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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB


DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIENCIAS SOCIAS - DTCS
COLEGIADO DO CURSO DE AGRONOMIA
COMISSAO SETORIAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Interação de Rhizobium com Bactérias Promotoras de


Crescimento em Plantas na cultura de feijão
caupi (Vigna unguiculata [L.] Walp.).

JAMES PEREIRA DOS SANTOS

JUAZEIRO – BA
Junho, 2008
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIENCIAS SOCIAS - DTCS
COLEGIADO DO CURSO DE AGRONOMIA
COMISSAO SETORIAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Interação de Rhizobium com Bactérias Promotoras de


Crescimento em Plantas na cultura de feijão
caupi (Vigna unguiculata [L.] Walp.).

___________________________________
Estagiário/Autor do Relatório
JAMES PEREIRA DOS SANTOS
_______________________________
Professor Orientador/Supervisor
CRISTIANE DOMINGOS DA PAZ

Relatório de Estágio Curricular


Supervisionado apresentado ao
Departamento de Tecnologia e Ciências
Sociais, da Universidade do Estado da
Bahia, como parte das exigências para
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Agronômica.

Área de atuação: Microbiologia

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO


JUAZEIRO – BAHIA
Junho - 2008

AGRADECIMENTOS

2
Ao nosso senhor, DEUS, a razão da nossa existência. O ser transcendente em
toda natureza.

Aos meus pais (Manoel e Lídia), por um amor incondicional. Bem como irmãos,
principalmente, Valdineide, Valdilene e Suzana, toda a minha família e amigos
por desejarem mais uma vitória, um alcance em minha vida.

A Universidade do Estado da Bahia – DTCS, faculdade de Agronomia, por a


honra de ser um aluno desta instituição, bem como toda a bagagem obtida,
nesta faculdade; A todo seu corpo docente, obrigado por a educação e alcance
em minha formação profissional. Principalmente a Professora Lindete Mírian,
por apoiar-me em meu estágio com suas sugestões e como co-autora do
projeto, ajudando através do seu conhecimento na área de microbiologia do
solo;
A minha orientadora e amiga Prof.ª Cristiane Domingues da Paz, por ter
elaborado e prestado assistência ao longo do estágio.
Aos colaboradores deste trabalho, Erick, Franciane, Géssica e Jackson
Leite. Aos funcionários, Bernardino, Lucília, seu Luiz, tia Zefa, dona Lourdinha,
Bernadete, seu Elias, Fred, do laboratório de solos, Paulinho do laboratório de
informática e todos da secretária acadêmica, etc.;
Aos colegas da turma 2003.2, Viviane, Mayara, Rerison, Honório, Tiago,
Janaina e meus amigos, Fabian e Almir. E todos aqueles que contribuíram
indiretamente para conclusão deste curso.

01 - APRESENTAÇÃO

3
Este relatório apresenta todas as atividades desenvolvidas durante o
Estágio Curricular Supervisionado, correspondente ao último período do Curso
de Engenharia Agronômica do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais
– DTCS, da Universidade do Estado da Bahia, com carga horária de 360 horas.
O presente relatório contém todas as informações e práticas que foram
ocorridas no estágio.
O estágio foi realizado na Faculdade de Agronomia do Departamento de
Tecnologia e Ciências – UNEB – Juazeiro – Ba, no período de 26 de março de
2008 a 30 de maio de 2008.
A Faculdade de Agronomia do Médio São Francisco, teve inicio como
instituição nos anos 60, desde ai, já vem contribuindo largamente com toda
sociedade, no que diz respeito à participação e desenvolvimento da agricultura
como todo. Atualmente essa instituição, atua em diversos campos, tais como:
fruticultura, olericultura, floriculturas, culturas anuais, instalações para caprinos
e ovinos, laboratórios fitopatológicos, entomológicos, estruturas e laboratórios
de microbiologia do solo, etc.

02.0 – JUSTIFICATIVA

O estágio Curricular Supervisionado é uma disciplina imprescindível - Exigência


Curricular (Resolução n° 088/93, art. 2° e 3°) – ofertada no último período de
Engenharia Agronômica do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais –
DTCS, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, estágio este, com carga
horária de 360 horas, o estágio tem, também como objetivo, propiciar aos
alunos, condições reais de como a principio irão trabalhar na área, seguindo
basicamente o que aprenderam em quatro anos e meio de teoria.
SUMÁRIO

4
01.0 Apresentação............................................................................... 0
4
02.0 Justificativa..................................................................................... 0
4
03.0 Introdução...................................................................................... 0
7
04.0 Objetivo......................................................................................... 0
7
05.0 Desenvolvimento do estágio........................................................ 0
8
05.01 Titulo/área de atuação.................................................................. 0
8
05.02 Resumo......................................................................................... 0
8
05.03 Introdução..................................................................................... 0
9
05.04 Revisão de literatura..................................................................... 1
0
05.05 Material e métodos....................................................................... 1
2
05.0 Resultados e discussão............................................................... 1
6 6
05.0 Conclusões.................................................................................. 2
7 1
06.0 Elaboração de relatório................................................................. 2
1
07.0 Conclusão..................................................................................... 2
2
08.0 Parecer crítico............................................................................... 2
2
09.0 Bibliografia.................................................................................... 2
3
10.0 Anexos.......................................................................................... 2
5

5
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Isolados bacterianos em placas de Petri contendo meio NYDA;


Figura 2 – Suspensão bacteriana preparada a partir da cultura crescida em
placa de Petri, contendo as sementes;
Figura 3 – sementes secando em papel toalha;
Figura 4 – inoculação de Rhizobium em sementes de feijão caupi;
Figura 5 – emergência das plântulas em vasos na casa de vegetação;
Figura 6 – visão parcial do delineamento experimental;
Figura 7 - tratamentos em casa de vegetação;
Figura 8 – tratamentos inoculados: pujante e marataoã;
Figura 9 – plantas aos 41 dias após plantio;
Figura 10 – altura da P.A. da testemunha;
Figura 11 – tratamento T8R3 com media C.P. A superior aos demais;
Figura. 12 – comparação de C.P. A das plantas dos diferentes grupos e
tratamentos.

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – “Cultivar de Feijão-Caupi BRS Pujante (Grupo A) e “Feijão-Caupi


BRS Marataoã” (Grupo B), inoculados com BPCP, BPCP + Rhizobium,
inoculação das sementes apenas com Rhizobium e testemunha sem
inoculação.

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Tabela 02 – desempenho do Grupo A, BRS – Pujante, de acordo com os
tratamentos e parâmetros avaliados/ UNEB – DTCS/Juazeiro – BA, junho 2008.
Tabela 03 – desempenho do Grupo B, BRS – Marataoã, de acordo com os
tratamentos e parâmetros avaliados/UNEB – DTCS/Juazeiro – BA, junho 2008.

02.0 - INTRODUÇÃO

O estágio Curricular Supervisionado foi procedido no Departamento de


Tecnologia e Ciências Sociais - DTCS, da Universidade do Estado da Bahia -
UNEB, Campus III, Juazeiro – Ba, no período de março a maio de 2008, sob a
supervisão e orientação da professora e pesquisadora Dra. Cristiane Domingos
da Paz, e co-orientação da professora e também pesquisadora desta
instituição, Lindete Miriam, com as atividades voltadas para a área de pesquisa
em Fitopatologia e Microbiologia do Solo, respectivamente.
As práticas executadas neste estágio foram idealizadas para área de
projeto de pesquisa, propondo-se o desenvolvimento de plantas de feijão caupi,
utilizando bactérias promotoras de crescimento de plantas e Rhizobium.

04.0 – OBJETIVO

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A finalidade do estágio curricular está relacionada com a habilitação
profissional frente ao mercado de trabalho: aproveitamento de conhecimento
teórico – práticos e aquisição de habilidades, atitudes e ética profissional
(Resolução n° 088/93, Art. 1°).

 OBJETIVO ESPECÍFICO – O objetivo deste projeto de pesquisa foi de


avaliar a potencialidade da colonização conjunta em sementes de feijão
caupi, com cinco estirpes de bactérias promotoras de crescimento e um
inóculo de Rhizobium.

05.0 – DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO


05.1 – ÁREA DE ATUAÇÃO: Microbiologia

Título do trabalho: Interação de Rhizobium com Bactérias Promotoras de


Crescimento de plantas (BPCPs) em Cultura de Feijão Caupi (Vigna
unguiculata [L.] Walp.)

05.2 – RESUMO

A associação de plantas com bactérias benéficas vem adquirindo importância


crescente no controle biológico de doenças das plantas, tais como as bactérias
de comportamento endofíticas e epifíticas que podem ser capazes de também
atuar como promotoras de crescimento de plantas (BPCPs) em várias espécies
vegetais, mas poucos trabalhos descrevem o domínio e influência das BPCPs
na cultura do feijão caupi. O objetivo deste trabalho foi verificar a
potencialidade da colonização conjunta de estirpes de BPCPs e Rhizobium
inoculadas nas sementes de caupi (Vigna unguiculata [L.] Walp.) em cultivares
BRS marataoã e BRS pujante. Para cada cultivar foi utilizado doze tratamentos,
três repetições, e três plantas por repetição, com delineamento experimental
inteiramente casualizado (DIC). As plantas foram cultivadas em casa de
vegetação por 41 dias, e posteriormente avaliados o peso da matéria seca dos
nódulos (MSN), número de nódulos (N. NOD), matéria seca da parte aérea

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(MSPA), matéria seca da raiz (MSR), crescimento da raiz (CR) e altura da
planta (CPA). A inoculação dos isolados de bactérias + Rhizobium do grupo da
cultivar BRS pujante, promoveu ganhos significativos em nível de 5%, na
variável massa seca dos nódulos, quando comparado o tratamento RAB 09 +
RZ em relação à testemunha. Enquanto que na cultivar BRS marataoã, foi
detectada diferença significativa apenas entre C210 + RZ, em relação à
testemunha quando se comparou a variável massa seca dos nódulos.

PALAVRAS-CHAVES: feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp) L., promoção de


crescimento em plantas, BPCP, RPCP, Rhizobium.

05.3 – INTRODUÇÃO

Com o aumento populacional crescente e a necessidade da produção


sempre maior de alimentos, torna-se cada vez mais necessário o aumento da
produtividade das culturas aliado a uma maior economia e à sustentabilidade
dos sistemas agrícolas (Siqueira, 1983). No semi-árido do nordeste brasileiro, o
feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp) se destaca como cultura adaptada e
de importância sócio - econômico para pequenos e médios agricultores, devido
ser tolerante ás condições de estresses hídrico, térmico e por vezes, salino.

A principal preferência pelo uso das espécies leguminosas, se deve à


característica especial que elas possuem em relação às outras, que é a
capacidade de se associarem com microrganismos do solo, como bactéria
fixadoras de nitrogênio, denominadas vulgarmente de rizóbio, que transforma o
nitrogênio do ar, em compostos nitrogenados assimiláveis pelos vegetais,
podendo tornar a planta parcial ou totalmente independente da contribuição
externa desse nutriente, denominado de fixação biológica do nitrogênio FBN
(Freire Filho et al., 2005).

Entre os sistemas biológicos envolvendo planta e microrganismos,


temos as simbioses leguminosas-rizóbio, de maior expressão econômica;
leguminosas-fungos micorrízicos arbusculares (FMA) que, a partir de estudos
de Gerdermann (1975) também foi considerada importante para o processo de

9
nodulação. Segundo Siqueira (1983), a dupla inoculação é capaz de reduzir os
custos com fertilizantes nitrogenados e fosfatados, além de conferir às plantas
maior capacidade de absorção de nutrientes, induzindo ao aumento na
produtividade. O feijão caupi é capaz de ser nodoado facilmente com um grupo
de rizóbio presente no solo, designado como grupo miscelânea de feijão caupi
com rizóbio tropical, (Rumjanek et al., 1997). A agregação de plantas com
bactérias benéficas vem recebendo seriedade gradativa no biocontrole de
doenças das plantas. Sabe-se que algumas bactérias, mais especificamente as
rizobactérias promotoras de crescimento em plantas (RPCP), contribui para
aumentar a capacidade competitiva do hospedeiro. (Défago et al., 1990).

O objetivo deste trabalho de pesquisa foi de avaliar a potencialidade da


colonização conjunta em sementes de feijão caupi, com cinco estirpes de
bactérias promotoras de crescimento e um inóculo de Rhizobium.

05.4 – REVISÃO DE LITERATURA

Entre as bactérias que fixam nitrogênio presentes no solo, cujas


populações são altamente influenciadas pela rizosfera das plantas, o gênero
Rhizobium é considerado o grupo mais importante na agricultura tropical pela
sua associação com as leguminosas. De acordo com a EMBRAPA (Semi-
Árido), o feijão caupi BRS pujante, tende a ser Submetida a cultivos em áreas
de sequeiro ou sob irrigação no sertão nordestino bem como BRS pujante. A
“BRS pujante” surpreende pela produtividade, sem adubações: 705 kg/há e
1586 kg/há, respectivamente (sequeiro e irrigado), são quantidades que
superam às obtidas por variedades de cultivos tradicionais na região, já o BRS
Marataoã produz de 831 e 1010 kg/há respectivamente sequeiro e irrigado, já o
seu ciclo é em torno de 71 a 80 dias e a Pujante em torno de 70 dias.

A associação de bactérias fixadoras de nitrogênio com gramíneas


ganhou uma importância significante, principalmente com a descoberta de que
bactérias fixadoras de nitrogênio do gênero Azospirillum colonizavam os
tecidos internos das raízes, indicando que sua interação com a planta poderia
resultar em uma associação com maior potencial de exploração agrícola do
que as associações de várias bactérias diazotróficas com a rizosfera dessas

10
plantas. A partir desse conhecimento, diversos grupos estrangeiros de pesquisa
se interessaram pela associação gramíneas/bactérias diazotróficas, o que
culminou com a identificação de seis espécies de Azospirillum nos últimos 20
anos. (Toro, 1996).

Existem relatos da promoção de crescimento por rizobactérias em várias


culturas, como trigo (Luz, 2001), plantas ornamentais (Yuen & Schroth, 1986),
alface (Freitas et al., 2003), citros (Freitas & Aguilar-Vildoso, 2004), árvores
florestais (Garcia et al., 2004), entre outras. Nesses casos citados, a promoção
de crescimento está ligada a vários fatores, como aumento na produção de
grãos e no crescimento da planta, diminuição na incidência de patógenos ou
na severidade da doença, antecipação da ida de mudas para o campo, além
de outros fatores. O efeito no crescimento da planta pode ser expresso tanto
pela massa da matéria seca de parte aérea ou raízes, como pela altura.

Pela avaliação do número de bactérias na rizosfera de plantas é possível


conhecer alguns dos fatores que exercem influência sobre seu
estabelecimento em um ambiente e avaliar sua capacidade de se estabelecer
na rizosfera. Como exemplo, Chanway et al. (2000) detectaram, pela
enumeração periódica de rizobactérias promotoras do crescimento
previamente marcadas com resistência a antibióticos e inoculadas em
plântulas de abeto, que tanto isolados de Bacillus spp. quanto de
Pseudomonas spp. do grupo fluorescente permaneceram na rizosfera por até
71 meses após a inoculação. Concluíram que havia interação entre o isolado e
o local. Quando P. fluorescens (BR5) foi inoculada em sementes de milho
nenhum impacto foi observado nas populações residentes de bactérias dos
grupos Pseudomonas, heterotróficas, celulolíticas e nitrificantes bem como na
atividade de desidrogenase durante 90 dias o peso seco foliar foi aumentado
aos 60 e 90 dias após o plantio (Freitas, 1989).

Entre as bactérias promotoras de crescimento de plantas, a utilização do


subgrupo das endofíticas constitui uma alternativa ecologicamente correta aos
fertilizantes químicos e pesticidas. Esta perspectiva é estimulante não só com
relação aos isolados endofíticos selvagens como àqueles que poderão ser
“otimizados” pela identificação de genes envolvidos na habilidade de

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penetração no hospedeiro, promoção do crescimento e controle de patógenos
(Siqueira, 1983).
A expansão do mercado de bioinoculantes leva a conclusão que,
futuramente, poderão ser comercializadas isoladamente ou em misturas, para
promoção de crescimento de várias espécies de plantas, micropropagadas ou
não, herbáceas ou arbóreas, terrestres ou aquáticas; para obtenção de
suprimento adicional de N pelas endofíticas diazotróficas e ainda para indução
de resistência sistêmica contra múltiplos patógenos de tecidos radiculares e
foliares (Kloepper, J. W, 1979).

05.5 – MATERIAL E MÉTODOS


O experimento foi conduzido em Laboratório de fitopatologia e Casa de
vegetação, do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais - DTCS, da
Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus III, município de Juazeiro,
BA (LAT. - 09.415676 e LONG. 40.502881 w), entre o período de 10 de abril a
21 de maio de 2008.
O feijão caupi utilizado foi a BRS Pujante (PC 95-05-12-2-2 EMBRAPA)
e BRS Marataoã (CNCx409-11F, EMBRAPA). Foram selecionadas 250
sementes de cada cultivar caupi, que foram inoculadas com bactérias
promotoras de crescimento (BPCPs – conservadas em tubos) da coleção da
Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, e estirpe de Rhizobium
da EMBRAPA Agrobiologia, específica para a cultura de feijão caupi.
Utilizou-se uma mistura de solo (proporção 3:1 – textura: franco arenoso)
fornecido pelo ripado/viveiro do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais
- DTCS, Juazeiro, Ba. A argila e a areia foram incorporados e colocados em
sacos de pano, levados para serem esterilizado, sendo estes autoclavados, por
duas horas à temperatura de 120°C.
As bactérias promotoras de crescimento (BPCP) foram repicadas e
multiplicadas em placas de Petri por 24-48h à temperatura média ambiente de
25ºC em meio extrato de levedura-dextrose-ágar (NYDA, ver Fig.1). Para
inoculação das sementes foram utilizados 100mL de ADE para a obtenção das
suspensões bacterianas geradas pela diluição das colônias crescidas por 48
horas em placas de Petri contendo meio NYDA em erlenmeyer. As sementes

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inoculadas foram identificadas em pano TNT, previamente lavadas por 20
minutos em água corrente, desinfetadas em hipoclorito de sódio (concentração
3:1) durante 2 min e depois lavadas apenas em ADE e colocadas para secar
em papel toalha, até perder a umidade. A bacterização das sementes consistiu
na imersão em suspensão bacteriana (Fig.2) durante 30 minutos e após o
período de imersão retirou - se as sementes do erlenmeyer e as colocou sobre
papel toalha para secagem (Fig.3) em condições de laboratório por cerca de 60
minutos. A inoculação por Rhizobium (Fig.4) nas sementes tratadas com
BPCP foi realizado após o repouso por 12 h, sobre uma superfície plástica, que
consistia em dissolver o pó em poucos volumes de água, para não ficar muito
aquoso, fazendo uso de um becker, piceta para umedecer o pó, e uma espátula
para homogeneizar a pasta e colocar sobre as sementes, formando deste
modo uma camada sobre as mesmas, tanto nas inoculadas com as BPCP,
havendo uma co-inoculação, como também nas que iriam ser tratadas apenas
com inoculação de Rhizobium, após a secagem à temperatura ambiente por
cerca de 120 minutos. Foram plantadas em vasos de 03 kg de solo, que
estavam previamente identificados.
O experimento foi dividido em grupo A (Cultivar de Feijão-Caupi BRS
Pujante) e grupo B (Cultivar de Feijão-Caupi BRS Marataoã) para os mesmos
tratamentos (Tabela 1). O delineamento experimental (Fig.6) consistiu de 02
grupos (Fig.8), e cada com 12 tratamentos, 03 repetições e 03 plantas por
vaso. Os vasos foram organizados em bancadas, em casa de vegetação
(Fig.7), casualizados por meio de sorteio. As plantas foram irrigadas
diariamente uma vez por dia, durante todo ciclo da cultura. Foi observado data
de emergência (Fig.5) e realizado desbaste das plântulas, os dados de
temperatura e umidade relativa do ar, em casa de vegetação, registradas foram
típicas do mês de abril e maio, para a região de Juazeiro - Ba.
Aos 41 dias após o plantio (Fig.9), foram analisadas as seguintes
variáveis: matéria seca dos nódulos (MSN), número de nódulo (N.NOD);
matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca da raiz (MSR), comprimento
da raiz (CR), comprimento da parte aérea (CPA, Fig. 10; 11 e 12). A análise de
variância dos dados foi feita seguindo-se o modelo de um delineamento
inteiramente casualizados (DIC). A comparação das médias foi realizada por
meio de teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade.

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Tabela 01 – Cultivar de “Feijão-Caupi BRS Pujante” (Grupo A) e Feijão-Caupi BRS Marataoã (Grupo B), inoculados
com BPCP, BPCP + Rhizobium, inoculação das sementes apenas com Rhizobium e testemunha sem inoculação.
N° TRATAMENTOS IDENTIFICAÇÃO HABITAT HOSPEDEIRO
T01 C210 B. cereus Epifítica Couve (folha)
T02 MEN 02 Paenibacillus lentimorbus Endofítica Melão (fruto)
T03 RAB 07 B. megaterium pv. cerealis Epifítico Rabanete (folha)
T04 RAB 09 Bacillus sp. Epifítico Rabanete (folha)
T05 HNF 15 B. cereus Epifítica H. humilis (folha)
T06 C210 + RZ
T07 MEN 2 +RZ
T08 RAB 07 + RZ Bactéria + Rhizobium (SEMIA 6462, Brayrhizobium spp. Embrapa fev. 2008).
T09 RAB 09 + RZ
T10 HNF 15 + RZ
T11 RHIZOBIUM Sementes de feijão caupi inoculadas apenas com Rhizobium

T12 TESTEMUNHA FIGURAS


Sementes de feijão caupi sem a inoculação de BPCP e Rhizobium
apresentad
FOTO: ERICK

Fig.2 Suspensão bacteriana preparada a partir


da cultura crescida em placa de Petri,
Fig.1 isolado bacteriano em placas de Petri contendo as sementes.
contendo meio NYDA

Fig.3 sementes secando em papel toalha. Fig.4 inoculação deRhizobium em sementes de


feijão caupi
FOTO: JAMES

14
FOTO: ERICK

FOTOS: JAMES
Fig. 5 emergência das plântulas em vasos Fig. 6 visão parcial do delineamento
em casa de vegetação. experimental.
FOTOS: JAMES

FOTOS: JAMES

Fig. 7 tratamentos em casa de vegetação Fig. 8 tratamentos inoculados: pujante e marataoã.


FOTOS: JAMES

FOTOS: JAMES

Fig. 9 plantas aos 41 dias após plantio. Fig. 10. Comprimento da P.A. da testemunha.

15
FOTOS: JAMES

FOTOS: JAMES
Fig. 11 tratamento T8R3 com media C.P. A Fig. 12 comparação de C.P. A das plantas dos diferentes grupos e
superior aos demais. tratamentos. T2R2, T8R3, T11R3, T13R2
..

05.6 – RESULTADOS E DISCUSSÕES


Na segunda tabela nota-se que dos parâmetros avaliados não foi
averiguado diferenças estatísticas de Rhizobium e isolados bacterianos sobre o
comprimento da parte aérea, massa seca das raízes e número de nódulos.

Tabela 02 – Desempenho do Grupo A, BRS – Pujante, de acordo com os


tratamentos e parâmetros avaliados/UNEB –DTCS, Juazeiro – BA, junho 2008.
CR CPA MSR MSPA N.Nód. MSN
TRATAMENTOS
(cm) (cm) (mg) (mg) ( Und.) (mg)

16
C210 13.70 a 29.43 a 1.92 a 10.66 a 1.43 a 26.66 a

MEN 02 16.05 a 33.15 a 2.28 a 5.33 a 1.67 a 60.00 abc

RAB 07 19.70 ab 32.96ª 2.16 a 12.66 a 1.41 a 16.66 a

RAB 09 18.81 ab 33.78 a 2.41 a 18.33 ab 2.52 a 13.66 a

HNF 15 34.90 b 32.70 a 2.17 a 11.33 a 1.56 a 46.66 ab

C210 + RZ 14.26 a 32.66 a 2.56 a 27.66 ab 1.60 a 106.66 bc

MEN 02 + RZ 13.93 a 33.36 a 2.25 a 26.66 ab 1.55 a 53.33 ab

RAB 07 + RZ 13.40 a 34.86 a 2.48 a 42.33 ab 1.98 a 106.66 bc

RAB 09 + RZ 13.60 ab 34.33 a 2.38 a 22.66 ab 1.32 a 133.33 c

HNF15 + RZ 26.36 ab 34.65 a 2.45 a 57.66 b 1.60 a 106.66 bc

RHIZOBIUM 26.10 ab 31.66 a 2.00 a 24.00 ab 1.04 a 46.66 ab

TESTEMUNHA 27.23 ab 31.00a 2.41 a 17.66 ab 1.28 a 23.33 a

C.V. (%) 29.61 7.27 15.30 64.19 39.70 42.51

CR = comprimento da raiz; RZ = Rhizobium; CPA = comprimento da parte aérea; MSR = massa seca da raiz;
MSPA = massa seca da parte aérea; N. Nod. = numero de nódulos;M.S.N. = massa seca dos nódulos ; Médias,
na coluna, seguidas pela mesma letra, não diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
Entretanto, observando-se o parâmetro comprimento da parte aérea
(CPA), verificam-se maiores valores de médias na maioria inoculadas e co-
inoculadas em relação à testemunha, exceto, C210 que teve media inferior à
testemunha.
Com relação ao peso seco das raízes (MSR), o tratamento C210 + RZ,
apresentou maiores valores de médias em relação aos demais tratamentos de
bactérias com Rhizobium. Concordando com resultados obtidos por Assis et al.
(1995) que relataram que Pseudomonas fluorescentes e B. subtilis não
aumentaram peso seco de plântulas de rabanete e que P. marginalis causou
redução de germinação.
Referente aos resultados de média do numero de nódulos (N. NOD.) por
tratamento, na tabela 02, ocorreu um aumento de numero de nódulos em
tratamento de bactéria sem inoculação de Rhizobium, RAB 09, com médias
acima daquelas que foram inoculadas com Rhizobium, tais como: C210 + RZ;
MEN 2 + RZ; RAB7 + RZ; RAB9 + RZ; HNF15+ RZ, todos os inoculados

17
obtiveram media superior à testemunha, exceto o tratamento que foi inoculado
apenas com Rhizobium, ou seja, induziu à redução de média do número de
nódulos, quando comparado à testemunha.
Segundo Hungria et al., (1999) descreveu que quando há procedimento
de colonização e desenvolvimento dos nódulos, é indispensável o consumo de
energia para as divisões celulares, obtido da oxidação dos carboidratos
produzidos na parte aérea da planta hospedeira.
Os mecanismos pelos quais altas concentrações de Rhizobium
adicionados ao solo com as sementes são reduzidas, bem como as razões e
mecanismos que levam outras estirpes de Rhizobium a sobreviver e colonizar o
solo ainda não está perfeitamente delineado (Chatel e Parker, 1973; Cardoso,
1999). Supondo que este desempenho de plantas está correlacionado com a
natureza de bactérias avaliada, Segundo alguns autores os resultados podem
ser inesperados quando se comparado aos tratamentos e ás testemunhas
(Freitas, 1989).
Outros parâmetros observados foram: massa seca da parte aérea e
crescimento de raiz que não teve resposta positiva significativa para estes
parâmetros (P = 0,05) proporcionada pelos isolados da tabela 02. Para o
parâmetro massa seca da parte aérea (MSPA), HNF 15 + HZ, teve resultado de
médias superiores, com ganhos de médias elevada quando comparados à
testemunha que por sua vez teve media superior a inoculados como: MEN 02,
C210 e outros. Para comprimento de raiz, os inoculados utilizados tiveram
media inferior que a testemunha, observando que C210, foi a menor media
entre os tratamentos.

No Comprimento das raízes (CR), o tratamento bacterizado HNF 15,


obteve diferença significativa, em relação a C210, pelo teste de Tukey, embora,
ambas foram inoculadas com bactérias, e não obtiveram diferença entre a
testemunha. Freitas et al. (2003) sugeriram que aspectos nutricionais do
substrato em que se desenvolviam plantas de alface deveriam influenciar a
capacidade de promoção do crescimento por bactérias fluorescentes do gênero
Pseudomonas, justamente pela variação do efeito dos isolados bacterianos nos
diversos substratos utilizados no estudo, no caso deste experimento, realizado

18
em casa de vegetação, utilizando um solo autoclavado, a promoção de
crescimento, se deu mais na fase inicial, do que na terminal.
Para a matéria seca de nódulos (MSN), em que a maioria das plantas
apresentou maior média quando os tratamentos foram inoculados com estipes
de bactéria e posteriormente com Rhizobium, como por exemplo, no grupo A, o
RAB 9 + RH, que teve resultado positivo pelo teste, sendo superior à média da
testemunha. Figueiredo et al. (2001) obtiveram o mesmo resultado ratificando
com o presente trabalho, quando trabalhou com feijão caupi co-inoculado com
Bradyrhizobium sp. e Bacillus sp. em diferentes métodos de inoculação.

Em relação ao cultivar BRS marataoã, da EMBRAPA, foram utilizados os


mesmos procedimentos e parâmetros para efetuar as comparações entre os
tratamentos deste 2° grupo, do experimento. Os dados deste grupo encontram-
se na Tabela 03.
Observando o parâmetro comprimento da parte aérea (CPA), na Tabela 03, foi
constatado que não houve significância quando se comparada às médias, vale
ressaltar C210 + RZ foi superior a todos os tratamentos, mas que a testemunha
obteve media acima do tratamento MEN 02, o mesmo ocorreu com a maioria
dos parâmetros, CPA, MSR, MSPA, N. NOD.
Os resultados de peso seco das raízes (MSR), na Tabela 03, não houve
significância, quanto aos resultados, porém, RAB 09, foi a maior média entre os
tratamentos, porém a testemunha, obteve valores superiores a C210; MEN 02;
RAB7; HNF15+ RZ e RAB 07 + RZ.
Em relação ao número de nódulos (N. NOD.) mostrados na tabela 03,
obtiveram médias próximas, ou seja, o tratamento RAB9 + RZ inoculado com
Rhizobium foi superior e obteve media superior á testemunha.
Tabela 03 – Desempenho do Grupo B, BRS – Marataoã, de acordo com os
tratamentos e parâmetros avaliados/UNEB – DTCS, Juazeiro – BA, junho 2008.
TRATAMENTOS CR CPA MSR MSPA N. NOD. MSN
(cm) (cm) (mg) (mg) (und) (mg)

C210 10.33 a 23.96 a 1.46 a 14.33 a 1.18 a 13.33 a

MEN 02 15.70 ab 22.63 a 1.40 a 14.33 a 0.96 a 17.00 a

RAB 07 16.13 ab 26.78 a 1.66 a 14.33 a 1.43 a 23.66 ab

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RAB 09 18.03 ab 28.93 a 2.27 a 13.33 a 1.42 a 16.66 a

HNF 15 20.70 ab 25.66 a 1.89 a 21.66 a 1.53 a 30.00 ab

C210 + RZ 16.13 ab 30.46 a 1.91 a 24.00 a 1.25 a 110.00 b

MEN 02 + RZ 24.90 ab 29.40 a 1.94 a 21.00 a 1.28 a 90.00 ab

RAB 07 + RZ 12.43 ab 23.71 a 1.65 a 6.33 a 1.07 a 50.00 ab

RAB 09 + RZ 13.00 ab 24.74 a 1.52 a 15.66 a 1.88 a 73.33 ab

HNF15+ RZ 22.53 ab 27.96 a 1.57 a 19.00 a 0.96 a 53.33 ab

RHIZOBIUM 23.50 ab 26.88 a 1.85 a 9.33 a 1.31 a 33.66 ab

TESTEMUNHA 27.10 b 26.10 a 1.77 a 7.66 a 1.02 a 16.66 a

C.V. (%) 28.90 12.73 26.09 61.96 33.89 69.15

CR = comprimento da raiz; RZ = Rhizobium; CPA = comprimento da parte aérea; MSR = massa seca da raiz; MSPA
= massa seca da parte aérea; N. Nód. = numero de nódulos; M.S.N. = massa seca de nódulos; Médias, na coluna,
seguidas pela mesma letra, não diferem entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

Referente a possíveis interferências que pode ter ocorrido em inoculações,


por insuficiência de densidade populacional de microorganismos, para este
trabalho, foram resultantes de colônias dissolvidas de três placas que continha
cada estirpe de BPCPs, enquanto a co-inoculação, utilizou-se uma cobertura
de inoculante sobre as sementes, não avaliando a sua população por semente.
Mas em relatos com trabalhos utilizando bactérias (Paenibacillus /polymyxa e
Bradyrhizobium) com inoculação e co-inoculação foi estimado que a população
destes microorganismos em cada semente inoculada com 1mL da respectiva
cultura líquida com 108 cels mL-1 para Bradyrhizobium e 107 cels mL-1 para
Paenibacillus resultando em nodulação das inoculadas (Bentes et al., 1998).
Em trabalho com soja, com co-inoculação, houve um aumento na nodulação
nas raízes da soja. Para tal fato, sugeriu-se um efeito direto sobre a planta ou
sobre o Rhizobium por estimular sua colonização, em razão de o solo ter sido
autoclavado (Halverson e Handelsman, 1991). Em relação à presença de
Rhizobium em raízes de plantas não inoculadas pôde ser de origem da água
de irrigação, e até mesmo remanescente em solo autoclavado, mas de

20
maneira geral, na maioria dos trabalhos observando Rhizobium, foi verificado
que em todas as plantas não inoculadas havia presença desta bactéria.

Para o parâmetro massa seca da parte aérea (MSPA), C210 + HZ, teve
resultado de ganhos superiores quando comparados à testemunha, e esta
obteve média superior a inoculado MEN 02. Para comprimento de raiz, os
inoculados utilizados tiveram media inferior que a testemunha, bem como
quando comparada a todos os outros tratamentos.
Na tabela 03 é possível observar que o crescimento da raiz (CR) da
testemunha, obteve diferença significativa de C210 e com médias superiores
aos inoculados e co-inoculados. O comprimento da raiz pode estar envolvido
na busca por suprir a deficiência de nutrientes, para as plantas, principalmente,
quando há falta, ou nutrientes como nitrogênio e fósforo que podem não estar
disponíveis no solo, que no caso, era uma textura, franco arenosa, com
elevada possibilidade de penetração de raízes, e não ser compactado. Então, a
busca tende a ser maior, principalmente em plantas de feijão, mas essa busca
é diferente quando se trata de alta acidez e toxidez de alumínio, assim como
deficiências de cálcio e magnésio, ocorrem tanto na camada arável quanto no
subsolo, impedindo o crescimento das raízes das plantas, também, em
profundidade, quando se trata de solos compactados.
A matéria seca de nódulos (MSN) teve médias superiores em plantas co-
inoculadas, principalmente a C210 + RZ, que teve média significativa,
comparada à testemunha. No entanto, embora haja inúmeros relatos positivos
sobre ás RPCPs, quanto ao aumento na produção das culturas, crescimento de
plantas e supressão de doenças, a utilização desses microrganismos nem
sempre tem fornecido bons resultados: um obstáculo a sua utilização comercial
é que os isolados introduzidos podem ter dificuldade de se estabelecer e
sobreviver em condições de campo (Atkinson & Watson, 2000). Portanto, é
necessário, primeiramente, estudar a ecologia desses microrganismos na
rizosfera e obter informações sobre mecanismos de colonização de raízes,
especificidade de hospedeiros, influência de fatores ambientais, interações com
outros microrganismos e ate mesmo para continuidade desta pesquisa seria
necessário subsidia-la com mais de uma inoculação, e aumentar a quantidade

21
de estipes de bactéria, para haja resultados mais satisfatórios com coeficiente
de variação mais baixos.
Enfim, observa-se que não houve diferença significativa (p < 0,05) entre
todos os tratamentos e parâmetros em relação à Testemunha, podendo ser que
as testemunhas, poderiam obter nutriente proveniente da água, ou mesmo do
solo autoclavado, porém, sem potencial de alcançar a maioria dos tratamentos
principalmente de bactérias inoculados com Rhizobium, que pode ter
promovido uma simbiose suficiente para prover as necessidades das plantas
na cultivar RBS pujante.

05.7 – CONCLUSÕES
 Para os parâmetros CPA, MSPA, N.NOD, MSR, não houve diferença
significava entre os tratamentos e dentre as cultivares, mas a maioria
dos tratamentos co-inoculados obteve média superior à maioria de suas
respectivas testemunhas principalmente na cultivar BRS pujante.
 O parâmetro matéria seca dos nódulos obteve valores significativos em
alguns tratamentos de grupo A (RAB 09) e grupo B (C210 + RZ) em
relação á testemunha. Portanto, foi verificado que a potencialidade da
colonização por cinco estirpes de bactérias e uma inoculação de
Rhizobium, que proporcionou melhores resultados, obtidos quando
comparada à massa seca dos nódulos entre os tratamentos.

06.0 – ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO

O relatório foi elaborado de acordo com projeto experimental, conduzidos


em laboratório e em casa de vegetação durante e logo após o período do
Estágio Curricular Supervisionado.

07.0 – CONCLUSÃO

Houve uma aplicação de conhecimentos teóricos – práticos. Em relação ao


projeto, houve uma interação, entre estirpes de bactérias e Rhizobium, mas,

22
com valores em médias, estatisticamente variável, quando se pretendeu
comparar a interação entre os tratamentos das cultivares.

O estágio é uma disciplina que tem como objetivo, oferecer ao discente uma
oportunidade ainda durante o curso, uma visão de como provavelmente vai
ser o seu trabalho com a área, e a partir deste ponto, o aluno poderá obter
um conjunto de atitudes e habilidades rotineiras e flexíveis, que poderão
transformá-lo, em um profissional prático e competente.

08.0 – PARECER CRÍTICO

Estagiário – faculdade: devido o estágio, ter sido realizado, na própria


faculdade, os tramites de processos foram rápidos, bem como o inicio do
estágio. As solicitações para realização do projeto de estágio transcorreram em
tempo útil, bem como, a maioria das solicitações extra, foram disponibilizadas
mesmo com esforço. Portanto, foi muito importante o apoio de vários Setores e
Professores do DTCS para que houvesse um bom andamento das ações e a
conclusão do projeto de estágio.

09.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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