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website: www.susanavassalo.com

email : clarasusanavassalo@gmail.com

morada : Rua do Almada, nº374, 4º B


4050-033 Porto
Portugal

telefone : +351 91 491 29 77

data de nascimento : 30 de Março de 1982

nacionalidade : Portuguesa
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CLARA SUSANA MARTINS VASSALO ABREU


Arquitecta OASRN (Nº 16862N)
Experiência
_ _ _ _ _ _ _ _ _ Profissional
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _em
_ _regime
_ _ _ _ _de
_ _ Colaboração
________

Outubro de 2006 > Arquitecta nos Ateliers Jean Nouvel em Paris, França, tendo colaborado nos seguintes projectos:
> Agosto de 2008
- Praterstrasse 1, Viena, Áustria - Edifício multifuncional: hotel, centro de congressos, shopping, restaurante panorâmico –
54 500 m2 – concurso por convite: projecto vencedor (2005) - em construção;
Outubro de 2006 a Agosto de 2008 – Participação desde o Estudo Prévio ao Projecto de Execução e Assistência Técnica à execução da obra em colaboração com o arquitecto local
Neumann & Partners; trabalho de coordenação com os artistas convidados Pipilotti Rist (instalação / vídeo) e Patrick Blanc (jardim vertical); coordenação directa com as células de
Design Gráfico e de Iluminação dos AJN no design interior dos espaços públicos do hotel e centro de congressos. Desenvolvimento do estudo prévio do design interior dos quartos de hotel
enquanto colaboradora na estrutura JND – Jean Nouvel Design: desenvolvimento do conceito gráfico baseado na projecção e pintura de imagens retiradas do trabalho vídeo do colectivo
artístico austríaco Sonic Fiction;

- La tour Suncal, Los Angeles, E.U.A – Torre de apartamentos –


60 000 m2 - adjudicação directa (2007) - em projecto (Projecto Base);
Setembro de 2007 - Participação no Estudo Prévio;

- Chelsea 21st , Nova Iorque, E.U.A. - Edifício de Habitação: residências/ateliers para artistas plásticos e residências para coleccionadores de arte –
58 000 m2 - adjudicação directa (2007) - em projecto (Estudo Prévio);
Agosto a Setembro de 2007 - Participação no Estudo Prévio: desenvolvimento dos diferentes dispositivos de habitar da torre de habitação – casa, casa/pátio, casa/atelier e casa/galeria;

Julho de 2005 > Estágio académico no atelier aPolis Arkitektkontor, em Estocolmo, na Suécia, tendo colaborado nos seguintes projectos:
> Março de 2006
- Älgökonsthall, Nacka, Suécia – Casa / atelier / espaço expositivo para o artista Mikael Richter –
250 m2 - adjudicação directa (2005) - construído (2008)
Julho de 2005 a Março 2006 - Participação desde o Estudo Prévio ao Projecto de Execução: colaboração com o cliente na concepção da casa/atelier e na “rede” (espaço expositivo flexível);

- RadhusTorox Costa, Málaga, Espanha – Habitações unifamiliares geminadas –


30 unidades de 92 m2 – concurso por convite: projecto vencedor (2005) – em projecto (Estudo Prévio);
Agosto a Setembro de 2005 - Participação no Estudo Prévio e design de comunicação da apresentação do projecto : trabalho sobre a tipologia casa/pátio em banda.

- Sametinget, Kiruna, Suécia – Parlamento / Museu para a comunidade nómada lapónia Sami –
8 000 m2 – concurso público: menção honrosa (2005);
Setembro de 2005 - Participação no Estudo Prévio e design de comunicação da apresentação do projecto: estudo da cultura sami – história, organização social e politica, artesanato,
linguagem e arquitectura – e sua reinterpretação numa forma arquitectónica contemporânea; pesquisa sobre a adaptação de estruturas em madeira às especificidades da tipologia da torre;

- ÖstasiatiskaMuseet, Estocolmo, Suécia – Renovação do Museu Asiático de Estocolmo –


2000 m2 - concurso público (2005);
Outubro a Dezembro de 2005 - Participação no Estudo Prévio e design de comunicação da apresentação do projecto;

- ArbetsMuseet, Norrköping, Sweden – Renovação do Museu do Trabalho (Exposição Permanente) –


900 m2 - concurso por convite: projecto vencedor (2005) - construído (2007)
Dezembro de 2005 - Participação no Estudo Prévio (concurso): desenvolvimento do conceito de desenho baseado no Construtivismo Russo;

- RurströmRuin, Arquipélago de Helsínquia, Finlândia – Habitação Unifamiliar –


60 m2 + 200 m2 de terraço - adjudicação directa (2006) - construído (2008)
Janeiro a Março de 2006 - Participação desde o Estudo Prévio ao Projecto de Execução: trabalho sobre o desenho e construção de estruturas em madeira; v
Projectos
_ _ _ _ _ _ _ _a _ título
_ _ _ _ _ individual
_______

Actualmente - Casa Martins, Paredes de Coura, Portugal – Renovação de habitação do séc.XIX –


315 m2 - adjudicação directa (2007) - em projecto (processo de licenciamento);

- Casa Carvalho Araújo, Braga, Portugal – Desenho interior de habitação unifamiliar –


265 m2 - adjudicação directa (2007) - em construção;
Habilitações
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _Académicas
_______
Fevereiro de 2007 Licenciatura em Arquitectura pela FAUP - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (classificação final de 15 valores);

Percurso
_ _ _ _ _ _ _Académico
_______
Março de 2006 > “Do Direito à Habitação ao Direito à Cidade” - Prova Final de conclusão de Licenciatura em Arquitectura sobre os efeitos da segregação social no
> Outubro de 2006 crescimento das metrópoles contemporâneas e sobre a responsabilidade da intervenção do arquitecto em programas de realojamento
(tese orientada pelo Geógrafo Álvaro Domingues - classificação final de 17 valores);

2004 > 2005 5º ano na KTH (kungla Teckniska Hogskolan) Arkitekturskolan, em Estocolmo, na Suécia, intercâmbio realizado dentro do Programa Erasmus – estudo
técnico e de desenho da tradição arquitectónica escandinava e sua reinterpretação na contemporaneidade; pesquisa sobre o tema “Megastructures” baseado
num modelo “Low-rise/High density” e sua integração na estrutura urbana de Estocolmo;

2000 > 2004 Curso de Arquitectura na FAUP - Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto;
Conhecimentos
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _Informáticos
_________ Línguas
_ _____
Sistemas Operativos – Windows e MacOS X; Português _ Língua Materna
Desenho Técnico – Autocad (2D e 3D) e Archicad (2D e 3D); Inglês _ Fluente
Modelização e Renderização – Rhinoceros, 3D Studio Viz e Sketchup; Francês _ Fluente
Desenho Gráfico – Adobe Photoshop, Illustrator e Acrobate Professional; Sueco _ Básico
Contaminações
_ _________
2009 -Concurso Cobertura das Rua Galeria de Paris, no Porto, organizado pela revista Dédalo - Projecto Vencedor
2008 -Colaboração na produção do texto da curta-metragem “Diatomée”, produzida e realizada por Ischemie / Mlle Limonade;
-Inscrição como membro das ONG’s “Architects Sans Frontières” (“Arquitectos sem Fronteiras “) e “Architecture for Humanity”;
2006 -Participação na exposição “The Future of Elderly Housing in Sweden”, em Estocolmo, enquanto projecto seleccionado do curso “Megastructures” da KTH;
2005 -“The living Box” – Performance e instalação/vídeo projecção – dispositivo baseado no potencial estrutural e estético de materiais de isolamento de
baixo custo; testando a sua capacidade enquanto abrigo aberto à apropriação e mutação – Crash Course da KTH, Estocolmo, Suécia;
–“In solitude” – Trabalho fotográfico centrado nas afinidades entre arquitectura e moda - Fashion Design Workshop, KTH, Estocolmo, Suécia;v
2003-2004 –Membro dos “Neurose 23”, grupo de discussão arquitectónica da FAUP (organização de conferências, workshops e difusão de textos críticos);
2002 –Participação no workshop / concurso “Arquitetura e Paisage”, em Pontevedra, La Coruna, Espanha, organizada pelo Arqº César Portela;
1999 – Colaboração com o Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim – Escavações arqueológicas na Igreja Românica de S. Pedro de Rates;
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EQUIPAMENTOS
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área total de implantação 4 200 m2

área construída 3 800 m2

programa
hotel: 15 100 m2
shopping center : 11 810 m2
centro de congressos: 3 145 m2
spa + fitness center: 2 570 m2
restaurante panorâmico: 1 176 m2
estacionamento: 12 156 m2
áreas técnicas + armazém: 8 543 m2

Total = 54 500 m2
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Ateliers Jean Nouvel
10, cité d'Angoulême 75011 Paris - France
T (33) 1 49 23 83 83 F (33) 1 43 14 81 10
http://www.jeannouvel.com email: ajn01@jeannouvel.fr

PRATERSTRASSE 1 . EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL . VIENA . ÁUSTRIA


“… LE JEU SAVANT DES HASARDS ET DES VOLONTÉS…” JEAN NOUVEL

O volume da torre ecoa a fachada ligeiramente inclinada da Media Tower

O volume da torre respeita a sua vizinhança, evitando a projecção de sombras

“A arquitectura é a opotunidade duma transformação, de aprofundar


ou mudar o sentido dum contexto... A arquitectura é a fabricação
de uma aparição. Também em Viena a arquitectura é tudo isto... Mas
a razão é tão astuta quanto perigosa, tão grande é a tentação de
O projecto condensa uma continuidade urbana e uma excepção ou marco vertical
invenção e de perversão de elegâncias.
A forma parte de prismas-base inesperados cujos planos deslizaram,
fabricando novas intersecções. Um dos planos, sujeito ao magnetismo
da envolvente, acaba por se inclinar. Outro ilumina a cidade através
de um tecto luminoso de imagens fortuitas. Os restantes planos
vibram em mil linhas de orientações e reflexões variadas, e o
cinzento emerge intermitentemente nos quadrados cinzentos sobre
As alturas dos edifícios adjacentes são recuperadas no alinhamento altimétrico do projecto
fundo cinzento. Um plano oblíquo
de cobertura surge tramado por um
padrão cerrado de paralelogramos e
losangos. Os planos a Norte declinam-
se em texturas de vidro transparente
enquanto que os planos de Poente
escondem-se nas variações de negro
para ilustrar as suas próprias sombras.
No limite do céu um plano horizontal
que revela a aparição/desaparição das
faces mutantes.” Jean Nouvel
A forma do edificado é determinada pelas sombras projectadas pelos primas-base da composição
“LE PRESQUE RIEN”: NEUTRALIADADE E ADAPTABILIDADE À ORIENTAÇÃO SOLAR

CINZENTO NEGRO

fachada SUL fachada OESTE

TRANSPARENTE ESPELHO

BRANCO

fachada NORTE fachada ESTE


CONTRASTE: A ARQUITECTURA SERVE A EXUBERÂNCIA DA ARTE URBANA

vista dos 3 principais tectos luminosos de Pipilotti Rist

as superfícies de luz marcarão os espaços principais do edifício as imagens luminosas serão visíveis a diversas distâncias
UM PROGRAMA MULTIFUNCIONAL E CARACTERIZADO QUE SE COMPLETA EM COERÊNCIAN

1 _ um bar em mezzanine serve o lobby do hotel cuja


presença urbana é vincada pela luminosidade do tecto

3 _ os quatro pisos do shopping são unificados por um


pátio interior coberto por uma grande clarabóia

4 _ o enorme “jardim vertical” de patrick blanc remata


corte longitudinal a empena que serve de limite ao edificado
DIVERSOS ELEMENTOS CARACTERIZAM E UNIFICAM OS DIFERENTES ESPAÇOS N

2 _ o kaleidoscópio reflecte a imagem até ao lobby de


entrada, enunciando a grandeza e exuberância do espaço

8 _ o belvedere, com vista privilegiada sobre Viena


e com um enorme tecto luminoso

9 _ restaurante com vista panorâmica de 360 graus e com a maior intervenção


de Pipilotti Rist - 1000 m2 de imagens iluminadas, visíveis de toda a ciadade corte tranversal
SHOPPING: “RUA” QUE CONECTA ARTÉRIAS DE COMÉRCIO

planta do piso 0: vista do jardim vertical


vista do espaço comercial
As superfícies comerciais do piso
térreo constituem uma prolongação da
rua de comércio que é a Taborstrasse.
Simultaneamente, a luz natural que inunda o
pátio central acentua a continuidade com o
ambiente exterior e com os restantes pisos
de comércio (pisos1,2 e 3). O jardim vertical
de Patric Blanc anima o espaço conferindo-
lhe a presença de um pedaço de natureza.
Esta parede de verde afirma-se como remate
e elemento referencial do espaço.
corte pelo pátio interior
ENTRADA E LOBBY DO HOTEL: SUCESSÃO DE MOMENTOS PRECISOS DE LUZ E DE COR

planta do piso 0: elementos de destaque


vista do lobby de entrada do hotel
O hotel, que se desenvolve na torre, conecta-
se com o espaço público através do lobby.
É aqui que se encontra o núcleo de acessos
verticais a partir dos quais se alcançam
os quartos, o restaurante panorâmico, o
centro de congressos e o spa. A entrada
é marcada por um tecto luminoso que se
prolonga desde o exterior até ao interior.
A transparência de todo o piso permite o
contacto visual com a zona comercial e com
o elemento de remate, o muro vegetal.
vista do núcleo de acessos verticais pontuado pela presença do Kaleidoscópio
BELVEDERE: JARDIM DE INVERNO QUE SUSPENDE VIENA

vista das “varandas” interiores

O último piso de comércio (3º) e os pisos do spa (4º) e do centro de congressos (5º) comunicam
entre si através do belvedere com vista privilegiada sobre Viena. Este espaço resulta da intersecção
da base com a torre “suspensa”. Os pisos referidos, cortados nas suas zonas sociais pelo plano
oblíquo da fachada em losangos, rompem este limite através de “varandas” que se prolongam até
ao belvedere. Uma grande imagem luminosa acentua a grandiosidade e qualidade do espaço.
planta do piso 5: centro de congressos
RESTAURANTE PANORÂMICO: 360 º DE VISTA SEM LIMITES EM EXPLOSÃO CROMÁTICA

planta do piso 18: restaurante panorâmico


O tecto luminosos imenso é visível de toda a cidade como que flutuando
O restaurante panorâmico encontra-se
no último piso (18º) do edifício, ocupando
toda a sua superfície. Assim, foi possível
concentrar as áreas técnicas num núcleo
libertando os seus limites e permitindo a
sua abertura para uma vista privilegiada
de 360º sobre Viena. Assim, as mesas dis-
tribuem-se em torno da fachada, enquanto
que o bar central é sobreelevado permit-
indo também alcançar a mesma visibilidade.
O piso é uma massa moldada em variantes de altura, tal como acontece com a cidade de Viena.
QUARTO NORTE: TRANSPARÊNCIA EXPOSTA E ALARGADA

O quarto Norte foi desenhado de modo a poder ser um só “open space”. A fachada totalmente em
vidro expande a vista e trá-la para o interior do quarto. Através de um sistema de panos de correr,
o espaço pode ser dividido,. Esta divisão formal e funcional tem também correspondência no desenho
da fachada. A arquitectura de interiores baseia-se aqui, como em todos os quartos, na projecção
dum padrão retirado do trabalho dos SonicFiction, grupo de artistas de vídeo de Viena.
QUARTO SUL: ENQUADRAMENTO MINUCIOSO DA PAISAGEM URBANA

O quarto sul é o que possui a melhor vista. A fachada do quarto é composta por um sistema de
painéis opacos que enquadram a vista como desejável e que protegem o interior da exposição solar.
Este sistema permite também uma enorme proximidade ao exterior, pois a cama é móvel podendo o
utilizador implantá-la junto à fachada. Também aqui a disposição do quarto sul é flexível, sendo
que ou pode ser dividida em espaços íntimos ou pode converter-se num só espaço.
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área total de implantação 16800m2

área construída 729m2

programa
administração: 1728m2
biblioteca: 484m2
espaço expositivo: 484m2
entrada+foye: 441m2
parlamento: 841m2
café: 400m2

Total = 4378m2
______________________
Körsbärsvägen 22
114 23 Stockholm
Sweden

t/f +46 (0)8 673 03 80


e-mail: info@apolis.se
www.apolis.se

PARLAMENTO/MUSEU PARA A COMUNIDADE SAMI . KIRUNA . SUÉCIA


axonometria
O <BIG HEAVEN>

Esta proposta para um novo edifício para a comunidade Sami, em Kiruna, tenta captar o melhor do mundo Sami na sua relação intensa e responsável entre paisagem e arquitectura.
A ideia de transladar esta relação ancestral para um edifício contemporâneo inserido num espaço urbano, pretende contribuir para dar ao universo tão próprio da única comunidade
nómada europeia a visibilidade exterior merecida; pretende, ao mesmo tempo, ser espaço primordial de vivência quotidiana e perpetuação desta mesma cultura.
A cidade de Kiruna é marcada pelo seu planeamento urbano rígido e pela presença da indústria mineira, assim como por soluções arquitectónicas ímpares provenientes dos condi-
cionalismos de um ambiente climático tão específico e controlado. A proposta de uma torre de 52 m de altura com um ambiente climático controlado surgiu como um enorme desafio.
A escala do edificado faz dele um marco de referência paisagística e, consequentemente, de afirmação, da Comunidade Sami na cidade de Kiruna. O projecto propõe uma torre
implantada numa grande plataforma horizontal, simbolizando o contraste entre a presença física da comunidade Sami, com as suas pequenas construções, e a escala quase infinita
e imensamente abstracta da paisagem Lapónica. Em relação ao lugar, a organização do programa num edifício vertical pretende manter a área envolvente intocada, privilegiando
assim o espaço exterior enquanto extensão ao ar livre do museu, ou seja, um espaço para exposições, mercados e festivais, com uma vista excepcional para a cidade e para
as montanhas da paisagem circundante.

50
30
BL0CKMARK
BJÖRKSKOG

BJÖRKSKOG

FJÄLLHED

FJÄLLHED FUKTMARK

planta de implantação 1:1200

MYR
vista do foyer: contacto visual com o parlamento

Na distribuição interior, o programa é organizado em meios-pisos de modo a garantir o contacto visual entre eles, sugerindo
uma forte continuidade espacial. As áreas públicas encontram-se no topo do edifício, com uma vista privilegiada de Kiruna
e das montanhas circundantes. Assim, o foyer e a entrada principal do edifício situam-se no 7º piso. No piso térreo, em
conexão com a plataforma exterior, encontra-se o acesso ao edifício assim como um jardim interior protegido. É este jardim
que confere sustentabilidade à arquitectura, uma vez que a flora nele existente é capaz de renovar e purificar o ar, ao
mesmo tempo que cria um micro-clima temperado contrastante com o longo e ríspido inverno de Kiruna.
1. Os espaços públicos estão localizados no topo do edifício, oferecendo uma vista
privilegiada sobre Kiruna e sobre a sua paisagem gelada;

2. O centro: A entrada localiza-se no piso central do edifício e está conectada


com os restantes espaços. A partir da recepção existe um contacto visual com a
assembleia parlamentar (meio-piso acima) e com a sala de exposições (meio-piso
abaixo);

3. As proporções da assembleia parlamentar estabelecem as dimensões de todo o


edifício assim como a sua secção tipo em meios-pisos;

4. Como o programa é organizado verticalmente, liberta-se uma enorme quantidade


de espaços não-construídos, criando um grande parque voltado para sul e com
vista para Kiruna e para a paisagem envolvente;

5. Iluminação: o edifício é um “céu estrelado” que se prolonga até ao parque;

6. O ar é filtrado e aquecido através do jardim interior do piso térreo, a partir


do qual é distribuído para os restantes pisos. O ar limpo entra através de uma
ventilação amplificada;
VESTIÁRIO
+34.50
FOYER
+33.00
FOYER
RECEPÇÃO LOJA
PISO 7
1.200
ARRUMOS
+27.00
+28.50
SALA
EXPOSITIVA
PISO 6
1.200
VESTIÁRIO
CAFÉ 48.00
TERRAÇO
PISO 11
1.200
VESTIÁRIO
+37.50
PARLAMENTO
+39.00
PISO 8
1.200
+52.00

+51.00

CAFÉ CAFÉ
11 +48.00

10 SALAS DE REUNIÃO SALAS DE REUNIÃO +45.00

GALERIAS
9 +42.00

8 +39.00
PARLAMENTO

RECEPÇÃO FOYER
7 LOJA FOYER +33.00

ESPAÇO EXPOSITIVO
6 +28.50

SALA DE VÍDEO
5 +22.50
BIBLIOTECA SALA DE LEITURA

4 GABINETES +18.00

3 GABINETES +15.00

2 GABINETES +10.50

1 GABINETES SAUNA VILRUM +7.50

GINÁSIO
ENTRADA

CORTE A-A FACHADA


1: 300 1: 300
vista do parlamento, com Kiruna como cenário e diferntes níveis de galerias na fachada

Toda a estrutura da torre é em madeira de modo a enfatizar a tradicional e intensa ligação dos Samis à
Natureza. A fachada é constituída pela estrutura triangular em madeira que ajuda a estabilizar o edifício e
SEKTIONSUTSNITT
1: 100 que, ao mesmo tempo, confere o mesmo carácter quer no exterior quer no interior da torre. Os painéis de
madeira da fachada apresentam diferentes padrões baseados na estética abstracta do artesanato Sami.
detalhe construtivo_ escala 1:100
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área total de implantação 2968m2

área construída 849,8m2

programa
Casa de Chá: 49,6m2
Arquivo: 16,8m2
Biblioteca: 57,8m2
Espaço expositivo: 257,8m2
Administração: 159,8m2

Total = 541,8m2
_______________________
CENTRO CULTURAL JAPONÊS . ESTOCOLMO . SUÉCIA
Torre (símbolo religioso)

vista geral da proposta

Casa de Chá (katsura palace) Muro de protecção que contorna todo o complexo Pátio Interior (jardim das pedras)
planta de implantação (Escola de Arquitectura da KTH)

(RE)INTERPRETAÇÃO CONTEMPORÂNEA DA TRADIÇÃO JAPONESA


O projecto resulta, numa primeira análise, do diálogo entre espaços introspectivos, calmos e diversificados (que vivem dos espaços exteriores que com eles comunicam) e a sua
abertura à cidade, convidando à apropriação e utilização públicas. Depois, uma nova Dinâmica interior muda a relação entre utilizador e arquitectura, quer através da tensão entre
edificado e paisagem, quer entre os diferentes edifícios entre si. A rigidez da composição modular japonesa é enfatizada pela interferência de elementos em diagonal.
A área total do projecto é limitada por muros periféricos em madeira, em continuidade com a tradição arquitectónica japonesa, conferindo à totalidade do complexo um sentido de
interioridade calma, como se de uma fortificação dum palácio do séc.XVI se tratasse. Em contraponto, paredes de betão armado rompem dinamicamente estes limites, seccionando
os primeiros muros em entradas e dividindo o lugar em 4 espaços distintos.
No centro da forma triangular do terreno encontra-se o maior de todos os espaços. Como o “coração” de todo o complexo, é aqui que se implanta o maior e principal edifício
assim como o principal pátio, sendo pois o centro de toda a composição.
O tratamento das continuidades e das diferenças de altu-
ras das coberturas é essencial para compreensão da lógica
que sustenta a organização do programa. Assim sendo,
considerando o edifício principal, e mesmo assumindo-se
claramente como uma só unidade, pode facilmente perce-
ber-se de que é feito de momentos distintos e que possui
a sua própria hierarquia. Por outro lado, a localização e o
alçado a _ 1:500 tratamento das entradas é também uma óbvia expressão
desta diferenciação.
Os escritórios administrativos e o espaço de recepção/
entrada formam, claramente, um grupo, mesmo sendo o
menos notório em termos de representatividade urbana.
Mesmo que a cobertura deste núcleo se prolongue até ao
espaço expositivo pequeno, este encontra-se isolado, uma
vez que um espaço vazio de entrada interrompe a dita
continuidade. O outro grupo, com 4m de cércea, é composto
alçado b _ 1:500
pelas áreas públicas de maior escala (auditório, espaço
expositivo, cafetaria). A galeria, com 3m de altura, é o
elemento de conexão entre os dois grupos anteriormente
referidos. A sua função é flexível, assumindo-se mais como
um corredor expositivo em relação directa e privilegiada
com o pátio principal, do que como um acesso horizontal.
A biblioteca, o espaço mais isolado do edifício (em óbvia
alçado c _ 1:500 coerência com a sua utilização) partilha a mesma altura do
que a galeria, surgindo como o seu remate final.
Mesmo com alturas distintas, todo o edifício partilha a
mesma plataforma de piso. Varandas exteriores limitam
todas as áreas do edifício, aproximando o interior da
envolvente exterior ou da intimidade “zen” do pátio in-
terior.
No que se refere aos restantes dois edifícios, a Casa de
Chá, uma reminiscência programática da tradição japonesa,
corte A 1:500
funciona como um espaço introspectivo e calmo, num dia-
logo ainda mais próximo com a natureza exterior. O único
elemento vertical do complexo, expressão ou marco urbano
do Centro Cultural Japonês, alberga um arquivo de docu-
mentos e livros da cultura japonesa.
Todo o programa é, mesmo que se encontre dividido em
grupos, flexível, aberto a inúmeras apropriações, sendo
que cada parte poderá ser vivida independentemente das
corte B 1:500
restantes
recepção gabinetes sala de reuniões corredor galeria e. expositivo

cafetaria auditório wc biblioteca Casa de Chá arquivo

distribição do programa _ 1:1000 varandins exteriores cobertos e entradas 1:1000

influência da modulação espacial japonesa métrica e elementos da arq japonesa


planta do primeiro piso _ 1:500
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área total de implantação 7394m2

área construída 2241,5m2

programa hotel: 6542m2


centro de congressos: 1853m2
estacionamento: 8897m2

total : 17292m2
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HOTEL E CENTRO DE CONGRESSOS . PORTO . PORTUGAL
integração urbana: valorização da
Torre dos Clérigos e do espaço público

planta de implantação 1:2000 o maior marco histórico do Porto: a Torre


da Igreja dos Clérgos, do Arq. Nasoni
NOVAS INTERACÇÕES PARA UM CONTEXTO URBANO HISTÓRICO

O projecto localiza-se numa área de enorme peso monumental e histórico: pela sua forma, escala e significado, estabelece uma posição de compromisso com a envolvente, no
sentido da sua revitalização.
A geometria do volume torna-se orgânica para enfatizar as relações com o edificado, acelerando os pontos de vista das ruas envolventes e conectando diferentes contextos
urbanos. A sua implantação no terreno advém da intenção de recuperar a presença de construção em frente à fachada lateral da Igreja dos Clérigos, tal como acontecia no tempo
da sua construção, recuperando o significado urbano que terá justificado a sua composição arquitectónica. Ao mesmo tempo, esta implantação isola, reinforçando, a presença ur-
bana da Torre.
O espaço público proposto estabelece uma forte continuidade com os restantes espaços do mesmo tipo da envolvente, que se relacionam também entre eles segundo uma ligação
sequencial. Este novo espaço assume-se, pois, como remate final desta sequência: seguindo a topografia das ruas que o limitam, a entrada do hotel torna-se um limite natural. O
centro de congressos surge camuflado por esta topografia, associando-se directamente à dita plataforma pública e, simultaneamente, em relação franca com o hotel.
Programa:
quartos acessos recepção + espera restaurante bar técnicas congresso estacionamento

corte C 1:500

corte D 1:500

O centro de congressos nasce da estabilização do nível da plataforma pública, segundo a intenção de criar espaços exteriores a ele associados e assim, tornando-o, assim, mais apelativo ao
uso colectivo. Por outro lado, a pendente da plataforma indica as direcções das entradas do hotel e do centro de congressos, ao mesmo tempo que reinforça as relações de complementaridade
entre os dois equipamentos.
corte E 1:500
cota 80,6 - entrada do hotel e entrada do centro de congressos - e parcela da cota 70,3 - sala polivalente do centro de congressos - 1:500
piso tipo - quartos de hotel - e parcela da cota 82,6 - restaurante suspenso sobre o acesso ao hotel e cafetaria na plataforma pública de transição - 1:500
section C 1:400

De modo a tornar o volume principal mais leve, a permitir a ilumina-


ção natural no seu interior (acesso aos quartos) e para desbloquear
a plataforma para um uso público mais extensivo, o número e a área
dos apoios estruturais é reduzida ao mínimo, a certos elementos
pontuais. Para conseguir este objectivo, definiu-se uma rede massiva
de perfis em aço. Elementos diagonais são somados a esta estrutura
estrutura em perfis massivos de aço formando núcleos centrais porticada base, fortalecendo-a e aumentando assim o vão livre.
corte construtivo 1:30
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HABITAÇÃO
MULTIFAMILIAR
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área total de implantação 2 526 m2

área construída 2 303 m2

programa
habitação: 13 178 m2
galeria de arte: 454 m2
equip. lazer: 222 m2
estacionamento: 153 m2

Total = 18 835 m2
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Ateliers Jean Nouvel
10, cité d'Angoulême 75011 Paris - France
T (33) 1 49 23 83 83 F (33) 1 43 14 81 10
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CHELSEA 21st . HABITAÇÃO PARA ARTISTAS E COLECCIONADORES . N.Y. . E.U.A


UMA LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA JUNTO AO PORTO DE CHELSEA, EM MANHATTAN

vista sobre Manhattan e New Jersey IAC building: F. Gehry vista sobre o porto de Chelsea Chelsea 1: J. Nouvel
O PROJECTO APROPRIA UMA PRÉ-EXISTÊNCIA, DIFERENCIANDO O NOVO DO ANTIGO

alçado poente _ 11tth Avenue

O projecto consiste na apropriação duma pré-existência – um antigo edifício


de 4 pisos em tijolo – à qual se sobrepõe uma nova construção – torre com
um sistema abstracto de fachada em painéis de rede em inox. O objectivo é,
antes de mais, diferenciar o novo do antigo. Assim, a torre destaca-se da base
existente e assume uma linguagem distinta. Entre os dois volumes existe um
espaço exterior. Esta diferenciação tipológica é reforçada ainda pela inclusão
de vegetação neste espaço intersticial. Para além disso, a torre implanta-
se em rotação face à direcção apontada pelo edifício em cunhal a recuperar.
sistema de fachada: painéis que se sobrepõem rarefazendo e filtrando, com maior ou menor inensidade, não só a luz mas também a vista
A ESTRUTURA REDUZ OS PONTOS DE CONSTACTO DA TORRE COM A PRÉ-EXISTÊNCIA
HABITAÇÕES PARA ARTISTAS: ESPAÇO FLEXÍVEL QUE SERVE A PRODUÇÃO ARTÍSTICA
HABITAÇÕES NUM SÓ PISO: DIVERSAS TIPOLOGIAS PARA DIFERENTES APROPRIAÇÕES

Enquanto que as casas/ateliers para artistas se localizam no edifício pré-existente, a torre aloja
diferentes tipos de habitantes e, consequentemente, formas de habitar distintas. Assim, para as
habitações que se desenvolvem num só piso, são propostas diversas tipologias. Uma, um só loft que
se estende por todo o piso, possui espaços exteriores privados que dividem as zona sociais da zonas
mais intimistas. Outros pisos são divididos em quatro apartamentos, sendo que as zonas sociais são
implantadas em pontos privilegiados, possuindo na maioria dos casos mais do que uma frente.
HABITAÇÕES PARA COLECCIONADORES: A CASA ENQUANTO ESPAÇO EXPOSITIVO
Os apartamentos para coleccionadores partem do conceito de casa enquanto espaço expositivo. Sendo
que, para expor arte, são necessários pés-direitos altos, a habitação distribui-se em dois pisos nos
quais o espaço é contínuo e em permanente comunicação. Deste modo, estende-se a contemplação
artísticas a todos os espaço de uso domestico, ao mesmo tempo que se permite a visualização das obras
a partir de inúmeros pontos de vista e a diferentes níveis. Também aqui, são as zonas sociais ocupam
os lugares mais aprazíveis.
_______________________
área total de implantação (1 casa) 126,75m2

área construída (1 casa) 58,4m2

programa sala de jantar: 8m2


wc: (2,2 +2,6) 4,8m2
cozinha : 6,2m2
sala de estar: 22,3m2
quartos: (4,6+2,9+10,2) 17,7m2
acessos: 11m2
arrumos: 6,6m2
garagem: 26m2

Total = 102,6m2
_______________________
Körsbärsvägen 22
114 23 Stockholm
Sweden

t/f +46 (0)8 673 03 80


e-mail: info@apolis.se
www.apolis.se

HABITAÇÕES UNIFAMILIARES GEMINADAS TORROX COSTA . MÁLAGA . ESPANHA


vista axonométrica de Sul

perspectiva de Sul vista do terraço na cobertura

corte pelo terreno 1:1500


18.00

17.00

16.00

15.00

14.00

13.00

12.00

11.00

10.00

9.00

8.00

7.00

6.00

5.00

planta de implantação 1:2000

planta de conjunto 1:800 vista do jardim da fachada da frente (entrada)

O dispositivo sugere uma habitação expressiva onde a vista para o mar é o elemento principal. O ritmo dos espaços interiores e exteriores que se sucedem faz de toda a casa um
grande espaço de estar. A variedade de espaços exteriores - jardim em sombra, pátio habitável e terraço solarengo -, maximizam o uso de cada parcela ao estender a construção
no terreno. O objectivo é habitar a totalidade do lote ao integrar e fazer comunicar espaços interiores e exteriores. A ideia é criar uma casa que se posso adaptar a diferentes
estilos de vida – famílias com crianças que precisam de vários quartos com a possibilidade de fechar os espaços, casais com uma vida social intensa que necessitam de espaços
abertos e terraços para eventos, etc. Qualquer que seja o tipo de apropriação, está presente no habitar um sentimento de privacidade, uma vez que a arquitectura consegue
compatibilizar o completo resguardo do interior da habitação com o aproveitamento máximo da vista para o mar e com o habitar de espaços exteriores variados.
A Casa

O acesso à casa é feito a partir da rua, através de um


pequeno jardim na frente da habitação. Avançando até

ARRUMOS
ao seu interior, encontra-se uma cozinha/passagem. À
direita é a zona de comer. Há um pátio no centro da casa
que separa a zona de comer da sala de estar. Em frente JARDIM FRENTE

à sala de estar existe um terraço com vista para o mar.


O terraço é coberto por uma pérgola em projecção na wc
fachada sul. É possível abrir e conectar todos os espaços
GARAGEM
deste piso térreo. Este nível pode, então, ser apropriado QUARTO
COMER
TERRAÇO
como um só grande espaço.
No piso superior distribuem-se 3 quartos e 1 wc. Há tam-

COZINHA
bém terraços que correspondem às coberturas da zona
de comer e da sala de estar. O quarto principal situa-se
na extremidade suspensa deste volume e tem vista para
PATIO
o mar. Junto ao wc acede-se a um solário com a mesma
vista para o mar e com total privacidade. Privilegiando a
flexibilidade, é possível acoplar um dos quartos e o wc
PISO -1
ao quarto principal tornando-o num só quarto maior. Há
ainda outro quarto de carácter mais privado que se volta wc

para a rua e ao qual se encontra associado um segundo


terraço. SALA QUARTO
TERRAÇO
A garagem e a entrada comunicam por uma escada até ao
piso superior. Subindo da garagem, a primeira vista será
a do mar.

QUARTO

PÉRGOLA

PISO 0 PISO 1

escala: 1:150
corte 1:150

corte 1:150
______________________
área total de implantação 17400 m2

área construída 4153 m2

programa
chabitação sénior: 2090 m2
igreja: 377 m2
jarim de infância: 820 m2
fisioterapia: 549 m2
hospital: 2054 m2
cafetaria: 144 m2
restaurante: 214 m2
cais de embarque: 700 m2

Total = 6948 m2
______________________
HABITAÇÃO SÉNIOR E SERVIÇOS SOCIAIS . BREDANG . ESTOCOLMO . SUÉCIA
O projecto é uma expressão de consolidação urbana
e um ambiente aberto à interacção social

As plataformas superiores convidam à interacção


entre as novas comunidades e as pré-existentes .

Os equipamentos implantados junto à frente de mar planta de implantação 1:4000


estendem a apropriação ao grande público
UMA MEGAESTRUTURA DE INTEGRAÇÃO URBANA E SOCIAL
O contexto urbano caracteriza-se por uma grande diferença urbana e por um diálogo deficiente entre bredäng - de planeamento e arquitectura modernistas - e mälarhöjden -
composto por habitações unifamiliares dispersas e implantadas sem plano prévio.
O presente projecto baseia-se, contudo, em ambas as realidades, fazendo-as comunicar numa consolidação urbana global, cosendo os tecidos urbanos distintos. Por outro lado,
pretende trazer-se também uma nova interacção funcional entre estas duas realidades sociais através de equipamentos que aproximam as duas comunidades.
Este projecto é também a materialização duma posição social, a de que as pessoas idosas não devem ser excluídas da sociedade mas, pelo contrário, devem ser uma parte
activa dela. Esta proposta assume-se, pois, como uma plataforma interactiva onde espaços de uso público contactam com espaços de habitação sénior.
Tendo em conta que o sítio é uma área verde protegida, a estrutura organiza o espaço numa expressão clara dos limites entre natureza e edificado. A presente construção
respeita as características topográficas originais mantendo-as intactas em maior parte da sua extensão de construído, elevando-se do solo, sendo que as únicas excepções
são as áreas de uso público, em contacto directo com a frente de mar.

vista de brëdang

fotomontagem vista de mälarhöjden


Programa diversificado para uma interacção dinâmica entre espaços públicos e privados:

cais de embarque igreja centro comunitário e creche habitação sénior ginásio/fisioterapia hospital cafetaria

restaurante plataforma pública plataforma de uso colectivo

primeiro piso +7,5m segundo piso +10m terceiro piso +15m quarto piso +20m quinto piso +25m sexto piso +30m sétimo piso +35m oitavo piso +40m
fachada voltada para o mar (norte) 1:1500

corte A 1:1500

corte C _fachada este 1:1500

corte D _ fachada oeste 1:1500


sala de convívio

bar

gabinete médico

administração sala de estar


+ cozinha
funicular planta do sexto piso - habitação sénior
1:400
entrada para ginásio
o complexo + fisioterapia
habitacional

corte transversal D 1:400


O principal objectivo social do projecto é criar um ambiente de
interacção entre os idosos da habitação sénior e o resto da so-
ciedade de várias gerações, compatibilizando-o com um ambiente
habitacional calmo e de contacto privilegiado com a natureza
envolvente. Para tal, todos os pisos de habitação sénior estão
conectados por um funicular à plataforma superior, piso onde
se encontram os equipamentos sociais – igreja, creche e centro
comunitário. Por outro lado, cada unidade/piso de habitação é
independente e é composto por quartos individuais com wc, espa-
ços de convívio assim como assistência médica permanente, num
conjunto programático que pretende dar o máximo de liberdade e
de sentido de “casa” aos utilizadores. As plataformas horizontais
permitem aos idosos percorrerem confortavelmente o exterior
ao mesmo tempo que enfatiza a horizontalidade da vista sobre
o mar. O projecto permite também albergar idosos de diferentes
idades e em diversos estados de saúde. Para tal, foi necessário
diversificar ao máximo o programa, abrangendo até uma estru-
tura hospitalar. A desmistificação do papel social dos idosos é
estimulada pela inclusão de equipamentos públicos – restaurante,
cafetaria, etc – estimulando o contacto exterior.

zoom do corte A 1:400


habitação: circulação com vista para o mar, e quartos voltados a sul, ao nível das copas das árvores
zoom do corte A 1:400
Habitação sénior, hospital e equipamentos de lazer. O hospital volta-se para um pátio interior.

cais de
embarque

sala de restaurante cafetaria recepção


espera hospital

adminis-
tração

gabinete médico

planta segundo piso _ hospital 1:400


igreja _ 8º piso 1:400 c.comunitário _ 7º piso 1:400

creche _ 8º piso 1:400


______________________
área total de implantação 24295 m2

área construída 10515 m2

programa habitação: 32715 m2


lojas: 5390 m2
escritórios: 1275 m2

total : 39380 m2
______________________
HIGH-COLECTIVE / LOW-UNIFAMILIAR . HABITAÇÃO . PORTO . PORTUGAL
tipologias de habitação:
“high-colective” “low-unifamiliar”

Exemplos de habitação “high-colective” Exemplos de habitação “low-unifamiliar”


da envolvente da envolvente
FORMA URBANA: UMA (RE)CRIAÇÃO DO LUGAR
O projecto localiza-se num ambiente urbano em constante mutação.
Artérias de grande escala rompem o esquema urbano tradicional de cariz
medieval do Porto, enquanto edifícios de habitação colectiva, autistas
aos princípios urbanos da envolvente, apropriam uma superfície cada
vez maior. Em contraponto, este projecto continua a basear-se no
conceito de quarteirão portuense. A rua permanece enquanto elemento
estrutural da proposta e a construção continua a limitar-se aos
limites do quarteirão, dinamizando porém o seu interior, evoluindo para
a coexistência de espaços exteriores privados e de espaços de uso
colectivo e público. A inclusão de grandes espaços verdes condensam
a ambição de abrir o interior do quarteirão à cidade. A cadência
métrica do lote portuense mantém-se. A aparente independência de
cada módulo esconde uma grande complexidade tipológica. Este ritmo
urbano é quebrado pelos vazios dos acessos ao interior do quarteirão,
enfatizados pela morfologia “deslizante” dos edifícios maiores.

planta de implantação 1:4000 fachada da rua de Egas Moniz 1:500

corte lomgitudinal: esquema global imagem global do conjunto: diálogo entre duas escalas urbanas
planta do 1º piso

planta do 2º piso planta do 3º piso

planta do 4º piso
Distribuição tipológica 1:500:

loja habitação T1 habitação T2 habitação T3 habitação T4

LOW-UNIFAMILIAR
O esquema de distribuição dos edifícios “low-
unifamiliar” maximiza o sentido de autonomia de
cada fogo, numa re-interpretação da tipologia de
“casa geminada”. A disposição interior adapta-se
à pendente da rua, ao mesmo tempo que quebra a
métrica aparente de lote, visto que cada habitação
se estende por mais do que uma parcela.
Os acessos às habitações são independentes
e directos a partir da rua ou do interior do
quarteirão, tal como acontece na maioria das
habitações tradicionais da envolvente.
Cada unidade habitacional é composta por três
módulos – quartos, sala e cozinha – sendo os dois
últimos semelhantes nas diferentes tipologias. O
tipo e a forma do elemento de conexão entre os
três módulos muda consoante as especificidades
de cada caso.
Reforçando o sentido de interpretação da pré-
existência, todas as habitações possuem um espaço
exterior privado – terraço ou pátio – tal como
acontece na típica Casa do Porto.
planta do 1º piso planta do 2º piso planta do 3º piso planta do 4º piso planta do 5º piso
Distribuição tipológica 1:500:

loja habitação T1 habitação T2 habitação T3 habitação T4 acesses

HIGH-COLECTIVE
O potencial da tipologia do acesso em galeria é posto
em prova neste projecto, numa nova interpretação
das “ruas interiores” de Le Corbusier. Ainda que
baseada no mesmo tipo de associação vertical, as
galerias tornam-se, aqui, exteriores (ou seja, ainda
mais próximas do conceito do arquitecto suíço),
o que significa, formalmente, que os edifícios se
dividem em dois volumes, com galerias em grelha
entre eles, assim como passagens interiores nos
fogos.
Corte pelo interior do fogo _ passagem entre volumes

Passagens em forma de membranas ligam os dois volumes nos


quais se desenvolve o fogo. As salas e o quartos encontram-
-se em contacto directo – no mesmo volume – mesmo que em
pisos diferentes, enquanto que os quartos se encontram numa
situação de maior independência e intimidade – noutro volume.
Estas passagens entre dois universos - zona de estar / zona de
dormir – também contribuem para a caracterização das galerias
de acesso aos fogos, criando um ritmo de cheios/vazios e de
zonas de luz/sombra.

fogos-tipo _ planta do 4º piso 1:200

corte B 1:300
Corte pelas galerias e pelas zonas de entrada dos fogos

Duas galerias, uma no 2º e outra no 5º piso, são os elementos


de distribuição horizontal e de acesso aos fogos. A superior é em
grelha de aço inox, permitindo a permeabilidade exterior e difusão
da luz natural. A inferior, elevada apenas meio-metro do nível do
chão, permite a transição entre as áreas pública e comum.

fogos-tipo _ planta do 5º piso 1:200

corte A 1:300
corte pelas galerias 1:500

pormenor construtivo da fachada 1:10


fachada oeste 1:500

fachada este 1:500

fachada norte 1:200


corte construtivo da fachada 1:50
O sistema construtivo baseia-se numa estrutura em pórtico de
grande escala, com a extensão de todo o edifício, e constituída por
vigas contínuas de 3m de altura e por pilares com 15m de altura. Os
quatro pisos são pendurados a esta estrutura base através de cabos
de aço com 100mm de diâmetro (tirantes). Vigas de 0,5m de altura,
localizadas no 2º piso, ajudam a estabilizar todo o sistema.

Esquema de acesso:
Os pisos de habitação são elevados de
modo a prolongar a área apropriável
das plataformas artificiais do terreno. A estrutura porticada
desmaterialização do edifício consegue-
-se através da diminuição dos pontos de As paredes de betão, contendo os cabos de aço nas suas extremidades,
contacto com o terreno e pela presença da ligam os dois pórticos opostos de cada volume, situados nos seus
luz entre os dois blocos que o compõem. lados maiores. Assim sendo, estas paredes são elementos essenciais,
Este vazio potencia a continuidade entre contribuindo decisivamente para a sustentabilidade estrutural global
as áreas públicas, colectivas e comuns. da construção.

A caixilharia, os painéis de revestimento e as portadas exteriores, paredes em betão


todos em alumínio, são suportados por uma estrutura secundária
feita de perfis “I” de aço. Esta é uma estrutura independente das
paredes e das lajes, sustentando-se directamente nos elementos
construtivos dos pórticos.

Museu de S. Paulo, Lina Bo Bardi, 1968 estrutura secundária de perfis “I”


_______________________

HABITAÇÃO
UNIFAMILIAR
_______________________
__________________
área total de implantação (casa) 2304 m2

área construída 202 m2

programa atelier (+ arrumos) : 64,7 m2


habitação 1º piso : 61,4 m2
habitação 2º piso : 92 m2

Total = 102,6 m2
__________________
Körsbärsvägen 22
114 23 Stockholm
Sweden

t/f +46 (0)8 673 03 80


e-mail: info@apolis.se
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CASA / ATELIER PARA ARTISTA PLÁSTICO . ÄLGÖ . ESTOCOLMO . SUÉCIA


planta de implantação 1:400

fachada sul 1:400


vista do terraço na cobertura

UM DISPOSITIVO ABERTO A UMA APROPRIAÇÃO CONSTANTE

Älgö é uma das areas do arquipélago de Estocolmo veio a transformar-se ao longo dos tempos, passando duma antiga área de lazer e de segundas habitações a uma zona de
habitação permanente, numa relação de vizinhança com o centro de Estocolmo.
O cliente ambicionava um espaço aberto a interacções profissionais e sociais. Neste sentido de convite à apropriação, a implantação e organização do edifício liga à estrada que
sobe até ao terreno uma escada que continua este percurso ascendente até à cobertura/terraço da casa. As áreas privadas de habitação situam-se no 2º piso, enquanto o
atelier/espaço expositivo com pé-direito duplo se encontra voltado para a garagem, a poente. O diferentes compartimentos da habitação, de áreas reduzidas, conectam-se através
de portas de correr com o grande espaço de encontro que se estende de este a oeste. Uma segunda pequena habitação de alojamento a pessoas carenciadas surge no 1º piso,
voltada para este.
vista do espaço de encontro que se volta para o atelier
corte B 1:200

+55.40
corte A 1:200

2,400 2,780
+49.67

+52.27

+55.67

planta do 1º piso 1:200


vista do atelier com o artista Mikael Richter, o cliente
fachada norte 1:200

fachada oeste 1:200


fachada este 1:200

planta o 2º piso 1:200


OBRA FEITA: O CONFORTO DA PRÉ-FABRICAÇÃO

Toda a casa foi construída em elementos pré-fabricados. À estrutura porticada de perfis “H” de aço somaram-
-se painéis sandwich alucobond.
As aproximações a uma arquitectura industrial não puseram em causa o conforto da casa; pelo contrario,
a crueza da arquitectura contribuiu para o seu carácter evolutivo, uma vez que desinibe, permitindo uma
apropriação diversificada e descomplexada desejada pelos clientes. A estética da casa advém, pois, da sua
funcionalidade: esta é, finalmente, uma casa /estaleiro de produção artística.

estrutura porticada pré-fabricada

o atelier em funcionamento

aspecto final da casa/atelier o conforto intimista dos espaços de habitar


a rede “agarra-se” às árvores
da envolvente

a casa e a rede

REDE ELÁSTICA: A METAMORFOSE DO LUGAR

A fachada sugere uma estrutura que serve a mostra e armazenamento das obras produzidas pelo artista.
Uma superfície exterior em dois leyers surge como uma grande rede capaz de deformar o corpo da casa
abraçando a vegetação em redor, e criando, deste modo, um espaço exterior que amplifica o espaço interior.
Os constrangimentos económicos são, aqui, um desafio que potencia a expressão desta rede face ao
material, forma e qualidades gerais do edifício industrial que é a casa/atelier na sua origem.
__________________
área total de implantação (casa) 260 m2

área construída 260 m2

programa habitação : 60 m2
terraço : 200 m2

Total = 260 m2
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114 23 Stockholm
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t/f +46 (0)8 673 03 80


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CASA RURSTROMRUIN . ARQUIPÉLAGO DE HELSÍNQUIA . FINLÂNDIA


corte pelo terreno
UMA CASA QUE SE ESTENDE EM DIRECÇÃO AO MAR

vista interior : contacto com o terraço que se intersecta com o terreno


INTERIOR: ESPAÇO FLEXÍVEL QUE PRIVILEGIA O CONTACTO COM O EXTERIOR

O interior da habitação é disposto de forma a minimizar a área total, uma vez que é dada prioridade
à vivência no/do exterior.
O espaço é organizado a partir duma área central – zona social (sala + cozinha) – ao qual se
ligam os restantes espaços – zona íntima (quartos) – também conectados entre si. Uma vez que o
encerramento se faz através de panos que correr, a casa pode tornar-se num só espaço contínuo.
Todas as divisões possuem acessos directos a partir do exterior.
EXTERIOR: CONTINUIDADE CONVIDATIVA À VIVÊNCIA DA NATUREZA ENVOLVENTE

Esta é uma pequena casa que vive do seu espaço exterior. Durante o verão, estende-se através dum
grande terraço suspenso sobre a ravina voltada para o mar. A diferença de 3m entre a frente e as
traseiras do edifício é o ponto de partida para a organização do espaço e do acesso à casa. Uma escada
exterior estabelece o contacto entre as traseiras, a um nível inferior, e frente, a um nível superior. A
frente sul volta-se para o terraço enquanto que uma varanda contínua circunda as restantes frentes
da casa.
_______________________
área total de implantação 612,6 m2

área construída 204,4 m2

programa
espaço expositivo: 71,7 m2
sala de estar: 55,3 m2
zona de comer: 11,3 m2
cozinha: 18,1 m2
biblioteca: 16,8 m2
quartos + wc: 80,4 m2

Total = 253,6 m2
_______________________
CASA/ABRIGO PARA CIENTISTAS E ARTISTAS . MALMON . SUÉCIA
planta de implantação 1:500

fachada este 1:300


TENSÃO E DINÂMICA: NOVOS DIÁLOGOS NA/DA PAISAGEM

Todos os objectos arquitectónicos transformam a Natureza. A arquitectura silenciosa também faz ruído. A arquitectura expressiva é clara na sua presença e, se for sensível, é
capaz de construir a evolução dum lugar e o modo como o experienciamos.
O objecto arquitectónico dita um novo mundo de significados, reforçando o papel de cada elemento pré-existente, aumentando o seu poder de comunicação/significação. Através
deste sentido límpido de mudança, a arquitectura estimula a consciencialização do utilizador tornando-o, assim, num interveniente mais sensível.
Esta arquitectura não transforma a forma física da paisagem em que se insere, hiperboliza-a até, materializando abstractamente os seus movimentos. Neste contexto orgânico,
a arquitectura é também moldada como um peça orgânica, numa linguagem que potencia a comunicação entre edifício e natureza.
Sendo uma expressão da dinâmica do contexto, esta arquitectura enfatiza diferentes direcções e forças que já existem no lugar. A arquitectura acontece enquanto manifestação
física desta interpretação. A sua tensão e movimento aumentam a intensidade da experiência do lugar.
Este projecto é um objecto. É uma óbvia excepção neste sítio árido, tanto quanto qualquer forma de vida o é. Não é um pedaço de paisagem, mas uma forma revitalizadora do
lugar, tanto quanto qualquer intervenção do homem o é. Não existe nenhuma arquitectura natural.

fachada oeste 1:300


“THIS IS NOT A HOME”
O edifício expressa o desejo em ser um objecto que expõe o lugar a infinitos tipos de
apropriação.
É constituído por uma cobertura e paredes portantes de betão, caixas em madeira
suspensas a esta estrutura principal e panos de vidro pré-fabricados, não-permanentes
e capazes de se transformar.
A cobertura é uma interpretação/projecção da topografia do lugar. Os sentidos das
suas pendentes exaltam os pontos/momentos mais relevantes da envolvente.
As caixas de madeira fazem a transição entre a escala do lugar (e da cobertura) e a
escala humana. Enquanto elementos ortogonais, acentuam a organicidade da estrutura
COBERTURA= principal, ao mesmo tempo que acelera e força perspectivas através da forte tensão
relação/enquadramento da/na paisagem entre planos ortogonais verticais e planos irregulares inclinados. A escala e o material
destas caixas dá ao utilizador um sentimento de protecção, mesmo quanto o espaço
interior não o é verdadeiramente.

CAIXAS=
protecção

VIDRO=
flexibilidade/apropriação
Mesmo tocando o terreno em apenas quatro
paredes portantes, o objecto confere ao utilizador,
devido à sua morfologia, um contacto mais intenso
com o ambiente envolvente. Aqui, o utilizador
pode percorrer o lugar através das diferentes
plataformas exteriores que compõem o edifício.
Este “corredor” ao ar livre acaba no elemento
central da composição arquitectónica, a pedra,
onde os acessos são esculpidos.
O edifício é um objecto sensível: é a expressão física
das particularidades do lugar, transformando-o,
conferindo-lhe um novo sentido de protecção e de
flexibilidade.
Com a utilização de um sistema
construtivo independente do COZINHA
interior, este pode dispor-se da
forma que se quiser. Até as escadas
são móveis, de modo a tornar a
apropriação desta não-casa ainda
mais flexível.
A forma do objecto tem como elemento
centralizador da composição uma
enorme pedra pré-existente. Esta
centralidade estende-se ao interior,
sendo que as áreas comuns (sala,
cozinha, zona de comer) localizam-
se nesta caixa central, em contacto
com a rocha, onde é esculpida uma BIBLIOTECA
lareira – o coração do edifício. No
mesmo piso, mas numa plataforma
mais baixa de entrada/recepção ZONA DE COMER
encontra-se um espaço expositivo,
enquanto que a biblioteca e o
espaço de trabalho dispõem-se
na plataforma mais alta, no lugar
mais distanciado da entrada e mais EXPOSIÇÃO SALA
próximo da paisagem. planta do 1º piso 1:300

corte D 1:300
Todos os espaços comuns,
situados no 1º piso, são servidos
por grandes áreas exteriores
cobertas que se apresentam como
uma extensão do interior, e com
uma proximidade física com a
envolvente, de acesso directo à
mesma.
Em oposição, os quartos localizam-
se no topo das caixas, criando
assim uma sensação de isolamento
intimidade, sem nunca descorar o
sentido comunitário do programa
(como a inexistência de quartos
individuais o comprova). Por outro
lado, ao estarem num ponto mais
alto, estabelecem uma relação
visual com a paisagem para além
dos seus limites de proximidade,
alcançando a o mar.
.

planta do segundo piso 1:300

corte A 1:300
esquema do sistema estrutural

O sistema construtivo baseia-se em paredes portantes e


na cobertura em betão que suportam, suspensas, caixas de
madeiras, através de vigas no plano horizontal (ligação com
as paredes) e cabos de tracção no plano vertical (ligação com
a cobertura). Na caixa central, as vigas apoiam-se também na
rocha.

corte construtivo A 1:50


corte construtivo B 1:20
_______________________
área total de implantação 189 m2

área construída 189 m2

programa
habitação: 312, 82 m2

Total = 312, 82 m2
_______________________
CASA MARTINS . PAREDES DE COURA . PORTUGAL
planta do piso 0 e planta de cobertura

A Casa Martins situa-se no centro da vila de Paredes de Coura, num local de grande representatividade.
A proposta contempla pois a recuperação da dita fracção mantendo o seu uso inicial de habitação e
interferindo o mínimo possível na imagem secular do construído.
O edifício onde se insere é uma construção do início do século XX, de arquitectura nobre, de planta
quadrangular e telhado de oito águas, composto por rés-do-chão, andar e sótão. A casa é em granito,
com alvenarias rebocadas e caiadas e molduras das janelas, portas, cunhais e cornijas em cantaria. As
caixilharias e portadas interiores são de madeira. O edifício foi dividido em quatro fracções: duas lojas
no piso térreo e duas habitações nos pisos superiores. No piso térreo localizam-se ainda os acessos às
duas fracções de habitação.
Esta fracção apresenta, pois, planta rectangular (simétrica à outra habitação) e telhado de 5 águas,
sendo duas partilhadas com a fracção contígua. As entradas mantêm, assim, as mesmas tipologias e
tipos de acabamento (uma, sob a forma de escadaria exterior em acesso directo ao 1º piso, na Rua
Dr. Bernardino António Gomes; e outra, comum com a fracção contígua simétrica, no piso térreo, no
Largo Visconde de Moselos). A caixilharia em madeira será toda recuperada. As portadas interiores em
madeira serão também recuperadas. O telhado será reconstruído mantendo, em todas as águas visíveis,
as mesmas características. Os vãos de cobertura (janelas do tipo velux) foram desenhados de modo a
integrar o melhor possível com o desenho da fachada em causa. De referir, contudo, que a parcela de
cobertura em causa e, consequentemente, os ditos vãos, não são visíveis da rua.
alçado sudeste _ Largo Visconde de Moselos

alçado nordeste _ Rua Bernardino António Gomes


planta do piso 1 e corte longitudinal pelo acesso vertical
planta do piso 2 e corte transversal pelo acesso vertical
INTERIOR _ Adequação à utilização

O programa de habitação proposto


desenvolve-se em três níveis, numa área
bruta total de 312, 82 m2.
No piso térreo mantém-se o acesso comum
pelo Largo Visconde de Moselos. No primeiro
piso desenvolve-se o programa principal de
habitação. Para além dos dois acessos (o
acima referido e o acesso directo pelas
escadas exteriores situam-se também dois
quartos, uma suite (quarto + wc individual
+ vestíbulo), um wc social, uma despensa,
cozinha e sala. Deste piso pode aceder-se
ao piso superior através de uma escada de
lance único associada ao hall de entrada.
O segundo piso surge como um complemento
planta do piso 1 _ luz natural ao programa do segundo piso, apesar de ser
essencial para o conforto e funcionalidade
da habitação. Visto que a fracção não tem
a ela associados quaisquer rossios, foi
delineada uma estratégia de inclusão de um
espaço exterior privado. Tendo em conta
o potencial do terraço (nomeadamente no
que se refere à sua exposição solar), foi-
lhe associado também um salão/arrumos de
apropriação flexível. Para completar este
programa complementar à habitação, incluiu-
se também um atelier/arrumos e um wc de
serviço.

vista do corredor de acesso aos quartos _ pé direito duplo e vão de luz zenital
OBJECTIVOS _ Conceito

a) luz natural - O facto da fracção possuir


apenas duas frentes livres, fez com que
o projecto se pautasse por assegurar luz
natural em todas as divisões, de forma
a garantir maior salubridade e qualidade
arquitectónica. A cobertura, apesar de
manter as suas características originais, foi
tratada de forma a aproveitar ao máximo
a sua exposição solar. Partindo deste
pressuposto, pontos de luz zenital iluminam
todos os pisos da fracção.

b) permeabilidade espacial e visual - Os


espaços de entrada (quer o do piso térreo,
quer o do primeiro piso) e os espaços de
circulação estão em permanente comunicação. planta do piso 2_ luz natural
São áreas que dispõem de pés direitos
duplos e que permitem a difusão da luz
natural (garantida pelo objectivo exposto no
ponto anterior), enfatizando as qualidades
espaciais da habitação.

c) inclusão dum espaço exterior privado –


Foi desde sempre ambicionado, pelos motivos
já descritos, um terraço que garantisse
um contacto privilegiado com o exterior,
mas que não interferisse, contudo, nem
com a morfologia nem com a estrutura do
edificado Assim, este terraço surge apenas
da supressão de parte de uma das águas
independentes da fracção, e volta-se para
a cobertura da sua fracção simétrica,
tornando-se urbanamente invisível.
vista da sala polivalente _ novos vãos de luz zenital
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CONCURSOS
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área total de implantação 4 500 m2

programa
cobertura : 4 500 m2

total : 4 500 m2
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CONCURSO COBERTURA DA RUA GALERIA DE PARIS . PORTO . PORTUGAL
LINHAS _ NOVAS APROPRIAÇÕES URBANAS
O Porto mudou. As noites das ruas vazias e dos cafés cheios, onde pessoas se amontoam, vão desaparecendo.
Hoje, as pessoas querem, verdadeiramente, sair. E fazer das ruas as suas casas. Pretendem estabelecer-
se novos contactos, novas relações, novas conexões. Há um desejo de liberdade e de diversidade. A Rua
Galerias de Paris é o exemplo expressivo e vivo desta mudança.
O dispositivo desta proposta nasce do desejo de resposta a estas novas ambições e necessidades. Por
outro lado, contrapõe a ideia de cobrir, na sua totalidade, este espaço público. Responde, contudo, às
necessidades funcionais de protecção dos seus habitantes urbanos, ao mesmo tempo que ambiciona tornar
a rua num espaço ainda mais “habitável”.
Foi o convite à vivência exterior que fez da Rua Galerias de Paris o que ela é hoje. Ela não deverá ser,
então, coberta com um elemento contínuo que a encerre. Porque esta Rua fez-se o que é no exterior e
deve manter-se exterior.
Propomos um dispositivo flexível, aberto a infinitas apropriações. A sua simplicidade, leveza e transparência,
aliadas ao seu carácter camaleónico, aproximam esta não-construção de uma “instalação”. É uma estrutura
que permite à rua respirar. É um elemento que unifica o perfil da Rua ao costurar os dois alçados.
O seu lado “artesanal” faz dele um corpo mais familiar. Com a mesma naturalidade com que se estende
a corda de roupa até à vizinha da frente, um “novelo de linhas” desenrola-se e liga pontos opostos.
Agarrados a este emaranhado de linhas e direcções encontram-se os panejamentos/telas que animam a rua
de cores e de formas diferentes. Estes protegem da chuva nas noites boémias ou filtram o sol, pintando a
rua de novas sombras, num convite para a sua apropriação diurna. O dispositivo é elemento protector que
convida a estar, sempre.

Como num jogo de crianças, unimos um desenho através de um traço que percorre números. A nossa “linha”
escolhe pontos específicos de cada alçado sem nunca interferir na sua composição. A regra é simples: nunca
intervir com o carácter privado ou semi-privado que se ergue acima da laje de tecto do piso térreo. Estas
alturas variam de edifício para edifício, sendo que a trama se adapta a estas variantes, conferindo-lhe
organicidade e contribuindo para fazer desta Rua “una”. O dispositivo pretende também manter a total
permeabilidade visual entre o nível público e os níveis privados. Assim, para além da ligeireza da estrutura,
os elementos pontuais de cobertura serão translúcidos e/ou transparentes.
A estrutura de carácter ligeiro pretende interferir o mínimo possível com o construído. A flexibilidade da
sua forma torna possível a manutenção das árvores existentes.
A Rua passa a ter um carácter pedonal, nivelada em todo o seu perfil através de um lajeado em continuação
com o da Rua das Carmelitas. Prevê-se também a instalação de mobiliário urbano – bancos lounge – com o
intuito de recriar espaços de convívio acolhedores, não só de noite mas também de dia. É salvaguardada a
circulação condicionada de veículos.
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CARTAS DE
RECOMENDAÇÃO
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