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Estudos da Bíblia: Primeiro trimestre de 2005

Tema geral: Sua Maravilhosa Cruz


Estudo nº 08 – Trevas ao meio dia

Semana de 12 a 19/02/2005

Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto Renaldo Marks

marks@unijui.tche.br - Fone/fax: (0xx55)3332.4868

Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

Comentário ao estudo da lição

Verso para memorizar: “DEUS Meu, DEUS Meu, por que Me desamparaste?” (Mat. 27:46)

1. Introdução – santo sábado, dia do Senhor

A natureza fala. Desde os primeiros tempos após o pecado, a natureza falou. O homem, que deve cuidar
da natureza, pelo pecado perdeu a íntima ligação com o Criador. Por isso perdeu a faculdade de viver sem
morrer. Diante da perda da ligação do responsável pela natureza com O Criador, esta também perdeu a
ligação, e iniciou-se nela um processo de enfraquecimento. Logo a natureza passou a produzir plantas
estranhas, com espinhos, ervas daninhas, etc., o que se tornou até certo ponto necessário para o novo
equilíbrio, já que DEUS teve que Se afastar do cuidado de manutenção que Ele normalmente faz. É a
primeira vez que a natureza fala reclamando da atitude do ser humano.

O dilúvio de Noé, antes dele, a entrada dos animais, também foi um eloqüente discurso que ninguém
mais prestou atenção senão aqueles que já haviam decidido entrar na arca. Ao longo dos milênios a
natureza vem sofrendo as agressões do homem, e vem gritando pela sua revolta, que assim não pode
continuar. Em São Paulo, por exemplo, uma cidade enorme, exageradamente coberta por asfalto,
calçamento, telhados, a natureza vem reclamando dos maus tratos. Devido a permeabilidade da terra ter
sido praticamente anulada, a qualquer chuva mais forte, os homens sofrem, junto com a natureza. É
sempre uma enorme quantidade de água e imundícia invadindo prédios e carregando junto todo tipo de
doença. A natureza já não suporta mais a iniqüidade do ser humano. Os animais estabilizaram num certo
ponto de maldade, mas o ser humano vem rompendo recordes após recordes, e é capaz de se auto-destruir.

A natureza vem falando pelos terremotos, maremotos, vendavais, enchentes, excesso de calor, excesso
de frio, derretimento de geleiras, etc, que está sendo violentada além de todos os limites suportáveis.

Mas há um modo mais direto de pronunciamento da natureza, um modo racional dela se manifestar.
Acontece quando ela transmite mensagens diretas, não apenas casuais. Uma dessas manifestações
aconteceu no dia da morte de JESUS. Desde o meio-dia até a hora da Sua morte fez-se escuridão, e a
natureza demonstrou que está ligada a Um Criador, que não é produto do acaso. Ela ali provou que aquele
que estava na cruz é o seu autor. Ela obedeceu ordens do Pai, e se manifestou. Da hora sexta até a hora
nona (meio-dia até as três da tarde), o sol recusou-se a brilhar, e fez-se completa escuridão. A pior agonia
do Salvador foi velada pelo Pai. Todos convenceram-se de que Ele era um Ser divino. Houve um silêncio
sepulcral, e o terror apoderou-se dos circunstantes. Todas as maldições cessaram. Clarões intermitentes
iluminavam a cruz. Na hora nona, a escuridão passou. Furiosos relâmpagos dirigiam-se contra JESUS.
Em desespero, JESUS ergueu a Sua voz num brado: “Meu DEUS, Meu DEUS, por que me
desamparaste?”
Voltando a luz, mas permanecendo a sombra sobre a cruz, os líderes outra vez endureceram os seus
corações, e a zombaria retornou. Repentinamente, a sombra desapareceu de sobre a cruz, e em tom de
trombeta que ressoou por toda a natureza JESUS bradou “está consumado”, e pendeu a cabeça: estava
morto. Então as trevas retornaram, reboou fortíssimo trovão seguido de violento terremoto, atirando as
pessoas umas contra as outras. Sepulturas despejaram os ossos de seus mortos, desordem geral, rochas
rolavam das montanhas, a natureza chorava pela morte de Seu Criador. Hoje a natureza chora porque está
sendo destruída sem piedade pela multidão de homens que dela arranca a sua riqueza, e com isso não
honra a DEUS Criador, mas adora tudo o que não é capaz de criar. A natureza foi criada para nos fazer
bem, mas os seres humanos, com raras exceções, só fazem mal a natureza, a tal ponto que ela já não
consegue mais cumprir a missão que DEUS lhe deu. Ela sofre profundamente por isso. Ela está iniciando
um processo desesperado de revolta pela iniqüidade da humanidade, ela inicia um processo de vingança
pelos maus tratos que recebe, ela está falando, e reclama do retardamento d volta de Seu Criador.

No exato instante em que a terra tremeu, o sacerdote de cutelo erguido, estava por imolar o cordeiro. O
tremor fez com que o animal fugisse. O verdadeiro Cordeiro acabara de morrer, não seria mais necessário
a morte dos símbolos. O animal, parte da natureza, de alguma forma sabia disso, pois nunca antes um
deles se rebelara e fugira. As lições da natureza foram abundantes, mas faltava quem as considerasse,
entendesse e se arrependesse de seus pecados.

Disponível em <http://www.advir.com.br/es/sikberto_marks/arquivos/08-1-05.doc>.
Acesso em 04 de outubro de 2006

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