Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2) REMETER os autos à Corregedoria deste Sinédrio de Contas para a adoção das seguintes
providências:
I
./
~"
11. (\ />:
Fui Presente / .+-'L ~.~ ./
Representantedo Ministério Público Especialç--
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
In limine, é importante realçar que este ego Tribunal, através do mencionado aresto,
considerou procedente a denúncia formulada pela representante do Poder Legislativo e
decidiu: a) imputar o débito de R$ 6.552,00 ao Alcaide, referente à realização de despesas
sem a efetiva comprovação dos serviços contratados; b) fixar o prazo de 60 (sessenta) dias
para o recolhimento voluntário do citado valor aos cofres públicos municipais; c) aplicar
multa à referida autoridade, no montante de R$ 1.000,00; d) assinar o lapso temporal de 60
(sessenta) dias para o pagamento da penalidade ao Fundo de Fiscalização Orçamentária e
Financeira Municipal; e) fazer recomendações ao Chefe do Poder Executivo da Comuna;
f) remeter cópia dos autos à Procuradoria Geral de Justiça do Estado da Paraíba; e g) enviar
cópia da decisão aos interessados, à Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba e à
Diretoria de Auditoria e Fiscalização desta Corte.
Ato contínuo, o Prefeito, Sr. Gildivan Lopes da Silva, apresentou documentos, fls. 72/79,
onde comunica o recolhimento, em 11 de outubro de 2004, da quantia a ele imputada,
R$ 6.552,00, anexando, inclusive, comprovante de depósito bancário, fl. 75.
~ -,
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
porém, foi retirada, na mesma data, da CONTA CORRENTE N.o 10.812-X, também
pertencente à Urbe, fi. 113/ indicando a possibilidade de utilização de verbas municipais para
a quitação do débito imputado ao gestor; d) embora solicitado, não foi apresentado nenhum
documento que comprovasse a autoria do suposto depósito; e e) quanto à multa de
R$ 1.000/00/ também não foi disponibilizado nenhum comprovante que atestasse o seu
efetivo pagamento.
Encaminhado o feito ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, este emitiu o parecer
de f!. 225 (anverso e verso), no qual pugna pela: a) declaração de não cumprimento das
determinações contidas no Acórdão APL - TC - 470/04/ fls. 55/56/ pelo Sr. Gildivan Lopes da
Silva, Prefeito de São José de Caiana; e b) representação, através da Corregedoria desta
Corte de Contas, à Procuradoria-Geral do Estado e ao Ministério Público Comum, acerca do
não recolhimento, pelo interessado, dos valores relativos ao débito de R$ 6.552/00 e à multa
pessoal de R$ 1.000/00/ cominados em sede do mencionado aresto.
É o relatório.
Compulsando os autos, constata-se que o Acórdão APL - TC - 470/04 não foi cumprido pelo
Prefeito Municipal de São José de Caiana, Sr. Gildivan Lopes da Silva, fls. 202/204. Com
efeito, no tocante ao débito imputado, R$ 6.552/00/ verificou-se que, no mês de outubro de
2004/ foi contabilizada uma receita, a título de OUTRAS RESTITUIÇÕES, no valor
correspondente, f!. 89. Entretanto, mediante análise dos extratos bancários, observou-se
que, em 11 de outubro de 2004/ a referida quantia foi retirada da CONTA CORRENTE
N.o 10.812-X (FPM) e depositada na CONTA CORRENTE N.O 10.480-9 (DIVERSOS), ambas
pertencentes ao referido Município, indicando a possibilidade utilização de verbas municipais
para a quitação do débito imputado ao gestor, fls. 112/113. É importante frisar que, embora
tenha sido solicitado pelos técnicos desta Corte, não foi apresentado nenhum documento
capaz de identificar a origem e autoria do suposto pagamento.
Diante do exposto e comungando com o entendimento do Ministério Público Especial, fI. 225
(anverso e verso), vislumbra-se in casu a possibilidade de representação, também conhecida
como representação administrativa, através da qual se comunica formalmente
irregularidades ou abusos de poder na prática de atos da Administração à autoridade
competente para conhecer e coibir a ilegalidade apontada. Ademais, cabe destacar que a
referida prerrogativa foi conferida não só aos Tribunais de Contas, mas a todo e qualquer
cidadão, conforme estabelecido no art. 5°, inciso XXXIV, alínea "a", e no art. 71, inciso XI,
da Carta Magna, verbum pro verbo:
Art. 5° (omissis)
1-( ...)
...
( )
1-( ...)
Trata-se de obrigação constitucional cuja finalidade é efetivar a tão almejada harmonia entre
os Poderes do Estado (art. 2°, CF). Portanto, diante de máculas apuradas na apreciação do
presente feito, cabe a este Colegiado de Contas dar ciência, necessariamente, aos órgãos
estaduais para a adoção das medidas pertinentes, notadamente, ao Ministério Público
Comum e ao Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, tendo em vista que os fatos podem
caracterizar o cometimento de ilícitos penais.
ipsis litteris: .
->;
~-t~...... /..'i\
\~; \.\\... r,,\.-j\
~. \..
~
. . \
~.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
2) REMETA os autos à Corregedoria deste Sinédrio de Contas para a adoção das seguintes
providências: