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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS – CEFET-MG

CENTRO TECNOLÓGICO DE EDUCAÇÃO PROFISISONAL DE BETIM – CETEP


CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA INDUSTRIAL
MÓDULO III
LABORATÓRIO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS I

“JAR TEST”

GRUPO: 3 MÓDULO III – Tarde - T1 SUBGRUPO – G1


Eliza Franco
João Oliveira
Maélika Freitas
Priscila Silva

PROFESSOR: Daniel Galvão

29/04/2011

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“JAR TEST”

O Jar Test é um método muito


aplicado nas empresas de
tratamento de água. A
partir d e l e é p o s s í v e l
determinar as condições
ideais para a floculação.
E s t a s c o n d i ç õ e s envolvem as
dosagens de coagulantes e pH
além do tempo e gradiente de
agitação necessária.

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Sumário:

1.0 Titulo............................................................................................................ 4

2.0 Objetivo........................................................................................................ 4

3.0 Materiais/ equipamentos................................................................................. 4

4.0 Reagentes ...................................................................................................... 4

5.0 Procedimentos ................................................................................................ 4

6.0 Montagem ..................................................................................................... 5

7.0 Características das Substâncias .................................................................. 5

8.0 Introdução ..................................................................................................... 6

9.0 Cálculos ......................................................................................................... 6

10.0 Resultados ................................................................................................ 7

11.0 Discussão de Resultados ......................................................................... 8

12.0 Conclusão ................................................................................................ 9

13.0 Aprendizados............................................................................................. 9

13.1Aprendizados cognitivos............................................................................ 10
13.2 Aprendizados psicomotores ......................................................................10
13.3 Aprendizados afetivos................................................................................10

14.0 Referências Bibliográficas......................................................................... 10

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1.0 Titulo: “ Jar Test”

2.0 Objetivo:
Tratar a água do rio Paraopeba por meio do “ Jar Test”

3.0 Materiais/equipamentos:
Aparelho para “Jar Test” (floc control – marca : policontrol) – Aparelho de
Clarificação
Turbidimetro (marca : policontrol) – Aparelho para determinar a turbidez

4.0 Reagentes:
Amostra de água bruta do rio Paraopeba

Solução de Cal 1,2 g/L

Sulfato de Alumínio 10 g/L

5.0 Procedimento:

Determinou-se o pH inicial da água bruta;


Adicionou-se 1,5 L de água em cada cuba e foi iniciada a agitação (100 rpm);
Adicionou-se sulfato de alumínio e a solução de cal simultaneamente nas dosagens
estabelecidas;
Continuou-se a agitação por 2 minutos (figura 1);
Reduziu-se a velocidade para 40 rpm e continuou por 10 minutos (figura 2);
Reduziu-se a velocidade para 10 rpm e continuou por 10 minutos;
Interroumpeu-se a agitação e foi deixado os flocos sedimentarem por 10 minutos
(figura 3);
Determinou-se a turbidez do sobrenadante para os tempos de 5, 10, 15, 20 minutos
Anotou-se os valores obtidos no quadro 2.

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6.0 Montagem:

Figura 1 Figura 2 Figura 3

Figura 1: Processo de Coagulação

Figura 2: Processo de Floculação


Figura 3: Processo de Decantação

7.0 Características da substância:

Sulfato de Alumínio
Sabe-se que os egípcios utilizavam Sulfato de Alumínio de origem vulcânica, para
tratamento de água, desde 2000 AC. Somente em 1881, o Sulfato de Alumínio passou a
ser usado em serviço de tratamento de água para distribuição à população, na cidade
de Bolton, na Inglaterra. Atualmente, embora existam vários outros produtos, o Sulfato
de Alumínio ainda é o floculante inorgânico mais usado no mundo, como coagulante
primário no tratamento de água.
A Indústrias Químicas Cataguases produz, com matérias primas próprias, as mais
modernas tecnologias e assegurada qualidade, a mais completa linha de Sulfatos de
Alumínio utilizados nas mais diversas aplicações, destacando-se o tratamento de água

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potável, tratamento de efluentes, fabricação de papel e tratamento de águas industriais.
Perigos mais importantes: Produto altamente corrosivo e reage com substâncias
alcalinas, pode causar irritação da pele, dos olhos e da mucosa das vias respiratórias.

Cal

O óxido de cálcio (Ca(OH)2) é uma das substâncias mais importantes para a indústria,
sendo obtida por decomposição térmica de calcário (de 825 a 900 °C). Também
chamada de cal viva ou cal virgem, é um composto sólido branco.
Normalmente utilizada na indústria da construção civil para elaboração das argamassas
com que se erguem as paredes e muros e também na pintura, a cal também tem
emprego na indústria cerâmica, siderúrgicas (obtenção do ferro) e farmacêutica como
agente branqueador ou desodorizador. O óxido de cálcio é usado para produzir
hidróxido de cálcio, na agricultura para o controle de acidez dos solos, e na metalurgia
extrativa para produzir escória contendo as impurezas (especialmente areia) presentes
nos minérios de metais.

8.0 Introdução:

As águas brutas que chegam na estação de tratamento contem material


particulado suspenso responsável pela com e turbidez. Em geral, são
partículas na forma de suspensões coloidais ou partículas grosseiras. A
turbidez é causada por partículas de argila provenientes de erosão do solo e
devido à presença de algas ou crescimento bacteriano. Já a cor é causada
pelas substâncias provenientes da degradação da matéria orgânica. Para
remover as partículas colóides é necessário o uso de coagulantes. O mais
utilizado nas estações de tratamento é o sulfato de alumínio. Ele se hidrolisa
na presença de água formando diversos compostos, podendo assim
desestabilizar o sistema coloidal pela adsorção das espécies solúveis ou
arrastar as partículas suspensas ao precipitar com hidróxido. A reação do
sulfato com a alcalinidade da água é responsável pela formação do floco de
hidróxido de alumínio. Para manter o pH na faixa adequada a precipitação, é
necessário adicionar hidróxido de cálcio.

Al2(SO4)3.14 H2O + 3 Ca(OH)2↔ 2 Al(OH)3+ 3 CaSO4+ 14 H2O

O Jar Test é um tratamento muito aplicado nas empresas de tratamento de


água. A partir dele é possível determinar as condições ideais para a
floculação. Estas condições envolvem as dosagens de coagulantes e pH,
além do tempo e gradiente de agitação necessária.

9.0 Cálculos:

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Quadro1: Dosagens de produtos químicos para 1500 mL de água bruta

Amostras Dosagem de Volume de Dosagem de Volume da


Al2(SO4)3 solução de cal (mg) solução de
(mg) sulfato a 1% cal 1,2 g/L
(mL) (mL)
1 (G1) 27 2,7 13,36 11,13
2 (G1) 35 3,5 17,07 14,20
3 (G3) 40,5 4,05 20,04 16,70
4 (G3) 48 4,8 23,8 19,8
5 (G3) 55,5 5,55 27,5 22,9
6 (G4) 63 6,3 31,18 25,90

Cálculos de volume da solução de sulfato a 1%

1 g --- 100 mL 15000 mg -- 1500 mL


x ---- 1500 mL 27 mg -- x
x = 15 g x = 2,7 mL de Al2(SO4)3

15000 mg -- 1500 mL
35 mg -- x
x = 3,5 mL de Al2(SO4)3

Cálculos da dosagem de cal

Cal como Ca(OH)2 = 0,33 mg/L


0,33 mg x 50% / 100% = 0,165 mg
0,33 mg + 0,165 mg = 0,495 mg

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10.0 Resultados:

Quadro 2: Resultados

Tempo Turbidez do sobrenadante


(NTU)
AM - 1 AM - 2 AM - 3 AM - 4 AM - 5 AM – 6
5 min 33,6 46,6 16,0 4,37 5,41 3,06
10 min 35,0 45,7 15,7 3,93 3,42 2,57
15 min 33,8 44,5 14,3 3,82 3,21 2,04
20 min 32,2 43,5 14,4 - - -

11.0 Discussão:

Antes de tratar a água foi medido o pH que foi aproximadamente 7. Para o


tratamento da água foi feito a coagulação, floculação, e a decantação.

Durante a coagulação foi adicionado o sulfato de alumínio que funciona na faixa


ótima de pH de 5 <pH<8. Foi adicionado a cal para manter a alcalinidade da
água e o pH ideal de operação.

O processo de coagulação foi rápido e com agitação vigorosa para formar os


coágulos, já o processo de floculação a movimentação teve que ser mais lenta e
por um tempo maior pois qualquer perturbação causaria um desequilíbrio no
estado de equilíbrio eletrostático instável em que as partículas estavam.

As cubas de número 1 e 2 apresentaram resultados indesejáveis pois a turbidez


final da cuba 2 foi menor do que a 1, e esperava-se que ocorresse o contrário,
pois as quantidades de reagentes na primeira foram menores que a segunda.

Alguns fatores podem explicar este fato, como por exemplo, má medição de
reagentes pelos operadores, ou a água não estava homogeneizada
corretamente, de forma que havia muita matéria em suspensão na segunda
cuba.

Portanto, podemos determinar a quantidade necessária de reagente,


observando os resultados em NTU. O resultado deve diminuir progressivamente
em função do tempo e em função da quantidade de reagente, ou seja quanto
maior o tempo e quanto maior for a concentração de alumina menor será a
turbidez. No entanto é necessário relembrar que, ao passo que aumentamos a

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concentração de alumina, deve-se aumentar também a quantidade de álcali,
para que a acidez permaneça controlada, o que demandará em um gasto maior
de reagente.

A cuba de número três foi a que apresentou menor valor de turbidez, a partir de
um menor gasto de reagentes.

12.0 Conclusão:

Coagulação eficiente será aquela em que se possa obter uma menor turbidez a
partir de um menor gasto de reagente. Para que essas quantidades sejam
determinadas corretamente, é necessário que se observe aspectos como
homogeneização correta da água, proporção entre sulfato e álcali e medição
correta dos valores de NTU. A partir do dados obtidos, concluímos que a pratica
foi feita corretamente e que portanto os objetivos foram alcançados.

13.0 Aprendizados
13.1Aprendizados cognitivos:

Exercitamos nossa cognição ao entendermos como funciona um processo de


coagulação, floculação e decantação.

13.2 Aprendizados psicomotores:

Ao longo do procedimento a habilidade de percepção visual foi exercida avaliando ao


londo do procedimento as etapas de coagulação, floculação e decantação.

13.3 Aprendizados afetivos:

Os componentes apresentaram um bom trabalho em equipe, bem como ordeira


distribuição da tarefa ao longo da prática.

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Com isso exercemos a ética profissional e o respeito ao colega.

14.0 Referências Bibliográficas

[1] JESUS, Heloísa Helena – Apostila de Tecnologia Química/Processos Industriais


Prática – CEFET-MG

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