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UNIÃO EUROPEIA

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL Fundo Social Europeu

PROGRAMA ESTÁGIOS PROFISSIONAIS

REGULAMENTO
UNIÃO EUROPEIA

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL Fundo Social Europeu

ÍNDICE
1. OBJECTO .................................................................................................................. 3
2. CARACTERÍZAÇÃO DO PROGRAMA ESTÁGIOS PROFISSIONAIS ..................... 3
2.1 Objectivos......................................................................................................... 3
2.2 Beneficiários Finais ..........................................................................................4
2.3 Destinatários .................................................................................................... 6
2.4 Orientadores de estágio .................................................................................. 8
3. REQUISITOS DOS PROJECTOS DE ESTÁGIO E DOS BENEFICIÁRIOS FINAIS .. 9
3.1 Requisitos dos projectos de estágio................................................................. 9
3.2 Requisitos obrigatórios dos beneficiários finais ............................................... 10
3.3 Inibição do direito de acesso aos apoios ......................................................... 11
3.4 Acesso aos apoios mediante prestação de garantia bancária ........................ 11
4. DEVERES DOS BENEFICIÁRIOS FINAIS ................................................................. 12
4.1 Processo contabilístico .................................................................................... 12
4.2 Processo técnico ............................................................................................. 14
4.3 Informação e publicidade ............................................................................... 16
4.4 Outros deveres ................................................................................................ 16
5. CARACTERIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS PROFISSIONAIS .......................................... 17
5.1 Definição .......................................................................................................... 17
5.2 Duração ........................................................................................................... 17
5.3 Período de estágio complementar ................................................................... 17
5.4 Selecção de candidatos ...................................................................................18
5.5 Desistência do estagiário ................................................................................. 19
5.6 Interrupção temporária de estágios ................................................................. 20
5.7 Faltas ............................................................................................................... 20
5.8 Contrato de formação em posto de trabalho ................................................... 21
6. PEDIDOS DE FINANCIAMENTO ............................................................................... 21
6.1 Apresentação do pedido de financiamento ..................................................... 21
6.2 Arquivamento dos pedidos de financiamento .................................................. 21
6.3 Análise e decisão ............................................................................................. 23
6.4 Notificação da decisão de aprovação .............................................................. 24
6.5 Aceitação da decisão de aprovação ................................................................ 24
6.6 Caducidade da decisão de aprovação ............................................................ 25
6.7 Indeferimento ................................................................................................... 25
7. ALTERAÇÕES À DECISÃO DE APROVAÇÃO .......................................................... 26
7.1 Pedidos de alteração ....................................................................................... 26
7.2 Análise e decisão ............................................................................................. 26
7.3 Notificação e aceitação da decisão ................................................................. 27
7.4 Indeferimento ................................................................................................... 28
8. CUSTOS ELEGÍVEIS .................................................................................................. 28
8.1 Data de realização e de pagamento................................................................. 28

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8.2 Natureza e montantes máximos ...................................................................... 28
8.3 Limites de financiamento dos custos elegíveis ................................................ 30
8.4 Custos inelegíveis ............................................................................................ 31
9. FINANCIAMENTO ....................................................................................................... 31
9.1 Financiamento público ..................................................................................... 31
9.2 Comparticipação do IEFP e das Entidades Beneficiárias na Bolsa
de Estágio .........................................................................................................31
9.3 Outras despesas com estagiários no âmbito do período de estágio
em território nacional ..................................................................................... 33
9.4 Despesas com estagiários no âmbito do período de estágio
complementar no estrangeiro...........................................................................33
9.5 Outras despesas com os estágios.................................................................... 34
10. REGIME DE FINANCIAMENTO ................................................................................34
10.1 Regime de financiamento às Entidades Beneficiárias .....................................34
10.2 Condições a verificar ....................................................................................... 35
10.3 Prestação de informação física e financeira .................................................... 35
10.4 Regime de financiamento às Entidades Organizadoras ..................................36
10.5 Reavaliação do financiamento aprovado .........................................................36
11. ENCERRAMENTO DE CONTAS .............................................................................. 36
11.1 Termos e prazos .............................................................................................. 36
12. FACTOS MODIFICATIVOS OU EXTINTIVOS DO FINANCIAMENTO .....................37
12.1 Redução do financiamento .............................................................................. 37
12.2 Normalização de irregularidades e suspensão de pagamentos ...................... 38
12.3 Revogação da decisão .................................................................................... 40
12.4 Restituições ..................................................................................................... 41
13. ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO, CONTROLO E APOIO TÉCNICO .................43
13.1 Acompanhamento, avaliação e controlo ..........................................................43
13.2 Acompanhamento e apoio técnico .................................................................. 43
13.2.1 Competências do Centro de Emprego ................................................. 43
13.2.2 Competências das Entidades Organizadoras ...................................... 44
14. CERTIFICAÇÃO ........................................................................................................ 44
15. DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................ 44
15.1 Contagem de prazos ....................................................................................... 44
15.2 Outras disposições .......................................................................................... 44
16. ANEXOS

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1. OBJECTO

1.1 O presente Regulamento define o regime de acesso aos apoios concedidos pelo
Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) através do Programa
Estágios Profissionais e cofinanciáveis pelo Fundo Social Europeu (FSE) no
âmbito dos Contratos-Programa celebrados entre este e os gestores dos
Programas Operacionais Regionais (POR).

1.2 Os apoios previstos são concedidos pelo IEFP nos termos do disposto na Portaria
n.º 268/97, de 18 de Abril, com as alterações introduzidas pelas Portarias n.º
1271/97, de 26 de Dezembro, 814/98, de 24 de Setembro e 286/2002, de 15 de
Março e no presente Regulamento, no âmbito do qual se aplicam as normas
inerentes ao regime geral de apoios a conceder pelo FSE, na medida e nos
precisos termos em que se encontram previstos.

1.3 O presente Regulamento entra em vigor à data da sua publicação e é aplicável


aos pedidos de financiamento pendentes de aprovação à data de entrada em
vigor da Portaria n.º 286/2002, de 15 de Março.

1.4 Aos pedidos de financiamento aprovados antes da entrada em vigor da Portaria


n.º 286/2002, de 15 de Março e do presente Regulamento, aplica-se, até à sua
conclusão, o regime em vigor à data de aprovação.

1.5 Em tudo o que não estiver expressamente previsto no presente Regulamento,


aplicam-se as disposições do Programa Estágios Profissionais e as disposições
regulamentares internas do IEFP aplicáveis.

2. CARACTERIZAÇÃO DO PROGRAMA ESTÁGIOS PROFISSIONAIS

2.1 Objectivos
O Programa Estágios Profissionais é de âmbito nacional e tem por objectivos:
a) Complementar e aperfeiçoar as competências sócio-profissionais dos jovens
qualificados, através da frequência de um estágio em situação real de
trabalho;
b) Possibilitar uma maior articulação entre a saída do sistema
educativo/formativo e a inserção no mundo do trabalho;
c) Facilitar o recrutamento e a integração de novos quadros nas entidades,
através do apoio técnico e financeiro prestados a estas na realização de
estágios profissionais;

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d) Dinamizar o reconhecimento, por parte das entidades, de novas formações e
novas competências profissionais, potenciando novas áreas de criação de
emprego;
e) Facilitar a inserção de diplomados de áreas de formação com maiores
dificuldades de integração na vida activa, reorientando-os para áreas onde se
constatam maiores carências de mão-de-obra.

2.2 Beneficiários Finais

2.2.1 Entidades Beneficiárias

2.2.1.1 Constituem-se como beneficiários finais dos apoios previstos no


presente Regulamento, as pessoas colectivas ou singulares, de
direito privado e com ou sem fins lucrativos que, nos termos do
disposto nos normativos específicos que criam e regulamentam os
apoios, apresentem condições técnicas e pedagógicas e reúnam
condições para titular pedidos de financiamento, com o objectivo de
obter os recursos necessários para os estágios profissionais que
pretendem facultar, adiante designadas por Entidades Beneficiárias.

2.2.1.2 Até à entrada em vigor da regulamentação prevista no Decreto-lei n.º


326/99, de 18 de Agosto, as entidades da Administração Pública são
consideradas Entidades Beneficiárias nos termos do disposto no
presente Regulamento.

2.2.2 Entidades Organizadoras

2.2.2.1 Constituem-se, também, como beneficiários finais dos apoios


previstos no presente Regulamento, as pessoas colectivas que nos
termos do disposto nos normativos específicos que criam e
regulamentam os apoios, reúnem condições para titular pedidos de
financiamento, com o objectivo de dinamizar a oferta de estágios,
bem como assegurar o seu acompanhamento e avaliação
sistemática, incluindo o apoio necessário, antes e no decorrer dos
estágios profissionais, às Entidades Beneficiárias e respectivos
orientadores de estágio e aos estagiários, adiante designadas por
Entidades Organizadoras.

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2.2.2.2 Consideram-se Entidades Organizadoras os seguintes organismos:
a) Associações Empresariais
b) Associações Profissionais
c) Associações Sindicais
d) Associações de Estudantes de Instituições de Ensino Superior
Universitário e Politécnico
e) Entidades sem fins lucrativos que desenvolvam actividades de
reabilitação profissional, acreditadas nos termos da Portaria n.º
728/97, de 29 de Agosto.

2.2.2.3 As UNIVA podem, em articulação com os Centros de Emprego,


constituir-se também como Entidades Organizadoras, ficando isentas
do número mínimo de propostas de estágio previsto no ponto 2.2.2.5
e não tendo direito à compensação referida na rubrica 3 da estrutura
de custos indicada no ponto 8.2.

2.2.2.4 Os Centros de Formação Profissional e os Centros de Reabilitação


Profissional de Gestão Directa e Participada podem, relativamente
aos seus formandos e em articulação com os Centros de Emprego,
constituir-se também como Entidades Organizadoras, ficando isentas
do número mínimo de propostas de estágio previsto no ponto 2.2.2.5
e não tendo direito à compensação referida na rubrica 3 da estrutura
de custos indicada no ponto 8.2.

2.2.2.5 São apenas considerados os pedidos de financiamento de Entidades


Organizadoras que reunam um mínimo de 10 propostas de estágio,
podendo estes pedidos de financiamento ser aprovados no todo ou
em parte.

2.2.3 Competências das Entidades Organizadoras

2.2.3.1 Às Entidades Organizadoras compete, na generalidade:


a) Dinamizar ofertas de estágio;
b) Apoiar a Entidade Beneficiária na instrução dos pedidos de
financiamento, designadamente na definição do Perfil de
Competências e Plano Individual de Estágio desejável para o
estagiário;
c) Apoiar os estagiários e os orientadores de estágio, durante o
decurso do mesmo;

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d) Colaborar com o IEFP na avaliação da qualidade dos estágios,
designadamente reportando atempadamente aos Centros de
Emprego quaisquer disfuncionamentos ou desvios ao Plano
Individual de Estágio previamente acordado, participando em
encontros e reuniões de avaliação promovidos pelos Centros de
Emprego e elaborando e apresentando, trimestralmente, o

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e) Propor eventuais alterações aos Programa, numa perspectiva de
melhoria da sua qualidade.

2.2.3.2 Para desenvolver as atribuições definidas no ponto anterior, a


Entidade Organizadora, deve indicar, no pedido de financiamento,
um ou mais coordenadores de estágios.

2.2.3.3 Considera-se aconselhável que cada coordenador não acompanhe


mais do que 10 estágios, tendo em conta o papel que lhe compete
desenvolver.

2.2.4 Princípio da não cumulatividade

2.2.4.1 Os beneficiários finais não podem ser, simultaneamente e


relativamente ao mesmo pedido de financiamento, Entidades
Organizadoras e Beneficiárias.

2.2.4.2 Se uma Entidade Organizadora é, simultaneamente, Entidade


Beneficiária, relativamente a outros pedidos de financiamento, deve o
Centro de Emprego apurar se as tarefas de coordenação de uns
estágios colidem com o exercício pleno das competências de
orientação dos restantes.

2.3 Destinatários

2.3.1 Constituem-se como destinatários dos apoios previstos no presente


Regulamento, os jovens com idade compreendida entre 16 e 30 anos,
inclusive, habilitados com qualificação de nível superior –
níveis IV e V –
ou
qualificação de nível intermédio –
níveis II e III -, conforme Tabela de Níveis
de Formação em anexo (Anexo 1), que reunam uma das seguintes
condições:

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a) Sejam desempregados à procura do primeiro emprego, que não tenham
exercido uma ou mais actividades profissionais por um período de
tempo, no seu conjunto, superior a um ano;
b) Sejam desempregados à procura de novo emprego que tenham
entretanto adquirido formação qualificante, que lhes permita o acesso a
nível de formação distinto, enquadrável no âmbito do presente
Regulamento, e não tenham tido ocupação profissional nessa área por
período superior a um ano.

2.3.2 Os desempregados à procura de novo emprego, que tenham exercido


actividade profissional distinta da sua qualificação, seja de nível superior ou
intermédia, podem ter acesso ao Programa Estágios Profissionais, em área
de actividade compatível com a sua qualificação e desde que esta não tenha
sido adquirida há três ou mais anos.

2.3.3 Quando os destinatários sejam pessoas portadoras de deficiência, não se


aplica o limite máximo de idade acima estabelecido.

2.3.4 Podem ter acesso ao Programa Estágios Profissionais, os destinatários


habilitados com o 12º ano de via ensino, devendo ser enquadrados, para
esse efeito, no nível III.

2.3.5 Os pedidos de financiamento não devem, preferencialmente, incluir


destinatários de diferentes regiões (NUTS II), tendo em conta o seu local de
residência.

2.3.6 Os pedidos de financiamento relativamente aos quais não seja cumprido o


requisito indicado no número anterior, não são objecto de cofinanciamento
do FSE no âmbito dos Contratos-Programa celebrados entre o IEFP e os
gestores dos POR.

2.3.7 São elegíveis os destinatários estrangeiros, nacionais de um estado membro


ou não da União Europeia (UE), e, bem assim, os seus filhos menores,
desde que os primeiros possuam visto de estudo, de trabalho ou autorização
de residência, válido em Portugal, ou comprovativo de que foi iniciado o
procedimento para a obtenção de autorização de residência ou que sejam
possuidores do título de residência, caso tratamento diverso não seja
consagrado em instrumentos de direito internacional aplicáveis.

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2.3.8 Os destinatários estrangeiros, possuidores de visto de estudo, visto de
trabalho ou de autorização de permanência, são elegíveis no âmbito do
Programa Estágios Profissionais, desde que, além dos requisitos previstos
nos normativos que criam e regulamentam o Programa e no presente
Regulamento, reunam, cumulativamente, as seguintes condições:
a) Equivalência de habilitações escolares e profissionais, devidamente
comprovada;
b) Duração do período de estágio, previsto no projecto de estágio,
enquadrável na duração do respectivo visto ou autorização.

2.4 Orientadores de estágio

2.4.1 As Entidades Beneficiárias devem designar, para cada estágio proposto, um


orientador de estágio, o qual é responsável pela execução e
acompanhamento do Plano Individual de Estágio, não podendo, cada
orientador, ter mais de três estagiários a seu cargo.

2.4.2 O Centro de Emprego deve emitir parecer sobre a aceitação dos


orientadores de estágio propostos pela Entidade Beneficiária, através de
avaliação curricular e tendo presente que está assegurado, relativamente a
todo o período de estágio, o exercício das competências que lhe estão
cometidas.

2.4.3 O orientador deve ter, preferencialmente, vínculo à Entidade Beneficiária.


Quando tal não seja possível, cabe ao Centro de Emprego avaliar se estão
reunidas as condições necessárias para o exercício continuado das suas
competências, emitindo parecer em conformidade.

2.4.4 Pode ser aceite a substituição do orientador de estágio, por motivos


devidamente justificados pela Entidade Beneficiária e aceites pelo Centro de
Emprego, sendo neste caso retomados os procedimentos definidos quanto à
designação e aceitação do orientador de estágio.

2.4.5 Compete na generalidade ao orientador de estágio:


a) Definir o Perfil de Competências requerido e o Plano Individual de
Estágio, em articulação com o Centro de Emprego ou a Entidade
Organizadora;
b) Realizar o acompanhamento do estagiário, supervisionando o seu
progresso face aos objectivos definidos;

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c) Participar nas reuniões promovidas pelo Centro de Emprego;
d) Elaborar e apresentar trimestralmente ao Centro de Emprego o

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sendo o último o Relatório Final.

3. REQUISITOS DOS PROJECTOS DE ESTÁGIO E DOS BENEFICIÁRIOS FINAIS

3.1 Requisitos dos projectos de estágio

3.1.1 A apreciação dos pedidos de financiamento aos apoios previstos no


presente Regulamento atende aos critérios constantes nos normativos
específicos que os criam e regulamentam, aos quais acrescem os seguintes
critérios recomendáveis de apreciação:
a) Coerência dos projectos de estágios profissionais propostos com a
fundamentação da sua necessidade e oportunidade;
b) Qualidade técnica dos estágios profissionais propostos, nomeadamente
quanto à coerência entre o perfil dos destinatários e os conteúdos dos
Planos Individuais de Estágio, bem como dos métodos de avaliação da
execução e dos resultados;
c) Relação entre o número de homens e mulheres, tendo em conta a
promoção da igualdade de oportunidades entre os géneros, critério que
não deve, contudo, obstar à prossecução das prioridades e objectivos
essenciais inerentes aos projectos de estágio;
d) Potencial de empregabilidade dos destinatários, podendo também ser
aferido tendo em conta o demonstrado em outras acções de formação
ou estágios profissionais;
e) Relação entre o número de estagiários e o número de empregados da
Entidade Beneficiária, a qual deve ser adequada, não podendo causar
entropia no desenvolvimento do processo produtivo;
f) Contributo para o desenvolvimento das competências profissionais em
domínios das tecnologias da sociedade da informação.

3.1.2 Sem prejuízo do disposto no número anterior, sempre que uma proposta de
estágio profissional inclua períodos de estágio complementar no estrangeiro,
deve ser dada prioridade àqueles que decorram nos restantes países da UE.

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3.1.3 O suporte da decisão sobre os pedidos de financiamento aos apoios
previstos no presente Regulamento contêm obrigatoriamente uma descrição
da apreciação efectuada face a cada um dos critérios aplicáveis.

3.2 Requisitos obrigatórios dos beneficiários finais

3.2.1 Podem aceder aos apoios previstos no presente Regulamento os


beneficiários finais que reunam, cumulativamente, desde a data da
apresentação dos pedidos de financiamento, os requisitos que se encontram
previstos nos respectivos normativos específicos que os criam e
regulamentam, bem como os que a seguir se identificam:
a) Estarem regularmente constituídas;
b) Encontrarem-se devidamente registadas, sempre que tal seja condição
obrigatória para o exercício da actividade;
c) Terem a sua situação regularizada em matéria de impostos perante a
Fazenda Pública;
d) Terem a sua situação regularizada em matéria de contribuições para a
Segurança Social;
e) Terem a sua situação regularizada em matéria de restituições no âmbito
dos financiamentos públicos concedidos pelo IEFP;
f) Terem a sua situação regularizada em matéria de restituições no âmbito
dos financiamentos do Fundo Social Europeu (FSE);
g) Não terem sido condenados por violação da legislação sobre trabalho
de menores;
h) Não terem sido condenados por violação da legislação sobre
discriminação no trabalho e no emprego, nomeadamente em função do
género.

3.2.2 Os requisitos previstos nas alíneas a) a e) do número anterior são objecto


de verificação em sede de apresentação dos pedidos de financiamento,
nomeadamente com base na apresentação de documentos oficiais
adequados.
O requisito identificado na alínea e) não condiciona a aprovação dos
pedidos de financiamento.

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3.2.3 A idoneidade dos beneficiários finais e o requisito previsto na alínea f) do n.º
3.2.1 são aferidos pelas Estruturas de Apoio Técnico (EAP) às
coordenações das intervenções sectoriais desconcentradas do emprego,
formação e desenvolvimento social incluídas nos Programas Operacionais
Regionais.

3.3 Inibição do direito de acesso aos apoios

Os beneficiários finais que tenham sido condenados em processo crime, com


sentença transitada em julgado, por factos envolvendo disponibilidades
financeiras dos fundos estruturais da UE e outros fundos públicos, ficam inibidos
do direito de acesso aos apoios previstos no presente Regulamento, por um
período de 2 anos, salvo se da pena aplicada resultar prazo diverso, o qual será,
nesse caso, aplicado.

3.4 Acesso aos apoios mediante prestação de garantia bancária

3.4.1 Os beneficiários finais relativamente aos quais se verifiquem as situações a


seguir indicadas, envolvendo disponibilidades financeiras dos fundos
estruturais da UE e outros fundos públicos, apenas podem ter acesso aos
apoios previstos no presente Regulamento desde que apresentem garantia
bancária:
a) Dedução de acusação em processo crime;
b) Existência de indícios graves de irregularidades financeiras,
contabílisticas, técnicas e organizativas, verificadas em processos de
controlo ou auditoria, nomeadamente as constantes da alínea d) do
ponto 12.2.1 e da alínea b) do ponto 12.2.2.

3.4.2 Os beneficiários finais aos quais tenham sido revogadas decisões de


aprovação de outros pedidos de financiamento aos fundos estruturais da UE
e outros fundos públicos, com fundamento nas situações a seguir indicadas,
apenas podem ter acesso aos apoios previstos no presente Regulamento,
nos 2 anos subsequentes, desde que apresentem garantia bancária:
a) Apresentação do mesmo pedido para os mesmos custos a mais de uma
entidade;
b) Recusa de submissão ao acompanhamento, avaliação, controlo ou
auditoria a que estão legalmente sujeitos, nos termos do ponto 13.

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3.4.3 Quando as situações indicadas nos números anteriores ocorram durante a
execução dos estágios profissionais, as garantias bancárias previstas
devem ser apresentadas no prazo de 90 dias contados a partir da data em
que o beneficiário final tomou conhecimento da situação que determina a
obrigatoriedade da sua prestação, havendo lugar, em caso de
incumprimento deste prazo, à revogação da decisão de aprovação e
consequente restituição dos apoios recebidos, nos termos indicados,
respectivamente nos pontos 12.3 e 12.4, do presente Regulamento.

3.4.4 Para efeitos do número anterior e quando estejam envolvidas Entidades


Beneficiárias, há lugar à suspensão dos pagamentos do IEFP, até à
apresentação de garantia bancária por parte das mesmas.

3.4.5 As garantias bancárias previstas no presente Regulamento:


a) Devem ser efectuadas a favor do IEFP, nos montantes correspondentes
aos apoios financeiros pagos ou a pagar por este, e válidas até à data
do último pagamento ou restituição, que encerra as contas do pedido;
b) São libertadas à data do último pagamento ou restituição, que encerra
as contas do pedido;
c) Podem ser reduzidas, em sede de encerramento de contas do pedido,
até ao montante que for apurado como sendo o devido a título de
restituição.

3.4.6 Todos os pedidos de financiamento com garantia bancária são sujeitos a


acompanhamento, avaliação ou controlo.

4. DEVERES DOS BENEFICIÁRIOS FINAIS

4.1 Processo contabílistico

4.1.1 As Entidades Beneficiárias ficam obrigadas a:


a) Dispor de contabilidade organizada nos termos que lhe sejam exigidos
pela lei fiscal e comercial;
b) No caso das entidades que tenham a contabilidade organizada de
acordo com o Plano Oficial de Contabilidade (POC) ou outro plano de
contas sectorial, elaborar a sua contabilidade específica sob a
responsabilidade de um Técnico Oficial de Contas (TOC) ou, quando se
trate de entidades da administração pública, até à entrada em vigor da
regulamentação do Decreto-lei n.º 326/99, de 18 de Agosto, de um

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responsável financeiro no âmbito da administração pública, para tal
designado pela entidade ou por entidade competente para o efeito;
c) Dispor de um sistema que permita a individualização dos custos
associados ao pedido de financiamento de acordo com a estrutura de
custos aplicável, constante do ponto 8.3 que, no caso das entidades
que tenham a contabilidade organizada de acordo com o POC ou outro
plano de contas sectorial, deve passar pela utilização de um centro de
custos por pedido de financiamento;
d) Justificar sempre todas as aquisições de bens e serviços através de
factura e recibo ou documento equivalente de quitação fiscalmente
aceite podendo, no caso das vendas a dinheiro, estas substituírem as
facturas;
e) Organizar o arquivo dos documentos de forma a garantir o acesso
imediato aos mesmos;
f) Assegurar que as facturas ou documentos equivalentes identifiquem
sempre claramente o respectivo bem ou serviço e a fórmula de cálculo
do valor imputado ao pedido;
g) No caso das entidades que tenham a contabilidade organizada de
acordo com o POC ou outro plano de contas sectorial, quando não
conste dos documentos originais a indicação das contas movimentadas
nas contabilidades geral e específica, em sede de acompanhamento,
avaliação, controlo ou auditoria, a entidade fica obrigada a apresentar
verbete produzido por software de contabilidade adequado onde
constem essas referências;
h) Registar no rosto do original dos documentos a menção ao seu
financiamento pelo IEFP e FSE, indicando a designação da respectiva
medida activa de emprego e o do Programa Operacional Regional
(POR), o número do pedido de financiamento, o montante financiado e,
no caso das entidades que tenham a contabilidade organizada de
acordo com o POC ou outro plano de contas sectorial, o número de
lançamento na contabilidade, de acordo com o seguinte modelo:

Financiado pelo IEFP, através do Programa Estágios


Profissionais e co-financiável pelo FSE através da Linha de
Acção 3.3.1. / Medida 3.3. do eixo prioritário 3 do POR (...):
N.º do pedido de financiamento ................
N.º de lançamento na contabilidade .........
Montante financiado ..................................

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i) Elaborar mensalmente listagens das despesas associadas ao pedido de
financiamento e comprovadamente pagas através de documento de
quitação nos termos legalmente exigidos, através do preenchimento dos
modelos anexos.

4.1.2 As Entidades Beneficiárias ficam ainda sujeitas às seguintes obrigações:


a) Manter actualizada a contabilidade, não sendo admissível, em caso
algum, um atraso superior a 45 dias na sua organização;
b) Sempre que solicitado, apresentar os originais dos documentos que
integram o processo contabílistico ou fornecer cópias dos mesmos,
acompanhadas dos respectivos originais, ao IEFP e a todas as
autoridades nacionais e comunitárias competentes no âmbito do
sistema de acompanhamento, avaliação e controlo do Quadro
Comunitário de Apoio (QCA III), ou a outros organismos e entidades por
estes credenciadas para o efeito, sem prejuízo da confidencialidade
exigível;
c) Informar o Centro de Emprego, através de ofício, do local onde o
processo se encontra, quando o mesmo se encontre em local diverso
da sede social da entidade;
d) Conservar o processo contabílistico pelo prazo de 3 anos a contar da
data do último pagamento ou restituição que encerra o pedido;
e) No caso das entidades que tenham a contabilidade organizada de
acordo com o POC ou outro plano de contas sectorial, assegurar que os
pedidos de reembolso e de regularização do saldo final, sejam
elaborados sob a responsabilidade de um TOC, ou, quando se trate de
entidade da administração pública e até à entrada em vigor da
regulamentação do Decreto-lei n.º 326/99, 18 de Agosto, de um
responsável financeiro no âmbito da administração pública, para tal
designado pela entidade ou por entidade competente para o efeito.

4.2 Processo técnico

4.2.1 Organização do Processo Técnico das Entidades Beneficiárias

As Entidades Beneficiárias ficam obrigadas a organizar um processo técnico


de onde constem todos os documentos comprovativos da execução das
diferentes fases dos projectos de estágio que são objecto do pedido de
financiamento, nomeadamente a documentação adiante discriminada:

14/44
a) Cópias do pedido de financiamento e dos respectivos Perfis de
Competências e Planos Individuais de Estágio, notificação pelo Centro
de Emprego da respectiva decisão de aprovação e correspondente
termo de aceitação, pedidos de pagamento ou reembolso, pedidos de
alteração à decisão de aprovação e demais documentação e
correspondência com o IEFP, inerentes ao financiamento aprovado;
b) Identificação dos orientadores que intervêm no estágio e cópias dos
respectivos contratos de prestação de serviços quando os mesmos não
se encontrem vinculados à Entidade Beneficiária, bem como dos
respectivos currículos;
c) Identificação dos destinatários dos estágios profissionais e cópias dos
respectivos contratos firmados, bem como de eventuais aditamentos
celebrados;
d) Mapas de assiduidade dos estagiários;
e) Registos do acompanhamento e da avaliação dos estagiários,
nomeadamente relatórios (trimestrais e final) de acompanhamento e
avaliação dos estagiários elaborados pelos respectivos orientadores de
estágio, dos quais deve constar a apreciação à empregabilidade dos
estagiários, ficha de avaliação dos estágios profissionais pelos
respectivos destinatários e certificados comprovativos de frequência
obtidos pelos estagiários emitidos pelas Entidades Beneficiárias;
f) Actas de reuniões ou outras notícias da realização de acompanhamento
e avaliação dos estágios profissionais, metodologias e instrumentos
utilizados;
g) Originais de toda a publicidade e informação produzida para a
divulgação dos estágios profissionais.

4.2.2 Organização do Processo Técnico das Entidades Organizadoras

As Entidades Organizadoras ficam obrigadas a organizar um processo


técnico de onde conste toda a documentação inerente aos projectos de
estágios profissionais objecto do pedido de financiamento, nomeadamente:
a) Relatórios (trimestrais e finais) de acompanhamento e avaliação dos
estágios, elaborados pelos coordenadores de estágio;
b) Actas de reuniões ou outras notícias da realização do acompanhamento
e avaliação dos estágios profissionais, metodologias e instrumentos
utilizados;

15/44
c) Originais de toda a publicidade e informação produzida para a
divulgação dos estágios profissionais.

4.2.3 Outras obrigações dos Beneficiários Finais

Os beneficiárias finais ficam, ainda, sujeitos às seguintes obrigações:


a) Manter actualizado o processo técnico, não sendo admissível, em caso
algum, um atraso superior a 45 dias na sua organização;
b) Assegurar que o processo técnico está disponível no local onde
normalmente decorrem os estágios profissionais, ou no local da sede
social da entidade quando se trate de Entidade Organizadora;
c) Sempre que solicitado, apresentar os originais dos documentos que
integram o processo técnico, ou fornecer cópias dos mesmos,
acompanhadas dos respectivos originais, ao IEFP e a todas as
autoridades nacionais e comunitárias competentes no âmbito do
sistema de acompanhamento, avaliação e controlo do QCA III, ou a
outros organismos e entidades por estes credenciados para o efeito,
sem prejuízo da confidencialidade exigível;
d) Conservar o processo técnico pelo prazo de 3 anos a contar da data do
último pagamento ou restituição, que encerra o pedido.

4.3 Informação e publicidade

4.3.1 Os beneficiários finais dos apoios previstos nos normativos específicos que
criam e regulamentam o Programa Estágios Profissionais e no presente
Regulamento, ficam obrigados ao cumprimento de todas as normas
aplicáveis em matéria de informação e publicidade sobre a intervenção dos
fundos estruturais da UE e outros fundos públicos.

4.3.2 Exceptua-se ao definido no ponto anterior a obrigatoriedade de afixação de


cartaz permanente e visível no local onde decorram os estágios
profissionais.

4.4 Outros deveres

Constituem ainda deveres dos beneficiários finais:


a) Divulgar convenientemente a todos os estagiários o regime de direitos e
deveres que lhe são atribuídos e o financiamento do FSE, POR e IEFP;
b) Colocar à disposição dos estagiários o dossier respeitante ao pedido de
financiamento e à decisão de aprovação;

16/44
c) Comunicar por escrito ao Centro de Emprego as mudanças de domicílio, no
prazo de 10 dias contados da data da ocorrência;
d) Cumprir escrupulosamente todas as normas aplicáveis constantes dos
normativos específicos que criam e regulamentam os apoios, bem como as
normas constantes do presente Regulamento;
e) Fornecer ao IEFP todas as informações e elementos que sejam solicitados,
nos prazos por este fixados, nomeadamente os necessários ao
acompanhamento e avaliação da execução em cada ano civil do Programa
Estágios Profissionais.

5. CARACTERIZAÇÃO DOS ESTÁGIOS PROFISSIONAIS

5.1 Definição

5.1.1 Considera-se estágio profissional aquele que vise a inserção de jovens na


vida activa, através de uma formação prática em posto de trabalho,
complementar a uma qualificação preexistente.

5.1.2 Não são elegíveis, no âmbito do presente Regulamento, os estágios que


tenham como objectivo a aquisição de uma habilitação profissional requerida
para o exercício de determinada profissão, nem os estágios curriculares de
qualquer curso.

5.2 Duração

5.2.1 Os estágios profissionais promovidos no âmbito do presente Regulamento


têm a duração de 9 meses em território nacional.

5.2.2 Os estágios profissionais promovidos no âmbito do presente Regulamento,


são desenvolvidos a tempo completo, não podendo a sua duração semanal
ser inferior a 30 horas.

5.3 Período de estágio complementar

5.3.1 Em circunstâncias excepcionais e devidamente fundamentadas, o IEFP


pode autorizar a realização de um período de estágio complementar, com a
duração máxima de 3 meses, a realizar em território nacional ou no
estrangeiro.

5.3.2 Na aprovação do período de estágio complementar, devem ser observados


os seguintes critérios:

17/44
a) O período de estágio deve, comprovadamente, contribuir para a
consecução dos objectivos gerais do estágio profissional proposto;
b) O seu impacto nas perspectivas de empregabilidade do estagiário;
c) As garantias oferecidas pela Entidade Beneficiária;
d) Traduzir-se, obrigatoriamente, quando o período complementar decorra
no estrangeiro, num estágio profissional e decorrer numa entidade, que
para tal se disponibilize, tendo por objectivo a aquisição de
competências que não possam ser asseguradas pela própria Entidade
Beneficiária ou por outra, por ela designada, em território nacional.

5.3.3 O período de estágio complementar pode ser proposto:


a) No momento da entrega do pedido de financiamento;
b) No decurso do estágio, através da apresentação de um pedido de
alteração ao pedido de financiamento inicial.

5.4 Selecção de candidatos

5.4.1 Cabe aos Centros de Emprego, em articulação com as Entidades


Beneficiárias, recrutar e seleccionar os candidatos a abranger pelo
Programa Estágios Profissionais.

5.4.2 A articulação pode revestir as seguintes formas:


a) A Entidade Beneficiária realiza uma pré-selecção do(s) candidato(s), de
acordo com os seus critérios internos, e tendo em conta os requisitos
legalmente estabelecidos, apresentando ao Centro de Emprego,
conjuntamente com o pedido de financiamento, proposta indicando o(s)
candidato(s) a quem pretende facultar o(s) estágio(s). O Centro de
Emprego verifica o cumprimento dos requisitos referidos, convocando
posteriormente os candidatos propostos, a fim de proceder à selecção
final dos mesmos.
Os candidatos propostos pelas Entidades Beneficiárias, por não ser
exigível a sua inscrição prévia em qualquer Centro de Emprego, devem
declarar, sob a forma escrita, que se encontram em situação que lhes
permite o acesso ao Programa Estágios Profissionais, devendo o
Centro de Emprego proceder à sua inscrição como utente no Sistema
de Informação e Gestão da Área do Emprego (SIGAE);

18/44
b) A Entidade Beneficiária não propõe qualquer candidato, aquando da
formalização do pedido de financiamento, pelo que o Centro de
Emprego procede ao recrutamento e selecção do(s) estagiário(s) de
entre os candidatos inscritos nos seus ficheiros, apresentando-o(s) à
Entidade Beneficiária, no sentido de, conjuntamente, se concretizar a
selecção final do(s) mesmo(s).

5.4.3 O perfil do candidato deve ajustar-se ao perfil de competências da função,


em termos de habilitações académicas, competências técnico-profissionais
e sócio-relacionais, bem como de qualificação profissional, de acordo com o
solicitado pela Entidade Beneficiária.

5.4.4 Aos candidatos seleccionados para preencher uma vaga de estágio


profissional deve ser dado conhecimento do respectivo Plano Individual de
Estágio.

5.4.5 Relativamente aos candidatos referidos na alínea b) do ponto 5.4.2, têm


prioridade as pessoas com deficiência e os desempregados de longa
duração.

5.5 Desistência do estagiário

5.5.1 Caso se verifiquem desistências injustificadas de estagiários, ou quando os


motivos justificativos não sejam atendíveis, após um período superior a um
mês de estágio, deve ser finalizado o processo com o devido encerramento
de contas do pedido.

5.5.2 É admissível a substituição de um estagiário nas seguintes circunstâncias:


a) Não ter decorrido mais do que um mês de estágio;
b) Estarem reunidas, no entendimento do Centro de Emprego, as
condições para o cumprimento não desvirtuado, no período restante, do
Plano Individual de Estágio aprovado.

5.5.3 Quando a desistência do estagiário seja injustificada, ou quando os motivos


justificativos não sejam atendíveis, o mesmo não pode ser indicado pelo
Centro de Emprego para preencher nova oferta de estágio, antes de
decorridos 12 meses.

19/44
5.5.4 Quando a desistência do estagiário seja justificada, nomeadamente por
doença ou por impossibilidade, que lhe não seja imputável, de cumprimento
do disposto no Plano Individual de Estágio, o estagiário pode ser indicado
pelo Centro de Emprego para preencher outra oferta de estágio adequada, o
qual terá a duração indicada no projecto de estágio.

5.6 Interrupção temporária do estágio

5.6.1 O estágio pode ser interrompido temporariamente, nomeadamente por


encerramento periódico da Entidade Beneficiária, impossibilidade
momentânea do estagiário ou por outro motivo considerado pertinente pelo
Centro de Emprego.

5.6.2 A interrupção temporária do estágio deve ser comunicada ao Centro de


Emprego de forma escrita , sempre que possível antecipadamente, o qual
ajuíza da sua legitimidade, tendo ainda por pressuposto a garantia do
cumprimento do Plano Individual de Estágio.

5.6.3 A eventual interrupção temporária do estágio não tem implicações nos


montantes totais a pagar, não sendo consideradas como elegíveis quaisquer
despesas ocorridas com o estagiário durante esse período.

5.6.4 A interrupção temporária do estágio não altera a sua duração, apenas


podendo adiar a data do seu termo.

5.7 Faltas

5.7.1 Entende-se por falta, no âmbito do presente Regulamento, a ausência de


um dia completo ou dois meios dias de estágio.

5.7.2 As faltas são justificadas e injustificadas, nos termos da lei geral do trabalho.

5.7.3 A ausência, justificada, por período superior a 15 dias consecutivos, é


considerada, desde o primeiro dia de ausência, como interrupção temporária
do estágio e determina a aplicação das normas constantes do ponto 5.6 do
presente Regulamento.

5.7.4 O estagiário é excluído do programa nas seguintes situações:


a) Se o número de faltas injustificadas atingir os 5 dias consecutivos ou 10
dias interpolados;

20/44
b) Se, com excepção da situação prevista no ponto 5.7.3, o número total
de faltas (justificadas e injustificadas), ultrapassar os 30 dias.

5.7.5 São descontadas, no valor da bolsa de estágio, do subsídio de alojamento e


de transporte, quando a eles houver direito, as seguintes faltas:
a) As faltas injustificadas;
b) Com excepção da situação prevista no ponto 5.7.3, as faltas justificadas
que excedam o total de 15 dias;
c) Para efeitos de cálculo do valor a descontar na bolsa de estágio ou nos
subsídios de alojamento e de transporte, quando a eles houver direito,
deve utilizar-se a seguinte fórmula:

Montante total da Bolsa ou


N.º de dias de faltas
Subsídios de Alojamento ou
injustificadas, ou n.º de faltas
Transporte do Mês
justificadas que ultrapassem
x
o total de 15 dias
30

5.7.6 O controlo da assiduidade dos estagiários é efectuado através do


preenchimento, pela Entidade Beneficiária, de mapa de assiduidade dos
estagiários, cuja cópia deve ser enviada ao Centro de Emprego,
conjuntamente com a listagem mensal de despesas pagas.

5.7.7 P
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Mod. IEFP 9829 070 (Anexo 15), o qual pode
ser adaptado, quando necessário, ou qualquer outro mapa considerado mais
adequado pelo respectivo Centro de Emprego.

5.8 Contrato de formação em posto de trabalho

5.8.1 Os destinatários que efectuem um estágio profissional no âmbito do


Programa Estágios Profissionais, celebram com a Entidade Beneficiária um
Contrato de Formação em Posto de Trabalho, conforme minuta anexa
(Anexo 14), que deve ser visado pelo IEFP, devidamente selado e feito em
triplicado, sendo o original para a Entidade Beneficiária, uma cópia para o
estagiário e outra para o Centro de Emprego.

21/44
5.8.2 Nas situações previstas na alínea a) do ponto 7.1.1 deve ser celebrado entre
os estagiários e a Entidade Beneficiária, com observância de todas as
formalidades previstas no ponto anterior, um Aditamento ao Contrato de
Formação em Posto de Trabalho.

6. PEDIDOS DE FINANCIAMENTO

Para efeitos do presente Regulamento, considera-se pedido de financiamento a


solicitação do apoio financeiro público.

6.1 Apresentação do Pedido de Financiamento

6.1.1 Os beneficiários finais não podem para os mesmos custos, apresentar


pedidos de financiamento a mais de uma entidade financiadora.

6.1.2 Os pedidos de financiamento devem ser apresentados pelos beneficiários


finais dos estágios profissionais nos Centros de Emprego da área onde
pretendem realizar o estágio profissional, através da entrega do Formulário
de Pedido de Financiamento –
Entidade Beneficiária –
Mod. IEFP 9829 030
(Anexo 2) e do Formulário de Pedido de Financiamento –
Entidade
O
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Mod. IEFP 9829 040 (Anexo 3), caso exista Entidade
Organizadora.

6.1.3 Sempre que os beneficiários finais apresentem pedidos de financiamento


para estágios que decorram em áreas abrangidas por mais do que um
Centro de Emprego, os pedidos de financiamento devem ser apresentados
no Centro de Emprego da área da sua sede social.

6.1.4 Do processo de pedido de financiame


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–Mod. IEFP 9829 020 (Anexo
4), por estagiário, o Currículo dos Orientadores de Estágio e, quando seja o
caso, do Coordenador, as perspectivas de empregabilidade e os elementos
que permitam a verificação dos requisitos previstos nas alíneas a) a d) do
ponto 3.2.1 do presente Regulamento.

6.2 Arquivamento dos Pedidos de Financiamento

A não apresentação dos elementos e informações necessários à formalização


dos pedidos de financiamento e/ou à sua análise, solicitados pelo Centro de

22/44
Emprego no prazo por este fixado, salvo apresentação de motivo justificativo
que por este seja aceite, implica o arquivamento desses pedidos de
financiamento.

6.3 Análise e decisão

6.3.1 A análise e decisão dos pedidos de financiamento aos apoios previstos no


presente Regulamento, apresentados pelos beneficiários finais, é da
competência dos Centros de Emprego, sendo que a sua apreciação é
efectuada tendo em conta, entre outros aspectos, os requisitos dos projectos
previstos no ponto 3.1, cuja descrição consta obrigatoriamente do suporte
da decisão.

6.3.2 Os elementos e informações em falta ou adicionais solicitados pelos Centros


de Emprego, no âmbito da análise dos pedidos, devem ser apresentados no
prazo a fixar por estes, que não pode ser superior a 30 dias contados da
data da respectiva notificação ou solicitação, salvo apresentação de motivo
justificativo que por estes seja aceite, sem o que será o processo arquivado.

6.3.3 Quando os pedidos de financiamento, apresentados por Entidades


Organizadoras, incidam em estágios a decorrer em áreas de outros Centros
de Emprego, devem ser adoptados os seguintes procedimentos:
a) Os Centros de Emprego receptores dos pedidos de financiamento
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b) Os Centros de Emprego das áreas onde se realizam os estágios
procedem à análise dos pedidos de financiamento e à selecção dos
candidatos, cabendo-lhe a eles as respectivas decisões de aprovação;
c) Cabe aos Centros de Emprego das áreas onde se realizam os estágios
proceder aos pagamentos das compensações à Entidade Organizadora,
nos termos definidos no ponto 10.4, articulando com esta no processo
de acompanhamento e avaliação dos estágios;
d) Os Centros de Emprego das áreas onde se realizam os estágios
adoptam, relativamente às Entidades Beneficiárias, os normais
procedimentos, ponderados com a circunstância de, em termos de
acompanhamento e avaliação, existir também intervenção da Entidade
Organizadora.

23/44
6.3.4 Quando uma Entidade Beneficiária, de acordo com o definido no ponto
6.1.3, apresentar pedidos de financiamento para a realização de estágios
profissionais em área(s) de outro(s) Centro(s) de Emprego, são os Centros
de Emprego das áreas onde se realizam os estágios os responsáveis por
todos os procedimentos decorrentes da aprovação do pedido,
nomeadamente:
a) Selecção dos estagiários;
b) Acompanhamento e avaliação dos estágios profissionais;
c) Pagamento das verbas correspondentes aos custos a comparticipar
pelo IEFP.

6.4 Notificação da decisão de aprovação

6.4.1 A decisão da aprovação dos pedidos de financiamento (Anexos 5 e 6) e a


emissão das respectivas comunicações aos beneficiários finais, devem ser
efectuadas no prazo máximo de 60 dias após a data de entrada do pedido
de financiamento no Centro de Emprego, através de carta registada com
aviso de recepção.

6.4.2 O prazo definido no ponto anterior suspende-se sempre que o Centro de


Emprego solicite elementos e informações em falta ou adicionais,
terminando a suspensão com a cessação do facto que lhe deu origem.

6.5 Aceitação da decisão de aprovação

6.5.1 É fixado em 15 dias, o prazo para a devolução por parte do beneficiário final,
do termo de aceitação da decisão de aprovação proferida relativamente ao
pedido de financiamento apresentado, contados a partir do dia
imediatamente a seguir à recepção da correspondente notificação, sob pena
de não ser dado seguimento ao procedimento e do pedido ser arquivado,
salvo se o beneficiário final apresentar justificação que seja aceite pelo
Centro de Emprego.

6.5.2 O termo de aceitação da decisão de aprovação deve ser assinado e


autenticado por quem tenha poderes para obrigar o beneficiário final,
devendo as assinaturas ser reconhecidas notarialmente nessa qualidade e
com poderes para o acto, ou selo branco no caso das entidades da
Administração Pública, até à entrada em vigor da regulamentação prevista
no Decreto-lei n.º 326/99, de 18 de Agosto.

24/44
6.6 Caducidade da decisão de aprovação

6.6.1 A decisão de aprovação proferida relativamente aos pedidos de


financiamento apresentados caduca nos seguintes casos:
a) Não devolução do termo de aceitação da decisão de aprovação dentro
do prazo legalmente estabelecido, salvo apresentação de motivo
justificativo que seja aceite pelo Centro de Emprego;
b) Desistência da realização dos estágios profissionais antes de efectuado
o primeiro pagamento do apoio por parte do Centro de Emprego;
c) Adiamento do início dos estágios profissionais por prazo superior a 90
dias em relação à data prevista, salvo apresentação de motivo
justificativo que seja aceite pelo Centro de Emprego;
d) Não apresentação de certidões actualizadas comprovativas de situação
regularizada, ou acordo de regularização, perante a Fazenda Pública e
a Segurança Social, em sede de primeiro pagamento do apoio por parte
do Centro de Emprego.

6.7 Indeferimento

6.7.1 São objecto de indeferimento e consequente arquivamento os pedidos de


financiamento relativamente aos quais se verifiquem, entre outras, as
seguintes situações:
a) Não reunam as condições necessárias para serem financiados, nos
termos dos normativos que criam e regulamentam o Programa Estágios
Profissionais, e do presente Regulamento, designadamente por:
 Falta de enquadramento, nomeadamente quanto aos beneficiários
finais, destinatários, projectos de estágio e custos envolvidos;
 Não cumprimento dos requisitos obrigatórios dos beneficiários finais
e dos requisitos dos projectos de estágio, previstos nos pontos 3.1
e 3.2 do presente regulamento.
b) Défice qualitativo dos estágios profissionais para garantir a cabal
consecução dos respectivos objectivos, designadamente por:
 Incoerência dos estágios profissionais propostos com a
fundamentação das necessidades que visam satisfazer;
 Incoerência entre o perfil dos destinatários e os conteúdos dos
respectivos Planos Individuais de Estágio;

25/44
 Relação entre o número de estagiários e o número de empregados,
causadora de impedimentos ao normal desenvolvimento do
processo produtivo.
c) Falta de dotação financeira do IEFP.

7. ALTERAÇÕES À DECISÃO DE APROVAÇÃO

7.1 Pedidos de alteração

7.1.1 Sob pena de poder ser suprimido ou reduzido o apoio financeiro, os


beneficiários finais devem submeter à aprovação do Centro de Emprego
toda e qualquer alteração à decisão de aprovação, nomeadamente, as que a
seguir se identificam, mediante a apresentação de novo formulário de
pedido de financiamento (e respectivos anexos), com os campos a alterar
devidamente preenchidos, acompanhados de adequada fundamentação e,
sempre que possível, devidamente documentados:
a) Datas e consequentes períodos de realização dos estágios
profissionais, incluindo o seu prolongamento por um período
complementar;
b) Locais de realização dos estágios profissionais;
c) Estagiários e estágios profissionais programados, designadamente a
substituição dos estágios profissionais e/ou a sua eliminação e
decorrente diminuição do número de estagiários e alteração do local de
que estes últimos são oriundos, tendo em conta o local de residência;
d) Estrutura de custos.

7.1.2 Os pedidos de alteração devem ser entregues no Centro de Emprego da


área onde decorre o estágio profissional.

7.1.3 Apenas são aceites pedidos de alteração apresentados até 60 dias antes da
data de fim dos estágios profissionais, remetendo-se a análise de eventuais
alterações ocorridas a partir dessa data para sede de encerramento de
contas do pedido de financiamento.

7.2 Análise e decisão

7.2.1 A análise e decisão sobre os pedidos de alteração apresentados, processa-


se nos termos do que se encontra previsto para os pedidos de
financiamento.

26/44
7.2.2 Os elementos e informações em falta ou adicionais solicitados pelo Centro
de Emprego no âmbito da análise dos pedidos de alteração devem ser
apresentados no prazo a fixar por este, que não pode ser superior a 30 dias
contados da data da respectiva notificação ou solicitação, salvo
apresentação de motivo justificativo que por este seja aceite, sem o que
será o processo arquivado.

7.3 Notificação e aceitação da decisão

7.3.1 Os beneficiários finais são notificados da decisão sobre o respectivo pedido


de alteração no prazo máximo de 30 dias a contar da data de recepção do
pedido, prazo este que se suspende sempre que o Centro de Emprego
solicite elementos e informações em falta ou adicionais, terminando a
suspensão com a cessação do facto que lhe deu origem.

7.3.2 Se durante esse período de tempo, o Centro de Emprego não emitir


qualquer decisão sobre o pedido de alteração, nem notificar o beneficiário
final, este considera-se tacitamente deferido.

7.3.3 Exceptuam-se ao disposto no ponto 7.3.2 as seguintes alterações, para as


quais é exigida a autorização do Centro de Emprego:
a) Datas e consequentes períodos de realização dos estágios
profissionais, quando originem transferências totais ou parciais entre
anos civis;
b) Prolongamentos de estágio por um período complementar;
c) Locais de realização dos estágios profissionais quando ultrapassem os
limites da área do Centro de Emprego;
d) Estagiários e estágios profissionais programados, designadamente a
substituição de estágios profissionais e/ou a sua eliminação e
decorrente diminuição do número de estagiários;
e) Locais de onde são oriundos os estagiários, quando ultrapassem os
limites da região (NUTS II);
f) Estrutura de custos.

7.3.4 Sempre que do deferimento dos pedidos resultem alterações aos dados
indicados no número anterior constantes dos respectivos termos de
aceitação, haverá lugar à celebração de novo termo, de acordo com o
previsto no presente Regulamento, salvo as alterações que se encontrem

27/44
desde logo aí previstas, como sejam alterações automáticas de montantes
indexados à remuneração mínima garantida por lei.

7.4 Indeferimento

São objecto de indeferimento e consequente arquivamento, os pedidos de


alteração à decisão de aprovação relativamente aos quais se verifiquem, entre
outras, as seguintes situações:
a) Reprogramação física dos projectos de estágio que ponha em causa o
enquadramento no Programa Estágios Profissionais;
b) Reprogramação física dos projectos de estágio que ponha em causa a sua
qualidade técnica para garantir a cabal consecução dos respectivos
objectivos;
c) Impossibilidade de cobrir financeiramente a reprogramação física proposta
para a globalidade do período de execução dos projectos de estágio.

8. CUSTOS ELEGÍVEIS

Consideram-se custos elegíveis os custos susceptíveis de financiamento no âmbito do


Programa Estágios Profissionais, nos termos do disposto nos normativos específicos
que os criam e regulamentam e no presente Regulamento.

8.1 Data de realização e de pagamento

São elegíveis os custos efectivamente realizados pelas Entidades Beneficiárias no


período compreendido entre a data da apresentação do pedido de financiamento
e os 15 dias subsequentes à data de conclusão do projecto de estágio, aferido
através da data dos documentos comprovativos da despesa, e comprovadamente
pagos até à data da apresentação dos elementos necessários ao encerramento
das contas do pedido no Centro de Emprego, através de documento de quitação
nos termos legalmente exigidos.

8.2 Natureza e montantes máximos

A natureza e os montantes máximos dos custos elegíveis são os que a seguir se


indicam, de acordo com a estrutura de custos apresentada:

1. ENCARGOS COM ESTAGIÁRIOS


11 Estágios em Território Nacional
111 Bolsa de Estágio

28/44
 Igual a 2 vezes o montante mais elevado da remuneração mínima
mensal garantida por lei, para estagiários com níveis de
qualificação IV e V;
 Igual a 1,5 vezes o montante mais elevado da remuneração mínima
mensal garantida por lei, para estagiários com nível de qualificação
III e para os referidos no ponto 2.3.3;
 Igual ao montante mais elevado da remuneração mínima mensal
garantida por lei, para os estagiários com nível de qualificação II
112 Subsídio de refeição
Concedido pela Entidade Beneficiária, nos moldes utilizados para os
seus trabalhadores.
113 Subsídio de alojamento
Atribuído quando a localidade onde o estágio profissional decorra distar
50 Km ou mais da localidade da residência do estagiário, ou quando
não existir transporte colectivo em horário compatível com o do estágio
profissional, bem como o pagamento dos custos das viagens, em
transporte colectivo, no início e no fim do(s) período(s) de estágio, e
correspondente a um máximo de 30% do montante mais elevado da
remuneração mínima mensal garantida por lei;
114 Subsídio de despesas de transporte
Correspondente ao custo das viagens realizadas em transporte
colectivo ou, quando não existir transporte colectivo em horário
compatível com o estágio profissional, a um valor de limite máximo
equivalente a 12,5% do montante mais elevado da remuneração mínima
mensal garantida por lei.
115 Seguro contra acidentes de trabalho
12 Estágios no Estrangeiro
121 Ajudas de custo relativas a período de estágio complementar no
estrangeiro
Ajudas de custo, calculadas com base no montante diário estabelecido
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fixado para os funcionários e agentes da Administração Pública.
122 Deslocações devidas ao período de estágio complementar no
estrangeiro
Correspondente às despesas de transporte do estagiário, no início e no
fim do período de estágio complementar no estrangeiro, podendo

29/44
utilizar-se o transporte colectivo mais adequado, seja via aérea ou
terrestre.
123 Custos com seguros de assistência em viagem
Correspondente ao custo do seguro de assistência em viagem, relativo
ao período de estágio complementar no estrangeiro.

ENCARGOS COM O ORIENTADOR DE ESTÁGIO


 Compensação financeira a atribuir ao orientador de estágio, tendo por
limite máximo 8 horas mensais por estagiário.
 Quando o estagiário for portador de deficiência, o limite de horas passa a
ser de 12 horas mensais por estagiário.

ENCARGOS COM A ENTIDADE ORGANIZADORA


Compensação a atribuir à Entidade Organizadora por cada projecto de estágio
aprovado.

GARANTIAS BANCÁRIAS
Correspondente aos custos devidos com a apresentação das garantias
bancárias previstas no ponto 3.4 do presente Regulamento.

Os pagamentos relativos aos estagiários devem ser, de preferência, efectuados


por transferência bancária, não sendo permitida, em caso algum, a existência de
dívidas a estagiários.

8.3 Limites de financiamento dos custos elegíveis

A notificação aos beneficiários finais da decisão de aprovação dos pedidos de


financiamento discrimina os valores aprovados por rubrica de custos, tendo em
conta a natureza dos custos enunciada no ponto 8.2, a saber:
1. ENCARGOS COM ESTAGIÁRIOS
11 Estágios em Território Nacional
111 Bolsa de Estágio
112 Subsídio de refeição
113 Subsídio de alojamento
114 Subsídio de despesas de transporte
115 Custos com seguros contra acidentes de trabalho
12 Estágios no Estrangeiro
121 Ajudas de Custo relativas a Período de Estágio Complementar no
Estrangeiro
122 Deslocações devidas a Período de Estágio Complementar no
Estrangeiro

30/44
123 Custos com seguros de assistência em viagem
2. ENCARGOS COM ORIENTADORES DE ESTÁGIO
3. ENCARGOS COM A ENTIDADE ORGANIZADORA
4. GARANTIAS BANCÁRIAS

devendo toda e qualquer alteração à estrutura de custos aprovada, ser objecto de


autorização prévia do IEFP, nos termos dispostos no ponto 7.3 do presente
Regulamento.

8.4 Custos inelegíveis

8.4.1 São custos inelegíveis aqueles que, podendo decorrer da execução dos
projectos de estágio, não reúnem condições, em face dos normativos que
criam e regulamentam o Programa Estágios Profissionais e do presente
Regulamento, para serem financiados.

8.4.2 Neste contexto, destacam-se os seguintes custos inelegíveis:


a) Encargos financeiros, tais como despesas de câmbio;
b) Prémios, multas, coimas, sanções financeiras e encargos com
processos judiciais.

9. FINANCIAMENTO

9.1 Financiamento Público

9.1.1 Considera-se financiamento público o custo total elegível associado ao


pedido, deduzido da comparticipação das Entidades Beneficiárias exigida
nos termos dos normativos que criam e regulamentam os estágios
profissionais.

9.1.2 O financiamento público é concedido pelo IEFP, sendo cofinanciado até


62,5% pelo FSE e, no caso de pessoas singulares e colectivas de direito
privado, em pelo menos 37,5% pelo Orçamento da Segurança Social,
através dos Contratos-Programa celebrados com os gestores dos POR.

9.2 Comparticipação do IEFP e das Entidades Beneficiárias na bolsa de estágio

9.2.1 De acordo com a natureza da Entidade Beneficiária, o financiamento público


do IEFP relativamente à bolsa de estágio, prevista na rubrica 111 da
estrutura de custos indicada no ponto 8.2 é atribuído nas seguintes
proporções:

31/44
a) Para pessoas colectivas e singulares de direito privado sem fins
lucrativos, a comparticipação é de 67%;
b) Para pessoas colectivas e singulares de direito privado, com fins
lucrativos e com menos de 100 trabalhadores, a comparticipação é de
50%;
c) Para pessoas colectivas e singulares de direito privado, com fins
lucrativos e com 100 ou mais trabalhadores, a comparticipação é de
20%.

9.2.2 Para as entidades da Administração Pública, nos termos do definido no


ponto 2.2.2, a comparticipação é de 67%.

9.2.3 Independentemente da natureza da Entidade Beneficiária, a


comparticipação do IEFP no valor da bolsa de estágio deve ser majorada
quando o estágio profissional se destine:
a) A pessoas com deficiência, em 20%;
b) A desempregados que procuram uma inserção em profissões marcadas
por discriminação de género, conforme o Anexo I à Portaria n.º
1212/2000, de 26 de Dezembro, em 10%;
c) A desempregados diplomados oriundos de áreas de formação com
maiores dificuldades de transição para a vida activa, em 10%.

9.2.4 As áreas de formação referidas na alínea c) do ponto 9.2.3, são definidas


anualmente pelo IEFP, com base nos dados relativos ao desemprego
registado.

9.2.5 As majorações enunciadas no ponto 9.2.3 não são cumuláveis.

9.2.6 As Entidades Beneficiárias comparticipam na bolsa de estágio, prevista na


rubrica 111 da estrutura de custos no ponto 8.2, nas seguintes proporções:
a) Pessoas colectivas e singulares de direito privado sem fins lucrativos, a
comparticipação é de 33%;
b) Pessoas colectivas e singulares de direito privado, com fins lucrativos e
com menos de 100 trabalhadores, a comparticipação é de 50%;
c) Pessoas colectivas e singulares de direito privado, com fins lucrativos e
com 100 ou mais trabalhadores, a comparticipação é de 80%.

32/44
9.2.7 As entidades da Administração Pública, nos termos do definido no ponto
2.2.2 do presente Regulamento, comparticipam em 33%.

9.2.8 Quando se verifique uma das situações referidas no ponto 9.2.3, a


comparticipação da Entidade Beneficiária no valor da bolsa de estágio tem
um decréscimo inversamente proporcional à majoração do IEFP.

9.3 Outras despesas com os estagiários no âmbito do período de estágio em


território nacional

No âmbito do período de estágio profissional a decorrer em território nacional, o


financiamento público do IEFP nas outras despesas é o seguinte:
a) Despesas relativas ao subsídio de alojamento, conforme o previsto na rubrica
113 da estrutura de custos indicada no ponto 8.2;
b) A totalidade das despesas relativas ao subsídio de transporte, previsto na
rubrica 114 da estrutura de custos indicada no ponto 8.2;
c) A totalidade das despesas com o seguro de acidentes de trabalho, previsto na
rubrica 115 da estrutura de custos indicada no ponto 8.2;
d) Encargos com o Orientador de estágio, nos termos do disposto na rubrica 2
da estrutura de custos indicada no ponto 8.2 e nos seguintes montantes:
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9.4 Despesas com os estagiários no âmbito do período de estágio


complementar no estrangeiro

Quando o período de estágio complementar ocorra no estrangeiro, o IEFP


comparticipa:
a) Na totalidade, as despesas com as ajudas de custo relativas ao período de
estágio complementar no estrangeiro, conforme o disposto na rubrica 121 da
estrutura de custos indicada no ponto 8.2, devendo as mesmas ser pagas
antecipadamente pela Entidade Beneficiária;
b) Em 50%, as despesas com as deslocações devidas ao período de estágio
complementar no estrangeiro, conforme o definido na rubrica 122 da estrutura
de custos indicada no ponto 8.2. O IEFP pode, no caso de ser utilizada
viatura própria, considerar como base da sua comparticipação o equivalente
ao preço do transporte colectivo terrestre mais adequado;

33/44
c) A totalidade dos custos com seguros de assistência em viagem, devidos ao
período de estágio complementar no estrangeiro, conforme o definido na
rubrica 123 da estrutura de custos indicada no ponto 8.2.

9.5 Outras despesas com os estágios

O IEFP assegura ainda o pagamento de:


a) Encargos com a Entidade Organizadora, de acordo com o disposto na rubrica
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projecto de estágio aprovado;
b) Encargos devidos à apresentação de garantias bancárias, de acordo com o
disposto na rubrica 4 da estrutura de custos indicada no ponto 8.2.

10. REGIME DE FINANCIAMENTO

10.1 Regime de financiamento às Entidades Beneficiárias

10.1.1 O pagamento dos apoios reporta-se à totalidade do período de realização


dos estágios, independentemente dos anos civis que abranjam. Assim as
Entidades Beneficiárias têm direito, para cada pedido de financiamento
aprovado:
a) A um adiantamento, correspondente ao montante apurado do
quociente entre o valor do financiamento público aprovado e
estimado para a totalidade do projecto e o total de mesas de duração
do mesmo, a multiplicar por três meses, logo que o primeiro estágio
se inicie e mediante comunicação ao Centro de Emprego;
b) Ao reembolso das despesas efectuadas e pagas, com uma
periodicidade não inferior a dois meses, sendo esta última aferida
com base na data do último pedido de reembolso.

10.1.2 Uma vez aprovado o projecto de estágio objecto do pedido de


financiamento, o primeiro pedido de reembolso pode, a título de
excepção, ser efectuado um mês após a data de início da sua execução
efectiva.

10.1.3 As Entidades Beneficiárias devem obrigatoriamente apresentar pedidos


de reembolso reportados a 30 de Junho e 31 de Dezembro.

34/44
10.1.4 Os montantes solicitados a título de reembolso devem reportar-se
obrigatoriamente a despesa efectivamente paga e comprovada através
de documento de quitação nos termos legalmente exigidos.

10.2 Condições a verificar

10.2.1 Para a percepção do adiantamento e reembolsos, as Entidades


Beneficiárias devem:
a) Devolver ao Centro de Emprego o termo de aceitação da decisão
de aprovação acompanhado de certidões relativas à situação
regularizada junto da Fazenda Pública e Segurança Social, caso as
anteriormente apresentadas, tenham caducado;
b) Informar, por meio de ofício, que o primeiro estágio constante do
projecto apresentado se iniciou, identificando a data de início e a
área de actividade, conforme o definido no Perfil de Competências
apresentado.

10.2.2 Para a percepção dos reembolsos, as entidades titulares do pedido de


financiamento devem solicitar ao Centro de Emprego a libertação desses
pagamentos por meio de ofício, identificando o montante total do
reembolso solicitado e os meses a que se refere, devidamente
acompanhado do mapa de execução física e financeira e respectivas
listagens das despesas efectuadas e pagas.

10.2.3 Os reembolsos subsequentes aos reportados a 30 de Junho e 31 de


Dezembro, apenas têm lugar quando estes tenham sido devidamente
apresentados.

10.3 Prestação de informação física e financeira

10.3.1 As Entidades Beneficiárias ficam obrigadas a apresentar os seguintes


documentos, nos termos e prazos indicados, sendo que os dados de
execução física e financeira constantes dos mesmos, devem reportar-se
sempre ao ano civil e ao acumulado do projecto que é objecto do pedido
de financiamento:
a) O Mapa de Execução Física e Financeira (Anexo 7), deve ser
apresentado no acto da solicitação de reembolso, até ao dia 20 do
mês seguinte ao período a que as despesas efectuadas se
reportam;

35/44
b) A Listagem Mensal das Despesas Pagas (Anexo 8), deve ser
apresentada no acto de entrega do Mapa de Execução Física e
Financeira (Anexo 7), nos termos anteriormente indicados,
acompanhada dos Mapas de Pagamento aos Estagiários e aos
Orientadores de Estágio (Anexos 9 e 10).

10.3.2 Todos os documentos comprovativos das despesas realizadas e pagas,


incluindo recibos dos montantes pagos aos estagiários nos termos
legalmente exigidos, devem encontrar-se disponíveis no processo
contabílistico, para eventual análise em sede de visita de
acompanhamento ou sempre que os serviços competentes do IEFP
solicitem a sua apresentação.

10.3.3 Regime de financiamento às Entidades Organizadoras

O pagamento das comparticipações às Entidades Organizadoras é


efectuado em simultâneo com o pagamento do adiantamento inicial às
Entidades Beneficiárias, relativo aos projectos de estágio aprovados e
apresentados pelas Entidades Organizadoras.

10.4 Reavaliação do financiamento aprovado

O IEFP avalia a elegibilidade e conformidade dos montantes apresentados pelos


beneficiários finais, podendo reavaliar o financiamento aprovado,
nomeadamente em sede de encerramento de contas do pedido, em função de
indicadores de execução.

11. ENCERRAMENTO DE CONTAS

11.1 Termos e prazos

11.1.1 Todos os elementos exigíveis ao encerramento de contas dos pedidos


de financiamento aos apoios previstos no presente Regulamento, de
acordo com o que se encontra previsto nos normativos e disposições
regulamentares específicas que os criam e regulamentam, devem ser
apresentados no prazo de 15 dias a contar da data de conclusão do
projecto de estágio, nomeadamente:
a) Relatório de Acompanhamento e Avaliação dos Estágios -
Coordenador –
Mod. IEFP 9829 090 –
(Anexo 11), elaborado pela
Entidade Organizadora, quando exigido;

36/44
b) Relatório de Acompanhamento e Avaliação do Estagiário –
Mod.
9829 080 –
(Anexo 12), elaborado pelo orientador de estágio;
c) Ficha de Avaliação do Estágio –
Mod. IEFP 9829 110 –
(Anexo 13),
elaborada pelo estagiário;
d) Cópia do Certificado comprovativo da frequência do estágio, emitido
pela Entidade Beneficiária;
e) Mapa de Execução Física e Financeira, em falta e correspondentes
Listagens Mensais de Despesas efectuadas e pagas.

11.1.2 Em sede de encerramento de contas dos pedidos, os apoios financeiros


concedidos podem exceder, por rubrica e/ou em termos globais, os
montantes máximos aprovados em sede de pedido de financiamento,
mediante decisão expressa do Centro de Emprego, sob pedido do
beneficiário final, devidamente fundamentado e documentado, e desde
que sejam respeitadas todas as normas aplicáveis em matéria de
custos elegíveis e financiamento nos termos dos pontos 8. e 9. do
presente Regulamento.

11.1.3 O processo pode ser revisto, nomeadamente com fundamento em


auditoria contabilístico-financeira, no prazo de 3 anos após a data do
último pagamento ou restituição, que encerra as contas do pedido.

11.1.4 O prazo definido no número anterior, nos casos em que o fundamento


para a revisão constituir uma infracção penal, é o fixado para a
prescrição do respectivo procedimento criminal.

12. FACTOS MODIFICATIVOS OU EXTINTIVOS DO FINANCIAMENTO

12.1 Redução do financiamento

12.1.1 A redução do financiamento aprovado aos beneficiários finais pode ter


lugar quando verificados, entre outros, os seguintes fundamentos:
a) Não execução integral do pedido, nos termos em que foi aprovado
ou não cumprimento integral dos seus objectivos;
b) Verificação posterior de incumprimentos dos requisitos dos projectos
de estágio, definidos por força da decisão de aprovação do pedido
de financiamento;

37/44
c) Verificação posterior de inelegibilidade parcial dos projectos de
estágio, nomeadamente quanto à sua duração e destinatários;
d) Não cumprimento do definido relativamente a informação e
publicidade.

12.1.2 Relativamente às Entidades Beneficiárias, acrescem, ainda, os


seguintes factos que podem conduzir à redução do financiamento:
a) Consideração de custos inelegíveis, nomeadamente quanto à sua
natureza, montantes máximos, data de realização e data de
pagamento, bem como aos demais limites de financiamento
definidos e aprovados;
b) Custos que não estejam justificados através de factura e recibo ou
outro documento de quitação nos termos legalmente exigidos.

12.2 Normalização de irregularidades e suspensão dos pagamentos

12.2.1 As situações a seguir indicadas que sejam detectadas devem ser


objecto de regularização e/ou de envio dos elementos e informações ao
Centro de Emprego por parte dos beneficiários finais, no prazo que for
fixado pelo Centro de Emprego, que não pode ser superior a 90 dias
contados da data da respectiva notificação ou solicitação, findo o qual e
persistindo a situação, a decisão de aprovação do pedido de
financiamento será revogada, originando a consequente restituição dos
apoios recebidos:
a) Superveniência de situação não regularizada em matéria de
impostos, de restituições no âmbito dos financiamentos do FSE ou
de outros fundos públicos e contribuições para a Segurança Social,
incorrendo o beneficiário final na obrigação de restituir os montantes
recebidos se for negado o acordo de regularização;
b) Ocorrência, durante a execução dos projectos de estágio, de
situações que determinem a obrigatoriedade da apresentação de
garantia bancária, até à sua apresentação;
c) Inexistência de processo técnico;
d) Existência de indícios graves de irregularidades técnicas ou
organizativas, verificada em relatório final de processo de
acompanhamento, avaliação, controlo ou auditoria, nomeadamente
o incumprimento das disposições constantes nos pontos 4.2.1 e
4.2.2 e na alínea a) do ponto 4.2.3, do presente Regulamento;

38/44
e) Não apresentação, nos prazos definidos, de formulários e de outros
elementos exigíveis ou apresentação de elementos incompletos ou
desconformes, no decorrer dos projectos de estágio, salvo
apresentação de motivo justificativo que pelo Centro de Emprego
seja aceite;
f) Não apresentação, dentro do prazo determinado, de elementos e
informações adicionais solicitados pelo Centro de Emprego, salvo
apresentação de motivo justificativo que por este seja aceite;
g) Declarações inexactas, incompletas ou desconformes que afectem
de modo substantivo a justificação do apoio recebido ou a receber;
h) Não comunicação de alterações à decisão nos termos exigíveis, de
acordo com o disposto no ponto 7.1, do presente Regulamento;
i) Incumprimento das normas definidas relativamente a informação e
publicidade;
j) Não comunicação, por escrito, ao Centro de Emprego, de mudanças
de domicílio, no prazo de 10 dias contados da data de ocorrência;
k) Recusa de submissão ao acompanhamento, controlo ou auditoria a
que estão legalmente sujeitos;
l) Incumprimento dos normativos e disposições regulamentares
específicos que criam e regulamentam os apoios.

12.2.2 Devem, ainda, ser objecto de regularização e/ou envio dos elementos e
informações solicitados pelo Centro de Emprego, por parte das
Entidades Beneficiárias, nos termos indicados no ponto 12.2.1, as
seguintes situações:
a) Inexistência de processo contabilístico;
b) Existência de indícios graves de irregularidades financeiras e
contabilísticas, verificadas em relatório final de processo de
acompanhamento, avaliação, controlo ou auditoria, nomeadamente,
o incumprimento das disposições das alíneas a), b), c), d), e), f) e h)
do ponto 4.1.1 e das alíneas a) e e), do ponto 4.1.2, do presente
Regulamento;
c) Existência de dívidas a estagiários.

12.2.3 A detecção das situações identificadas nos números anteriores constitui


fundamento para a suspensão de pagamentos às Entidades

39/44
Beneficiárias, até à sua regularização ou à tomada de decisão
decorrente da análise da situação.

12.2.4 No caso de pedidos de financiamento aos apoios previstos no presente


Regulamento titulados por Entidades Beneficiárias sem fins lucrativos:
a) É dado um prazo inicial não superior a 30 dias, contados da data da
respectiva notificação ou solicitação, para a regularização das
deficiências detectadas e o envio dos elementos e informações
solicitados pelo Centro de Emprego, no decurso do qual não haverá
lugar à suspensão dos pagamentos;
b) Persistindo a situação, findo o prazo inicial concedido, haverá lugar
à imediata suspensão dos pagamentos e é dado um novo prazo que
não pode ser superior a 60 dias contados da data da respectiva
notificação ou solicitação, findo o qual e persistindo a situação, a
decisão de aprovação do pedido de financiamento é revogada,
originando a consequente restituição dos apoios recebidos.

12.2.5 O financiamento associado aos pagamentos referidos no alínea i) do


ponto 12.2.1 revertem a favor do IEFP se, no prazo de 5 anos, e após
notificação da Entidade Beneficiária pelo Centro de Emprego nos
termos exigíveis, esta nada disser sobre os factos que determinaram a
suspensão dos pagamentos.

12.3 Revogação da decisão

12.3.1 A revogação da decisão de aprovação do pedido de financiamento aos


beneficiários finais tem lugar quando verificados os seguintes
fundamentos:
a) Persistência das situações identificadas nos pontos 12.2.1 e 12.2.2,
findo o prazo fixado pelo Centro de Emprego para a sua
regularização e para o envio dos elementos e informações
necessários;
b) Verificação posterior dos fundamentos constantes das alíneas a), b),
c), f), g), h) e k) do ponto 12.2.1 e alínea a) do ponto 12.2.2;
c) Apresentação de elementos incompletos ou desconformes, salvo
apresentação de motivo justificativo que pelo Centro de Emprego
seja aceite;

40/44
d) Verificação posterior de que o beneficiário final não conservou o
processo técnico pelo prazo de 3 anos a contar da data do último
pagamento ou restituição que encerrou o pedido;
e) Verificação posterior de inelegibilidade dos projectos de estágio,
nomeadamente quanto à sua duração, dos destinatários ou do
beneficiário final;
f) Constatação de que o beneficiário final foi condenado por violação
da legislação sobre trabalho de menores e sobre discriminação no
trabalho e no emprego, nomeadamente em função do sexo, dado
que constituem razão para a inelegibilidade do beneficiário final;
g) Constatação de que o beneficiário final foi condenado em processo
crime, com sentença transitada em julgado, por factos envolvendo
disponibilidades financeiras dos fundos estruturais da UE e outros
fundos públicos, no decorrer dos 2 anos anteriores à data de
apresentação do pedido de financiamento, salvo se da pena resultar
prazo diverso, dado que constitui fundamento para a inibição do
direito de acesso aos apoios;
h) Não consecução dos objectivos essenciais previstos no pedido de
financiamento, nos termos constantes da decisão de aprovação;
i) Não aceitação, pelo Centro de Emprego, das alterações aos
elementos determinantes de aprovação, que ponham em causa o
seu mérito.

12.3.2 Aos factos identificados no ponto anterior, acrescem os seguintes, no


caso de Entidades Beneficiárias:
a) Não apresentação nos prazos definidos, de formulários e de outros
elementos exigíveis ao encerramento de contas do pedido de
financiamento, salvo apresentação de motivo justificativo que pelo
Centro de Emprego seja aceite;
b) Falsas declarações, nomeadamente sobre o início do projecto de
estágio para efeitos de percepção efectiva do primeiro pagamento;
c) Suprimento das necessidades de produção com actividades no
âmbito dos estágios profissionais.

12.4 Restituições

12.4.1 Têm lugar sempre que se verifique que os beneficiários finais


receberam indevidamente ou não justificaram os apoios recebidos.

41/44
12.4.2 Podem ser promovidas por iniciativa dos beneficiários finais ou pelo
Centro de Emprego, e efectuadas por meio de compensação de
créditos já apurados no âmbito dos diferentes apoios concedidos pelo
IEFP.

12.4.3 Os beneficiários finais devem restituir os montantes em causa no prazo


de 30 dias a contar da data da recepção da notificação de restituição
efectuada pelo Centro de Emprego, após o que são os mesmos
acrescidos de juros de mora cobrados à taxa em vigor para as dívidas
fiscais ao Estado e aplicados da mesma forma.

12.4.4 Quando haja lugar à revogação da decisão de aprovação dos pedidos


de financiamento, independentemente da sua causa e sem prejuízo do
número anterior, ficam os beneficiários finais obrigados à restituição dos
montantes recebidos, acrescidos de juros de mora cobrados à taxa em
vigor para as dívidas fiscais ao Estado e aplicados da mesma forma,
contados desde a data em que foram efectuados os pagamentos e até à
data do despacho de revogação, ou da comunicação da ocorrência de
desistência.

12.4.5 Quando a desistência envolva a totalidade dos estagiários que integram


o pedido de financiamento, deve ser comunicada de imediato ao Centro
de Emprego.

12.4.6 Excepção feita para as restituições que resultem de desistência da


totalidade dos estágios que integram o pedido de financiamento, as
restituições podem ser faseadas, mediante prestação de garantia
bancária, até ao limite máximo de 36 prestações mensais sucessivas,
acrescidas de juros de mora cobrados à taxa em vigor para as dívidas
fiscais ao Estado e aplicados da mesma forma, ocorrendo o vencimento
imediato da dívida vincenda caso não sejam cumpridos os termos e
prazos acordados.

12.4.7 Sempre que os beneficiários finais não cumpram a sua obrigação de


restituição no prazo estipulado, é a mesma realizada através de
execução fiscal, nos termos da legislação aplicável.

42/44
13. ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO, CONTROLO E APOIO TÉCNICO

13.1 Acompanhamento, avaliação e controlo

13.1.1 Os estágios profissionais realizados com recurso aos apoios previstos


no presente Regulamento são objecto de acompanhamento, avaliação,
controlo e auditoria, compreendendo as componentes financeira,
contabílistica, factual e técnica, ou seja, a verificação física e financeira,
quer nos locais de realização dos estágios profissionais, quer junto das
entidades que detêm os originais dos processos técnicos e
contabílisticos, através, nomeadamente, da realização de visitas
prévias, concomitantes e finais, tendo por objectivo garantir o
cumprimento das normas aplicáveis.

13.1.2 O acompanhamento, avaliação, controlo e auditoria é efectuado pelo


IEFP e pelas entidades nacionais e comunitárias competentes no
âmbito do sistema de acompanhamento, controlo e auditoria do QCA III,
bem como por outros organismos e entidades por estas credenciadas
para o efeito.

13.1.3 Para efeitos do previsto nos pontos anteriores, os beneficiários finais


ficam obrigados a colocar à disposição todos os documentos factuais,
técnicos e contabílisticos necessários ao acompanhamento, avaliação,
controlo e auditoria dos estágios profissionais financiados e a facultar o
acesso às suas instalações e aos locais de realização dos estágios
profissionais.

13.2 Acompanhamento e apoio técnico

13.2.1 Competências dos Centros de Emprego


a) Os orientadores de estágio e os estagiários são objecto de acções
de apoio técnico e de acompanhamento conduzidas pelo Centro de
Emprego, antes, durante e após o estágio, visando o sucesso do
estágio e da integração dos estagiários.
b) Com esse objectivo, são desenvolvidas pelos Centros de Emprego,
as seguintes acções:
- Reuniões trimestrais de acompanhamento com os orientadores
de estágio, devendo cada um deles apresentar um relatório de

43/44
acompanhamento e avaliação do estagiário e dos objectivos
atingidos pelo estágio, face ao plano inicial, nos termos das
alíneas c) e d) do ponto 2.4.5, do presente Regulamento;
- Têm ainda dois momentos de avaliação, a realizar com os
estagiários (um intercalar e outro final), devendo para o efeito, os
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Mod. IEFP 9829 100 (Anexo 16).

13.2.2 Competências das Entidades Organizadoras

As Entidades Organizadoras devem, através dos Coordenadores


designados, conduzir um trabalho de permanente apoio técnico, quer
aos orientadores de estágio, quer relativamente à evolução da
aprendizagem e desempenho dos estagiários, devendo entregar nos
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Mod. IEFP 9829 090 (Anexo 11).

14. CERTIFICAÇÃO

No final do estágio é atribuído aos estagiários, pelas Entidades Beneficiárias, nos


termos da alínea e) da Cláusula 4ª do Contrato de Formação em Posto de Trabalho,
um certificado comprovativo da frequência, cujo modelo se apresenta em anexo
(Anexo 17).

15. DISPOSIÇÕES FINAIS

15.1 Contagem de prazos

15.1.1 Os prazos previstos no presente Regulamento contam-se por dias


consecutivos, com excepção do previsto no ponto 6.4.1, em que se
contam por dias úteis.

15.1.2 Na contagem de prazos não se conta o dia em que ocorre o evento a


partir do qual o prazo começa a contar.

15.2 Outras disposições

O presente Regulamento e respectivos Anexos, devem ser disponibilizados


aos beneficiários finais

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