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É necessário fundamentar a atribuição da menção de Excelente?

Sim. Os avaliadores deverão registar, no campo 5 da ficha de Avaliação Global do Desempenho (anexo
XV, do Despacho n.º 16872/2008, de 23 de Junho), os contributos relevantes proporcionados pelo
avaliado para o sucesso escolar dos alunos e para a qualidade das suas aprendizagens. Esta informação
será posteriormente incluída numa base de dados de boas práticas, para efeitos de divulgação.
As classificações de Excelente (bem como as de Muito Bom e de Insuficiente) deverão ser validadas pela
Comissão de Coordenação da Avaliação de Desempenho (CCAD); em caso de não validação das
classificações propostas, a CCAD devolve a proposta aos avaliadores com as orientações que estes
deverão cumprir para assegurar a posterior validação.

Um professor que não é director de turma é avaliado pelos mesmos critérios que um director de turma
no que se refere à sua relação com a comunidade escolar?
A relação dos docentes com a comunidade escolar é avaliada de acordo com os critérios definidos pela
escola, para a generalidade dos docentes. A dimensão “direcção de turma” poderá ser também
ponderada em função do indicador de classificação “exercício de outros cargos ou funções de natureza
pedagógica”, segundo critérios igualmente da responsabilidade da escola.

As médias de evolução de resultados, quer por ano de escolaridade, quer por disciplina, quer por escola,
estarão sempre disponíveis para consulta dos professores, de modo a que estes possam a qualquer
momento compará-las com os seus resultados?
Dificilmente a escola conseguirá ter médias de evolução de resultados disponíveis a qualquer momento.
No entanto, dado que o docente tem direito a que lhe sejam garantidos os meios e condições
necessários ao seu desempenho, em harmonia com os objectivos que tenha acordado, a escola deverá
disponibilizar regularmente os resultados escolares, de modo a permitir o seu tratamento a todos os
docentes.

Como estabelecer os indicadores de medida nos cursos de educação e formação de adultos?


Não obstante a flexibilidade curricular dos cursos de Educação e Formação de Adultos, os professores
podem, a partir de um diagnóstico inicial, definir indicadores de medida, nomeadamente, quanto ao
progresso dos resultados escolares esperados para os alunos, com base no referencial de competências-
chave para o nível de educação/formação em questão.

O que se entende por melhoria dos resultados escolares?


Por melhoria dos resultados escolares entende-se que os resultados que os alunos apresentam no final
de um determinado ano lectivo indiciam que houve uma evolução relativamente a um ponto de partida,
o qual, conforme decisão da escola e especificidade da situação (ano de escolaridade, disciplina, ou
outra), pode ser o ano lectivo anterior ou o início do próprio ano lectivo (avaliação diagnóstica).

Como entender o conceito de abandono escolar no âmbito da avaliação do desempenho docente?


O item “redução do abandono escolar” pretende avaliar a capacidade evidenciada pelos docentes de
atrair e conquistar alunos em risco de abandono ou que tenham saído do sistema; essa capacidade pode
traduzir-se na participação em projectos específicos, conduzidos por equipas de professores, ou no
desenvolvimento de outras iniciativas, devendo por isso ser valorizado todo o esforço individual ou
colectivo que contribua para essa redução. Porém, o abandono escolar no sentido mais estrito
(abandono da escolaridade dentro do limite etário previsto na lei) é já considerado inexistente.
Como são formulados os objectivos individuais?
Os objectivos individuais são formulados com base em dimensões essenciais da actividade docente: a
melhoria dos resultados escolares dos alunos; a redução do abandono escolar; o apoio prestado à
aprendizagem dos alunos, incluindo aqueles com dificuldades de aprendizagem; a participação nas
estruturas de orientação educativa e nos órgãos de gestão do agrupamento ou escola não agrupada; a
relação com a comunidade; a formação contínua realizada; a participação e a dinamização de projectos
e actividades curriculares e extracurriculares.
Os professores avaliadores e os avaliados devem procurar definir objectivos que realcem os aspectos
mais importantes da sua actividade para a vida da escola e para a melhoria dos resultados escolares dos
alunos.

Existe determinação superior do número de objectivos individuais a definir?


Não estão definidas quantidades (mínimas ou máximas) de objectivos individuais; o seu número deverá
variar de acordo com o número de actividades, funções, cargos ou projectos em que o docente está
envolvido.

Quem avalia um docente que lecciona em mais do que um estabelecimento de ensino?


Atendendo a que o docente tem direito a ser avaliado pela totalidade do serviço que presta, se
leccionar em mais que um estabelecimento de ensino, será avaliado pelos Conselhos Executivos e pelos
coordenadores de departamento a que o docente pertence, desde que, nas diferentes situações, se
verifique o estabelecido no artigo 28º do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro e no artº 5º
do Decreto Regulamentar nº11/2008, de 23 de Maio.

Quem avalia professores de grupos de recrutamento integrados em departamentos cujo coordenador não
é da mesma área científica?
A avaliação é efectuada pelo presidente do conselho executivo e pelo coordenador de departamento
respectivo, o qual pondera o desenvolvimento e a qualidade científico-pedagógica do docente.

Podem os avaliadores delegar as suas competências?


Sim. O presidente do conselho executivo/director pode delegar a sua função de avaliador noutros
membros da direcção, e os coordenadores dos departamentos curriculares, se assim o entenderem,
podem delegar a avaliação em professores titulares que pertençam, sempre que possível, ao mesmo
grupo de recrutamento dos docentes a avaliar.

Quem avalia os técnicos especializados colocados na leccionação de disciplinas de natureza profissional,


tecnológica ou vocacional?
Os técnicos especializados colocados na leccionação de disciplinas de natureza profissional, tecnológica
ou vocacional serão avaliados pelo coordenador do departamento curricular onde o órgão de gestão os
enquadre e pelo presidente do conselho executivo / director. Se não estiverem integrados em
departamentos curriculares, serão avaliados na sua dimensão de envolvimento e qualidade científico-
pedagógica pela comissão de coordenação da avaliação do desempenho.

O que se avalia no desempenho dos docentes?


A avaliação incide sobre duas dimensões do trabalho docente: (1) a avaliação centrada na qualidade
científico-pedagógica do docente, realizada pelo coordenador do departamento curricular; (2) a
avaliação centrada no cumprimento do serviço lectivo e não lectivo (assiduidade), na participação do
docente nas actividades gerais da escola, no progresso dos resultados escolares dos alunos, no
contributo para a redução do abandono escolar, no cumprimento do plano individual de formação, na
relação com a comunidade, realizada pela direcção executiva.

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