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GRUPO DE TRABALHO FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CULTURA

Ata da Reunião do Grupo de Trabalho de Financiamento Público de


Cultura definido no I Fórum Estadual de Cultura de Goiás. Aberta a
segunda reunião do Grupo de Trabalho, às 17:30h do dia 30 de
abril do ano em curso, pelo coordenador do Grupo de Trabalho,
Marcelo Carneiro, constatou-se as seguintes presenças: Sandro Di
Lima, Elaine Noleto, Wolnei Unes e Marcelo Carneiro, membros do
GT e, como convidados, Vanderlei Cassiano Lopes Júnior e
Terezinha Eliane Ferreira, respectivamente, gestor perante a Lei
Goyazes e representante da gerência financeira para falar do
orçamento da AGEPEL. Justificaram ausência Marcos Fidélis e
Fabrício Nobre. O representante da ACIEG, Leopoldo Veiga Jardim,
informou que chegaria atrasado à reunião em razão de outro
compromisso, o que de fato ocorreu, todavia, permaneceu na
reunião cerca de 10 minutos e se retirou. Logo no início da reunião,
Sandro Di Lima propôs que apenas as manifestações referentes ao
tema específico do grupo de trabalho fossem transcritas na ata,
sob pena de perdermos o foco da discussão e/ou adentrarmos em
posicionamentos pessoais, fora da delegação do I Fórum de
Cultura de Goiás. A proposta foi aceita pelos membros do GT
presentes à reunião. Marcelo Carneiro solicitou que fosse definido
um secretário das reuniões do GT, no que consensualmente
resolveu-se pelo nome de Elaine Noleto. Passada à palavra para
Elaine Noleto esta manifestou preocupação com a provável
ampliação do GT, mesmo que de funcionários da AGEPEL, sob
pena de futuros questionamentos referentes à legitimidade do
número de pessoas eleitas para participar do GT, tanto da
sociedade civil, quanto da Agepel ou do Conselho de Cultura, em
razão da correspondência enviada por e-mail pelo Marcelo
Carneiro que teria dado a entender que era possível tal ampliação.
Marcelo Carneiro esclareceu que não havia tentativa de
ampliação do grupo de trabalho, sendo, portanto, um mal
entendido. Em seguida passou-se à leitura da ata da reunião
anterior, esclarecendo-se que o item referente à prestação de
contas/auditoria referia-se à Lei Goyazes e as propostas

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apresentadas pelo Marcos Fidélis de ouvir alguém da AGEPEL sobre


o orçamento desta autarquia. Diante disso, passou a palavra à
convidada, Terezinha, que, indagada afirmou que os resultados
físico-financeiros dos projetos da Lei Goyazes não chegam para o
departamento de planejamento da AGEPEL, ou seja, não há
constatação da realização dos projetos. Com relação aos 5%
(cinco por cento) da taxa de administração da Lei Goyazes esses
passam pelo orçamento da AGEPEL e são computados como
orçamento próprio. No tocante às fontes de recursos a convidada
explicou que existem as seguintes: recursos próprios, do tesouro e
convênios. Explicou que acaso aprovado o fundo de cultura este
terá regulamentação própria e mesmo depois de publicado o
decreto governamental, será necessário encaminhar à Assembleia
Legislativa para abertura de orçamento próprio do referido fundo.
Reportando-se novamente ao orçamento da AGEPEL, a convidada
informou que antes de 2007, o orçamento era de R$ 38 milhões de
reais, mas diante da imposição de que o orçamento fosse definido
por cotas, a SEFAZ teria informado que o fecharia o orçamento em
R$ 5 milhões de reais, mas quando foi aprovado o orçamento
estipulou-se apenas R$ 1 milhão de reais. Especificou que o
orçamento da Agência está assim definido: entre 8 e 9 milhões
para folha de pagamento; 2 milhões para despesas de
custeio/manutenção; investimento/aquisição entre 50 e 100 mil
reais. Informou que até o ano passado existiam limitações
orçamentárias, através de decretos que proibiam até viagens de
funcionários a trabalho de estado Goiás. Diante da pergunta do
Sandro Di Lima sobre os recursos destinados a programas e projetos,
a convidada informou que cerca de 1,6 milhão foram destinados
anualmente para o custeio de tais despesas. No tocante ao recurso
do FICA informou que o recurso tem origem no Funproduzir e que
acaso este não seja suficiente, o tesouro cobre a diferença, mas
que já aconteceu de sobrar recursos dessa fonte e ter que esperar
para o ano seguinte para utilizá-lo no FICA. Marcelo Carneiro
indagou se a vinculação do recurso do FUNPRODUZIR ao FICA pela

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gestão passada seria uma tentativa de consolidar o evento, com


destinação de recurso próprio, no que foi respondido que
provavelmente seria este a razão da vinculação do recurso. Nesse
momento, Elaine Noleto explicou que já havia proposta de
modificação do recurso que seria endereçada à Assembléia
Legislativa pelo próprio Governador no intuito de desvincular o
recurso para outras atividades culturais. Continuando a
explanação, Terezinha informou que a taxa de administração da
Lei Goyazes era utilizada, anteriormente, para apoio cultural, mas
que agora continua sendo utilizado equivocadamente, momento
em que o gestor da Lei Goyazes confirmou a informação,
argumentando que nunca houve destinação correta dos recursos
da administração da Lei Goyazes, de modo que o programa
Goyazes funciona com bastante dificuldade. Nesse momento,
Sandro Di Lima, Marcelo Carneiro e Wolnei Unes se manifestaram
no sentido que seja cumprida a determinação legal da lei e,
portanto, o recurso seja destinado ao seu fim específico, qual seja:
administração da Lei Goyazes. Retomando a questão
orçamentária, Terezinha atentou para o fato de que, depois de
expedição do DARE – Documento de Arrecadação Estadual – até
os 5% (cinco por cento) de administração do Goyazes são pagos
por esses instrumentos criados pelo Estado de Goiás. Relatou as
ações do PPA(Plano Plurianual), onde inclui-se no item difusão:
obras em andamento, apoio ao Conselho de Cultura,
consolidação do FICA, incentivo ao audiovisual, artes integradas –
sendo esta uma forma de escapismo para não prejudicar o
orçamento da Agência – artes visuais, dentre outras, que não
foram relatadas diante do pedido dos membros do GT para que
fosse entregue cópia das ações constantes no PPA para posterior
análise pelo grupo de trabalho. Depois de explicitado toda a
situação orçamentária da AGEPEL, Elaine Noleto perguntou qual
seria a previsão orçamentária ideal para a AGEPEL no ano de 2009,
diante do que a convidada respondeu que entre 40 e 50 milhões
de reais. Afirmou, ainda, que o fundo de cultura a ser aprovado por

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decreto, em razão de ser uma unidade orçamentária, é necessário


que passe pela Assembléia Legislativa para autorização de
abertura de crédito. Diante de tais relatos, Marcelo Carneiro
agradeceu a presença de Terezinha afirmando que foi bastante
esclarecedora, no tocante à realidade financeira da AGEPEL, bem
como para auxiliar nos trabalhos do GT, no que foi seguido pelos
demais componente do grupo. Com a retirada da convidada,
membros do grupo chegaram à seguinte conclusão:
Sandro Di Lima: inicialmente desculpando-se pela necessidade de
retirar-se da reunião, concluiu que não se via em condições de
opinar sobre quais saídas poderíamos propor para resolver o
problema orçamentário da AGEPEL e apresentou preocupação
com relação à aprovação do fundo de cultura, diante da política
do Governo Federal que vincula recebimento de recursos através
do fundo de cultura, através do Plano Nacional de Cultura.
Afirmou, ainda, seu posicionamento de que os editais têm que ser
pensados diante da aprovação do fundo e que não podemos
transigir no percentual proposto legalmente e aprovado pela
Assembleia Legislativa, maleabilizando-se de 0,5% para 0,3% do
orçamento do Estado.
Wolnei Unes: o orçamento da AGEPEL é inexistente. Não temos
volume de dinheiro para investimento na área cultural. É preciso
pensar como retomar os editais da AGEPEL diante dessa realidade,
que ocorre uma inversão do planejamento do Estado de Goiás,
onde primeiro levantam-se as deficiências e os gastos efetivos a
serem feitos e depois se busca cobertura orçamentária para tais
despesas. E que por fim, é preciso pensar nas filosofias da Lei
Goyazes, do Fundo de Cultura e dos editais propostos.
Marcelo Carneiro: de repente seria viável pensar na proposta dos
editais da AGEPEL, sem vinculação ao fundo de cultura, bem como
na maleabilidade do valor proposto por lei referente ao fundo
estadual de cultura, mas que o assunto deveria ser amadurecido
nas próximas reuniões.

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Elaine Noleto: A burocracia do estado tem atrapalhado e muito o


andamento dos projetos da AGEPEL, uma vez que na tentativa de
melhorar a qualidade dos serviços prestados, criou-se uma
Coordenação de Registro de Preços que, de certa forma assumiu
funções de comissão de licitação, assessoria jurídica, controle
interno, não dispensando todas essas instâncias nos órgãos do
estado, e por outro lado, o Controle Interno tem buscado assumir
papel de controle externo, ou seja, Tribunal de Contas do Estado.
Na finalização dos trabalhos, Marcelo Carneiro, colocou os pontos
de pauta em discussão para a próxima reunião, ficando definido
que seria Lei Goyazes, que chamaríamos novamente o Vander
para falar sobre a Lei Goyazes, o Wolnei Unes falaria enquanto
representante do Conselho de Cultura, e Elaine Noleto, para
explicitar o relatório apresentado ao grupo por e-mail, referente à
Lei Goyazes, ressaltando-se que Elaine Noleto ficou encarregada
de pedir à Presidenta da AGEPEL para notificar o representante da
SEFAZ, através de seu secretário, para encaminhar algum técnico
para conversar conosco na próxima reunião. Após, encerrou a
reunião, onde foi lida e conferida a presente ata, lavrada e
assinada por mim que secretariei os trabalhos, e pelos demais
membros do grupo de trabalho.

Goiânia, 30 de abril de 2009.

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