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Direito Romano 4º Bimestre

Dia 02/10/2009

 “RES” (Coisa)

 È tudo aquilo que contribui para a satisfação das necessidades humanas nas
inter-relações pessoais;

 Duplo Sentido de “RES”

 Sentido Restrito – que tem existência no mundo concreto;


 Sentido Amplo – “res incorporales”

 Pecunia

 Tudo o que tem valor econômico;


 Coisas que possam ser representadas por uma soma em dinheiro (bona,
patrimonium)

 RES INCORPORALES

 Fatos geradores de direito: tutela (cuidar de alguém); gentilidade (ser de outro


povo, que não seja romano); modos de adquirir propriedade (Ex. usucapião).
 Direitos Gerados: Direito de sucessão e herança; etc..

 Divisão completa dos direitos das coisas:

 In Patrimonio:
a) Res mancipi/Res Nec mancipi
b) Res corporales/res incorporales
c) Res móbiles/Res inmobiles
d) Res fungibles/Res Infugibles
e) Res Divisibles/Res indivisibles
 Extra Patrimonium

A) Res Humanijuris
a) Res Communes
b) Res Unugastatis
c) Res Publicae

B) Res Divinijuris
a) Res Saraf
b) Res Religiosae
c) Res Sanctae

 IMPORTANTE

 O povo romano era casuísta;


 Não se preocupava com classificações sistemáticas globais;

 RES IN PATRIMONIO – RES EXTRA PATRIMONIUM

 Res in patrimônio – Podem ser objeto de apropriação privada;


 Res Extra Patrimonium – Sagradas ou pertencentes ao estado;

 RES IN PATRIMONIUM

 Deriva de pater (Patris) – Constituem a Res privatae;


 STRICTUS SENSU – Conjunto das coisas corpóreas de propriedade do
paterfamilias;
 LATO SENSU – Conjunto dos bens (ativos ou passivos).

 RES MANCIPI E RES NEC MANCIPI

 Distinção fundamental;
 RES MANCIPI – Transferido pela mancipação (Solene);
 RES NEC MANDIPI – Transferidas pela entrega ou tradição (traditio) (sem
formalismo).

 RES MANCIPI

 1) Terras itálicas (Praedia rústica (prédios rústicos) );


 2) Servidões que gravam estas terras;
 3) Casas (Preadia urbana)
 4) Escravos, animais de carga e tração (bois, cavalos, mulos e asnos).

 RES NEC MANCIPI

 Todo o restante..
 Dinheiro;
 Joias;
 Gado de pequeno porte (Cabras, porcos, carneiros);
 Aves domesticas (galinhas, perus, patos);
 Animais domésticos de grande porte (elefantes, camelos – embora collo dorsove
domantur).

 RES CORPORALES E INCORPORALES

 CORPARALES – Podem ser apreendidos pelos sentidos (quae tanti possunt);


 INCORPORALES – Aquilo que consiste em direito (quae in jure consistunt).

 RES MOBILES e as RES IMOBILES

 MOBILES – bens suscetíveis de movimento próprio ou de remoção por força


alheia;
 IMOBILES – Impossíveis de locomoção.

 FUNGIVEIS e INFUNGIVEIS

 FUNGIVEIS – podem ser substituídas por outras da mesma categoria;


 INGIVEIS – Não podem ser substituídas por outras de mesma espécie.
 COISAS PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS

 Principais – Coisas que existem por si mesma;


 Acessórias – Supoe a coisa principal (Acessorium seguitur principale).

 COISAS DIVISIVEIS E INDIVISIVEIS

 INDIVISIVEIS – Coisas que não podem ser divididas sem destruição;


 DIVISIVEIS – Coisa que podem ser divididas sem perder a sua essência.

 RES EXTRA PATRIMONIUM

 São coisas que estão:


a) Fora do pareimônio;
b) Fora do comércio.

 RES COMMUNES

 Ar, água, Mar, Litoral;


 Não podem ser de apropriação individual no seu conjunto;
 Embora fora do comercio, podem se tornar res in commercium. Ocupação sobre
uma parte.

 RES HUMANI JURIS

 RES UNVERSITATIS: teatro, etc..

 RES HUMANIS JURIS

 RES PUBLICAE: Praças, vias publicas.


 São as res populi (coisas do povo).
 RES DIVINI JURIS

 SACRAE: Temlos, objetos de culto;


 Coisas consagradas aos deuses superiores por cerimônias especiais;

 RES DIVINI JURIS

 RES RELIGIOSAE: Coisas consagradas aos deuses Manes.

 RES DIVINI JURIS

 RES SANCTAE: Muros e portas das cidades;


 Tem caráter religioso mesmo sem consagração aos deuses;

Dia 09/10/2009

 PROPRIEDADE ROMANA

 NOÇÃO DE PROPRIEDADE

 Propriedade = Derivado do Jus Utendi, Fruendi, Et Abutendi (Usar, gosar e abusar


da coisa)
 È o poder individualista, total, imediato e absoluto sobre a res.
 Função Social: tudo que é seu, não existe restrição/Propriedade: individualista,
total, imediato e absoluto.

 PROPRIEDADE

 Somente coisas corpóreas;


 Inexiste propriedade literária, cientifica ou artística.
 DOMINIUM

 Poder geral e absoluto sobre uma coisa corpórea restrição do dominium:


 CONFINIEM: um metro de ausência de plantação (para evitar a contaminação dos
deuses).
 AMBITUS: dois pés um volta da casa (pelo mesmo motivo)

 PROPRIEDADE, POSSE E DETENÇÃO

 É possível ser dono.

 DETENÇÃO

 Mero poder físico sobre a coisa pertencente a outrem.

 RELAÇÃO ENTRE POSSE E PROPRIEDADE

 PROPRIEDADE: Direito
 POSSA: Fato
 Propriedade é a interiorização da posse. Posse é a exteriorização da propriedade.

 DISSOCIAÇÃO ENTRE POSSE e PROPRIEDADE

 No caso de furto em que o ladrão detém a coisa, mais o propriedade continua


com o direito de propriedade.

 AÇÕES REINVIDICATÓRIAS

 REI VINDICATIO – reivindica a propriedade.


 JUS POSSUSSIONES: reivindicar a posse.
 PROPRIEDADE ABSOLUTA DO DIREITO ROMANO

 Conceito: Direito total sobre a coisa (Inclusive a de destrui-lá em virtude do Jus


Abutendi).
 Não importa o que acontece com a coisa ou com a coletividade.

 JUS UTENDI

 Direito de usar a coisa. Exemplo: Construir um terreno, utilizar-se dos trabalhos


dos escravos.

 JUS FRUENDI

 Aproveitar os frutos e produtos da coisa. Exemplo: Frutos (Periodicamente):


Uvas, trigos, olivas. Produtos (Não periódicos): Arvores, peixes...

 JUS ABUTENDI

 Direito de abusar da coisa. Exemplo: incendiar as casas e as matas, abater


arvores; matar animais...

 CARATER EXCLUSIVO DA PROPRIEDADE

 Só o proprietário (e ninguém mais) pode dispor da coisa.

 CARATER PERPETUO DA PROPRIEDADE

 O Domines é a propriedade para sempre;


 É transmitido por sucessão;
 Só interrompido por um ato de vontade.

 CONSEQUENCIA DO CARATER PERTEPUO

 Não há termo extintivo nem condição resolutiva;


 Não pode transferir até uma época – Ad tempora (termo)
 Nem até o fim de determinado acontecimento (Ad Condition). Exemplo: fim da
guerra.

 INFLUENCIA DO CRISTIANISMO

 Continua sendo um bem que acarreta direitos. Mas agora, também deveres.

 LIBERADE E LIMITAÇÃO DA PROPRIEDADE

 Inicio: Dominium Absoluto


 Surgimento de normas que regulam a relação entre dominus e a res.
 O proprietário pode exercitar sobre a coisa toda a sua vontade, exceto naquilo
que é proibido por lei.

Dia 16/10/2009

 1º MUDANÇA

 Desaparecimento da RES MANCIPI (Transferência da propriedade com


solenidade) e RES NEC MANCIPI (Transferência da propriedade de forma simples,
sem solenidade)

 Motivos:

o Pública;
o Privada;
o Ética;
o Higiênica, e
o Pratica.
 LIMITES

 Pode se usar e fluir e, até mesmo abusar, DESDE QUE NÃO OFEREÇA DANOS A
PROPRIEDADE OU DIREITO DE OUTREM.

 ESPÉCIES DE PROPRIEDADE

 1) QUIRITÁRIA ou EX JURE QUIRITIUM


 2) PRETORIANA, BONITÁRIA ou IN BONS
 3) PEREGRINA ou EX JURE GENTIUM
 4) PROVINCIAL

 QUIRITÁRIA (EX JURE QUIRITIUM)

 Peculiar aos cidadãos romanos;


 Garantida pela rei vindicatio.

 PROPRIEDADE QUIRITARIA NOS FINS DA REPUBLICA

 Três condições:
o Que o proprietário seja cidadão romano;
o Que o terreno seja romano ou itálico;
o Adquirido pela RES MANCIPI.

 PROPRIEDADE PRETORIANA OU BONITÁRIA

 Propriedade introduzida pelo pretor. (Sendo assim a terra deveria ser introduzida
pelo pretor, mais não significa que a terra era do PRETOR).
o Ex. Compra de terra sem a devida solenidade. O comprador é possuidor
da terra, não o proprietário.

 PROPRIEDADE PEREGRINA ou EX JURE GENTIUM

 Proprietário é peregrino.
 Seu direito é sancionado por uma autoridade local ou pelo pretor.
 PROPRIEDADE PROVINCIAL

 Recai sobre as terras das províncias romanas (em principio de propriedade do


Estado Romano).

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