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Para o Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, a Lei Distrital que permite a
comercialização de produtos de conveniência em farmácias, além de ser inconstitucional, coloca
os interesses comerciais acima do direito à Saúde. “Comercializar produtos como água sanitária,
alimentos diversos, máquinas fotográficas, entre outros, significa colocar em risco a saúde dos
usuários de medicamentos. Sem contar que o aumento da oferta de produtos, não quer dizer
aumento de rendimentos, mas também, aumento nas despesas com estoque, contratação de
recursos humanos e concorrência das grandes redes de supermercados”, afirmou o dirigente.
A medida da Câmara Legislativa do DF, segundo Antônio César Cavalcanti Júnior, não é
inovadora. “O que acontece no Distrito Federal, e já aconteceu em São Paulo, é um equívoco ou
uma tentativa, do segmento comercial, de desvincular a farmácia de sua atividade de saúde”,
disse Cavalcanti Júnior.
Ele lembra, ainda, que em parecer encaminhado à ministra Ellen Gracie, do Supremo
Tribunal Federal (STF), no início de 2009, a Procuradoria Geral da República (PGR) manifestou-se
pela procedência parcial da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4093, em que o
Governador de São Paulo, José Serra (PSDB), questiona a Lei Paulista nº 12.623/07. A Lei permitia
a venda de artigos de conveniência como filmes fotográficos, pilhas, produtos cosméticos, balas,
mel, produtos ortopédicos e outros em farmácias e drogarias do Estado. “A Lei nº 4.353/09,
sancionada no Distrito Federal, trata do mesmo tema, e inclusive, tem idêntico teor”, completa o
consultor jurídico do CFF.
Fonte: CFF
Autor: Veruska Narikawa