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Anais do VI FÓRUM NACIONAL DO MEIO AMBIENTE/XVI SEMANA

DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, Santa Rosa (RS), 31.05-03.06/09.

EUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E


RESPONSABILIDADE GLOBAL NO ENFRENTAMENTO DOS EFEITOS DAS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS: UMA PROPOSTA AO BRASIL.

Alexandre de Gusmão Pedrini

Laboratório de Ficologia e Educação Ambiental,


Departamento de Biologia Vegetal,
Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
pedrini@uerj.br

Resumo

O caos socioambiental instalado no Planeta Terra se deve em grande parte às


mudanças globais negativas que vem sendo causadas desde a Revolução Industrial. As
Mudanças Climáticas (MCs), especialmente, o Aquecimento Global (AG) já vem causando
vários malefícios planetários, ensejando uma nova ordem internacional baseada no paradigma
da Sociedade Sustentável. O Brasil possui vários instrumentos legais, como políticas,
programas e planos, tanto na área ambiental como nas MCs e na educação. Porém, inexistem
mecanismos articuladores entre esses meios legais e normativos para sua perfeita eficácia. O
modelo da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global
(EASS) impõe-se como a única possibilidade de educação para o enfrentamento do AG. Suas
características conceituais são: a) emancipatória; b) transformadora; c) interdisciplinar; d)
contextualizadora; e) permanente; f) ética; g) globalizadora e h) participativa. Inexistem
praticamente relatos de trabalhos com EA x MCs. Espera-se que as autoridades responsáveis
em promover pesquisas e ações de EASS no contexto das MCs cumpram a legislação e as
normas em vigor. A EASS possui vigor e riqueza para servir como instrumento transversal
para a solução a curto, médio e longo prazos dos graves problemas socioambientais causados,
principalmente, pelo Aquecimento Global.

Palavras-Chave: Educação Ambiental, Mudanças Climáticas, Aquecimento Global, políticas


públicas.
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Introdução

As mudanças globais vêm sendo denunciadas há séculos, mas nas últimas décadas o
caos socioambiental se instalou a despeito dos alarmes dos cientistas. Os principais
causadores das mudanças globais negativas, ou seja, os empresários ou seus prepostos vêm
tentando desacreditar os cientistas, acusando-os de serem exagerados, pessimistas e
apocalípticos. Mas qualquer pessoa pode identificar graves mudanças, por exemplo, no clima.
Alguns poucos autores brasileiros vêm se debruçando sobre esse tema (MARENGO, 2007;
BUCKERIDGE, 2008).

Figura 1: Fontes principais das emissões de CO2 e Metano no Brasil em 1994.


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A Fig. 1 mostra que as emissões brasileiras são causadas essencialmente por mal uso
da terra como queimadas no caso do CO2 e pela agropecuária no caso do Metano. Protestos
contras as mudanças climáticas tem sido cotidianos na mídia tanto científica como pela
televisão, filmes, desenhos animados, jornais, revistas, etc, manifestados também por
cientistas de centenas de universidades e de ativistas de Organizações Não-Governamentais
(ONGs) e vem se multiplicando a cada dia. A questão ambiental deixou de ser assunto só de
pesquisadores e ativistas ambientais e sociais, passando a integrar pautas de setores
econômicos e políticos. Muitos dos coletivos empresariais perceberam que os cientistas não
estavam nem estão brincando com o apocalipse socioambiental. Assim, a busca pela solução
dos efeitos nefastos das mudanças ambientais globais, em especial das mudanças climáticas
(MCs) é assunto urgente, inevitável e de responsabilidade planetária. Todos os meios, técnicas
e recursos devem ser adotados imediatamente com o fim de minimizar, extinguir os efeitos
previsíveis e imediatos de holocausto da humanidade (PEDRINI, 2008a) e planejar como
adaptar a civilização humana para seus atuais efeitos.

No contexto das MCs, onde os recursos ambientais são dilacerados irreversivelmente,


a fiscalização e a Educação Ambiental (EA) vem sendo timidamente apoiadas em todo o
mundo, principalmente nos países mais expropriados. A EA brasileira é rica de instrumentos
legais como a Política Nacional de EA (PNEA) que foi regulamentada com suas incoerências
técnicas (cf. PEDRINI, 2004), mas não deixa de ser um avanço inestimável. A aprovação da
PNEA ensejou a criação de políticas estaduais e municipais, proporcionando um efeito de
“bola de neve” no território brasileiro. Apesar disso, as restritas avaliações que são feitas
quanto à eficácia da EA no Brasil (PEDRINI e JUSTEN, 2006) sugerem que ela apenas
sensibiliza e informa o cidadão nos diferentes contextos que ele vive. Porém, a EASS sendo
um processo pedagógico demora a dar resultados a curto prazo, mas continua sendo a grande
esperança para a emancipação do cidadão e a mudança de hábitos, posturas e condutas
humanas.

O segundo Programa Nacional de EA (ProNEA), segundo Brasil (2005) construído


com múltiplas mãos da maioria dos confins brasileiros trouxe grandes avanços para a
operacionalização da PNEA. O ProNEA adotou a base conceitual do Tratado de Educação
Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (TEASS) aprovado na
Rio-92 de modo democrático e como um grito de esperança do contexto latinoamericano.
Traçou planos de ação e metas para variados atores sociais e contextos onde a Educação
Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (EASS) deve ser
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assumida e praticada. A operacionalização de suas premissas vem sendo proposta por


diferentes educadores (CZAPSKI, 1988; MADUREIRA e TAGLIANI, 1998; PEDRINI e
BRITO, 2006; PEDRINI, 2008b).

Porém, o tema EA x MCs é ainda exíguo no Brasil e esse artigo busca sintetizar alguns
elementos para propor essa construção coletiva para os variados atores sociais envolvidos, ou
seja: cientistas, empresários, governos, políticos e mídias. O próximo capítulo apresenta
algumas publicações emblemáticas de amplo acesso público e comenta seu conteúdo tentando
correlacioná-lo com o contexto da EA. Objetiva também incentivar a que interessados nessa
área possam buscar essa informação nas suas fontes.

1.Literatura Emblemática Brasileira(LEB) e do que ela aborda

A produção bibliográfica brasileira tanto das MCs como dela com a EA,
inacreditavelmente, é escassa. Parece até que o tema não é urgente ou emergencial. Mas,
serão apresentadas algumas delas que podem ser consideradas emblemáticas, tanto por serem
de qualidade como por serem facilmente obtidas pela Internet, gratuitamente ou não.

1.1. No plano governamental federal

No plano governamental federal, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) vem


editando interessantíssimas publicações sobre MCs (BRASIL 2008a,b e MARENGO, 2007).
Em Brasil (2008a) pode-se conhecer a publicação mais importante que o governo brasileiro já
pode editar, ou seja, o Plano Nacional de Mudança do Clima (PNMC). Mesmo sendo um
instrumento da Política Nacional de Mudança do Clima, que ainda não foi aprovada, é
resultado do trabalho de quinze ministérios, Casa Civil e Secretaria de Assuntos Estratégicos
da Presidência da República do Brasil associados ao Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas. O processo de elaboração desse plano envolveu o esforço do Comitê
Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), da Comissão Mista Especial de Mudanças
Climáticas do Congresso Nacional, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) e
os delegados da III Conferência Nacional do Meio Ambiente (III CNMA). As deliberações
dessa conferência (BRASIL, 2008b) que tratou sobre as MCs foram derivadas de cerca de 570
conferências municipais, 152 regionais e 26 estaduais, envolvendo cerca de 120 mil pessoas.
No entanto, seus resultados se baseiam em estatísticas desatualizadas de 1994 e mais dez anos
podem fazer muita diferença. Mas são apresentados sete grandes objetivos específicos:
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a) fomentar aumentos de eficiência no desempenho dos setores da economia na busca


constante do alcance das melhores práticas;

b) buscar manter elevada a participação de energia renovável na matriz elétrica,


preservando posição de destaque que o Brasil sempre ocupou no cenário internacional;

c) fomentar o aumento sustentável da participação de biocombustíveis na matriz de


transportes nacional e, ainda, atuar com vistas à estruturação de um mercado internacional de
biocombustíveis sustentáveis;

d) buscar a redução sustentada das taxas de desmatamento, em sua média quadrienal,


em todos os biomas brasileiros, até que se atinja o desmatamento ilegal zero;

e) eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil, até 2015;

f) fortalecer ações interssetoriais voltadas para redução das vulnerabilidades das


populações.

g) procurar identificar os impactos ambientais decorrentes da mudança do clima e


fomentar o desenvolvimento de pesquisas científicas para que se possa traçar uma estratégia
que minimize os custos socioeconômicos de adaptação do País.

As estratégias para enfrentar e tentar atingir os setes objetivos acima listados são:

a) As oportunidades de mitigação em variados setores;


b) Identificação de impactos, mapeamento das vulnerabilidades e as possibilidades de
adaptação do clima;
c) Realização de pesquisas e desenvolvimento;
d) Ações de Educação Ambiental;
e) Usar instrumentos existentes para implementação das ações planejadas.

Cabe destacar que esse é o primeiro plano governamental fora do contexto da EA que
trata dela, dando-lhe o justo realce. Porém, nota-se claramente que apenas o Ministério da
Educação através de sua Coordenação-Geral de Educação Ambiental graças ao Programa
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Vamos Cuidar das Escolas é que vem fazendo grandes esforços com ações em EA e MCs. O
MMA, bem como seus órgãos, como o IBAMA, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
(ICMBio) e Agência Nacional de Águas (ANA) estão demasiadamente carentes em ações de
EA e MCs. Pode ser que o Fundo Nacional do Meio Ambiente numa de suas linhas de
financiamento em Qualidade Ambiental tenha apoiado financeiramente algum projeto ou ação
nesse sentido, mas como ele não publica amplamente nem incentiva a feitura de sínteses sobre
seus apoios nada se sabe de efetivo. Nas centenas de deliberações da II CNMA que teve como
tema as MCs dezenas delas foram exclusivamente sobre EA x MCs, e, pasmem, nada foi
feito, respeitando as 120 mil pessoas que as subscreveram. É um total desprezo pelo escasso
dinheiro da sociedade, sugerindo que esses eventos só servem para criar decepções entre os
que deles participam. A taxa de implementação dessas deliberações deve ser baixíssima!
De fato, os setes objetivos específicos e as estratégias acima listadas são insuficientes,
mas se atingidos serão grandes conquistas socioambientais para o povo brasileiro. De fato, o
verdadeiro problema a ser resolvido não foi elencado que seria uma mudança na postura
empresarial frente à sua responsabilidade socioambiental planetária, pois quando a natureza já
estiver em situação calamitosa não haverá retorno à situação pré-industrial mesmo que as
empresas passem a ter uma conduta adequada. Não há mais tempo a perder!

1.2. No plano Governamental Estadual

No plano governamental de alguns estados como os do sul e sudeste há farta


distribuição de panfletos coloridos do que os governos vêem fazendo ou planejando fazer. O
Estado e o Município do Rio de Janeiro possuem, além de pôsteres e cartazes panfletários,
alguma literatura publicada importante. No Estado do Rio de Janeiro a SEA/RJ possui uma
Superintendência do Clima e Mercado de Carbono que já fez algumas atividades importantes
a despeito de sua falta de verba, de pessoal e instalações necessárias. Sua grande contribuição
está sendo a promoção de encontros técnicos para aperfeiçoar seu anteprojeto de Lei Estadual
de Mudanças Climáticas. Promoveram também um workshop sobre mitigação e
oportunidades sobre o quarto relatório do IPCC em 2007, publicando CD-ROM com os anais
do encontro.
Num dos panfletos da SEA/RJ está sendo divulgado que estão sendo feitos estudos
para identificar os níveis atuais de emissão de gases de efeito estufa no território fluminense e
mapear seus cenários possíveis. A primeira parte que trata da quantificação das emissões foi
concluída e publicada num relatório exarado em 2007 (ROVÉRE, 2007). Em 2005, o Estado
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do Rio de Janeiro foi responsável pela liberação para a atmosfera de 56,9 milhões de
toneladas de gás carbônico, devidas, principalmente, à queima de combustíveis fósseis – gás
natural, óleo diesel, coque, gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP). Foi a primeira vez que
um estado brasileiro elaborou um inventário das suas emissões de gases de efeito estufa que
intensificam o aquecimento global. Muitas propostas de ações mitigadoras já estão sendo
implantadas no Estado do Rio de Janeiro, pelo governo estadual, sendo apresentados na
reunião do IPCC, em Bali, na Indonésia, em 8 de dezembro de 2008. O governo fluminense
possui dois projetos extremamente importantes no campo das MCs: a) Projeto Evolução das
Emissões de Gases de Efeito Estufa no Estado do Rio de Janeiro e Alternativas para sua
Redução e b) Projeto de Vulnerabilidades do Estado do RJ às mudanças climáticas globais,
envolvendo: saúde/social, recursos hídricos, elevação dos níveis dos mares e florestas. No
entanto, a parte de EA x MCs continua incipiente ou desconhecida.

1.3. No Plano Governamental Municipal

No governo municipal da cidade do Rio de Janeiro existem algumas publicações muito


importantes que abordam o problema do AG numa cidade de modo emblemático (ROVÉRE,
2000; GUSMÃO; CARMO; VIANNA, 2008).
O interessantíssimo inventário sobre as emissões de gases de efeito estufa no contexto
do município do Rio de Janeiro de Rovére (2000) apresenta números contundentes e que não
podem ser menosprezados. As emissões foram quantificadas em cerca de 7,6 milhões de
toneladas de gás carbônico entre 1990-1998, sendo que nessa década as emissões de metano
apresentaram um crescimento de cerca de 5 % ao ano. Esse inventário complementa e
particulariza para a cidade do Rio de Janeiro o Inventário realizado para o território brasileiro
pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (BRASIL, 2004).
Gusmão et al (2008) formularam importante publicação propondo um cenário para os
próximos cem anos do AG sobre a cidade carioca. Propuseram uma agenda ambiental
municipal urbana, prospectaram efeitos prováveis da subida do nível do mar na cidade,
apresentaram a vulnerabilidade dos variados ecossistemas locais, dentre outros temas
igualmente relevantes, tracejando um excelente panorama dos efeitos prováveis da ação do
AG na cidade.
No entanto, esses estudos não estão sendo considerados nos programas ambientais, de
saúde coletiva e de controle de poluição, sendo apenas publicações para o amplo
esclarecimento do público técnico e sem maiores efeitos na implementação das políticas
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públicas municipais. A prefeitura, de fato, apenas financiou as pesquisas e a projeção de


cenários, mas não deu continuidade a nada.

2.Políticas/Programas/Planos Federais de Interesse

Em escala federal há políticas, programas e planos que já se anteciparam e mesmo sem


se referirem nominalmente às MCs já vem colaborando para minimizar os efeitos da poluição
atmosférica. Essas políticas podem ser agrupadas por aquelas que terão efeito de longo prazo,
como as educacionais, e as de curto prazo, como as industriais. Serão apresentados alguns
programas federais em execução que já estão reduzindo os efeitos das MCs.

3.1. Programas federais em execução para redução dos efeitos das MCs.
O trabalho de Rovére (2008) evidenciou que já existem vários programas e planos
governamentais federais que são uma demonstração inequívoca da preocupação estatal para
enfrentar e mitigar os efeitos maléficos das MCs . São exemplos: a) Proálcool; b) Programa
Nacional de Biodiesel; c) Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa); d) Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Pro-cel); e) Programa
Nacional de Racionalização do Uso de Derivados de Petróleo e do Gás Natural (Conpet); f)
Programa de Etiquetagem de Aparelhos Domésticos a Gás (Peadg). Esses programas
induzirão à redução de 14% das emissões de CO2 e da queima de combustíveis fósseis em
2020. Rovére (op.cit.) também revelou que a consolidação desses programas e a adoção de
ações complementares de eficácia energética aumentariam o índice acima para 29%. É o que
ele denominou de quantificação das emissões evitadas, que poderiam ter existido caso tivesse
havido seqüência da tendência histórica e que foram neutralizadas por políticas
governamentais ou iniciativas privadas. A maioria dessas emissões evitadas foi financiada por
iniciativas nacionais e não envolveu o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) criado
pelo Protocolo de Quioto, no qual, países em desenvolvimento poderiam vender aos países
ricos as suas reduções nas emissões obtidas por meio de projetos aprovados por especialistas.
O Proinfa (iniciado em 2002), estabeleceu metas até 2022, para que 10% do total da
eletricidade seja a partir de fontes alternativas. O Conpet utilizou um sistema de inspeções e
testes nos veículos de transporte de combustível da Petrobras, reduzindo o uso de diesel em
15%. O Peadg exige que os fogões e aquecedores a gás fossem rotulados para eficiência de
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energia. Esses programas indicam redução de 147 milhões/toneladas de gazes, o equivalente a


mais que o total das emissões de 2000 em várias áreas energéticas brasileiras.

3. Experiências brasileiras (escritas) sobre EA x MC

São limitadíssimos trabalhos emblemáticos sobre a EA x MCs. Vieira e Bazzo (2005)


relatam caso da EA com o AG na sala de aula, exibindo metodologia científica com forte
componente epistemológico. O Quadro 1 sistematiza sua experiência.

Quadro 1: Descrição metodológica da EA com o AG, segundo Vieira e Bazzo (2005).


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Na esteira do trabalho de Vieira e Bazzo (2005) foi desenvolvida a pesquisa de Pedrini


e Saba (2008), tendo, porém, a originalidade de ser desenvolvido no contexto da Língua
Inglesa. Pedrini e Saba (2008) propuseram uma metodologia para abordar a principal
problemática das MCs, ou seja, o Aquecimento Global (AG). O trabalho foi feito em três
momentos, em seis turmas de primeiro e segundo anos do Ensino Médio. No primeiro
momento foi comunicado aos alunos que seria exibida uma síntese de cerca de 40 minutos do
vídeo-documentário sobre os efeitos do AG da Terra. Esse filme é intitulado “Uma Verdade
Inconveniente (“An Inconvenient Truth”) apresentado pelo ex-vice-presidente norteamericano
Al Gore. Ao final do vídeo foi apresentada a música-tema cantada por Melissa Etheridge
intitulada “I need to wake up”. Antes da exibição os alunos foram orientados a: a) anotar
palavras chave em inglês usadas no filme, como expressões idiomáticas e palavras
desconhecidas; b) pontuassem quais assuntos os atingissem diretamente ou que fossem temas
que jamais eles tivessem ouvido falar. Em seguida, foi feita a projeção de uma parte do filme
inserido após ele ter sido concluído, apresentando os seus efeitos nos EUA, visando
sensibilizar o alunado para a questão ambiental e informá-los sobre os efeitos do AG. Não foi
exibido todo o filme, pois ele ultrapassaria o tempo regular da aula de inglês. Essa parte do
documentário aborda os seguintes temas: Furacões, Temperatura Global, Acidificação dos
Oceanos, Crescimento Populacional, Terremotos Glaciais, Incêndios Florestais, Solo
Desertificado e Derretimento do Solo Congelado. Encerrada a projeção os temas acima
expostos foram sorteados entre os grupos de 6-7 componentes para que expusessem e
debatessem entre si suas opiniões sobre o filme e relatassem as questões ambientais que eles
conheciam no contexto de suas comunidades. Durante o debate a problemática ambiental foi
discutida intensamente e ao final, um aluno-relator de cada grupo expôs as conclusões do seu
grupo. Encerradas as apresentações, o professor apresentou no quadro alguns sítios da Internet
relacionados com a questão ambiental para que os alunos, em casa ou no Laboratório de
Informática da escola aumentassem o seu conhecimento sobre a questão ambiental e sobre o
tema de seu grupo. O trabalho em casa foi o segundo momento da atividade.
A experiência mostrou que os alunos sentiram-se motivados e envolvidos pela questão
ambiental e receberam informações atualizadas sobre o AG e seus efeitos sobre o ambiente. A
mudança de postura frente aos problemas ambientais foi identificada na maioria dos alunos,
sendo que um deles teve uma mudança radical frente a essa questão. Após a atividade, ele se
mobilizou a difundir os problemas ambientais em sua comunidade, alertando as pessoas sobre
os efeitos nefastos iminentes do AG. Tal resultado mostrou que houve mudança de atitude dos
alunos. Percebeu-se também, em cada um, o respeito a todas as formas de vida do planeta.
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Foram observadas conexões com outras disciplinas, integrando diferentes saberes, unindo as
Ciências através da Língua Inglesa. Por exemplo, no caso da Biologia verificou-se o impacto
da poluição nos organismos. Na Química, conhecendo os agentes químicos poluidores e suas
respectivas fórmulas moleculares. Na Geografia, identificando os locais onde ocorre maior
incidência de desastres ambientais e de variadas formas de degradação e poluição. Com a
Língua Inglesa foi possível identificar de vocábulos novos, encontrar termos técnicos em
Inglês e descobrir expressões idiomáticas usadas na temática ambiental. Com a integração de
todo o conhecimento acumulado foi possível formularem os seus resumos e os cartazes
usados na apresentação oral do Seminário. Isso nada mais mostra a capacidade da Língua
Inglesa ensejar a transversalidade do tema ambiental no ensino formal.
Os alunos conseguiram adquirir conhecimentos relativos aos graves problemas
ambientais, pelos quais o nosso planeta vem passando, através da pesquisa em sites, leitura de
revistas, jornais e periódicos, onde eles puderam se inteirar de tais questões, refletir sobre suas
causas e a gravidade e extensão de suas conseqüências.Através de debates em sala de aula,
tentaram chegar a possíveis soluções,cada um participando de forma efetiva,colaborando com
idéias, sugestões e mesmo citando suas próprias experiências,vividas em suas comunidades.
Considerando e respeitando as diferentes formas de vida do planeta, analisaram, também, o
impacto nelas causado pelo desrespeito à natureza, com a poluição de suas águas, seu solo e
atmosfera. Então, conseguiram despertar e sensibilizar nos seus círculos comunitários o tema
ambiental através do AG, ensejando a conscientização de outros grupos afins, através de
conversas informais com vizinhos, amigos, colegas de outras turmas, familiares e conhecidos
de lugares onde freqüentam.
Deboni (2008) apresentou reflexões sobre a questão das mudanças globais (também
centrado no AG) e a EA. Ele apresentou uma série de conjecturas sobre a EA e a mídia,
propondo aos educadores ambientais: a) aprofundar o tema em termos teórico-conceituais não
se limitando a repetir o que é visto na TV ou em filmes como “Uma Verdade Inconveniente”,
que tem um caráter visivelmente de autopromoção do Al Gore, devendo explorar
profundamente a questão do AG; b) questionar urgentemente abordagens pragmáticas e
propor soluções mais pensadas e de longo prazo; c) buscar um pacto articulado em diferentes
níveis espaço-temporais, potencializando a EA; d) avaliar se a EA brasileira está contribuindo
para a solução do AG; e) verificar onde e como a questão das mudanças climáticas está sendo
trabalhada no país; f) identificar o montante de recursos financeiros aplicados pelo Brasil para
a questão do AG; g) há educadores ambientais capacitados para abordar com eficácia o AG?;
h) o que os variados atores sociais estão fazendo para enfrentar e solucionar essa questão no
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Brasil? Desse modo, Deboni (op.cit.) enseja pesquisas no campo e incita os governos a
assumirem suas responsabilidades para o aprofundamento dos estudos desse inestimável
problema ambiental no contexto dos educadores ambientais brasileiros.
Apesar da clareza dos pressupostos pedagógicos da EASS e de Tbilisi a confusão
conceitual no seio dos educadores ambientais ainda é um fato (PEDRINI e DE-PAULA,
2008). Desse modo, pesquisas que possam apontar como operacionalizar a EASS nos
diferentes contextos onde ela possa ser aplicada são demandas urgentes. Várias tem sido as
tentativas ao longo do tempo (CZAPSKI, 1988; MADUREIRA e TAGLIANI, 1997;
PEDRINI e BRITO, 2006; PEDRINI e PELLICCIONE, 2007; PEDRINI, 2007a,b, 2008a,b).
No Quadro 2 são apresentados os oito indicadores conceituais qualificativos para o
entendimento do que poderia ser um conceito mínimo de qualidade. Esses indicadores seriam
uma tradução livre da essência dos principais pressupostos pedagógicos da Declaração de
Tbilisi e do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global (TEASS).

Quadro 2. Indicadores de Qualidade Conceitual da EASS e suas descrições operacionais.

IQC Descrição do indicador


1. EA emancipatória Capaz de possibilitar indivíduo/coletividade adquirirem
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e a
determinação para o cidadão enfrentar e participar da solução
de problemas socioambientais locais/globais, porém com
geração de renda;
2. EA transformadora Capaz de possibilitar a mudança de atitudes, hábitos, condutas
e posturas para o desenvolvimento de Sociedades
Sustentáveis;
3. EA participativa Capaz de estimular a participação do cidadão e sua
coletividade em ações e
mobilizações/projetos/programas/ações coletivas;
4. EA abrangente Capaz de envolver a totalidade dos grupos sociais envolvidos
na questão em tela;

5. EA permanente Capaz de ser uma atividade continuada, pois o conhecimento


se modifica;
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6. EA contextualizadora Capaz de agir diretamente no contexto da coletividade e por


ela alcançar a dimensão planetária;

7. EA ética Capaz de promover o respeito a todas as formas de vida do


planeta.
8. EA interdisciplinar Capaz de integrar diferentes saberes, pois a questão ambiental
agrega variados conhecimentos.

O Quadro 2 mostra uma possibilidade dentre tantas de tipologizar características


conceituais do que poderia ser uma EASS com qualidade (cf. PEDRINI, 2008). Presume-se
que o setor industrial é que mais contribui para a impactação negativa da Terra, face a sua
emissão de gases poluidores na atmosfera e assim a EASS tem que obrigatoriamente ser
exigente e inegociável. Esses pressupostos acima delineados devem ser minimamente
considerados como um referencial de qualidade a ser buscada. Pelliccione, Pedrini e Kelecom
(2008) fizeram uma análise da EA praticada em empresas da região sudeste brasileira
certificadas com a ISO 14001, que comprova uma gestão ambiental adequada e eficiente
numa empresa. Apesar de enviarem um questionário de pesquisa a mais de 600 empresas,
apenas trinta responderam e mostraram que o maior parque industrial brasileiro (região
sudeste brasileira) desconhece o TEASS e o ProNEA. Suas idéias de EA (quando ela existe)
nada mais são que atividades simplórias pedagogicamente desconectadas entre si e mostram
uma visão fragmentada da questão ambiental e em nada aderem aos pressupostos da EASS.
Essas evidências sugerem que as empresas emissoras de gases estufa em excesso não se
utilizaram da EA para mitigar, adaptar ou extinguir os efeitos ruins do AG.

4.Proposta Orientadora

Os IQCs apresentados no Quadro 2 disponibilizam ao cidadão e à coletividade uma


possibilidade de planejamento de sua EASS com liberdade de criação de estratégias para que
as MCs sejam enfrentadas através de um minucioso planejamento didático, conceitual e
operacional que possam ser contextualizados às realidades variadas possíveis. Essas
características conceituais deverão ser internalizadas nas práticas cotidianas do cidadão.
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4.1.Sugestões de Práticas Cotidianas

As sugestões foram feitas, mas necessitam amplo sinergismo:

Escala Individual
(pequenas atitudes fazem diferença na contabilidade coletiva)

Escala Coletiva

Familiar Amizades Colegas Bairro Irmãos Vizinhança Cidade Estado País Terra
de
credo

A maioria das sugestões abaixo vem sendo apresentadas em folhetos e propagandas, tanto
feitas pelos governos como pelas empresas.
4.1.1. Em relação aos Resíduos:

Primeiro:
Reduzir
(p.ex. não aceitar embalagem para embrulhar como em remédios, balas, etc);

Depois:
Reutilizar
(p. ex. escrever no verso de papéis de recado, etc);
Depois:
Reaproveitar
(p.ex.; transformar seus baneres de eventos em bolsas de compras; pneus em vasos de plantas;
latas em artesanato etc)

E se não foi possível reduzir, reutilizar ou reaproveitar...Reciclar


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4.1.2. Consumo Sustentável

1. Escolher produtos de empresas certificadas pela ISO 9000 (Qualidade) ou 14001 (Gestão
Ambiental);

2. Levantar os antecedentes dos produtos que costuma usar para evitar comprar os que são de
empresas que usam mão-de-obra escrava ou infantil;

3. Comprar produtos orgânicos, substituindo sua dieta alimentar com transgênicos e alimentos
com agrotóxicos;

4. Substituir remédios químicos por aqueles que constam na lista do Ministério da Saúde
como fitoterápicos das plantas medicinais brasileiras;

5. Aceitar remédios naturais do tipo florais e homeopáticos;

4.1.3. Atitudes Gerais

1. Visite os sites www.climatecrisis.net e www.energyguide.com para medir seu impacto


negativo pessoal (“pegada ecológica”) individual e o segundo para ver como mitigá-lo ou
extingui-lo; não deixe nenhum aparelho eletrodoméstico em “stand by”, pois ele fica
consumindo energia sem estar em uso; DIAS (2002).

2. Só compre madeira certificada pelos órgãos ambientais, ajudando a diminuir o


desmatamento ilegal.

3. Escolha o lazer aeróbico como fazer piqueniques ou passear ao ar livre ao invés de se


trancar e ficar conectado a um computador.

4. Evite o consumo de carne vermelha, pois a sua produção emite muito mais CO2 do que a
produção de plantas.

5. Ande sempre com caneca reutilizável, evitando compra de vasilhames PET ou copos de
plástico:
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6. Capacite-se em Mercado de Carbono para aprender a neutralizar as emissões das atividades


humanas que não podem ser mudadas a curto e médio prazos; neutralize as emissões de sua
universidade ou de sua residência, por exemplo.

7. Faça um levantamento sobre ONGs ambientalistas de sua região e filie-se a algumas delas,
contribuindo financeiramente ou com seu trabalho voluntário;

8. Identifique quais são os políticos que foram eleitos com seu voto e verifique se eles têm
alguma proposta para a área ambiental ou de saúde;

9. Formule coletivamente projetos de políticas públicas estaduais e municipais em MA, EA e


MC e encaminhe ao legislativo ou executivo federal, estadual ou municipal;

10. Promova ciclo de debates sobre esses temas em sua região

4.1.4. Atitudes de Renovação (ambiental)Íntima

As atitudes de renovação íntima são as mais difíceis, mas se queremos mudar os


outros temos que nos modificar primeiro e ser o exemplo. Normalmente, ensejamos os outros
(alunos, familiares, amigos, colegas, etc) a se modificarem, mas podemos ser péssimos
exemplos, estragando toda a proposta rica da EASS.

Abaixo, algumas medidas possíveis:

1. Divulgar amplamente suas mudanças internas com efeitos externos que correspondam a
novos hábitos, posturas e condutas sobre aquilo que deseja mudar nos outros;

2. Promover ações permanentes de ajuda a seres vivos que lhe sejam próximos e que
sejam/estejam pior que você;

3. Desenvolver sua espiritualidade, p.ex., desejando o bem a quem precisa através de seus
pensamentos e orações, caso não possa ajudar em atos ou ajuda material;
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4. Dedicar um período/horário semanal para disponibilizar suas competências a quem dela


precisa e não pode pagar por ela, pois qualquer um de nós pode ajudar.

5. Considerações Finais

Como apresentado ao longo desse artigo há vários instrumentos legais e normativos,


em especial a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente de número 6.938 de 1981 que se
fosse realmente aplicada poderia ter evitado em grande parte o caos socioambiental em que
vivemos atualmente. Políticas e Planos mais modernos e específicos, como a Política e o
Plano Nacional de Mudança do Clima, estão sendo aprovados e normatizados, porém de
modo muito lento como se as MCs fossem tema do futuro. A Política e o Programa Nacional
de Educação Ambiental que abrangem questões como as MCs de modo implícito também não
estão ensejando atitude e projetos ou ações contundentes de enfrentamento desse tema
emergente e urgente.
Acredita-se que haja muitas experiências pedagógicas sobre MCs x EA, porém elas
não estão identificadas nem organizadas pelo Sistema Brasileiro de Educação Ambiental
(SIBEA) nem pelas entidades debruçadas para implementação da EASS no Brasil. De fato, no
levantamento bibliográfico realizado por esse trabalho em buscadores digitais clássicos só
foram achadas as bibliografias citadas no presente trabalho. Como o Fundo Nacional do Meio
Ambiente (FNMA) teve uma linha de financiamento induzida sobre MCs é bem possível que
hajam experiências realizadas e não publicadas, já que o financiamento da EA ainda é
deficiente (SOTERO e SORRENTINO, 2007).
Assim, espera-se com o presente trabalho que as autoridades responsáveis em
promover pesquisas e ações de EASS no contexto das MCs cumpram a legislação e as normas
em vigor e utilizem a EASS como instrumento transversal para a solução a curto, médio e
longo prazos dos graves problemas socioambientais causados, principalmente, pelo
Aquecimento Global.

6. Agradecimentos

À Dra. Nathalia Ghilardi-Lopes pela revisão desse texto. À Célia Carraro pelo envio de
algumas fontes bibliográficas.
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7. Bibliografia Citada

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