1. Introdução [1]
Você já parou para pensar que está cercado de aparelhos e equipamentos que
utilizam a eletricidade por todos os lados?
Pois é! Estamos tão acostumados com ela que nem percebemos da sua
existência.
2. De onde será que vem a eletricidade?
Vamos fazer algumas considerações bem simplificadas para explicar de onde
vem a eletricidade e como evoluiu o sistema elétrico. Para isso, permita-nos
contar uma pequena história do tipo era uma vez . . . . .
Transcorria o ano de 1927. O Joãozinho morava numa bela casa num bairro
nobre da cidade e a sua rua era uma das poucas que tinha o privilégio de ter a
eletricidade. Sua brincadeira predileta, longe da vista dos pais, é claro, era ligar
e desligar o interruptor de luz do seu quarto e vendo a sucessão de claros e
escuros ele se sentia poderoso e ao mesmo tempo intrigado. Como um menino
esperto e curioso questionava: de onde vem essa luz que tem o poder de
iluminar o ambiente do meu quarto? Ele perguntou a seus pais, mas as
respostas que eles deram não o satisfaziam. Um dia, voltando da escola
reparou num imponente prédio com uma placa com os dizeres: “Companhia
de Tração, Fôrça e Luz”. Sua intuição dizia que lá era o escritório que
administrava a distribuição da luz e concluiu que era uma boa oportunidade
para tirar aquela dúvida que martelava a sua cabeça já há algum tempo. Subiu
as escadas e se esgueirou para olhar dentro do escritório. Lá viu várias
pessoas trabalhando e de tão atarefadas nem reparou na sua presença. Ficou
em dúvida se prosseguiria ou desistiria, mas a sua imensa curiosidade fê-lo
continuar. Deu mais alguns passos, na direção de um senhor de gravata
borboleta com um vasto bigode e óculos de aro de tartaruga. Deu uma discreta
tossidinha para chamar a sua atenção. O homem olhou por cima dos óculos e
iniciou-se o seguinte diálogo:
Mostrando um mapa, colocado sobre a sua mesa e protegido por uma placa de
vidro, começou a explicar:
• Quedas-d’água
• Carvão mineral
• Derivados de petróleo
• Bagaço de cana
• Energia nuclear
• Eólica
No Brasil, quase toda a eletricidade vem das usinas hidroelétricas, que usam
as quedas-d’água para gerar a eletricidade.
Então, pode-se dizer que a luz e o calor percebidos por você (efeitos) nada
mais são do que potência elétrica que foi transformada em potência
luminosa (luz) e potência térmica (calor).
• potência ativa
• potência reativa
6. O fator de potência
Em projetos de instalações elétricas os cálculos efetuados são baseados na
potência aparente e potência ativa. Portanto, é importante conhecer a relação
entre elas para que se entenda o que é fator de potência.
Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que
ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em
potência ativa.
Vamos ver isso com mais detalhes: as tensões 220 e 127 volts, que saem dos
transformadores de distribuição, formam a rede secundária, que são
consideradas baixa tensão. Em condições normais não oferecem grandes
perigos (apesar de que todo o cuidado é pouco, em se tratando da
eletricidade). A eletricidade que entra em nossas casas é retirada da rede
secundária. Ela desce pelo poste, instalado na frente das casas, e entra na
caixa do medidor. Em seguida, através do circuito de distribuição, vai para o
quadro de distribuição e finalmente para os circuitos terminais, para
alimentar as cargas (lâmpadas, chuveiros e aparelhos ligados às tomadas).
Você sabe por que quando a lâmpada se acende ela ilumina o ambiente? Uma
explicação simples é a seguinte: internamente a lâmpada é constituída por um
filamento muito fino de um material chamado tungstênio. Quando a corrente
passa por esse filamento ele fica incandescente, iluminando o ambiente.
I=P÷U
Portanto,
na lâmpada:
I = 60 ÷127 = 0,4724 A
no chuveiro:
I = 4.400 ÷ 127 = 34,6457 A
Assim sendo, de acordo com a Tabela 4, o pedido correto que você deveria
fazer para o atendente seria: “quero 20 metros do fio no. 6”.
O que acontece se você usar um fio mais fino, o fio no 2,5, por exemplo? A
vantagem é que o fio no 2,5, por possuir menos material (cobre) do que o fio n o
6, é mais barato. Porém você estará colocando a sua instalação em risco e,
além disso, a instalação consumirá mais eletricidade. Explicando com mais
detalhes: risco porque o fio esquentará e isso poderá causar incêndio e o
consumo de eletricidade irá aumentar porque o fio mais fino provoca perda
de energia maior. Portanto, nas instalações elétricas sempre use fios com
bitolas adequadas.
Mas o que vem a ser o no. do fio? Na verdade ele corresponde à área de seção
reta do fio em mm2. Por exemplo: fio no. 6 significa que a área da seção reta do
fio é de 6 mm2.
8. A energia elétrica
Vocês se lembram quando, lá no começo, dissemos que a eletricidade entra na
caixa do seu medidor, que é o seu relógio de luz, e ele mede o consumo da
sua casa? Pois bem, vamos retomar essa conversa para explicar o termo
energia elétrica. A energia elétrica é muitas vezes usada como sinônimo de
eletricidade. No nosso dia a dia isso não é de todo errado, mas em termos mais
técnicos definimos a energia elétrica como a potência elétrica multiplicada
pelo tempo.
Como já sabemos, a unidade da potência elétrica é o watt (W) e a do tempo é
hora (h). Portanto, a unidade da energia elétrica é dada em watt-hora (Wh).
Exemplo 1:
El = 60x8 = 480 Wh
Exemplo 2:
Em = 2.000x5 = 10.000 Wh
Em = 10 kWh
Os itens que compõem uma Conta de Luz são e os seus valores percentuais
estimados são:
CL = E x Tf + 0,25 x CL
CL = Conta de Luz
E = Energia elétrica consumida
Tf = Tarifa
Obs.: A Tarifa na área de concessão da CPFL-Paulista é R$/kWh 0,32645
com vigência de 08/04/2006 até 07/04/2007 (homologada pela
ANEEL)[10]
CL = (E x Tf) /0,75
η% = ( Ps / Pe) . 100%
Pe = Ps + Perdas
η% = Ps /( Ps + Perdas) . 100%
Os motores elétricos apresentam, em geral, rendimentos na faixa de 60% a
90%, considerando-se a potência nominal. Se conseguíssemos eliminar as
perdas (Perdas) teríamos um motor com rendimento de 100%, entretanto, isso é
impossível pelo fato de as perdas serem inerentes ao motor.
CR = ( Ma / Md)
CR = Coeficiênte de Rendimento
Ma = matérias aprendidas pelo aluno
Md = matérias dadas pelo professor
Md = Ma + Mna
CR = Ma /(Ma + Mna)
η% = Es /( Es + Eperdas) . 100%
Perdas = 3 x I2 x R
Já as perdas comerciais (também chamadas de perdas não-técnicas) são
provenientes de furtos e fraudes, como as alterações nos medidores e o
chamado “gato” ou “gambiarra” [4]. Termos mais amenos como uso
clandestino ou consumo irregular também são utilizados para caracterizar o
furto de energia elétrica.
Para se ter uma idéia do tamanho desse tipo de perdas, segundo os cálculos
da ANEEL, todas as 59 distribuidoras que passam por revisão tarifária perdem,
juntas, R$ 1,2 bilhões. Para combater este cenário, as empresas investem
outros R$ 2,3 bilhões, o que significa um total de perdas de cerca de R$ 3,5
bilhões anuais. Na média, as fraudes e os furtos representam 4,5% do mercado
anual de energia elétrica, o suficiente para abastecer Brasília por 3 anos [4].
Mas as distribuidoras não arcam com o prejuízo sozinhas. No cálculo do
reajuste tarifário anual, a ANEEL autoriza o repasse de parte dessas perdas
para as conta de todos os consumidores [5].
De acordo com a ANEEL, a prática vai desde o “furto rústico”, como a ligações
de fios que puxam a energia elétrica de baixa tensão dos postes, até
“alterações sofisticadas” nas instalações elétricas prediais, em que o medidor
só registra uma parte do consumo. Uma das ações mais “criativas” já
detectadas foi o uso de açúcar no interior do relógio para atrair formigas e com
isso retardar o movimento do disco do medidor [5].
Segurança pessoal
• Capacete
• Luvas de borracha
• Luvas de couro
• Óculos
• Botina
• Cinto
Tenha sempre em mente que a falta de cuidado nas instalações elétricas pode
causar prejuízos materiais e pessoais muito grandes. Uma instalação mal feita
ou a utilização de materiais elétricos inadequados podem provocar interrupções
no fornecimento da energia elétrica para o processo produtivo ou causar
incêndios com conseqüências muito graves.
Para que as instalações elétricas sejam bem feitas, além de utilizar
procedimentos corretos, é de fundamental importância utilizar ferramentas
adequadas. Quais são as ferramentas mais utilizadas para fazer uma
instalação elétrica?
• Chaves de fenda
• Chaves Phillips
• Alicate de corte
• Alicate de bico
• Alicate de pressão
• “Descascador” de fios
• Canivete
• Soldador
• Voltímetro
• Amperímetro
• Ohmímetro
3. CODI 1997