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Engenharia para a Sustentabilidade

e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores

FEUP, Novembro 2008


Seminário “Construção Sustentável” Ponta Delgada, 24.Junho.2009
O NOSSO
MUNDO É UM
SISTEMA
COMPLEXO
Micro
COMPLEXIDA
DE
Modernidade
Micro
COMPLEXIDA
DE

OU Tradição?
Barbárie
Micro
COMPLEXIDA
DE

OU Diversão?
Imperfeição
Micro
COMPLEXIDA
DE

OU Perfeição?
Ruído
Micro
COMPLEXIDA
DE

OU Música?
Macro
COMPLEXIDA
DE
Poluição das Massas de Água
Macro
COMPLEXIDA
DE
Poluição das Massas de Água
Macro
COMPLEXIDA
DE
Violência e Conflitos Armados
Macro
COMPLEXIDA
DE
Violência e Conflitos Armados
Macro
COMPLEXIDA
DE
Pobreza e Fome
Macro
COMPLEXIDA
DE
Pobreza e Fome
Macro
COMPLEXIDA
DE
Alterações Climáticas
Macro
COMPLEXIDA
DE
Alterações Climáticas
Macro
COMPLEXIDA
DE
DARWIN A complexidade
Capacidade de do ambiente está
adaptação relacionada com
um processo de
selecção natural.
.
A complexidade
Capacidade de do mercado está
inovação relacionada com
um processo de
selecção natural.
“A necessidade
aguça o engenho”

Adágio popular
A Engenharia Engenharia Agronómica
como plataforma Engenharia do Ambiente
transversal a Engenharia Civil
todos os Engenharia Electrotécnica
processos de Engenharia Florestal
desenvolvimento Engenharia Geográfica
Engenharia Geológica e de Minas
Engenharia Informática
Engenharia Mecânica
Engenharia Metalúrgica e de Materiais
Engenharia Naval
Engenharia Química
FORMAÇÃO E A capacitação
COMPETÊNCIAS técnica potencia a
adequadas aos minimização de
desafíos problemas e a
eficiência das
soluções.
A implementação
TRABALHO DE
de soluções
EQUIPA
eficazes requer
e capacidade de conhecimento
comunicação multidisciplinar e
uma correcta
avaliação de custo-
benefício.
INOVAÇÃO A adaptabilidade
e capacidade de a novas ideias
integração maximiza a
capacidade de
resposta.
SENSIBILIDADE É a atenção aos
aos pormenores pormenores que
muitas vezes
traduz a qualidade
final das
soluções..
AMPLITUDE Uma abordagem
de critérios holística
maximiza as
probabilidades
de sucesso.
DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO
AUTÓNOMA DOS AÇORES
− ALGUNS ELEMENTOS E PERSPECTIVAS NO ÂMBITO DA “CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL” −

SEMINÁRIO “CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL”

Ponta Delgada, 24 de Junho de 2009


1. Introdução
| Enquadramento
Protocolo de Quioto (PQ) - Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações
Climáticas (CQNUAC)

● Compromisso de limitar ou reduzir, até 2012, as emissões registadas em 1990:


• Reduzir 5% das emissões totais dos 55 países que ratificaram o PQ;
• Reduzir 8% das emissões dos países em espaço comunitário europeu;
• Limitar até 27% o aumento das emissões registadas em Portugal.

Mecanismos de Acção

PNAC CELE + PNALE Mecanismos PQ


- Conjunto de políticas e medidas -Mecanismo nacional de atribuição - Transacção de Emissões (TE);
para garantir o cumprimento dos de licenças de emissão de GEE a
- Mecanismos de Desenvolvimento
compromissos do PQ. instalações industriais;
Limpo (MDL);
- Medidas dirigidas para eficiência - 244 instalações abrangidas pelo
- Implementação Conjunta (IC).
energética em edifícios, transportes, CELE entre 2005-2007 (cinco nos
sector agrícola, indústria, floresta e Açores).
resíduos.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 28


1. Introdução
| Enquadramento
“O ano de 2006 foi o 5º mais quente em Portugal Continental desde 1931, e a onda de calor registada em
Julho de 2006, quer pela sua extensão espacial, quer temporal, foi a mais significativa observada desde
1941.” in REA 2006.

Evolução das emissões entre 1990 e 2004 Evolução das emissões entre 1990 e 2004

Os que mais reduziram... -0,6% União Europeia Os que mais aumentaram...


Luxemburgo +0,3%
-0,8% Eslovénia
Suíça +0,4%
-0,8% França
Bélgica +1,4%
-1,1% Dinamarca
-3,1% Mónaco Holanda +2,4%

-3,5% Suécia Japão +6,5%

-5,0% Islândia Noruega +10,3%


-5,4% Croácia Itália +12,1%
-14,3% Reino Unido
Finlândia +14,5%
-17,2% Alemanha
Áustria +15,7%
-25,0% Rep. Checa
EUA +15,8%
-30,4% Eslováquia
-31,2% Polónia Liechtenstein +18,5%

-31,8% Hungria Nova Zelândia +21,3%

-32,0% Rússia Irlanda +23,1%


-41,0% Roménia Austrália +25,1%
-41,6% Bielorússia
Grécia +26,6%
-49,0% Bulgária
Canadá +26,6%
-51,0% Estónia
Portugal +41,0% …e +45% em 2005!
-55,3% Ucrânia
-58,5% Letónia Espanha +49,0%

-60,4% Lituânia Turquia +72,6%

-80,0% -70,0% -60,0% -50,0% -40,0% -30,0% -20,0% -10,0% 0,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 29


1. Introdução
| Os Açores e as Alterações Climáticas
18,6

18,4
Impactes ou Riscos Directos:
18,2
● Elevação do nível do mar;
temperatura média (º C)

18,0

17,8 ● Intensificação da erosão costeira;


17,6

17,4
● Aumento de fenómenos hidrológicos
17,2 extremos (cheias, secas, …);
17,0

16,8
● Alterações nas condições climatéricas (ondas
16,6
de calor, tempestades, …).
1900 1913 1926 1939 1952 1965 1978 1991 2004

1600

1400
Impactes ou Riscos Indirectos:
1200 ● Depleção do património natural e
precipitação (mm)

1000 paisagístico;
800 ● Alterações no equilíbrio dos ecossistemas
600 naturais;
400
● Riscos para a segurança de pessoas e bens.
200

0
1900

1913

1926

1939

1952

1965

1978

1991

2004

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 30


1. Introdução
| Conceito de “Construção Sustentável”
● Objectivos gerais do conceito de “construção sustentável”:
● AMBIENTE - Redução dos impactes ou efeitos ambientais;
● ECONOMIA - Redução das despesas correntes com o edifício;
● SOCIEDADE - Melhoria das condições de habitabilidade, saúde e qualidade de
vida;

● Segundo o WBCSD, o custo de uma “construção sustentável” pode atingir


apenas um acréscimo de 5% face às construções convencionais.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 31


1. Introdução
| Conceito de “Construção Sustentável”

Alguns Factos:
● As pessoas passam cerca de 80% a 90% do seu tempo dentro de edifícios;

● Os sectores da construção e de serviços são responsáveis por 40% do consumo


de energia final;

● 33% da totalidade das emissões GEE reportam-se a áreas edificadas;

● O aquecimento e a iluminação representam 42% da energia total consumida nos


edifícios;

● A produção dos materiais e os processos de construção consomem entre 10% a


15% da energia consumida pelo edifício em todo o seu ciclo de vida;

● A construção de edifícios consome 40% dos materiais produzidos e 55% das


madeiras extraídas a nível mundial.

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1. Introdução
| O Sector da Construção e a Emissão de GEE
● Etapas do ciclo de vida do edifício:

¾ Extracção de matérias-primas;
¾ Fabrico de materiais de construção;
¾ Construção do edifício;
¾ Utilização e operação do edifício;
¾ Manutenção e reparação;
¾ Demolição;
¾ Encaminhamento final dos resíduos (RCD e outros) e efluentes.

Emissão de GEE

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 33


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Objectivos

● Enquadrar a Região Autónoma dos Açores no processo nacional de monitorização de


emissões de GEE:
• concretizando uma primeira aplicação a nível regional das metodologias do National Inventory
Report (NIR);
• efectuando uma estimativa das emissões de GEE a nível regional (análise temporal, espacial, por
fonte emissora e benchmarking);
• analisando as principais actividades em termos de emissão de GEE na Região;
• identificando sectores com maior potencial no contexto do Mercado do Carbono.
• estabelecendo referenciais para posterior análise crítica, revisão e validação.

● Contribuir para as directrizes da Resolução da ALRA n.º 10/2007/A, de 18 de Junho


(relativa à apresentação de um relatório anual sobre clima e qualidade do ar).

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Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Metodologia
Estimativa com base no National Inventory Report (NIR):
● Consideram-se os seis GEE contemplados no PQ: CO2, CH4, N2O, PFC, HFC, SF6;
● Série temporal: 1990 - 2004;

Método de cálculo

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Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Metodologia
Definição de âmbito

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Categorias Relevantes na Construção
Correlação com sector
Categorias / Actividades Contributo para Emissão de GEE
da Construção

ENERGIA
Indústria de Energia
9 Necessidades de energia eléctrica.

Extracção e transformação de matérias-primas.


Indústria Transformadora e de
Construção 9 Produção de materiais de construção.

Construção e edificação.

Transportes
8 n.a.
Queima de combustíveis fósseis no sector
Outros sectores
9 doméstico e serviços.
PROCESSOS INDUSTRIAIS
Montagem, operação e eliminação de
Consumo de halocarbonetos e equipamentos eléctricos, refrigeração
hexafluoretos de enxofre 9 doméstica e comercial e ar condicionados
fixos.
AGRICULTURA
Fermentação entérica
8 n.a.

Gestão de estrume
8 n.a.

Solos agrícolas
8 n.a.
RESÍDUOS E ÁGUAS RESIDUAIS
Gestão de resíduos sólidos
9 Produção e tratamento de resíduos.

Tratamento de águas residuais


9 Produção e tratamento de águas residuais.
FLORESTA
Florestação, reflorestação e
desflorestação 9 Consumo de madeira.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 37


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Energia
y Actividades de combustão relacionadas com a produção e consumo de energia:

energia

indústrias de
A. energia

indústrias
B. transformadoras e
de construção

C. transportes

D. outros sectores

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Energia
A. Indústrias de Energia
• Emissões resultantes de actividades de produção de energia eléctrica;.
• GEE dominante: ≈ 100% CO2.
400

300
kt CO 2 e

200

100

0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Centrais termoeléctricas Centrais geotérmicas

Alternativa sustentável: Redução da dependência do sistema produtor termoeléctrico,


mediante a implementação de sistemas de micro-geração à base de FER.
Exemplo: Aproveitamento geotérmico para aquecimento e arrefecimento (chillers).

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Energia
A. Indústrias de Energia

Alternativa sustentável:
3,5
Um sistema de aquecimento de
água a partir de energia solar pode
Evolução RAA (Base 1 - Ano 1990)

3 reduzir até 70% os custos


energéticos.

2,5

1,5

1
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
PIB pm (Fonte: SREA)
Produção energia termoeléctrica (Fonte: DGGE)
Consumo electricidade (Fonte: SREA)
Estimativa emissões GEE (estudo presente)
Consumo termoeléctrico de combustíveis (Fonte: DGGE)
Produção de energia renovável (Fonte: DGGE)

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 40


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Energia
B. Indústrias Transformadoras e de Construção
• Emissões resultantes de actividades de combustão – fornos, fornalhas e unidades de
cogeração.
• GEE dominante: ≈ 100% CO2.
350

300

250

200
kt CO2e

150

100

50

0
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
Indústria alimentar, de bebidas e tabaco Fabricação de produtos não metálicos
Fabricação de cimento Indústria extractiva
Construção Outros sectores industriais

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Energia
D. Outros Sectores
• Emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis em actividades domésticas,
serviços, agricultura e pescas;
• GEE dominante: ≈ 100% CO2;
180
160
140
120
kt CO 2e

100
80
60
40
20
0
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
Doméstico Serviços Agricultura e pescas

Alternativa sustentável:
queima de resíduos biodegradáveis ou pellets.

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Energia
Síntese
• GEE dominante: ≈ 100% CO2;
• Emissões aumentaram 88% entre 1990 e 2004;
• A indústria de produção de energia tem um peso significativo nas emissões (28%);
1.800
1.600
1.400
1.200
kt C O 2e

1.000
800
600
400
200
0
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
Indústrias de Energia Indústrias Transformadoras e de Construção Transportes Outros Sectores
DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 43
2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Processos Industriais
● Actividades de transformação de matérias-primas e manuseamento de produtos:

processos
industriais
● Refrigeração doméstica;
• Refrigeração comercial;
• Equipamentos de transportes refrigerados;
• Equipamentos de ar condicionado fixos;
consumo de
halocarbonetos e
• Equipamentos de ar condicionado móveis;
A. hexafluoreto de • Produção de espumas;
enxofre
• Equipamentos eléctricos.

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Processos Industriais
A. Consumo de Halocarbonetos e Hexafluoreto de Enxofre
• Emissões GEE resultantes da utilização de compostos halogenados em diversas aplicações
industriais, domésticas e comerciais.
3,5

3,0

2,5

2,0
k t C O 2e

1,5

1,0

0,5

0,0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Refrigeração Doméstica Refrigeração Comercial


Equipamentos de Transporte Refrigerados Ar Condicionado Fixos
Ar Condicionados Móveis Espumas
Equipamentos eléctricos

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Processos Industriais
• Emissões aumentaram cerca de 15% entre 1990 e 2004;
• GEE dominantes: CFC em 1990 e HFC em 2004.
• Os frigoríficos e arcas congeladoras são os electrodomésticos que mais energia consomem
numa habitação (cerca de 20% do consumo doméstico).

2
kt CO 2 e

0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

HFC HCFC CFC SF6


DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 46
2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Floresta
y Alterações nos usos florestais, influenciando os fluxos de gases entre a
atmosfera e os ecossistemas terrestres:

floresta

florestação,
A. reflorestação e
desflorestação

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 47


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Floresta
● Balanço de emissões:
• Aumento da capacidade de retenção de CO2, através do incremento da biomassa (e.g. florestação);
• Perda / libertação de CO2, através da perda de biomassa (e.g. corte de árvores).

● A queima de biomassa é um dos sectores em crescimento (prevê-se que até 2020 seja responsável por
15% da energia eléctrica total consumida).

Alternativa sustentável:
- optar por materiais alternativos em situações em que a madeira não seja a solução mais custo-
eficaz;
-aplicar critérios de sustentabilidade na selecção e utilização de madeiras;

Exemplo: Reutilização de resíduos para produção de materiais de construção.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 48


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Floresta

400

300

200

100
kt CO 2

0
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
-100

-200

-300

Incremento de biomassa Perda de biomassa Balanço CO2

● A capacidade de sumidouro da RAA é de 237 kt/ano de CO2;


● O potencial sumidouro de CO2 da Região aumentou 34% entre 1990 e 2004;

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 49


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Resíduos e Águas Residuais
y Actividades relacionadas com a gestão de resíduos sólidos e de águas residuais:

resíduos e águas
residuais

gestão de
A. resíduos sólidos

tratamento de
B. águas residuais

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 50


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Sectorial: Resíduos e Águas Residuais
A. Gestão de Resíduos Sólidos e B. Tratamento de Águas Residuais
• Emissões de GEE devido a fenómenos de metanização e desnitrificação da matéria orgânica presente nos
resíduos e nas águas residuais;
• GEE dominante: 75% CH4;
• Uma máquina de lavar roupa pode gastar cerca de 124 litros de água quente num único programa de
lavagem (cerca de 4 duches);

60

50

40
kt CO 2e

30

20

10

-
1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004
Resíduos sólidos urbanos Resíduos industriais

Águas residuais domésticas Águas residuais industriais

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 51


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Regional: por tipo de GEE
Evolução 1990 – 2004:
2.500 - CO2: + 101%
- CH4: + 13%
2.000 - N2O: + 14%
- Halogenados: + 15%
1.500
kt CO2e

1.000
O CO2 é o GEE
mais representativo
nas emissões da
500 RAA (61%)

0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

CO2 CH4 N2O Compostos halogenados

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 52


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Regional: por categoria e sector

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 53


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Regional: análise de sensibilidade ao balanço

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 54


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Regional: comparação com metas do PQ
● Aumento de 59% das emissões de GEE regionais entre 1990 e 2004 (41% a nível
nacional);
●Excedência de 20% de emissões de GEE relativamente à meta do PQ.
2.500

2.000 + 32% +20%


M e t a do P ro t o c o lo de Q uio t o ( a s s um indo o c o m pro m is s o na c io na l)

+ 27%
1.500
kt CO2e

1.000

500

0
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Energia Processos industriais Agricultura Resíduos

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2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Regional: análise de sensibilidade à evolução

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 56


2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE
| Análise Regional: territorialização
● São Miguel é responsável por 52% das emissões de GEE e a Terceira por 23%.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 57


3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
● Actividades específicas e impactes das fases de extracção de matérias-primas, produção
de materiais, construção e demolição com influência na emissão de GEE:
● Extracção e consumo de matérias-primas e consequente produção de resíduos e
efluentes;
● Produção de materiais de construção;
● Consumo de energia eléctrica da rede pública produzida por fontes fósseis;
● Consumo de água e consequente produção de águas residuais;
● Demolição e triagem de resíduos de construção;

● O gasto energético no processo de extracção de matérias-primas, produção de materiais


de produção apresentam e em todas as fases do ciclo de vida dos materiais incluindo o
transporte é designado por energia incorporada.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 58


sba1
3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
Energia Energia
incorporada incorporada
Material Unidade
primária secundária
(MJ/unidade) (MJ/unidade)

Madeira bruta m3 848 -

Madeira seca tratada m3 1200 -

Contraplacado m3 9440 -
Papel de parede m2 7,5 -
Placa de gesso m3 5000 -
Vidro kg 31,5 -
Aço kg 59 18
Alumínio kg 145 26
Asfalto m2 280 -
Cimento kg 2,15 -
Ferro kg 34 21
Cobre e bronze kg 100 45
Borracha kg 67 44
Areia kg 1 -
Magnésio kg 284 27
Poliuretanos kg 72 44
Zinco kg 53 15 Fonte: GBC Handbook / IA 2006.

● A energia incorporada dos materiais que constituem um edifício varia com a


sua tipologia e materiais utilizados; contudo, corresponde a cerca de 10% a 15%
do consumo energético do edifício em todo o seu ciclo de vida.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 59


Diapositivo 59

sba1 Energia incorporada primária é a soma de todas as energias necessárias para retiral a matéria-prima do solo e processá-lo de forma utilizável,
incluindo o transporte.

Energia incorporada secundária é a energia necessária para reutilizar ou reciclar o material.


SBA; 16-06-2009
sba2
3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
Materiais Recomendáveis Não recomendáveis

Aglomerantes, argamassas e
Cal aérea ou hidratada Asfalto
cimentos
Gesso
Cimentos brancos
Alcatrão
Fibrocimento
● Os metais são materiais com
Pozolanas
Betumes naturais
Cimento Portland elevada energia incorporada;
Areias e granulados
Desencofrantes Biodegradáveis
Provenientes de escória industrial
PVC (cloreto de polivinilo)
no entanto, podem ser
Madeira, betão, metais e pedras
Madeira com selo FSC (c/ tratamento à
base de sal de boro)
Aglomerados, contraplacados, etc. recomendáveis numa
Ferro, aco, cobre, zinco e aluminio.
Azulejo, bloco terra compactado, telha,
perspectiva de ciclo de vida
Peças cerâmicas tijoleira, tijolo (adobe, refractário, burro,
furado, perfurado, térmico), tubagem.
devido à sua durabilidade e
Isolamentos Argila expandida, perite e vermiculite.
Espuma de polestireno extrudido ou
expandido, de poliuretano, de ureia
utilidade.
formaldeído, fenólicas ou de PVC.
Cortiça expandida.
Lãs (cãnhamo, coco, algodão, celulose,
Lás de rocha ou de vidro.
linho, lá de ovelha)
Fibras de madeira mineraliza e revestida
Painéis
de gesso e cimento.
Gesso cartonado
Lâminas impermeáveis Membranas de borracha Betumes asfálticos
Películas de polietileno e polipropileno
Vedantes À base de látex À base de solventes acrílicos
Poliuretano (PUR), PVC
Vidros Armado
Ceras Cera de abelhas ou camaúba
Òleo de linhaça
Colas Cola de caseina ou à base de látex
Interiores à base de caseína, de base
Pinturas Tintas sintéticas ou acrílicas.
aquosa ou cal.
Exteriores à base de silicato ou de cal
(diluentes vegetais).
De resina vegetal, ou à base de óleo de
Vernizes Vernizes sintéticos ou acrílicos.
soja.
Instalações eléctricas Material de polietileno ou polipropileno. Material de PVC.
Tubagens de polietileno, polipropileno ou
Instalações hidráulicas Tubagens em PVC.
aço inoxidável.
Tubagens de cimento ou cerâmicas. Fonte: Quercus

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 60


Diapositivo 60

sba2 Energia incorporada primária é a soma de todas as energias necessárias para retiral a matéria-prima do solo e processá-lo de forma utilizável,
incluindo o transporte.

Energia incorporada secundária é a energia necessária para reutilizar ou reciclar o material.


SBA; 16-06-2009
3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
● Balanço energético durante fase de utilização do edifício:
2007 Æ Iluminação – 22%
Æ Máquina de lavar – 11%
Electricidade – 48% Æ Æ Aquecimento / Arrefecimento – 16%
Petróleo e derivados – 24% Æ Æ Fogão eléctrico – 12%
Æ Aquecimento água – 5%
Outros – 21% Æ Æ Frigoríficos – 20%
(gás da cidade, biomassa e resíduos)
Æ Outros equipamentos eléctricos e
Gás Natural – 7% Æ electrónicos – 14%
Fonte: DGEG, 2009 / Industria e Ambiente, 2009.

● Em Portugal, cerca de 36% da electricidade produzida é de origem renovável.


● A energia renovável produzida cresceu 77% desde 1995.
● O consumo de electricidade e gás natural são as fontes de energia com maior
crescimento nos últimos anos em Portugal;
● Na última década, o consumo de electricidade nas habitações em Portugal
aumentou 2% ao ano;

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 61


3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
Exemplos de Boas Práticas

● Reduzir uso de matérias-primas e materiais com elevado potencial de efeito de


estufa e energia incorporada;
● Disponibilizar manuais de habitabilidade energeticamente eficiente aos
utilizadores do edifício;
● Utilizar sistema bi-horário de fornecimento de energia eléctrica e orientar
consumos eléctricos mais exigentes para o período nocturno;
● Utilizar matérias-primas e materiais de origem local, de forma a reduzir impactes
de transporte e incentivar a triagem e reciclagem dos mesmos;
● Respeitar regulamentos e normas de planeamento urbanístico sustentável,
conservando a topografia natural do local e promovendo a inclusão de espaços
verdes na envolvência;

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 62


3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
Exemplos de Boas Práticas

● Implementar métodos de automação, informática (domótica) e tecnologias de


comunicação e informação nos edifícios, para redução dos custos de deslocação e
controlo dos consumos eléctricos associados a:
● Iluminação;
● Climatização;
● Electrodomésticos;
● Janelas e persianas;
● Sistema de rega;
● Monitorização e informação de consumos.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 63


3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
Exemplos de Boas Práticas

● Cumprir requisitos legais do Sistema de Certificação Energética;


● Promover uso de materiais de revestimento com elevado potencial de isolamento e
inércia térmica, de forma a promover o aproveitamento térmico e o armazenamento de
energia solar respectivamente;
● Promover aproveitamento da ventilação e insolação natural mediante o estudo da
disposição do edifício, geometria na fase de arquitectura e materiais utilizados aquando
da fase de construção;
● Utilizar electrodomésticos mais eficientes no consumo eléctrico e com
possibilidade para receber água quente de sistemas renováveis;
● Desligar equipamentos das tomadas e modos stand-by;
● Optar por sistemas de iluminação inteligente e de fontes de luz mais eficientes
(e.g. LED’s, lâmpadas fluorescentes ou halogéneo);

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 64


3. Gestão de GEE na Construção
| Energia
Exemplos de Boas Práticas

● Reduzir dependência ao sistema público produtor de energia e promoção da


descarbonização da energia consumida, através da implementação de sistemas micro-
geradores de energia a partir de FER;
● Adoptar preferencialmente sistemas de aquecimento colectivo;
● Optar preferencialmente por iluminação natural, dispositivos de sombreamento
eficazes e de refracção / reflexão;
● Implementar telhados relvados;
● Utilizar geotermia local para manutenção dos níveis de conforto térmico;
● Implementar sistema de queima directa à base de biomassa e resíduos
biodegradáveis para aquecimento ambiente e de água (e.g. jornal prensado, pellets,
resíduos de jardim ou floresta).

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 65


3. Gestão de GEE na Construção
| Resíduos e Águas Residuais
Exemplos de Boas Práticas

● Reduzir produção de águas residuais através de sistemas de redução do


consumo de água (e.g. aplicação de redutores de caudal em torneiras e autoclismos);
● Implementar sistemas de reutilização de águas residuais tratadas e águas
pluviais para usos menos exigentes em termos de qualidade (e.g. rega, limpeza, e
fornecimento de água para sistema de incêndio e retretes);

● Usar sensores no auxílio à gestão eco-eficiente do uso de água;


● Prever em fase de projecto infra-estruturas que facilitem a deposição e recolha
selectiva multimaterial de resíduos;
● Adoptar soluções de reutilização in loco dos resíduos produzidos (e.g. fertilização
dos solos e aquecimento);

● Evitar uso de materiais compósitos ou outros que dificultem em termos


operacionais e económicos as acções de triagem e reciclagem durante a fase de
demolição.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 66


3. Gestão de GEE na Construção
| Balanço de Emissões
Equipamentos
Aquecimento Fogão Aquecimento
Edifício de Habitação - Iluminação Máq. Lavar Frigoríficos eléctricos e Emissões GEE
Total /Arrefecimento eléctrico água
Cenário para a RAA eletrónicos (t-CO2e)
22% 11% 16% 12% 5% 20% 14%
Energia consumida total (GJ) 6310 1388,2 694,1 1009,6 757,2 315,5 1262 883,4 398415
Energia termoelectrica (GJ) 5221 ● ● ● ● ● ● ● 398105
Queima de combustíveis (GJ) 1089 ● ● ● 310

Ligação a água Sistema Painéis solares


Alternativa sustentável LED's * * *
quente solar geotérmico térmicos
Taxa de benefício energético
80% 50% 85% * 70% * *
(%)
Ganho energético (GJ) 1111 347 858 * 221 * *
Consumo de energia total
278 347 151 * 95 * *
estimado
Redução emissão GEE (tCO2e) 70121 21913 54184 * 13945 * *
160163
Redução emissão GEE (%) 18% 6% 14% * 4% * * 40%

*Variável de acordo com as características técnicas do equipamento.

Alternativa sustentável: reduzir necessidades de energia


termoeléctrica, implementando sistemas de micro-geração de
electricidade a partir de FER.

● Os queimadores de biomassa e de resíduos biodegradáveis são considerados alternativas ao sistema


de aquecimento / arrefecimento convencionais em determinadas condições.
● Além disso, são menos sensíveis a isolamentos menos eficientes, em comparação com o aquecimento
por electricidade.

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS - 67


3. Gestão de GEE na Construção
| Balanço de Emissões
Balanço Cenário
1990 2004 Construção
Actividades 2004/1990
(kt CO2e) (kt CO2e) Sustentável
(%)
Energia 873 1 637 - 160 kt CO2e
i) Indústrias de energia 212 454
ii) Indústrias tranformadoras e de construção 235 227
iii) Transportes 352 797
iv) Outros sectores 74 159
Processos Industriais 3 3
i) Consumo de halocarbonetos e hexafluoreto de enxofre 3 3
Agricultura 479 560
i) Fermentação entérica 290 342
ii) Gestão de estrume 92 109
iii) Solos agrícolas 97 109
Resíduos e Águas Residuais 55 42
i) Gestão de resíduos sólidos 10 17
ii) Tratamento de águas residuais 45 25
BALANÇO DE EMISSÕES REGIONAIS 1 410 2 242 + 59% - 7%
Floresta - 176 - 237
i) Florestação, reflorestação e desflorestação -176 - 237
BALANÇO LÍQUIDO DE EMISSÕES REGIONAIS 1 234 2 005

BALANÇO DE EMISSÕES NACIONAIS 59 954 84 500 + 41 %

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sergio.costa@simbiente.co http://www.simbiente.com
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