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Deus singular H muito que se reconhece em Gnesis uma forte veia polmica. Israel, depois de 430 anos no Egito, com seu politesmo grosseiro, e a caminho para Cana, com sua cosmogonia perversa e religio imoral, precisava entender seu Deus corretamente para no cair presa do animismo e da idolatria. Assim, Gnesis 1 e 2 apresentam Yahweh como o Deus transcendente que existia antes do universo e dele no dependia para coisa alguma. Ele senhor absoluto das foras do universo como o sol e a lua, as guas caticas do oceano primevo, sobre as fontes e cursos de gua, e mesmo sobre os grandes animais marinhos. Todos esses elementos tinham alguma conotao mitolgica entre os povos do Oriente Mdio antigo, particularmente entre os sumrios e os cananeus. A narrativa do Dilvio, que tem paralelos nos picos sumrios de Gilgams e Atrahasis, estende o tom polmico ao descrever no um deus caprichoso e vingativo, que destri a humanidade devido ao desconforto e falta de sono causados pelo barulho dos homens, mas Yahweh, um Deus cujo carter santo e propsitos benevolentes para com o homem eram menosprezados e violados pela conduta pecaminosa da humanidade. Alm disso, revela um Deus cuja sabedoria permite ao homem escapar ao juzo por meio de uma embarcao realmente capaz de suportar as intempries do Dilvio, em contraste com outras verses antigas do evento, que descrevem embarcaes totalmente incapazes de navegar e preservar a vida. A singularidade de Yahweh aparece em cores ainda mais brilhantes no fato de que Ele um Deus que, apesar de transcendente e todo-poderoso, busca um relacionamento com Suas criaturas e a elas Se revela. Ele estabelece alianas (cf. 9.8-17; 15.9-21; 17.1-27) e garante seu cumprimento ao prover e proteger milagrosamente a semente que havia prometido (18.13-15; 22.15-18; 25.21).