os mais valiosos era
de Cor Cinzenta. Pescavam-nos as mulheres, na contra costa da ilha, por altura da praia mar,
sendo até frequente algumas serem atacadas por tubarões e tintureiras.

Avançam pela agua alguns metros e, mergulhando, enchiam os seus cestos estreitos e
compridos, a que chamavam cofos. Em seguida retiravam os Nzimbos da areia escolhida, que
depois separavam, segundo o critério de classificação em puro, cascalho, e meão. Com o
passar do tempo o Nzimbo começou a ser desvalorizado, e, assim um cofo, que no tempo de
Mbemba a Nzinga, valia trinta e três cruzados, desce para dez mil reis em 1615. (MASSISSA,
2020). Porem, já em 1616 não valia mais do que três mil reis. A queda do valor do Nzimbo
deu lugar a predominância dos panos como moeda mais generalizada. Por outro lado, o sal, o
cobre, os panos, os escravos, o marfim eram também outros instrumentos de troca utilizados
na altura.

O Reino do Congo foi um dos maiores na África, as suas fontes históricas estão bem evidente,
com a elevação da sua capital Mbanza Congo no dia 08-07-2017 para património mundial das
humanidades. Neste reino era praticado o comércio com a moeda conhecida como Nzimbo
que era recolhido na ilha de Luanda, esta moeda era tão valiosa que comprava-se ouro e prata
com ela. Fica a Marca de Angola na história das moedas com destaque ao znimbo.

1.1.6 – Origem do Kwanza

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Ao falarmos do da história do kwanza, temos que primeiramente falar do escudo, por ser a
primeira moeda oficial em Angola. Escudo angolano foi a moeda oficial de Angola em dois
períodos. O primeiro foi de 1 de Janeiro de 1914, quando substituiu o real angolano até 1928,
quando a moeda foi substituída pelo Angolar, em consequência da fraude empreendida
por Artur Alves dos Reis, na razão de 5 escudos por 4 angolares, sendo tal substituição
limitada as cédulas circulantes em Angola com denominação em Escudos.

O segundo foi da reintrodução do Escudo em paridade com o Angolar em 1958 até o ano
de 1977, quando a moeda foi substituída em paridade pelo primeiro kwanza, em decorrência
da independência do país.

Fases do kwanza até os tempos actuais


Inicio Fim Moeda Subdivisão Equivalência
8 de Janeiro de 1977 24 de Kwanza (AOK) 100 lweis1 1 kwanza = 1 escudo
Setembro de 1990 angolano25 de
Setembro
25 de 30 de Junho de 1995 Novo kwanza Nenhum 1 novo kwanza = 1
Setembro de 1990 (AON kwanza
1 de Julho de 1995 30 de Kwanza Nenhum 1 kwanza reajustado =
Novembro de 1999 reajustado 1.000 novos kwanzas
(AOR)
1 de Presente Kwanza (AOA) 100 cêntimos 1 kwanza = 1.000.000
Dezembro de 1999 de kwanzas reajustados
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escudo_angolano-16-02-2024

A primeira unidade monetária nacional, denominada Kwanza (AOK), foi criada pela Lei nº
71-A/76 de 11 de Novembro (Lei da Moeda Nacional), em substituição do escudo colonial.
As primeiras cédulas foram emitidas em 1977 pelo Banco Nacional de Angola, iniciando-se a
troca da moeda em todo o território nacional, em que 1 Kwanza equivalia a 1 escudo
angolano. Foram emitidas notas de valor facial de Kz 1.000, Kz 500, Kz 100, Kz 50 e Kz 20,
para além de moedas metálicas no valor de Kz 10, Kz 5, Kz 2 e Kz 1 (sendo 100 Lwei = 1
Kz). (ABANC, 2019).

O Kwanza (símbolo:kz; código ISSO 4217:AOA, é a unidade monetária de Angola. desde


1977 circularam em Angola quatro moedas com o nome kwanza.

Segundo Abanc (2019), Em 1981, 1984 e 1986 foram adoptadas pequenas alterações, através
dos Decretos nº 7/81 de 28 de Janeiro e nº 27/86 de 13 de Dezembro, para garantir maior
segurança da moeda e combater as falsificações que foram introduzidas no mercado.
Quando o preço do petróleo caiu de 30 USD para 13 USD/barril em 1986, fez-se sentir mais
fortemente a sobrevalorização da moeda nacional, que tinha uma taxa de câmbio fixa de
13
30,214 Kwanzas por Dólar Americano. Para Abanc (2019), Em 1990, durante o período de
transição do modelo socialista de desenvolvimento para implementação de uma economia de
mercado, substituiu-se a moeda actual Kwanza pelo Novo Kwanza (AON), criado pela Lei nº
12/90 de 22 de Setembro, da Comissão Permanente da Assembleia do Povo.

Para esta nova moeda, as moedas metálicas da moeda anterior mantiveram-se e as cédulas
antigas do Kwanza, criadas pelos Decretos nº 7/81 de 28 de Janeiro e nº 27/86 de 13 de
Dezembro, foram sobre-impressas com os dizeres “NOVO KWANZA” para representar a
nova moeda, em que as notas de Nkz 1.000 e Nkz 500 aproveitavam as cédulas de igual
denominação do Kwanza, enquanto a nota de Nkz 5.000 circulou sob a forma da cédula de Kz
100 com os dizeres “5000 NOVOS KWANZAS”. (ABANC, 2019).

O processo de troca de moeda consistiu na troca de 5% do numerário entregue e no


congelamento de 95% depositado no Banco Central, com a promessa de emissão de títulos de
dívida pública, que só ocorreu dois anos depois com a publicação do Decreto nº 12/92 de 20
de Março.

A Lei nº 20/91 de 8 de Junho veio autorizar o Banco Central a emitir as notas criadas pela Lei
nº 12/90, colocando em circulação as notas de Nkz 5.000, Nkz 1.000, Nkz 500 e Nkz 100.
Estas notas e as notas sobre-impressas coexistiram até a publicação do Aviso nº 3/93 de 29 de
Janeiro, tornando as cédulas reimpressas nulas e sem valor liberatório. (ABANC, 2019).
O Governo procedeu à desvalorização do Novo Kwanza em 18 de Março, 18 de Novembro e
28 de Dezembro de 1991, e no final desse ano 1 Dólar Americano equivalia a 180 Novos
Kwanzas. A Lei nº 10/92 autorizava o Banco Nacional de Angola a emitir notas de valor
facial de NKz 10.000 e moedas metálicas de Nkz 100 e Nkz 50. Influenciado pela crescente
inflação, que conduziu à uma expansão monetária e à alta generalizada dos preços, foi
aprovada a Lei nº 7/93 de 2 de Julho, autorizando a emissão de notas de valor facial de Nkz
100.000 e Nkz 50.000. Nesta senda, a Lei nº 9/94 de 19 de Agosto introduziu a nota de Nkz
500.000. (ABANC, 2019).

A moeda nacional estava de tal modo desvalorizada, que em 2005 Nkz 500.000
correspondiam a 0,15 USD, o que motivou à criação de uma nova moeda, o Kwanza
Reajustado (AOR), através da Lei nº 4/95 de 1 de Julho, em que 1 KzR equivalia a 1.000 Nkz.
A Lei nº 5/95 de 1 de Julho autorizou a emissão de notas de KzR 10.000, KzR 5.000, KzR
1.000. Como a moeda continuava a ter um poder aquisitivo reduzido, recorreu-se à introdução
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de notas de maior valor facial, com a Lei nº 10/96 de 26 de Abril, pondo em circulação de
notas de KzR 5.000.000, KzR 1.000.000, KzR 500.000, KzR 100.000 e KzR 50.000.

Perante um cenário de níveis de inflação crescente atingindo os três dígitos, com escassez de
notas, em 1999 foi aprovado um pacote regulamentar que visava introduzir mais mecanismos
de controlo do mercado cambial e monetária, nomeadamente a liberalização das taxas de juro
e de câmbio e introdução dos Títulos do Banco Central.

De forma simplificar procedimentos contabilísticos e aumentar o poder de compra da moeda


nacional, introduziu-se novamente o Kwanza (AOA), com a Lei nº 11/99 de 12 de Novembro,
com a equivalência de 1 Kwanza = 1.000.000 Kwanzas Reajustados. As novas notas e moeda
do Kwanzas começaram a circular em Dezembro de 1999, conforme a caracterização na Lei
nº 12/99 de 12 de Novembro, com notas de Kz 100, Kz 50, Kz 10, Kz 5, Kz 1 e moedas de Kz
5, Kz 2 e Kz 1. O Kwanza Reajustado tornou-se nulo em 2000 através do Aviso nº4/00 de 31
de Março, sendo que o período de troca foi até 2005, por autorização do Banco Nacional de
Angola, dada a quantidade de notas em circulação. (ABANC, 2019).

Em Dezembro de 2003 foi publicada a Lei nº30/03 de 30 de Dezembro, que autorizou a


emissão de notas de maior valor facial, nomeadamente, Kz 10.000, Kz 5.000, Kz 2.000, Kz
1.000, Kz 500 e Kz 200. As notas de Kz 5.000 e de Kz 10.000 nunca chegaram a entrar em
circulação, apesar de ter sido autorizada a sua emissão. Mais recentemente, conforme a Lei nº
20/12 de 30 de Julho, o BNA colocou em circulação uma nova família do Kwanza, através
dos bancos comerciais e outros agentes económicos, destacando-se das notas da série de 1999
pela melhoria das características físicas e elementos de maior segurança, cumprindo com os
requisitos usados a nível internacional. As notas do Kwanza da família de 1999 continuarão
ser aceites como meio de pagamento até ao dia 31 de Dezembro de 2014, sendo que depois
desta data poderão ser ainda depositadas nos bancos comerciais até 30 de Junho de 2015.
(ABANC, 2019).
Nova família do kwanza. A lei nº07-20 de 30 de Março de 2020, divulgado no diário da
Republica de Angola, autoriza a entrada em vigor da nova família do kwanza. Esta nova
família do kwanza começou acircular ao publico em Geral,por meio do BNA no dia 30 de
Julho de 2020. O governador explicou que as novas notas entrarão em circulação de modo
progressivo a partir do dia 30 de Julho, com as cédulas de 200 Kwanzas (AKz). Em Setembro
a de 500 kwanzas, Outubro as de mil kwanzas, e em Novembro as de dois mil kwanzas.

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As notas de cinco mil kwanzas foram feitas ainda com o material actual - em algodão,
também conhecido como papel e estará disponível em Janeiro de 2021. Neste momento,
acresceu, apesar da provisão legal, não se antevê a entrada em circulação da denominação de
AKz 10 mil, a menos que se venha a mostrar absolutamente necessário. A entrada em
funcionamento será progressiva para permitir o conhecimento das suas características e
assegurar que estejam disponíveis e em todo território nacional. As novas notas conviverão
com a existente, em série de 2012, até 31 de Dezembro de 2021. O BNA publicará e dará
visibilidade ao calendário de retirada das notas mais antigas para manter as suas
características de segurança por período mais longo de tempo. As moedas metálicas actuais
permanecerão em circulação sem qualquer alteração.

Ao discursar na cerimónia de apresentação nova família do Kwanza, reiterou que as notas de


200, 500, 1000 e 2000 foram produzidas em polímero, que se assemelha ao plástico. De
acordo com o governador, no caso de Angola, a durabilidade é muito relevante, porque a
intensidade da utilização e manuseamento das notas, faz com que a sua vida útil seja reduzida,
elevando os custos de saneamento do meio circulante. Para além disso, acresceu, o facto de
nem todas as zonas do país existirem delegações do BNA ou balcões de bancos comerciais,
dificulta o controlo de qualidade e substituição atempada de notas em mau estado de
conservação. José Lima Massano explicou que com o polímero, temos não apenas a novidade
de notas em novo material, mas também a possibilidade de maior comodidade no seu uso e
poupanças financeiras na gestão da circulação monetária.

O escudo entra em vigor em 1914, posteriormente foi substituído pela então moeda que hoje
conhecemos como kwanza, que também teve as suas diversas fazes de 1977 até a nova serie
do kwanza divulgado 30 de Julho de 2020, que circula hoje no território nacional “ Republica
de Angola”. Com os seus altos e baixo, o kwanza até aqui é a moeda oficial de Angola, por
meio do qual realiza-se a compra de bens e serviços diversos no território nacional.

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No final deste capitulo o Estudante deve ser capaz de dizer o seguinte:
1. Noções do sistema financeiro
2. Origem do dinheiro
3. Escambo
4. Origem da moeda
5. Evolução do kwanza

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROCHA, M. (2011). “Estabilização, Reformas e Desenvolvimento em Angola”. (2ª ed.) Luanda:
Mayamba Editora.

MISES, Ludwing Von (2019), Sobre dinheiro e inflação. Vide Editorial;


WEATHERFORD, Jack (1970). A história do Dinheiro. Editora Campus;
CAMARGO, PO. A evolução recente do setor bancário no Brasil [online]. São Paulo: Editora UNESP;
São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 322 p. ISBN 978-85-7983-039-6. Available from SciELO Books

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