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Auto-avaliação da Biblioteca Escolar e avaliação externa da escola

A auto-avaliação das Bibliotecas Escolares e


a Avaliação Externa das Escolas: uma hipótese
de cruzamento

Junho de 2009

Adelina Paula Pinto Página 1


Auto-avaliação da Biblioteca Escolar e avaliação externa da escola

A ligação entre a aplicação do modelo de Auto- Avaliação das


Bibliotecas Escolares e a Avaliação Externa das Escolas passa por várias
fases a desenvolver em cada escola:

• A necessária ligação entre avaliação e melhoria;

• A integração da auto-avaliação da Biblioteca Escolar na auto-


avaliação da Escola;

• A assumpção, por parte da Escola, dos impactos da Biblioteca


Escolar na qualidade e nos resultados das aprendizagens
realizadas pelos alunos;

• A necessidade de uma orientação clara por parte de cada escola


dos “caminhos” para o sucesso educativo dos seus alunos e o
papel de cada um nesse percurso, nomeadamente da Biblioteca
Escolar.

A avaliação externa começa pela solicitação, por parte da IGE, de


documentos basilares da escola e aqui devem entroncar documentos da
Biblioteca, nomeadamente o relatório anual da aplicação do Modelo de
Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares. De seguida deve ser enviada uma
apresentação da escola seguindo vários pontos sugeridos pela equipa
inspectiva. Esta apresentação é o documento basilar do trabalho a
desenvolver pela equipa inspectiva e é a partir deste documento e da
análise documental que a equipa inspectiva direcciona as entrevistas aos
painéis.

O trabalho que se apresenta tenta uma hipótese de integração da


auto-avaliação da Biblioteca Escolar na apresentação a fazer à IGE, quer no
documento a enviar, quer na apresentação feita pelo Conselho Executivo no
primeiro painel.

Todos os cruzamentos aqui sugeridos devem depois ser validados


pelos intervenientes dos diversos painéis, desde os professores aos alunos,
passando pelos pais e pelo pessoal não docente.

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Apresentação da Escola/Agrupamento à IGE

1. Contexto e caracterização geral da escola

1.1 Contexto físico e social

Quando se faz a caracterização física e social do Agrupamento/Escola,


deve fazer-se a caracterização cultural da área, espaços culturais
(Bibliotecas Municipais e outros equipamentos); níveis de literacia dos
residentes, etc, apontando para o trabalho a desempenhar pelas Bibliotecas
Escolares.

1.2 Dimensão e condições físicas das escolas do agrupamento

Incidência nos equipamentos disponíveis, nº de Bibliotecas integradas na


RBE, dimensões das Bibliotecas, distâncias entre as escolas que dispõem de
BE, soluções encontradas para as escolas que não têm Bibliotecas.

Podem ser usados os dados da avaliação do domínio D, nomeadamente


o indicador D2.3- Adequação da BE em termos de espaço e de equipamento
à necessidades da escola/agrupamento.

1.3 Caracterização da população discente

A caracterização da população discente pode integrar as dimensões


trabalhadas pela Biblioteca Escolar como as literacias e as competências de
leitura.

1.4.Pessoal docente

Caracterização da equipa da Biblioteca Escolar e do Coordenador


(formação, anos na Biblioteca). Trabalho a desenvolver em articulação com
os outros docentes, podendo a Biblioteca assumir-se aqui como um elo de
ligação entre os docentes, à volta do currículo integrador.

Utilização dos dados de avaliação do domínio D, indicador D.2.1 –


Liderança do professor coordenador e D.2.2 – Adequação da equipa em
número e qualificação às necessidades de funcionamento da BE e às
solicitações da comunidade educativa.

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Podem ainda utilizar-se dados do Dominio A, indicador A.1- Articulação


Curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes.

1.5 Pessoal não docente

Pessoal não docente que presta serviço na Biblioteca Escolar: formação,


anos de trabalho na área, etc.

Utilização do indicador do Domínio D, D.2.2- Adequação da equipa em


número e qualificação às necessidades de funcionamento da BE e às
solicitações da comunidade educativa.

1.6 Recursos financeiros

Orçamento previsto para a Biblioteca Escolar. Áreas de investimento


privilegiado (existência de documento de gestão da colecção – Domínio ,
indicador D3 – Gestão da Colecção)

Projectos e parcerias que trazem benefícios financeiros para a Biblioteca


Escolar – PNL, Gulbenkian…. – Domínio C.2 - Projectos e Parcerias.

2. O Projecto Educativo

Sublinhar o papel da BE na consecução dos objectivos do PE. Podem ser


apresentados os dados do Domínio A, nomeadamente o subdomínio A.1 –
Articulação da BE com as Estruturas Pedagógicas e os Docentes.

Dependendo dos objectivos do PE, podem apresentar-se outros dados


como os dos Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
Comunidade (Domínio C) que geralmente fazem parte dos objectivos do PE
da maioria das escolas. As literacias (Domínio B) são também um objectivo
já muito presente nos PE e como tal podem ser apresentados dados da
auto-avaliação da BE.

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2.1 Estratégias (ex de algumas estratégias de um PE)

⇒ Promover a articulação curricular;


Domínio A.1 – Articulação
⇒ Optimizar a intervenção Pedagógica dos Curricular da BE com as
estruturas pedagógicas e os
Departamentos; docentes

⇒ Fomentar formas colaborativas de trabalho docente;

⇒ Investir na inovação no sentido de garantir a melhoria das


aprendizagens;

⇒ Promover a auto-avaliação; D.1.4 – Avaliação da BE

⇒ Fomentar a avaliação da progressão dos alunos;

⇒ Valorizar os processos para além dos resultados.

⇒ Fomentar nos alunos valores como a tolerância, a flexibilidade …

A.2.5 – Impacto da BE no
desenvolvimento de valores e
atitudes…

⇒ Melhorar as competências tecnológicas dos alunos

A.2.4 – Impacto da BE nas


competências tecnológicas dos
alunos

3. A organização e gestão da escola

3.1 Estruturas de gestão

A gestão da Biblioteca Escolar, equipa e serviços prestados.


Apresentação de dados do Domínio D, indicador D1 – Articulação da BE com
a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE e indicador D.2
– Condições humanas e materiais para a prestação de serviços.

3.2 Gestão pedagógica

A direcção do trabalho da Biblioteca escolar orientado para as


aprendizagens dos alunos. Utilização do indicador A.1, mostrando a
articulação que é feita com todos os docentes ao nível da articulação

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pedagógica. O indicador A.2 – Desenvolvimento da literacia da informação


pode também mostrar o trabalho transversal que a BE desenvolve,
favorecendo as aprendizagens dos alunos, nomeadamente nas TIC e nas
competências de informação.

3.3. Procedimentos de auto-avaliação institucional

A apresentação do próprio modelo de auto-avaliação, o paradigma que


lhe está subjacente, a recolha de evidências, a monitorização dos dados
recolhidos. De forma mais específica podem ser apresentados os dados da
avaliação do indicador D.1.4 – Avaliação da BE.

4. Ligação à comunidade

4.1 Articulação e participação dos pais e encarregados de


educação na vida da escola

C.2.4 Estímulo a participação e mobilização dos pais


e E.E. em torno da promoção da leitura e do
desenvolvimento de competências das crianças e
jovens que frequentam a escola

C.2.5 Abertura da Biblioteca à Comunidade

D.3.6 Gestão Cooperativa da Colecção

4.2 Articulação e participação da autarquia

4.3 Articulação e participação das instituições locais: empresas,


associações culturais

5. Clima e ambiente educativos

O ambiente educativo da BE e o trabalho que ela desenvolve nesta área


pode ser apresentado segundo as evidências e a avaliação realizada no
âmbito do Domínio A, nomeadamente no indicador A.2.5 – Impacto da BE
no desenvolvimento de valores e atitudes indispensáveis à formação da
cidadania e à aprendizagem ao longo da vida.

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5.2 Motivação e empenho

A motivação e empenho pode ser apresentada de várias formas quer no


trabalho que a Biblioteca desenvolve com os docentes ( Indicadores A.1.1,
A.1.2, A.1.3) quer em todo o trabalho desenvolvido pela BE nos vários
domínios e na forma como responde às necessidades dos utilizadores.

6. Resultados

6.1 Resultados académicos

Ao nível dos resultados académicos é difícil apresentar dados avaliativos


do trabalho da Biblioteca Escolar mas a partir dos indicador A.2.2 –
Promoção do ensino em contexto de competências de informação, A.2.4 –
Impacto da B nas competências tecnológicas e de informação dos alunos e
B.3 – Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos,
no âmbito da leitura e das literacias, podem trazer-se dados importantes
que mostrem a ajuda que a Biblioteca pode fazer na melhoria dos
resultados dos alunos.

7. Outros dados relevantes

Pontos fortes: Devem apresentar-se os principais pontos fortes e


pontos fracos detectados na aplicação do Modelo
Pontos fracos: de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares,
seleccionando os mais transversais e que colidam
com os da própria Escola/Agrupamento

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