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E
UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
leitura complementar da
disciplina de Direito
Economia, Administração e
Ciências Contábeis
Sumário
RESUMO ...........................................................................................................................................ii
ABSTRACT .......................................................................................................................................ii
AGRADECIMENTO .........................................................................................................................ii
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
2- A POLÍTICA ECONÓMICA....................................................................................................... 3
2.1 – Política Monetária .............................................................................................................. 3
2.2 – Síntese da História Económica de Angola .................................................................... 5
3 – O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO ........................................................................... 11
4- O BANCO NACIONAL DE ANGOLA ................................................................................... 16
4.1 – Competência do BNA ..................................................................................................... 16
4.2 – Metodologia de Supervisão ........................................................................................... 17
4.3 - Sistema de Pagamentos de Angola .............................................................................. 18
5- O CRÉDITO E O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO.................................................... 20
5.1 – Conceitos .......................................................................................................................... 20
5.2 – Crédito e Desenvolvimento Económico ....................................................................... 22
5.3 – Constrangimentos na expansão do crédito ................................................................. 24
5.4 – Potencialização do acesso ao sistema bancário ........................................................ 26
5.5 - Garantia do acesso à formação financeira................................................................... 27
5.6 - Reforço da capacidade dos bancos para a concessão e gestão de crédito........... 28
5.7 – Fomento da oferta e melhoria das condições de financiamento ............................. 29
5.8 – Melhoria da informação disponível para a avaliação de risco.................................. 30
5.9 – Enquadramento legal positivo ao crédito..................................................................... 30
6- A GLOBALIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO ............................................................. 32
7- CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 35
8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 37
8.1 – Livos, documentos e revistas ........................................................................................ 37
8.2 - Legislação.......................................................................................................................... 38
8.3 – Sites Consultados............................................................................................................ 38
i
RESUMO
O Sistema Financeiro Angolano, dá passos para a sua modernização, sendo
evidente o crescimento do número de instituições a operar no país, da rede de agências e
a sofisticação de produtos, serviços e operações. Uma das principais actividade dos
bancos é realizar operações de crédito com o montante dos depósitos. Há uma relação
directa entre o volume de crédito, os investimentos e o consumo, com fortes reflexos no
PIB. O presente trabalho pretendeu demonstrar a estrutura do Sistema Financeiro de
Angola e os impactos na economia.
ABSTRACT
The Angolan Financial System takes steps to modernize it, with an evident increase
in the number of institutions operating in the country, the branch network and the
sophistication of products, services and operations. One of the main activities of banks is
to carry out credit operations with the amount of deposits. There is a direct relationship
between the volume of credit, investments and consumption, with strong reflections on
GDP. This paper aimed to demonstrate the structure of the Angolan Financial System and
the impacts on the economy.
AGRADECIMENTO
Agradeço e dedico o presente trabalho aos estudantes da Universidade Lueji A’ Nkonde,
que ao me pedirem orientações sobre o tema, me incentivaram a organizar a investigação
e tornar realidade o conteúdo que se segue.
ii
O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
1- INTRODUÇÃO
Em relação à origem dos bancos, desde que o homem existe como um ser social
que trabalha e adquire alimentos e bens para sobreviver, houve trocas destes últimos ou
de moedas, segundo corresponde-se em época. Entretanto, não foi no século XV que
fundou-se o primeiro banco, e sim em 1406, em Genova, Itália, batizado o Banco Di San
Giorgio. Vale destacar que os antigos impérios europeus contavam com moedas de
circulação elaboradas fundamentalmente em metais nobres, mas o papel moeda como
hoje conhecemos, é um dos inventos asiáticos mais conhecidos do Ocidente, após as
viagens de Marco Polo à China de tempos mongois.
agentes privados. Há então leis, decretos e outros actos normativos aplicáveis a cada
mercado ou ramo de actividade, inclusive, e principalmente sobre o Sistema Financeiro.
2
O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
2- A POLÍTICA ECONÓMICA
As correntes económicas modernas, abordam pela não intervenção do estado em
nenhum aspecto, embora esta seja necessária para manter um equilíbrio, ou para
conseguir obter certos resultados, como por exemplo, alavancar alguns sectores
económicos ou desestimular outros sectores. Esta intervenção realiza-se através da
Política Económica.
Portanto, o conjunto de medidas tomadas por um governo para actuar e influir sobre
os mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços é denominado
Política Económica. Essas medidas obedecem também a critérios de ordem política e
social - à medida que determinam, por exemplo, quais segmentos da sociedade se
beneficiarão com as diretrizes económicas implementadas pelo Estado.
A Política Económica norteia-se pela Ordem Económica, que por sua vez, é o
tratamento jurídico disciplinado pela Constituição para a condução da vida económica de
uma nação, limitado e delineado pelas formas estabelecidas na própria Lei Maior para
legitimar a intervenção do Estado no domínio privado económico.
1
Artigo 89º/1/a da CRA.
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O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
Quando um governo atua para controlar a quantidade de moeda que circula em seu
país, os níveis de crédito, as taxas de juros e a liquidez da economia, estas são acções de
uma política monetária em âmbito nacional.
A política monetária visa defender o poder de compra de uma moeda, sendo ela
expansionista ou restritiva. Na política restritiva, o dinheiro em circulação é diminuído ou
estabilizado para desaquecer a economia e manter os preços de mercado.
A política monetária pode ser aplicada através dos seguintes instrumentos básicos:
estruturas das taxas de juros; controlo dos movimentos do capital internacional; controlo
sobre os termos de compra e venda a prestação e controlos gerais ou seletivos sobre o
crédito concedido por bancos e outras instituições financeiras sobre as emissões de
capitais.
2
Registo do todas as transações de carácter económico e financeiro realizadas por residentes de um país com
os residentes dos demais países.
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fixado pelo Banco Central. Os bancos podem, por necessidade do próprio negócio, ter
reservas adicionais, cujo volume varia em função das condições de mercado.
Uma das funções do Banco Central é ser banco dos bancos, e uma das maneiras
que o Banco Central empresta dinheiro ao sistema bancário é através do redesconto. O
funcionamento do mercado de reservas bancárias depende do tipo de política de
redesconto adoptado pelo Banco Central. No sistema de política de redesconto em que o
Banco Central estabelece que o custo de redesconto é igual à taxa de juros de mercado
mais um percentual adicional, a taxa de redesconto é punitiva. Neste sistema um banco
somente usará a alternativa do redesconto em última instância.
3
Artigo 100º da CRA
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O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
(Lei n.º 70/76), tendo em seu lugar sido constituídos o Banco Nacional de Angola e o Banco
Popular de Angola, respectivamente.
Refira-se que antes deste acto formal, na realidade, a actividade bancária era
conduzida já por uma Comissão Coordenadora da actividade bancária, criada em 14 de
Agosto de 1975, meses antes da independência nacional, no acto que se designou por
“Tomada da Banca” e que tinha como função a direcção e coordenação das instituições de
crédito que na circunstância viram os seus órgãos sociais suspensos. Por aquela altura,
operavam em Angola, para além do Banco de Angola, que era o banco emissor e
comercial, cinco bancos comerciais, a saber, Banco Comercial de Angola (BCA), Banco de
Crédito Comercial e Industrial (BCCI), Banco Totta Standard de Angola (BTSA), Banco
Pinto & Sotto Mayor (BPSM) e o Banco Inter Unido, bem como quatro estabelecimentos
especiais de crédito, concretamente, Instituto de Crédito de Angola (ICRA), Banco de
Fomento Nacional (BFN), Caixa de Crédito Agro-Pecuário e o Montepio de Angola.
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Em 1999, entrou em vigor a nova Lei das Instituições Financeiras, Lei nº 1/99, de
23 de Abril (revoga a Lei nº 5/97), que passou a regular a actividade das instituições
financeiras e atribuiu maiores poderes ao Banco Central. Também foi publicado o primeiro
pacote de medidas cambiais e prudenciais, que deu início ao processo de liberalização
cambial, entre outras medidas. Nesse mesmo ano, a Caixa Agro-Pecuária foi extinta e
liquidada, sob a supervisão do BNA.
Sendo 2003 o segundo ano vivido em paz, o Governo, numa tentativa de incentivar
a recuperação do sector não petrolífero da economia, priorizou as questões de
estabilização macroeconómica e reabilitação das infra-estruturas básicas. Nesta senda, o
BNA, como Banco Central, juntamente com o Ministério das Finanças, adoptou uma
política restritiva com vista a contenção da deterioração do quadro macroeconómico,
reflectida no segundo pacote de medidas prudenciais aprovado em Fevereiro daquele ano.
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Desde o último trimestre de 2013, o BNA autorizou seis novos bancos a iniciar a
sua actividade no mercado nacional, nomeadamente, Standard Chartered Bank de Angola
(SCBA), o Banco de Poupança e Promoção Habitacional (BPPH), Banco Pungo Andongo
(BPAN), Banco de Investimento Rural (BIR), Banco Prestígio (BPG), Banco Yetu (YETU),
Credisul - Banco de Crédito do Sul (BCS), o Ecobank de Angola (ECO), o Banco Postal
(BPT) e o Banco da China Limitada - Sucursal em Luanda (BOCLB).
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O quadro actual do sistema financeiro angolano, aprovado pela Lei n.º 12/15, de 17
de Junho, enquadra as instituições financeiras em dois tipos: as instituições financeiras
bancárias, que são os bancos em geral, e as instituições financeiras não bancárias.
Instituições Bancárias;
Casas de Câmbio;
Sociedades Cooperativas de Crédito;
Sociedades de Cessão Financeira;
Sociedades de Locação Financeira;
Sociedades Mediadoras dos Mercados Monetário e de Câmbios;
Sociedades de Microcrédito;
Sociedades Prestadoras de Serviços de Pagamento;
Sociedades Operadoras de Sistemas de Pagamentos, Compensação ou
Câmara de Compensação, nos termos da Lei do Sistema de Pagamentos
de Angola;
Outras sociedades que sejam como tal qualificadas por lei.
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BNA
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Lei nº 16/10 de 17 de Julho
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A supervisão indirecta (análise à distância) é feita no Banco Central, com base nas
informações prestadas pelas instituições financeiras e visa:
Cheques
Transferências a Crédito (electronicamente ou por ordens de saque e
documentos de crédito)
Cartões de Pagamento
Multicaixa (MCX)
Sistema de Transferências a Crédito (STC)
Débitos Directos (SDD)
Telecompensação de Cheques (SCC)
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5.1 – Conceitos
Crédito é um termo que traduz confiança, e deriva da expressão “crer”, acreditar em
algo, ou alguém. O crédito, no sentindo financeiro, significa dispor recursos financeiros para
fazer frente a despesas ou investimentos, ou seja, financiar a compra de bens, sejam eles
materiais ou não.
O crédito bancário é uma operação pela qual uma entidade bancária disponibiliza
um determinado montante a um cliente, a pedido deste, que fica obrigado a liquidar o
mesmo em quantias e datas previamente acordadas, com os respetivos juros e comissões.
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O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
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PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e
serviços finais produzidos no pais, durante um determinado período.
7
PIB 2016 = 89.63 billion USD. Fonte: Trading Economics, https://tradingeconomics.com/
Créditos concedidos em dez/2016 = 3.619,890 Mil Milhões de Kwanzas = 20,35 billion USD, Fonte: BNA
Estatísticas Monetárias, www.bna.ao
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O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
economia mais robusta, onde o valor total de recursos disponíveis para crédito supera, com
frequência, 100% do PIB. Isso ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos, Japão e União
Europeia.
Considerando-se, ainda, que uma das principais actividade dos bancos é realizar
operações de crédito, justamente com o montante captado ou seja, os depósitos,
observamos no gráfico adiante que historicamente em Angola esta relação jamais
ultrapassou o limite próximo dos 70%, sendo que a oferta de crédito sofreu um declinio nos
anos 2016/2017.
Tendo em vista que parte do PIB é função do consumo das famílias, um maior
volume de crédito destinado às pessoas singulares, tenderá a elevar o poder de compra
da população, propiciando um impacto indirecto sobre o crescimento económico do país,
já que deverá incentivar o aumento dos gastos das famílias.
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O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
Vale lembrar também que o crescimento do PIB significa que outras variáveis
também podem ter melhorado, por exemplo, o emprego. À medida que empresários
passam a investir mais na produção, passa a haver também uma necessidade maior de
mão-de-obra, espaço físico ou mesmo maquinário. Note que à medida que aumenta o
número de pessoas empregadas na economia, estas também passarão a consumir mais
e, portanto, a incentivar ainda mais a produção.
Na Tabela adiante pode-se ver claramente uma expansão linear do crédito até o
ano 2015 e uma estagnação em 2016 e no presente ano corrente.
Repartição do Crédito por Ramo de Actividade Dez/2011 Dez/2012 Dez/2013 Dez/2014 Dez/2015 Dez/2016 Jul/2017
A - Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura. 35.231 74.348 81.403 131.540 172.842 220.397 200.913
B - Pescas 2.162 3.628 5.453 7.357 8.461 9.694 10.999
C - Indústria Extrativa 60.368 111.296 95.953 61.751 61.543 69.887 64.349
D - Indústria Transformadora 178.379 220.367 220.730 249.740 312.967 260.603 265.723
E - Prod. e Distrib.de Electricidade, de Gáz e de Àgua 4.914 2.044 2.527 6.340 18.097 26.959 28.518
F- Construção 171.524 268.589 288.442 350.659 421.275 436.545 444.745
G - Comércio por Grosso e a Retalho 365.211 451.675 498.799 573.302 727.753 854.841 813.539
H - Alojamento e Restauração (Restaur. e Similares) 15.304 34.654 45.049 57.612 68.481 82.847 80.224
I - Transportes, Armazenagem e Comunicações 83.472 74.249 82.519 58.682 52.843 72.415 72.618
J - Actividades Financeiras, Seguros e Fundos de Pensões 91.926 65.998 60.132 200.045 61.507 78.176 100.111
k - Activ. Imob.,Alugueres e Serv.Prest. as Empresas 319.700 285.452 321.595 422.673 498.447 505.950 575.259
M - Educação 5.697 8.684 9.005 8.771 9.954 18.859 12.926
N - Saúde e Acção Social 6.484 9.272 5.598 6.811 11.469 14.279 14.003
O - Outras Activ.de Serv. Colect., Sociais e Pessoais 349.851 481.933 653.688 384.775 517.603 425.779 376.357
P - Famílias Com Empregados Domésticos 400 3.282 6.115 2.053 4.321 719 604
Q - Organismos Internacionais e Outras Instituições Extra-Territoriais 49.124 2.348 476 665 398 394 393
Z - Particulares 362.168 483.823 566.143 682.734 645.338 541.459 486.676
Outros Valores Não Classificados 53.056 82.704 0 0 0 0 0
TOTAL 2.154.972 2.664.348 2.943.625 3.205.509 3.593.298 3.619.804 3.547.957
Saldos em fim do mês em milhões de Kwanzas
8
Inclui toda a moeda emitida e os fundos da conta "Reservas Bancárias".
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O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
Por fim, citando Matos (2002) o trabalho afirma que o “desenvolvimento do sistema
financeiro se reflete na capacidade das instituições financeiras de um país ou região
colocarem à disposição dos agentes económicos serviços que facilitem e intensifiquem as
transações económicas destes”.
Portanto, como se viu, como os empréstimos feitos pelos bancos estão vindo de
uma poupança real que estaria apenas sendo transferida de um indivíduo para o outro, diz-
se que está havendo a criação de crédito real. O crédito real é a base da acumulação de
capital e do crescimento econômico.
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Como se pode notar, os bancos possuem o poder de gerar dinheiro para o mercado
(aumenta o volume dos meios de pagamentos9). Esse é o poder multiplicador da moeda e
por essa razão essas instituições podem ser chamadas de “instituições monetárias”.
9
Meios de pagamento correspondem ao total de moeda em poder do público e os depósitos à vista nos
bancos comerciais.
10
Actualmente o coeficiente de reservas obrigatórias a ser aplicado sobre os saldos diários dos depósitos é
de 30% (trinta por cento). Instrutivo N.º 04/2016, de 13 de Maio - BNA
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O capital financeiro não busca oportunidades para se tornar capital produtivo. Ele
busca oportunidades de desfrutar o que os economistas chamam de ganhos de
“arbitragem”, ou seja, de lucrar com diferenças entre as taxas de juros pagas em diferentes
países ou com diferenças de preços de ativos financeiros em mercados distintos. Esse
11
Artigo 89º da CRA
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capital nunca se torna investimento produtivo. Ele vem e vai de uma economia para outra,
deixando, no seu rastro, balanços de pagamentos devastados nos países que os
receberam.
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Para manter a participação nos fóruns relevantes restrita aos países que realmente
contam, foi criado um canal informal por meio do Comitê da Basiléia de Supervisão
Bancária, mais conhecido como Comitê da Basiléia. Sediado pelo Banco de
Compensações Internacionais (BIS), esse Comitê da Basiléia tem formulado, desde os
anos 1980, as estratégias fundamentais que devem ser utilizadas nas regulamentações
prudenciais de bancos e conglomerados financeiros que incluam bancos.
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O SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO E UM OLHAR SOBRE A OFERTA DE CRÉDITO
7- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Banco Nacional de Angola, que começou a funcionar em 1976, exerceu até 1991
as funções de autoridade monetária e funções comerciais. Desde então, quando houve a
implementação de um sistema bancário de dois níveis, o BNA deixou de abrir contas de
depósitos que passou para a responsabilidade dos bancos comerciais e de investimento.
Além da relação jurídica (legislação) e técnica (BNA) existe uma relação política
entre o sistema bancário e o Estado através do Conselho Nacional de Estabilidade
Financeira, cuja competência encontra-se descrita no Nº 3, Art. 67º da Lei nº 12/2015, de
17 de Junho - Lei de Bases das Instituições Financeiras.
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As actividades dos bancos modernos atingiram o plano digital. Com a inovação que
os caixas automáticos e os terminais de autoatendimento representaram nas últimas
décadas, os sistemas de banco eletrônico (home banking) tornaram-se recursos que
permitem aos usuários economizar tempo e evitar os atrasos decorrentes das múltiplas
tarefas dos funcionários destas instituições. Mediante as plataformas digitais, os clientes
de todo mundo podem administrar, trabalhar com suas contas, comprar moeda estrangeira,
renovar ou modificar suas operações em longo prazo, transferir fundos, pagar impostos e
serviços, e realizar variadas tarefas com um simples computador doméstico conectado à
internet.
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8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Fernando J. Cardim de, e KREGEL, Jan Allen. Quem controla o sistema
financeiro?, Ibase, Rio de Janeiro, 2007.
PAIVA, Carlos Águedo Nagel; CUNHA, André Moreira. Noções de Economia, Fundação
Alexandre de Gusmão, Brasília: 2008;
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ROQUE, Leandro. O sistema bancário e seus detalhes, Instituto Ludwig von Mises - Brasil,
Artigo disponivel em http://www.mises.org.br Acesso em 09/08/2017;
SILVA, Amilcar. Sistema Financeiro Angolano - Breve Apresentação, Abanc, Lisboa, 2014;
8.2 - Legislação
ANGOLA. Constituição da República de Angola. 2010;
________. Lei n.º 12/2015, de 17 de Junho - Lei de Bases das Instituições Financeira;
SILVA, Rui Santos. Banca em Análise 2015. Deloitte Touche Tohmatsu Limited,
https://www2.deloitte.com/ao/pt/pages/financial-services/articles/Banca-em-Analise-
2015.html Acesso em 09/08/2017.
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