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O art. 309 contém o seguinte tipo: “usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer
no território nacional, nome que não é o seu”. A pena é detenção, de um a três anos, e
multa. O parágrafo único contém outro tipo: “atribuir a estrangeiro falsa qualidade para
promover-lhe a entrada em território nacional”. A pena é de reclusão, de um a quatro
anos, e multa.
O bem jurídico protegido é a fé pública, desta feita no que diz respeito à identidade
de estrangeiro que ingressa ou permanece no país.
81.2 TIPICIDADE
O caput descreve a conduta do estrangeiro, que usa nome falso. O parágrafo único a
do agente que atribui, a estrangeiro, falsa qualidade.
A conduta do estrangeiro é a de usar nome que não o seu. Usar nome alheio é
apresentar-se com nome outro, de outra pessoa ou fictício, através da emissão da palavra
2 – Direito Penal III – Ney Moura Teles
Além de agir dolosamente, isto é, com consciência de que usa nome falso, o agente
deve fazê-lo com a finalidade de ingressar ou permanecer no território nacional. Busca,
portanto, ludibriar as autoridades brasileiras incumbidas da fiscalização do ingresso e
permanência de estrangeiros no país, ocultando sua verdadeira identidade por meio do uso
de nome falso.
Deve o agente agir com dolo, consciente da falsidade da qualidade que atribui ao
estrangeiro e vontade livre de atribuí-la com a finalidade de promover sua entrada no país.
Ou seja, é necessário esse outro elemento subjetivo, que é o fim de possibilitar seu ingresso
no território brasileiro.