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COMPANHIA PERNAMBUCANA DO MEIO AMBIENTE - CPRH

NÚCLEO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO


AMBIENTAL – EIA, RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA
RELACIONADO Á IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
D’ÁGUA1 .

1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste documento é estabelecer um referencial para orientar a equipe multi e interdisciplinar quanto aos
procedimentos a serem seguidos na elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e Relatório de Impacto
Ambiental – RIMA para implantação de Sistemas de Abastecimento D’Água.2

Este instrumento fixa os requisitos mínimos para o levantamento e análise dos componentes ambientais existentes na
área de influência do projeto, tornando-se, assim, um instrumento orientador, o qual a equipe executora deverá tomar
como base para a realização dos estudos, sem contudo, excluir a sua capacidade de inovação; contendo também
informações gerais sobre os procedimentos administrativos necessários à regularização do processo junto à CPRH -
Companhia Pernambucana do Meio Ambiente.

Dado à sua natureza o TR terá validade de 01 (hum) ano, a contar da data de recebimento do mesmo por parte do
empreendedor, podendo ser renovado, a critério da CPRH.

2. DISPOSIÇÕES GERAIS

2.1 FORMA DE APRESENTAÇÃO

O EIA e RIMA deverão ser apresentados em volumes separados, em folhas de tamanho A4 (210 x297 mm)3 ou em
folhas de formulário contínuo, tamanho padrão (215 x 280 mm). As fotografias terão de ser originais em todas as
cópias e legendas. As cópias de mapas, tabelas e quadros terão de ser legíveis, com escalas, informando as origens,
datas e demais detalhes que sejam necessários 4 ;

O RIMA deve ser apresentado de forma sintética e objetiva, em linguagem corrente e acessível ao público em geral e aos
tomadores de decisão devendo ser ilustrado por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação
visual, de modo que se possa entender as vantagens e desvantagens do projeto e suas alternativas, bem como todas as
conseqüências ambientais de sua implementação.

2.2 NÚMERO DE CÓPIAS/ CONTEÚDO

1 O TEXTO ORA REVISTO E AMPLIADO PELO NÚCLEO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL/ CPRH TEVE SUA 1ª VERSÃO
INCLUÍDA NO DOCUMENTO “M A N U A L D E D I R E T R I Z E S P A R A A V A L I A Ç Ã O D E I M P A C T O S A M B I E N T A I S . R E C I F E :
C P R H / G T z , 1 9 9 8 . 1 e d . P A R T E 6 , T Í T U L O 8 ”.
2 AS OBRAS HIDRÁULICAS DE IMPORTÂNCIA PARA O APROVEITAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS, EM GERAL, SÃO PROJETADAS
PARA ATENDER A VÁRIAS FINALIDADES ( CONTROLE DE INUNDAÇÕES , ABASTECIMENTO D’ÁGUA , IRRIGAÇÃO
,REGULARIZAÇÃO DE CURSOS D’ÁGUA , ETC.) .POR OUTRO LADO, MESM O PROJETADA PARA A FINALIDADE PRETENDIDA
(ABASTECIMENTO D’ÁGUA DE COMUNIDADES), NÃO HÁ UMA SEQÜÊNCIA OBRIGATÓRIA QUANTO À ADOÇÃO DOS ÓRGÃOS
CONSTITUINTES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA, OU SEJA, PODERÁ EXISTIR OU NÃO DETERMINADO COMPONENTE.
ESTE TR TEM CARACTERÍSTICAS GERAIS (CONSIDERA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA COMO CONSTITUÍDO PELAS
SEGUINTES PARTES: CAPTAÇÃO EM RESERVATÓRIO DE ACUMULAÇÃO; ADUÇÃO; TRATAMENTO; RESERVAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO), PODENDO, POIS, SER AJUSTADO PELA CPRH, EM F UNÇÃO DAS PECULIARIDADES DO EMPREENDIMENTO E DAS
CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO .
3 AS ILUSTRAÇÕES E DESENHOS TÉCNICOS QUE NÃO REUNIREM CONDIÇÕES DE SEREM APRESENTADAS NESTE FORMATO, DESDE
QUE ADEQUAD A MENTE JUSTIFICADAS, PODERÃO SER ACEITAS PELA CP R H .
4 QUANDO COLORIDOS DEVERÃO SER REPRODUZIDOS IGUALMENTE EM TODAS AS VIAS DO EIA E RIMA.
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NÚCLEO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
TERMOS DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA)
RELACIONADO Á IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA.

O EIA deverá ser apresentado em, no mínimo, 05 (cinco) vias, obedecendo ao roteiro estabelecido no item 3 deste
Termo;

O RIMA deverá ser apresentado em, no mínimo, 05 (cinco) vias 4 , obedecendo ao roteiro estabelecido no item 4 deste
Termo.

Os produtos elaborados (EIA/RIMA) deverão também ser apresentados em meio digital (01 cópia em CD-ROM)
inclusive com ilustrações (mapas, figuras, gráficos, etc.).

2.3 ELABORAÇÃO

Os estudos deverão ser realizados por equipe multidisciplinar habilitada a qual será responsável tecnicamente pelos
resultados apresentados.

2.4 LISTA DE DOCUMENTOS E BIBLIOGRAFIA

Apresentar relação de obras consultadas, com a referência bibliográfica seguindo as normas da ABNT. Quadros e tabelas
deverão conter a fonte dos dados apresentados.

2.5. EMPRESA CONSULTORA

Discriminar o nome da Empresa de Consultora responsável pela elaboração do EIA/RIMA acompanhado do endereço,
telefone, telex, telefax, e nome do profissional para contato.

2.6 EQUIPE TÉCNICA

Relacionar a equipe técnica resp onsável pelo estudo indicando no EIA / RIMA e ANÁLISE DE RISCO, o nome, a
especialidade de cada profissional, bem como o número dos respectivos registros profissionais e assinatura no original
de todos os integrantes. Em todas as páginas do EIA e do deverá constar rubrica do coordenador da equipe.

2.7 DAS OBRIGAÇÕES DO EMPREENDEDOR

Ao proponente do projeto compete:

a) arcar com todas as despesas e custos referentes à realização do Estudo de Impacto Ambiental, tais como: coleta e
aquisição de dados e informações; trabalhos e inspeções de campos; análises de laboratório; estudos técnicos e
científicos, acompanhamento e monitoramento dos impactos; elaboração do RIMA e fornecimento de cópias
conforme o exposto no item 2.2 desta instrução;

b) arcar com custos referentes a: análise do EIA / RIMA; publicação de editais em jornal oficial e em um periódico local
de grande circulação (referente a abertura de processo de EIA / RIMA na CPRH), realização de audiência pública;
publicação de editais e de pedido de licença5; e, concessão das licenças ambientais;

c) remeter à CPRH, declaração de Cadastramento Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental,
obtida junto ao IBAMA referente aos profissionais integrantes da equipe técnica e da Empresa de Consultoria
responsável; e,

4 AS CÓPIAS DO RIMA TERÃO A SEGUINTE DESTINAÇÃO: BIBLIOTECA DA CPRH, PREFEITURAS DOS MUNICÍPIOS NA ÁREA
ATINGIDA PELO PROJETO, GRUPO TÉCNICO DE ANÁLISE (CPRH) E ÓRGÃOS PÚBLICOS QUE TIVERAM MAIOR ENVOLVIMENTO
COM AS QUESTÕES RELACIONADAS AO PROJETO. PARA GARANTIR UMA MAIOR PUBLICIDADE E PARTICIPAÇÃO POPULAR NO
PROCESSO DE AIA E TENDO EM VISTA O NÚMERO DE MUNICÍPIOPS ENVOLVIDOS, A CPRH PODERÁ EXIGIR OUTRAS CÓPIAS
ADICIONAIS DO RIMA .
5 A PUBLICAÇÃO DOS EDITAIS DEVERÁ OCORRER CONFORME MODELO A SER FORNECIDO PELA CPRH AO EMPREENDE DOR.

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d) atender às exigências da CPRH quanto aos elementos informativos julgados necessários ao processo de análise
ambiental e de licenciamento dos diversos projetos.

Cabe também ressaltar que a consecução do processo de licenciamento, que inclui as Licenças Prévia, de Instalação e de
Operação, dependerá do cumprimento pelo empreendedor, dos requisitos básicos exigidos pela CPRH para aprovação
do EIA / RIMA e dos projetos ambientais para implantação das medidas mitigadoras, do projeto de engenharia do
empreendimento e dos procedimentos técnicos e construtivos adotados, assim como, do desempedimento do processo
quanto a restrições de ordem jurídica e legal.

3. ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA

3.1- INFORMAÇÕES GERAIS

a) Identificação do empreendimento;

b) Identificação e qualificação do empreendedor (nome ou razão social, número dos registros legais,
endereço completo, telefone, fax, telefone e fax dos responsáveis legais e pessoas de contato);

c) Identificação da empresa consultora, conforme o exposto no item 2.5 desta instrução;

d) Identificação do (s) profissional (is) responsável (is) pelo EIA /RIMA e de todos os técnicos e
consultores que participaram do mesmo, observando as orientações do item 2.6 desta instrução;

e) Cópia do registro no Cadastro Técnico Federal (Firma consultora e profissionais da equipe


técnica responsáveis pela elaboração do EIA/RIMA)

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

a) Síntese dos objetivos do empreendimento e sua justificativa em termos de importância no


contexto social da região e do município;

b) Localização do empreendimento;

c) Descrição do empreendimento compreendendo a indicação dos elementos básicos que nortearão


o mesmo nas fases de projeto (planejamento, instalação, operação e, se for o caso, desativação)
bem como as diretrizes previstas para sua manutenção adequada.

Devem constar dessa caracterização as seguintes informações:

- detalhamento das ações potencialmente causadoras de impactos que serão executadas em cada
etapa de implantação do projeto, incluindo os princípios básicos que nortearão o plano de
obras (seqüência dos trabalhos ) e o cronograma físico e as ampliações e expansões do
sistema;

- concepção (síntese dos critérios que nortearam a concepção do projeto), dimensionamento,


descrição das características técnicas das diversas partes constituintes do projeto ,
considerando, no mínimo:

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Sistema de Acumulação /Captação

Reservatório de Acumulação (localização,características físicas : área do lago; capacidade de


armazenamento; níveis d’água; capacidade de atenuação de cheias; curva de valores acumulados;
transporte de material sedimentado e sua relação em termos de redução da capacidade anual do
reservatório; estimativa de área a ser desmatada para a formação do lago; etc.);

Barragem: Localização (Planta em escala adequada); considerações sobre o tipo; adeqüabilidade do


local para aproveitamento; dimensionamento; seções típicas e suas características incluindo: largura
do coroamento, cota de coroamento, inclinação dos taludes, detalhes construtivos principais
,incluindo especialmente, aspectos sobre o preparo das fundações e ombreiras e proteção aos
taludes;

Extravasor (Sangradouro): Localização; considerações sobre o tipo; capacidade do projeto;


dimensionamento e considerações sobre os aspectos construtivos;

Tomada D’água: Localização; considerações sobre o tipo; dimensionamento; dispositivos de


proteção (proteção contra corpos flutuantes e sedimentos transportados pelo escoamento , etc.);
medidas a serem adotadas para facilitar a realização de vistorias, obras de manutenção e eventuais
reparos; considerações sobre os aspectos construtivos;

Conduto de Descarga: Localização; características do descarregador de fundo: finalidade; tipo; vazão


a escoar considerando inclusive o seu aproveitamento nas diversas fases do projeto (desvio do rio,
operação do reservatório, etc.); dimensionamento; etc.;

Desvio do Rio: tipo e critérios de escolha da estrutura para desviar o rio; localização; descarga do
desvio; seqüência construtiva; seções típicas das ensecadeiras; etc.;

Obras Complementares : características principais das obras complementares (obras de acesso e


controle de entrada aos locais das obras ; edificações para residência do pessoal permanente;
controle e operação tais como: rede viária, guarita, estacionamento interno, casa dos operadores ,
etc.)

Adução

concepção, dimensionamento e características técnicas dos elementos componentes do sistema


(incluindo, adutoras e subadutoras; peças especiais e órgãos acessórios, ventosas, válvulas redutoras
de pressão,etc.; obras complementares: ancoragens, pontes, pontilhões, pilares, berços ou estruturas
semelhantes para travessias em rios, fundo de vales ou terrenos alagadiços; etc.); localização (mapa
em escala adequada); descrição dos equipamentos e técnicas construtivas que serão empregadas nas
escavações, movimento de terra, assentamento de tubulações, etc.

Tratamento d’água

considerações sobre o tipo; capacidade instalada; sistema operacional; localização e


dimensionamento das unidades de acumulação de material decantado; sistema de coleta e disposição
final de material decantado; quantidade, local de armazenagem, manuseio e disposição final das
embalagens dos produtos químicos que serão utilizados no tratamento; lay-out da sistema de
tratamento com localização das unidades componentes do mesmo incluindo os pátios de serviço e
manobra, áreas de armazenamento de produtos e resíduos, área prevista para ampliação do sistema;
etc.

Reservação/Distribuição

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dimensionamento/características técnicas e localização, em escala adequada, com traçado da rede e


locais previstos para os reservatórios;

- Descrição da operação (descrição das atividades de operação, manutenção e segurança relacionado ao


sistema de abastecimento d’água como um todo, ou seja, incluindo as suas diversas partes: captação,
adução, tratamento, reservação e distribuição);

- Localização; critérios de escolha da área; dimensionamento e atividades a serem desenvolvidas no


canteiro de obras: edificações, instalações (água; soluções para disposição de esgotos sanitários e
destinação dos resíduos sólidos); locais de armazenamento (materiais e equipamentos); unidades
eventuais (centrais de concreto, etc.); medidas /equipamentos para prevenção de acidentes; etc.;

- Caracterização e localização das jazidas (áreas com exploração econômica para dar suporte às obras:
brita, areia, etc.) e empréstimos de maior porte, incluindo especificação dos volumes envolvidos e
previsão de exploração;

- Localização e caracterização das áreas de bota-fora (material inservível);

- Estimativa de área total a ser desmatada;

- Estimativa de quantificação e origem da mão-de-obra empregada na implantação do projeto;

- Os tratamentos previstos para recuperação das áreas terraplenadas;

- As interferências com a obra (ferrovias; linhas de transmissão de energia; gasodutos; rodovias, etc.;

- Outras informações necessárias à perfeita compreensão do projeto e seus impactos.

d) Alternativas

Descrição e análise, com o mesmo grau de profundidade e sob os mesmos critérios, das alternativas locacionais e
tecnológicas estudadas avaliando os aspectos técnicos, econômicos e ambientais envolvidos (análise custo-benefício
ampliada), ou seja, analisar as alternativas em termos de impactos ambientais; requisitos em termos de custo de capital e
operação; confiabilidade; adaptabilidade às condições locais; requisitos institucionais; etc. Na medida do possível,
quantificar os custos e benefícios de cada alternativa incorporando os custos calculados para as medidas mitigadoras
propostas. Considerar inclusive a alternativa de não realização do projeto, a fim de esclarecer as condições ambientais
sem ele. Apresentar justificativa caso algumas delas não possam ser avaliadas. Incluir, por fim, mapa em escala adequada
indicando o traçado de cada uma dessas alternativas.

e) Justificativa da alternativa preferencial

Apresentar justificativa da escolha da alternativa preferencial para implantação do sistemas de abastecimento d’água
(proceder apreciação sucinta de comparação das alternativas analisadas em “d” e, indicar qual, dentre elas, constitui-se
na opção mais adequada às prioridades de investimento a serem implementadas).

f) Planos e Programas de Desenvolvimento

Os estudos ambientais deverão contemplar o levantamento dos planos e programas (público, de iniciativa privada e
mistos) em desenvolvimento propostos e em implantação com incidência na área de influência e que possam interferir
positiva ou negativamente com a ação proposta (projeto, empreendimento, etc.). Além de listá-los deverá ser precedida
uma análise das influências recíprocas da ação prop osta e desses processos setoriais de desenvolvimento na área de
influência e as medidas para promover as compatibilidades porventura necessárias.

g) Análise Jurídica

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Deverá ser contemplado o conjunto de leis e regulamentos, nos diversos níveis (federal, estadual e municipal), que regem
os empreendimentos econômicos e a proteção ao meio ambiente na área de influência e que tenham relação direta com a
ação proposta. Além de enumerá-los, no EIA deverá ser procedida, também, análise das limitações por eles impostas
ao projeto, bem como explicitar as medidas para promover compatibilidade porventura necessárias.

h) Outras informações julgadas necessárias à compreensão do projeto.

3..3 ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

Apresentar os limites da área geográfica a ser direta e/ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de
influência do projeto. A área de influência deverá conter as áreas de incidência dos impactos, abrangendo os distintos
contornos para as diversas variáveis enfocadas (fatores naturais e componentes culturais , econômicos e sócio-
políticos).

Deverá ser apresentado com clareza os critérios utilizados para a definição das áreas de influência e incidência dos
impactos e mapeamento em escala apropriada das superfícies geográficas referentes às variáveis estudadas.

3.4 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

A caracterização e diagnóstico ambiental deverão basear-se na análise integrada dos componentes bióticos, abióticos,
sócioeconômicos e culturais.

No diagnóstico deverá ser considerado com maior detalhe aqueles aspectos que levem à análise dos efeitos e suas
conseqüências, e não servir apenas como caracterização geral da região onde o projeto será implantado.

A base de dados deverá caracterizar a situação ambiental da área de influência do empreendimento, direta e indireta,
antes da implantação do projeto.

Deverão ser apresentadas descrições e análises dos fatores ambientais e das suas interações, caracterizando a situação
ambiental da área de influência antes da implantação do empreendimento, considerando, no mínimo as informações
abaixo:

Meio Físico

a) Geologia e Geotecnia

- Informações geológicas e geotécnicas do solo e subsolo na área potencialmente atingida pelo projeto
(características do relevo e características geotécnicas gerais dos solos e rochas; os fenômenos da dinâmica natural
e os problemas mais comuns em função das diversas atividades previstas, ou seja , aqueles que têm vinculação à
construção das diversas partes constituintes do sistema de abastecimento d’água, considerando as conseqüências
da remoção de materiais das áreas de empréstimos e jazidas ;etc.), incluindo mapeamento , em escala adequada ,
da geologia regional contendo esboço regional e local (geologia da área do empreendimento) e coluna estratigráfica;

b) Geomorfologia

Caracterização geomorfológica da área potencialmente atingida pelo empreendimento, incluindo-se:

. caracterização topográfica (levantamento planialtimétrico em escala adequada);


. características da dinâmica do relevo (presença ou propensão à erosão e assoreamento, áreas sujeitas a
inundações, escorregamentos de encostas e taludes, etc.), e sua relação com as atividades propostas para o
empreendimento (condições favoráveis ou adversas à implantação das obras);

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c) Climatologia

Caracterização do clima tomando-se por base especialmente, os elementos que têm interferência direta no projeto e
nas características da área de influência do projeto, incluindo: comportamento das chuvas (valores médios, máximos e
mínimos; coeficiente de variação, etc.); estudo da evaporação e evapotranspiração; temperatura (máximas, médias e
mínimas ); umidade relativa; balanço hídrico, etc. Apresentação das correlações existentes entre os diversos elementos
considerados.

d) Recursos Hídricos

. Hidrologia

Caracterização hidrológica da área de influência do projeto considerando: rede hidrográfica identificando


localização do empreendimento, características físicas da bacia hidrográfica (incluindo-se área da bacia; corpos
d’água com destaque para os mananciais de abastecimento e a classificação a que pertencem); estruturas
hidráulicas existentes na área em estudo; parâmetros hidrológicos pertinentes: análise do regime, pertinência de
vazões, regime de estiagens, etc.; produção de sedimentos na bacia e o transporte de sedimentos nas calhas
fluviais; balanço hídrico do reservatório (simulações de operação do reservatório) para atender as diversas
finalidades : abastecimento d’água; controle de enchentes; irrigação; etc.; representações cartográficas;

. Hidrogeologia

Caracterização do aqüíferos subterrâneos indicando: localização e aspectos geológicos; alimentação , fluxo e recarga;
profundidade dos níveis d’água subterrâneos; relações com as águas superficiais e com outros aqüíferos; condições
de explotação considerando localização e tipos de captação utilizados, quantidades explotadas e regime de
bombeamento em cada captação; represeações cartográficas;

. Qualidade da Águas

Características fisico-químicas e bacteriológicas dos recursos hídricos (superficiais e subterrâneos) justificando a


escolha dos parâmetros adotados;

. Usos da Água

Caracterização dos principais usos da água na área de influência do projeto , incluindo: listagem das utilizações
levantadas (usos consultivos e/ou não consultivos) , suas demandas atuais e futuras, em termos qualitativos e
quantitativos e análise das disponibilidades frente às utilizações atuais e projetadas.

. Enquadramento dos Recursos Hídricos

Classe de enquadramento dos recursos hídricos em relação à legislação ambiental vigente.

e) Solos

- Descrição das unidades de solos;


- Relações dos solos com a geologia/geomorfologia;
- Extensão e distribuição das unidades de solos;
- Mapa de solos

f) Capacidade de Uso das Terras

- Descrição das classes de capacidade de uso das terras;


- Relação das classes de capacidade de uso com as unidades de solos;
- Extensão e distribuição das classes de capacidade e uso;
- Mapa com a classificação do uso das terras.

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. Meio Biológico

- descrição e caracterização da cobertura vegetal considerando: extensão e distribuição das formações vegetais;
identificação das espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção, indicadoras da qualidade ambiental, de
interesse econômico e científico, bem como a localização das áreas de ocorrência das mesmas;

- descrição e caracterização da fauna considerando: identificação das espécies endêmicas, raras, ameaçadas de
extinção, de interesse econômico e científico, bem como a localização das áreas de ocorrência das mesmas;
aspectos como: hábitos alimentares, sítios de alimentação significativos e de nidificação, fontes de
dessedentação e abrigos , etc;
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- mapeamento da cobertura vegetal , em escala adequada , indicando as formações vegetais, os diferentes estratos
vegetais, as áreas de preservação permanente, as unidades de conservação, etc.;

- descrição e caracterização dos ecossistemas aquáticos, considerando: a diversidade de biótopos existenta à


montante e jusante do local de instalação da barragem; as características limnológicas e fisiográficas, de maneira
que se possa identificar o seu papel como local de alimentação, reprodução, refúgio, etc.; identificação das
espécies animais e vegetais raras , ameaçadas de extinção, endêmicas, indicadoras da qualidade ambiental, de
interesse econômico e científico e de vetores e reservatórios de doenças;

- descrição e caracterização dos ecossistemas de transição quanto à flora e fauna considerando os mesmos
critérios estabelecidos para os ecossistemas aquáticos e terrestres, acompanhado de mapeamento em escala
adequada;

Meio Antrópico

a) População

- Dimensionamento e caracterização social e econômica da população rural e urbana, destacando àquela a ser direta
e/ou indiretamente atingida pelo empreendimento;

- Evolução do número de habitantes nos últimos anos, destacando aquela a ser afetada direta ou indiretamente
pelo empreendimento e a projeção para a vida útil da obra;

- Dimensionamento e caracterização social e econômica da população a ser desapropriada, quando houver;

- Caracterização das condições de vida da população, incluindo nível de instrução, habitação, saúde, religião e
lazer;

- Dimensionamento da população rural a ser direta ou indiretamente afetada pelo empreendimento;

- Descrição dos fluxos migratórios: origem, intensidade e causas;

- Identificação e caracterização das reservas e populações indígenas existentes na área de influência do


empreendimento.

b) Culturais

- Considerações sobre os eventos sociais e culturais mais significativos.

c) Educação

8 A ESCALA A SER ESCOLHIDA DEVERÁ SER COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS E COMPLEXIDADE DA ÁREA ESTUDADA ,DE
FORMA A PERMIT IR UMA COMPREENSÃO ADEQUADA DOS TEMAS MAPEADOS .

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- Descrição do índice de alfabetização;

- Caracterização da oferta e demanda dos serviços educacionais do 1º, 2º e 3º graus na rede de ensino público e
privado, urbano e rural;

d) Segurança Pública

- Informações referentes a infra-estrutura policial e judiciária existente na área de influência do projeto.

e) Serviços de Saneamento Básico

- Caracterização da oferta de serviços: abastecimento d’água, esgotos sanitários, de tratamento e/ou disposição
final de resíduos sólidos, destacando, para as comunidades diretamente afetadas , as condições de
funcionamento desses sistemas;

c) Organização Social

- Caracterização sobre a organização social da área, indicando os grupos e ou instituições existentes, lideranças,
movimentos comunitários, forças e tensões sociais;

- Caracterização da organização familiar: perfil da família, ocupação por faixa etária e por sexo;

- Caracterização da situação de domicílio e condições de moradia da população rural;

- Descrição das relações sociais e associativas fundamentadas na vizinhança nos aspectos místicos, nas
associações em torno de objetivos de trabalho, de objetivos políticos, de conservação do meio ambiente, de
diversão e outros.

d) Estrutura Produtiva e de Serviços

- Caracterização das principais atividades econômicas na área de influência : quantificação da produção nos
últimos anos por setores e segundo os principais produtos e/ou atividades dentro de cada setor , destacando
aqueles diretamente afetados pelo empreendimento;

- Descrição da estrutura fundiária e situação legal da posse da terra (proprietários, arrendatários, meeiros, etc.);

- Caracterização fundiária das propriedades diretamente atingidas, incluindo a descrição de posse, uso e
benfeitorias.

- Descrição das atividades turísticas e equipamentos disponíveis na área;

e) Saúde Pública

- Diagnóstico das endemias que ocorrem na região, que poderão ocorrer ou se expandir com a implantação do
empreendimento, com ênfase às doenças de veiculação hídrica;

- Caracterização da oferta de serviços de saúde, hospitais públicos, particulares e postos de saúde, bem como o
número de profissionais envolvidos;

- Descrição da existência e/ou não de entidades, programas governamentais e profissionais especializados no


controle de doenças endêmicas e seus vetores.

f) Infra-estrutura Regional

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- Caracterização da rede rodo-ferroviária existente na área de influência do projeto, destacando, para a área
diretamente afetada os seguintes aspectos: rodoviário (principais rodovias); condições gerais de tráfego nas
principais vias, segundo épocas do ano; importância para o fluxo de mercadorias e passageiros, etc.);
ferroviário (principais linhas; características e importância de fluxo de passageiros e mercadorias, etc.).

- Caracterização de outros sistemas de transporte existentes na área de influência do projeto (transporte fluvial:
condições dos portos e atracadouros; características das embarcações e importância do fluxo de mercadorias e
passageiros);

- Caracterização do sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica. Incluir mapas com a infra-estrutura
regional.

g) Patrimônio Histórico e Cultural

- Identificação e caracterização, com mapeamento em escala compatível, quando se fizer necessário, dos sítios
arqueológicos e/ou históricos, bem como os locais de relevante beleza cênica ou qualquer outra considerada
como patrimônio da população.

h) Uso do Solo

- Descrição e identificação, em planta em escala adequada das interferências do projeto com os sistemas viários
e de transportes, linhas de transmissão de energia, oleodutos, gasodutos, disposição de resíduos, etc.;

- Descrição e delimitação, em planta, em escala adequada dos principais usos do solo (residencial, industrial,
agrícola, institucional, extração mineral, etc.);

- Indicações outras que possam esclarecer a situação atual da área.

3.5 ANÁLISE DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Este tópico refere-se à identificação, valoração e interpretação dos prováveis impactos ambientais causados pelo
projeto em referência, nas etapas de implantação e operação.

Para efeito de análise, os impactos deverão ser caracterizados pelo menos quanto ao efeito (positivos, negativos), à
natureza (diretos e indiretos), a periodicidade (temporário, permanente ou cíclicos) e à reversibilidade (reversíveis e
irreversíveis).

Descrever as modificações do meio ambiente a serem produzidas pelo empreendimento, considerando, no mínimo:

a) Riscos de ocorrência de problemas de erosão, assoreamento, salinização do solo e drenagem insuficiente;

a) Problemas de alteração do relevo, com a conseqüente remoção de rochas e solos;

b) Riscos de alteração do padrão de qualidade das águas superficiais na área de influência do projeto;

c) Riscos de ocorrência de conflitos do uso da água que possam ser desencadeados ou intensificados com a
implantação do projeto;

d) Alterações dos padrões de escoamento superficial e infiltração;

e) Instabilização de encostas naturais pela execução de cortes e exploração de jazidas e/ou empréstimos;

f) Degradação paisagística produzida pela terraplenagem (em especial, construção de estrada de acesso, etc.);

g) Poluição das áreas dos acampamentos e sítios de trabalho por resíduos não adequadamente dispostos;

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h) Danos e/ou destruição de habitat de vida silvestre e de recursos biológicos ou de ecossistemas que deverão ser
preservados;

i) Interrupção de rotas de migração dos animais;

k) Caça ilegal ou predatória;


l) Destruição de vegetação para obtenção de madeira para construção, lenha ou aquecimento;

m) Alterações da estrutura fundiária da área e riscos de desencadeamento ou intensificação de conflitos de posse da


terra na região;

n) Influência (positiva ou negativa) da implantação do projeto sobre as atividades econômicas desenvolvidas na


região;

o) Modificações gerais na qualidade e hábitos de vida da população;

p) Conseqüências sobre os processos de atração e/ou expulsão da população da área do projeto;

q) Interferências sobre reservas ou outras áreas indígenas e áreas de interesse paisagístico, histórico e cultural;

r) Riscos de favorecimento de propagação de doenças (especialmente as de veiculação hídrica), em termos de


reassentamento de populações (introdução de portadores de doenças parasitárias), alterações no sistema
hídrico (criação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores) e de hábitos do homem rural que
facilitem a contração de doenças;

s) Contribuições do empreendimento para a geração de emprego e renda da população;

t) Transmissão de doenças dos trabalhadores para a populações locais e vice-versa;

u) Conseqüências da inundação de áreas ocupadas com jazidas minerais, sistema viário, agricultura, etc;
interferência com áreas indígenas, sítios históricos, arqueológicos e outros bens, etc;

v) Possibilidade de alterações nas características do clima local;

w) Impactos ambientais como decorrência da possibilidade do mau funcionamento da rede de distribuição;

x) impactos ambientais como decorrência da possibilidade da existência de baixa pressão à rede de distribuição;

y) Impactos ambientais sobre a infra-estrutura e equipamentos urbanos e comunitários durante a execução das
obras como um todo;

z) riscos como decorrência de: emprego de radiação ionizante para controle de qualidade em tubulações de aço;
rompimento da barragem; risco de explosões, sismicidade induzida; risco de enchentes; etc.). avaliação dos
riscos (principais conseqüências decorrentes do desdobramento das hipóteses acidentais consideradas, de
modo que se tenha uma visão global da magnitude dos efeitos adversos decorrentes dos eventos indesejados );

3.6 PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

Neste tópico deverão ser apresentadas as medidas que venham a minimizar ou eliminar impactos adversos analisados,
abrangendo as áreas de implantação e influência do empreendimento e referindo separadamente as fases de implantação

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e operação as quais sofrerão uma integração posterior com os programas de acompanhamento e monitoramento dos
impactos ambientais (item 3.7). Devem ser incluídas, inclusive, as medidas para redução das freqüências e das
ocorrências de riscos.

As medidas mitigadoras serão classificadas quanto:

- a sua natureza: preventiva ou corretiva inclusive os sistemas de controle ambiental avaliando sua eficiência em
relação aos critérios de qualidade ambiental e padrões de disposição de efluentes, emissões e resíduos;

- a fase do empreendimento em que deverão ser adot adas: implantação, operação e para o caso de desativação e
acidentes;

- ao fator ambiental a que se aplicam: físico, biológico ou sócioeconômico;

- ao prazo de permanência de sua aplicação: curto, médio ou longo;

- a responsabilidade por sua implantação: empreendedor, poder público ou outros, para os quais serão
especificados claramente as responsabilidades de cada um dos envolvidos;

- quanto à sua exeqüibilidade (em termos de meios, recursos, tecnologia, etc.). Deverão ser mencionados os
impactos adversos que não poderão ser eliminados ou evitados, indicando as medidas destinadas a sua
compensação.

As medidas mais complexas, que envolvam uma metodologia particular de trabalho com a finalidade de obter-se a mitigação
e/ou compensação de um ou mais impacto importante, deverão ser consolidadas em “Programas de Mitigação de Impactos”
, podendo incluir , entre estes :

- Programa de limpeza da bacia hidráulica;

- Programa de controle de processos erosivos e movimentos de massas;

- Programa de recuperação de áreas degradadas (locais de jazidas, empréstimos e bota-fora );

- Programa de prevenção e proteção contra processo de assoreamento do reservatório;

- Programa de prevenção contra processos de desencadeamento de sismo;

- Programa de gestão de recursos hídricos;

- Programa de controle do nível d’água do reservatório;

- Programa de salvamento e conservação da fauna e flora silvestres, levando em conta os períodos de


desmatamento da bacia hidráulica e enchimento do reservatório;

- Programa de salvamento e conservação da fauna aquática durante o fechamento da barragem

- Programa de florestamento do cinturão de contorno do reservatório;

- Plano de Ação de Emergência: destinado a redução de riscos (conseqüências)

- Programa de reassentamento da população atingida pelo reservatório (população situada na zona rural e/ou
trabalhadores rurais localizados nas cidades e vilas , bem como a população urbana );

- Programa de proteção à população contra acidentes com animais peçonhentos e outros vinculados a
execução das obras;

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- Programa de relocação e reconstrução de infra-estruturas atingidas pelo empreendimento;

- Programa de indenização de terras e benfeitorias;

- Programa de salvamento e preservação do patrimônio cultural, histórico, arqueológico, paisagístico;

- Programa de educação ambiental (esclarecimento à população quanto: a convivência com a natureza do


empreendimento; à adequação ao novo ambiente; etc.; orientação aos construtores , operários, etc., com
respeito ao meio ambiente e para evitar agressão e conflitos com os moradores da localidade atingidas);

3.7 PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAGEM DOS IMPACTOS

Neste tópico deverão ser apresentados os programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos e da eficiência
da medidas mitigadoras nas diversas fases do empreendimento considerando, entre outros, os seguintes aspectos:

- indicação e justificativa dos parâmetros e indicadores selecionados para a avaliação dos impactos sobre cada um
dos fatores ambientais considerados;

- apresentação da (s) característica (s) da (s) rede (s) de amostragem, justificando seu dimensionamento e
distribuição espacial;

- apresentação e justificativa da periodicidade de amostragem para cada parâmetro selecionado;

- apresentação e justificativa dos métodos a serem empregados no processamento das informações levantadas,
visando retratar o quadro de evolução dos impactos ambientais causados pelo empreendimento;

- cronograma de implantação e desenvolvimento das atividades de monitoramento;

- indicação e justificativa dos métodos de coleta e análise de amostras;

- indicação dos responsáveis.

No desenvolvimento dos trabalhos deverão ser contemplados, principalmente, os seguintes programas :

- Programa de monitoramento dos recursos hídricos (controle de vazão para permitir o uso múltiplo dos recursos
hídricos, no local e a jusante do projeto; monitoramento da qualidade das águas; acompanhamento da ocorrência
do processo de assoreamento e de eutrofização, etc;);
- Programa de monitoramento para verificação da recuperação e harmonização com o meio ambiente das áreas de
empréstimo, dos locais de bota-fora e de exploração de jazida;
- Programa de monitoramento da implantação de estação ecológica e faixas de proteção marginal ao reservatório;
- Programa de acompanhamento do processo de reassentamento da população;
- Programa de monitoramento da reestruturação, reorganização e implantação da infra-estrutura econômica e social
(rodovias , energia elétrica, escolas , hospitais, etc.);
- Programa de acompanhamento dos eventuais efeitos sobre áreas indígenas durante a execução das obras;

3.8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Conforme orientações dadas no item 2.4 deste Termo de Referência

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4. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA

O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental e conterá no
mínimo:
- os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas
governamentais;
- a descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles nas fases de
construção e operação, a área de influência, as matérias -primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos
e técnicas operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia e os empregos diretos e indiretos a
serem gerados;
- a síntese dos resultados de diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;
- a síntese dos resultados de estudo de análise de riscos;
- a descrição dos prováveis impactos ambient ais da implantação e operação de atividade, considerando o projeto,
suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos, indicando os métodos, técnicas e critérios
adotados para sua identificação e interpretação;
- a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção
do projeto e suas alternativas, bem como, da sua não realização;
- a descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando
aqueles que não puderem ser evitados, e o grau de alteração esperado;
- o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos, indicando os responsáveis por sua execução;
- recomendações quanto a alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).

O RIMA deverá conter também, as informações solicitadas nas alíneas (a) a (d) do EIA, item 3.1.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resoluções do CONAMA: 1984/91. Brasília: SEMA, 1992.
2ª ed.

2 -INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Coletânea


de Legislação Ambiental. Brasília: IBAMA,1992.

3 - MANUAL DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS. Curitiba : SURHEMA / GTZ, 1992;

4 - MANUAL DE DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS. 2ª ed. Recife: CPRH/GTz,


2000.

5 - SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE. Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Estudo de impacto


ambiental - EIA, Relatório de impacto ambiental - RIMA. Manual de orientação. São Paulo, 1991, 30p.

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