Você está na página 1de 12

Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 1

Nº 19

. Profissões da Psicologia

.Psicologia Educacional
.Psicologia do Trabalho
.Psicologia Criminal
.Psicologia Clínica
.Psicologia Profissional
.Psicologia Desportiva

1.Psicologia Educacional
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 2

Nº 19

Psicologia educacional ou psicologia escolar é o ramo da psicologia que


estuda o processo de ensino/aprendizagem em diversas vertentes: os
mecanismos de aprendizagem nas crianças e adultos (o que está
estreitamente relacionado com a psicologia do desenvolvimento); a
eficiência e eficácia das tácticas e estratégias educacionais; bem como o
estudo do funcionamento da própria instituição escolar enquanto
organização (onde se cruza com a psicologia social). Os psicólogos
educacionais desenvolvem o seu trabalho em conjunto com os
educadores de forma a tornar o processo de aprendizagem mais efectivo
e significativo para o educando, principalmente no que diz respeito à
motivação e às dificuldades de aprendizagem. Focam a sua acção não
apenas nas necessidades da criança na escola como, também, noutras
áreas onde as experiências escolares têm impacto. Alguns psicólogos
escolares centram o seu trabalho no desenvolvimento das capacidades e
necessidades das crianças com dificuldades de aprendizagem, como no
caso da Desordem por défice de atenção com hiperactividade,
problemas emocionais ou problemas comportamentais.

O psicopedagogo pode actuar em diversas áreas, de forma preventiva e


terapêutica, para compreender os processos de desenvolvimento e das
aprendizagens humanas, recorrendo a várias estratégias objectivando se
ocupar dos problemas que podem surgir. Numa linha preventiva, o
psicopedagogo pode desempenhar uma prática docente, envolvendo a
preparação de profissionais da educação, ou actuar dentro da própria
escola.
Na sua função preventiva, cabe ao psicopedagogo detectar possíveis
perturbações no processo de aprendizagem; participar da dinâmica das
relações da comunidade educativa a fim de favorecer o processo de
integração e troca; promover orientações metodológicas de acordo com as
características dos indivíduos e grupos; realizar processo de orientação
educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em
grupo.
Numa linha terapêutica, o psicopedagogo trata das dificuldades de
aprendizagem, diagnosticando, desenvolvendo técnicas remediativas,
orientando pais e professores, estabelecendo contacto com outros
profissionais das áreas psicológica, psicomotora. fonoaudiológica e
educacional, pois tais dificuldades são multifactoriais em sua origem e,
muitas vezes, no seu tratamento. Esse profissional deve ser um mediador
em todo esse processo, indo além da simples junção dos conhecimentos da
psicologia e da pedagogia.

O psicopedagogo pode actuar tanto na Saúde como na Educação, já que o


seu saber visa compreender as variadas dimensões da aprendizagem
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 3

Nº 19

humana. Da mesma forma, pode trabalhar com crianças hospitalizadas e


seu processo de aprendizagem em parceria com a equipe multidisciplinar da
instituição hospitalar, tais como psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros
e médicos. No campo empresarial, o psicopedagogo pode contribuir com as
relações, ou seja, com a melhoria da qualidade das relações inter e
intrapessoais dos indivíduos que trabalham na empresa.

2.Psicologia do Trabalho
Psicologia do trabalho é um ramo da psicologia que abrange as áreas de
Psicologia Organizacional, Psicologia do Trabalho e da Empresa e Gestão de
Recursos Humanos.
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 4

Nº 19

A Psicologia do Trabalho destaca-se porque era uma área que lida com a
prevenção e promoção da saúde do trabalhador no ambiente em que está
inserido.
A função do Psicólogo Organizacional, é actuar como facilitador e de
conscientização do papel dos diversos grupos que compõem a instituição,
considerando a subjetividade dos indivíduos, sem perder de vista a sua
inserção no contexto mais amplo da organização.
Objectivos
Recrutamento de Pessoal
O objectivo desta actividade é manter o arquivo atualizado currículos em
consonância com a política de pessoal aprovado pela instituição, além de
recrutar os candidatos que possuem requisitos para uma tarefa específica
para que eles possam participar em um processo seletivo, quando
necessário.
Selecção
Ao seleccionar o objetivo é mostrar entre os candidatos recrutados aquele
que melhor atende o perfil para o cargo em questão.
Qualquer candidato escolhido para participar de um treinamento
denominado Boas-vindas, na qual, além de inserir e integrar os novos
contribuintes para a organização, apresentamos o Planejamento
Estratégico, Estrutura Organizacional e de assistência Programa de
primordial importância para o conhecimento de todos.
Acompanhamento do trabalhador durante o período de experiência
No período de experiência a Psicologia do Trabalho tem a missão de integrar
o novo trabalhador na instituição, acompanhar a sua adaptação ao setor,
gestores e colegas.
Mapeamento
Visa satisfazer as necessidades existentes e elevar as unidades do hospital,
e detectar as dificuldades enfrentadas pelas equipes dos setores mapeados,
dando um discurso às necessidades emergentes, assim, obter uma melhor
qualidade de vida no trabalho e também um melhor serviço ao cliente
interno e externos.
Treinamento
Visa melhorar o desempenho operacional da equipe técnica da instituição.
Anualmente, é elaborado um cronograma para a formação exigida em
sectores como detectado através de um inquérito no início de cada ano. A
responsabilidade de conduzir a formação e educação permanente em
parceria com a Psicologia do Trabalho.
Desenvolvimento de Pessoal
Para um melhor desenvolvimento interpessoal e profissional dos nossos
colaboradores do hospital está a levar a cabo um programa de ouvidoria e
de dinâmica de grupo, junto com sectores, a equipe da Psicologia do
Trabalho.
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 5

Nº 19

Esta actividade, e abrir um canal de comunicação individual e / ou sector,


com psicologia, prevê a melhoria das relações interpessoais no e para o
desenvolvimento de equipes, resultando assim uma melhor qualidade de
vida no trabalho.

O que pode um Psicólogo fazer pela sua empresa?

Este ramo da Psicologia é, sem sombra de dúvidas e como o nome


indica, o mais virado para as empresas.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, nós não tratamos as
pessoas que estão “doentes” nas empresas.
Os Psicólogos do Trabalho e das Organizações diagnosticam e
“curam” as próprias empresas.
Fazemos trabalhos diversificados e tão diferentes como análises às
forças e fraquezas da sua empresa, oportunidades e ameaças, conjugando,
sempre, esta análise com factores do meio, tais como, a conjuntura
económica, as políticas e as leis vigentes.
Estes diagnósticos podem aliar-se à intervenção directa no local e aí,
não só detectamos falhas na sua empresa como implementamos, acções de
correcção.
Pretende contratar a pessoa certa para uma determinada função?

Nós encarregamo-nos de todo o processo de Recrutamento e


Selecção. Desde o anúncio até à selecção final.
Estamos habilitados a elaborar uma análise e descrição detalhada e
concreta das funções e postos de trabalho, porque só assim poderemos, de
uma forma mais eficaz, seleccionar os candidatos.
Fazemos também o acompanhamento e integração desse novo
colaborador, bem como o planeamento e a gestão da sua carreira.
Sem descurar o desenvolvimento e contínua melhoria dos seus
recursos humanos, podemos, ainda, fazer avaliações de desempenho,
diagnóstico de necessidades de formação, (acrescendo ainda a mais valia
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 6

Nº 19

de que poderemos, nós mesmos ser os formadores), e intervenções no


Marketing, com ênfase no interno.
Cabe-nos, também, fazer a gestão de conflitos e a gestão da
mudança. Para tal aplicamos os factores críticos de sucesso à gestão das
pessoas, encarando-as, já, como um destes factores.

Um Psicólogo do Trabalho e das Organizações vai para lá da simples


gestão dos Recursos Humanos.

Para além de tudo isto, podemos ajudar a construir coisas que


parecem, à partida simples, como um organigrama. Muitas empresas que
deviam saber de onde vêm, para onde vão e onde estão (Missão, Visão &
Valores), podem sentir-se com dificuldades para balizar essas diferenças ou
até mesmo para se saberem enquadrar e mais uma vez, cá está o Psicólogo
das Organizações auxiliar.
Definimos, ainda, o seu negócio, a sua missão e a sua visão a
concretizar.
Incutimos, também, a Cultura Organizacional e analisamos também o
Clima.
Temos conhecimentos de Estratégia e Intervenção organizacional o
que nos torna numa “arma” ao serviço das empresas competitivas e de
futuro.
Sabemos motivar, cativar e conquistar os seus colaboradores e, em
conjunto, fazer uma organização funcionar de forma mais eficiente em
busca da, tão desejada excelência.
Conhecemos os modelos de liderança e conseguimos gerir emoções,
cognições e comportamentos.
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 7

Nº 19

Quem, nos dias de hoje, não sente stress?

Quem é que não sente que o stress é um problema com o qual, cada
vez mais, temos de lidar? Nós fazemos a Gestão do Stress.
Trazemos satisfação aos trabalhadores, criamos, dinamizamos e
motivamos equipas de trabalho.
Melhoramos os processos de comunicação, conhecemos as aptidões
individuais, as atitudes face ao trabalho, a vinculação dos indivíduos à
organização e, ainda, como os seus trabalhadores se poderão comportar
individualmente ou em grupo.
Inovamos, melhoramos e continuamos a melhorar. Somos proactivos
e assertivos.
Somos profissionais altamente qualificados e desejamos percorrer o
caminho da vitória e do sucesso, em conjunto com as empresas e pessoas
com quem trabalhamos.
Somos conhecedores das realidades: portuguesa, europeia, mundial,
o que faz de nós peritos nos mais variados assuntos e modelos de gestão.
Nunca deixamos de acompanhar a vanguarda e o progresso.

Sabemos analisar se as condições dos postos de trabalho são ou não


adequadas e ergonomicamente satisfatórias para os operadores.
Temos também conhecimentos nas áreas de Marketing, Mercado e
Publicidade.
A nossa profissão obriga-nos a conhecer as pessoas e o que delas
se pode esperar. Obriga-nos a trabalhar de forma consciente, coerente e
ética.
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 8

Nº 19

Conhecemos os processos cognitivos dos seres humanos e temos,


para além de formação em Psicologia do Trabalho e das Organizações, uma
sólida base que nos permite ir além do óbvio.

3.Psicologia Criminal
A Psicologia Criminal, também conhecida po Psicologia Forense ou
Psicologia Judiciaria, consiste na aplicação dos conhecimentos
psicológicos ao serviço do direito. Dedica-se à protecção da sociedade
e à defesa dos direitos do cidadão, através da perspectiva
psicológica.
Este ramo da psicologia restringe-se às situações que se apresentam
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 9

Nº 19

nos tribunais. Deste modo, a psicologia criminal, são todos os casos


psicológicos que podem surgir em contexto de tribunal. Dedica-se ao
estudo do comportamento criminoso. Clinicamente, tenta construir o
percurso de vida do indivíduo criminoso e todos os processos
psicológicos que o possam ter conduzido à criminalidade, tentando
descobrir a raiz do problema, uma vez que só assim se pode partir à
descoberta da solução. Descobrindo as causas das desordens tanto
mentais como comportamentais (criminosas, neste caso), também se
pode determinar uma pena justa, tendo em conta que estes casos são
muito particulares e assim devem ser tratados em Tribunal.
Esta ciência nasceu da necessidade de legislação apropriada para os
casos dos indivíduos considerados doentes mentais e que tenham
cometido actos criminosos, pequenos ou graves delitos. A doença
mental tem de ser encarada a partir de uma perspectiva clínica mas
também do ponto de vista jurídico.

Um psicólogo formado nesta área tem que dominar os


conhecimentos que dizem respeito à psicologia em si, mas também
tem que dominar os conhecimentos referentes às leis civis e às leis
criminais. Deve ser um bom clínico e possuir um conhecimento
pormenorizado da psicopatologia. Podem-se encontrar peritos nesta
área em instituições hospitalares, especialmente do tipo psiquiátrico.
A psicologia criminal realiza estudos psicológicos de alguns dos tipos
mais comuns de delinquentes e dos criminosos em geral, como por
exemplo, dos psicopatas que ficaram na história. De facto, a
investigação psicológica desta área da psicologia apresenta,
sobretudo, trabalhos sobre homicídios e crimes sexuais, talvez devido
à sua índole grave e fascinante.

Formação do psicólogo na área da psicologia criminal

O curso de Psicologia Criminal te um futuro extremamente promissor


no sec. XX, com perspectivas de excelentes saídas profissionais,
dadas as enormes transformações sociais que diariamente se
observam e que incluem o incremento da violência, dos delitos e dos
actos criminosos. As perspectivas psicológicas do comportamento
criminal começaram a ser estudadas no inicio do sec XX, mas só
depois de 1960, com o desenvolvimento progressivo do treino
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 10

Nº 19

interdisciplinar e especializado, se tornou evidente que a ciência e a


aplicação inteligente da psicologia a problemas legais não podem ser
ignorados pela sociedade, pela lei e pelos juristas.

A psicologia criminal está já bem estabelecida e teve uma enorme e


rápida expansão nas duas ultimas décadas particularmente na Europa
e na Austrália, e o crescimento do numero de psicólogos criminais faz
parte dos desenvolvimentos mais proeminentes na aplicação da
psicologia à lei. A própria evolução da sociedade portuguesa e as
perturbações sociais a que diariamente assistimos justificam,
claramente, pelas suas enormes potencialidades, um curso de
Psicologia Criminal em Portugal. O Instituto Superior de Ciências da
Saúde –Sul criou-o com o objectivo de responder ás necessidades
formativas nesta área e assegurar uma formação rigorosa e
abrangente dos temas específicos do curso. Nele serão transmitidos
os principais conceitos e teorias psicológicas e neuropsicológicas
sobre o acto criminoso, a criminalidade e o criminoso, bem como a
metodologia actual para a descodificação do discurso em
criminologia, as representações psicossociais da justiça e dos
operadores judiciários, e alguns aspectos formais do controlo da
justiça penal. O aluno conhecerá adequadamente a psicologia
criminal e os enfoques que deram à delinquência diversos autores
dentro das ciências auxiliares do Direito Penal, reconhecerá as causas
do atraso mental e tudo o que o relaciona com o direito, bem como os
transtornos mentais não orgânicos e as causas de produção dos
mesmos, as relações entre a psicologia e do Direito Penal, as
questões metodológicas e as técnicas sobre a investigação
psicossocial na área legal, a relação entre os transtornos psíquicos, os
aspectos da prevenção e tratamento das condutas delituosas, e os
efeitos psicológicos do encarceramento.

O trabalho do psicólogo criminal

O trabalho do psicólogo criminal é multifacetado, porque é chamado a


intervir em contextos e situações muito diversificadas.
Algumas competências do psicólogo criminal:
- Apoiar outros técnicos na selecção e formação de pessoal da polícia
e guardas prisionais. Ao nível da formação especifica, apoiem estes
agentes a gerirem incidentes e conflitos no contexto dos
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 11

Nº 19

estabelecimentos prisionais, bem como a desenvolverem


competências que facilitem as interacções com e entre os reclusos;
- Fazer o diagnóstico de reclusos que apresentem perturbações
comportamentais, como agressividade e isolamento, e perturbações
psicológicas, como depressão, insónias, crises de identidade,
sentimentos de culpa, etc. Poderão aplicar terapias individuais ou de
grupo adequadas as situações;
-Acompanhar os reclusos em situações de liberdade condicional e,
quando libertados, no processo de inserção na vida activa; prestar
apoio na análise de penas alternativas ao encarceramento (prestação
de serviço à comunidade).
- Avaliar a forma como os reclusos são tratados no interior dos
estabelecimentos prisionais;
- Participar com outros agentes de saúde mental, no diagnóstico de
imputabilidade de um acusado. Se se provar que uma pessoa que
esta a ser julgada sofre de uma doença ou perturbação mental que a
torne incapaz de compreender o que é um acto ilícito, é considerada
criminalmente inimputável e, por isso, isenta de pena;
- Testemunhar, se necessário, em tribunal como especialista;
- Avaliar, com outros técnicos, as falsas memórias em depoimentos de
testemunhas;
- Avaliar a situação de stress dos agentes da polícia e dos guardas
prisionais;
- Prestar apoio a vítimas de violência doméstica, de abusos sexuais e
de outras formas de coacção e violência;
- Apoiar a polícia na definição de perfis psicológicos que ajudem à
identificação e captura de criminosos, bem como na investigação de
crimes.

A motivação para o crime do ponto de vista do criminoso

Não é possível definir causas isoladas que seriam responsáveis pelo


surgimento da motivação para o comportamento criminoso. A
verdade é que os factores relacionados com a escolha individual
operam em conjunto e em interacção com as características
Pedro Alexandre Silva Santos 12/1 12

Nº 19

singulares de cada indivíduo em particular.


As pesquisas que utilizam dados quantitativos apresentam resultados
contraditórios. Uma das explicações para essa indefinição está na
própria natureza dos dados. No caso do Brasil, por exemplo, temos
apenas os dados oficiais, produzidos pelas organizações policiais.
Esses dados dizem muito mais sobre o tipo de actuação da policia do
que sobre aspectos da criminalidade em si. Quando os dados oficiais
mostram, por exemplo, a existência de uma relação entre pobreza e
criminalidade, podem estar a revelar, de facto, a desigualdade que
marca o funcionamento da justiça criminal no Brasil.
Para fugirmos a estes problemas e procurar uma nova abordagem da
questão da motivação para o crime, vamos confrontar as explicações
teóricas apresentadas pela sociologia do crime não com os dados
estatísticos oficiais, mas com as explicações que os próprios
criminosos oferecem para i seu envolvimento com o crime. Isto é,
quando os criminosos contam as historias do seu envolvimento, quais
os argumentos que utilizam com maior frequência? Aqueles
relacionados com a influencia dos factores socioculturais ou aqueles
relacionados com a escolha individual?

Você também pode gostar