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o Tribunal Pleno

Processo Te N° 01562/07
Prestação de Contas da Agência Estadual de
Vigilância Sanitária - AGEVISA sob a
responsabilidade do Senhor Jorge Alberto
Molina Rodrigues Julgamento irregular.
Aplicação de multa. Recomendação.

ACÓRDÃO APL TC I l}) ~

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos do Processo TC N° 01562/07, referente a


Prestação de Contas do Sr. Jorge Alberto Molina Rodriguez, Diretor Geral da Agência Estadual de
Vigilância Sanitária - AGEVISA, ACORDAM os integrantes do Tribunal de Contas do Estado, à
unanimidade, em sessão plenária, hoje realizada, em: a) julgar irregular a Prestação de Contas em
julgamento; b) aplicar a multa de R$ 2.805,10 ao gestor nos termos do que dispõe o inciso 11do art.
56 da LOTCE; c) assinar ao gestor o prazo de 15 (quinze) dias para efetuar o seu recolhimento ao
Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, cabendo
ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, em caso do não recolhimento voluntário
devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do §
4° do art. 71 da Constituição Estadual; d) recomendar àquele dirigente que seja observada a legislação
pertinente para que não ocorram falhas que possam prejudicar a prestação de contas.

Assim decidem tendo em vista que ficou constatado que não houve retenção nem recolhimento
das contribuições previdenciárias devidas à PBprev conforme planilha elaborada pela Gerência de
Contabilidade do mencionado órgão e acostada aos autos às fls. 447. A PBprev revelou também que
"com apoio em informações obtidas junto à Secretaria de Administração" a verba salarial dos
servidores é repassada com recursos do tesouro estadual à AGEVISA, transferência de recursos na
Fonte 01, cabendo à agência pagar aos servidores e realizar os descontos legais e repassá-los.

o pagamento ao INSS de débito em atraso referente ao mês de junho de 2002, resultou em juros
e multas pagos no exercício sob análise. Se o pagamento tivesse sido pago à época certa não teria
trazido prejuízo ao erário. Todavia, não pode ser atribuído débito ao gestor da Agência, vez que não
houve por parte do mesmo a apropriação de valores. O atraso pode ter-se verificado em virtude de falta
de recursos para quitação no devido tempo. Por outro lado, apesar do interessado ter cuidado em quitar
o débito referente ao exercício de 2002, deixou de adimplir as contribuições devidas do exercício sob
análise.

Publique-se e cumpra-se.
TC - Plenário Min. João Agripino, em

CONSELHEIRO A ÔNIO M

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~NSELHEIRO FLÃVIO~ o FERNANDES


ReJtor

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IA~A1ÊRÊ~NÓBREG~~ ~
Procuradora Geral
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC N° 01562/07

RELATÓRIO

Tratam os presentes autos do Processo TC N° 01562/07, referente à Prestação de Contas da


Agência Estadual de Vigilância Sanitária, cujo gestor responsável foi o Sr. Jorge Alberto Molina
Rodrigues, Diretor Geral, tendo o Sr. José Gama Filho como Diretor Administrativo, Financeiro e de
Integração Regional.
O relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que compõe os
autos, destaca as seguintes irregularidades:

1. falha contábil no que diz respeito ao registro da receita proveniente da arrecadação do Termo de
Ajustes e Metas;
2. pagamento de juros e multas de débitos junto ao INSS referentes ao exercício de 2002, trazendo
prejuízo a AGEVISA na ordem de R$ 2.496,03, ressaltando que o gestor da AGEVISA é o
mesmo desde 2002;
3. não retenção e não recolhimento das obrigações previdenciárias devidas a PBPREV no
montante de R$ 177.298,94, sendo R$ 57.822,67 relativos ao exercício de 2006, com a
agravante de que os valores empenhados/recolhidos em 2004 e 2005 foram inscritos em restos a
pagar e, posteriormente, cancelados.

Foram notificados os diretores como também o contador, tendo todos apresentado a mesma
defesa.
Ao analisar esta, a Auditoria manteve todas as irregularidades inicialmente apontadas.
Em cota o Procurador André Carlo Torres Pontes sugeriu determinar diligência, através da
Auditoria, para verificar se procede a argumentação da defesa de que a falha referente a não retenção e
não recolhimento das obrigações previdenciárias "não procede em função da não transferência de
recurso por parte do Tesouro do Estado uma vez que toda despesa com pessoal e encargos corre por
conta dafonte de recursos 00 ou 01".
O douto Procurador da Pbprev, quando da diligência da Auditoria ao mencionado Órgão de
Previdência, se posicionou no sentido de que a responsabilidade direta da retenção e consequente
repasse a quem de direito das contribuições Previdenciárias é do Ordenador de Despesa da AGEVISA.
Instado novamente a se manifestar, o Ministério Público Especial, em parecer da lavra do
Procurador André Carlo Torres Pontes opinou pela:
1) irregularidade das contas do Sr. Jorge Alberto Molina Rodriguez, na qualidade de
gestor da Agência Estadual de Vigilância Sanitária - AGEVISA, exercício de 2006;
2) imputação de débito relacionado ao pagamento de multa e juros danosos ao erário;
3) aplicação de multa, com fulcro na LCE 18/93, arts. 55 e 56, 11.
4) recomendação para prevenir as falhas apuradas na presente prestação de contas.

É o Relatório. ('; ..;~/

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CONSELHEIRO FLÁVI0 'f!RO FERNANDES
Relato'
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