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Diagnóstico
do Arranjo Produtivo
da Indústria
do Vale da Eletrônica
Mercado, Tecnologia e Inovação
Revisão 2007
Belo Horizonte
Dezembro de 2007
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
FICHA TÉCNICA
Realização
Sistema FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
Presidente: Robson Braga de Andrade
IEL-NRMG – Instituto Euvaldo Lodi
Gestor: Olavo Machado Júnior
Superintendente: Heloisa Regina Guimarães de Menezes
SINDVEL – Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do
Vale da Eletrônica
Presidente: Roberto Souza Pinto
Coordenação
IEL-NRMG/GDRI – Gerência de Desenvolvimento Regional da Indústria
Gerente: Sérgio Augusto Lourenço
Responsáveis Técnicos
Árisson Carvalho de Araújo – Coordenador de Projetos (IEL-NRMG/GDRI)
Marcy Regina Martins Soares – Consultora Interna (IEL-NRMG/GDRI)
Consultoria Externa
FITEC – Fundação para Inovações Tecnológicas
ESTUFA Investimentos
Apoio Técnico
Bruno de Castro Rabelo Profeta (IEL Minas/GDRI)
Caroline Medeiros Volpini (IEL Minas/GDRI)
Cristina de Azevedo Guilherme (IEL Minas/GDRI)
Felipe Paschoal de Moura – Bolsista (FAPEMIG- IEL Minas/GDRI)
Pedro Arthur Rodrigues Monteiro (IEL Minas/GDRI)
Vanessa Silva da Silva - Bolsista (FAPEMIG- IEL Minas/GDRI)
Normalização:
Gizele Maria dos Santos – Centro de Memória do Sistema FIEMG
110p.
Conteúdo: Revisão 2007.
AGRADECIMENTOS
Com satisfação, o Sistema FIEMG, através do Instituto Euvaldo Lodi – IEL Minas, empre-
endeu esforços para elaboração deste estudo, que será um importante instrumento para
análise da evolução econômica e social do Vale da Eletrônica.
Este trabalho não seria possível sem a participação conjunta das instituições parceiras,
que contribuíram efetivamente para a elaboração deste diagnóstico. Entre estas, desta-
camos:
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Tecnologia mundial .................................................................................................... 14
Figura 2 - Apple.......................................................................................................................... 17
Figura 3 - Laboratório de pesquisas da WTC ............................................................................. 17
Figura 4 - Fábrica Samsung Austin ............................................................................................ 18
Figura 5 - Electronics City .......................................................................................................... 20
Figura 6 - Fábrica da Samsung na Coréia do Sul........................................................................ 21
Figura 7 - Instalações da fábrica de semicondutores CEITEC – RS ............................................ 25
Figura 8 - Prédio da Ci&T – Unicamp ......................................................................................... 31
Figura 9 - Porto Digital ............................................................................................................... 33
Figura 10 - Fábrica da Bridgestone em Camaçari – BA .............................................................. 35
Figura 11 - Terminal 2 - Zona Franca de Manaus ....................................................................... 37
Figura 12 – Localização estratégica do APL ............................................................................... 40
Figura 13 - Vista aérea de Santa Rita do Sapucaí ....................................................................... 41
Figura 14 - Centro Empresarial .................................................................................................. 42
Figura 15 - Treinamento técnico – SENAI................................................................................... 44
Figura 16 - Montagem de placa de circuito ................................................................................ 47
Figura 17 - Montagem de produto ............................................................................................. 50
Figura 18 - Produto do APL ....................................................................................................... 51
Figura 19 - Laboratório da Faculdade de Administração e Informática – FAI ............................. 55
Figura 20 - Linha de produção ................................................................................................... 57
Figura 21 - Placas coloridas CCI ................................................................................................ 58
Figura 22 - Partes e peças – Metalmecânica .............................................................................. 59
Figura 23 - TV Digital: Conversor de sinais digitais em analógicos - Set-top Box ...................... 60
Figura 24 - Produto do APL ....................................................................................................... 63
Figura 25 - Laboratório de Desenvolvimento de Software do Inatel - Competence Center ......... 64
Figura 26 – INATEL .................................................................................................................... 70
Figura 27 - Laboratório de TV Digital do INATEL ........................................................................ 70
Figura 28 - Laboratório de Prototipagem – SENAI ..................................................................... 70
Figura 29 - Aula prática – Laboratório SENAI ............................................................................. 70
Figura 30 – FAI .......................................................................................................................... 71
Figura 31 - Laboratório da FAI ................................................................................................... 71
Figura 32 - ETE .......................................................................................................................... 72
Figura 33 - Aula prática – Laboratório ETE ................................................................................. 72
Figura 34 - Incubadora de Empresas e Projetos – NATEL .......................................................... 73
Figura 35 - Treinamento – Incubadora INATEL........................................................................... 73
Figura 36 - Incubadora Municipal de Empresas POINTEC.......................................................... 74
Figura 37 - Empresa incubada na PROINTEC ............................................................................. 74
Figura 38 - Incubadoras de empresas de Itajubá – CEGEIT e INCIT ........................................... 74
Figura 39 - Sala de reuniões – CEGEIT e INCIT .......................................................................... 74
Figura 40 - Estande coletivo das empresas do APL - FIEE 2007 ................................................ 76
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 1 - Evolução de preços nos EUA – Commodities e eletrônicos (2003 – 2007) .............. 13
Gráfico 2 - Número de empregados no Brasil ............................................................................ 27
Gráfico 3 - Exportações de materiais elétricos e eletrônicos de Minas Gerais............................ 29
Gráfico 4 - Porte das empresas.................................................................................................. 43
Gráfico 5 - Principal modalidade de capacitação utilizada pelas empresas ................................ 43
Gráfico 6 - Faturamento anual total das empresas ..................................................................... 45
Gráfico 7 - Dificuldades encontradas pela empresa para buscar recursos ................................. 46
Gráfico 8 - Tempo de instalação no APL .................................................................................... 47
Gráfico 9 - Principal ramo de atividade ...................................................................................... 49
Gráfico 10 - Principal destino da produção ................................................................................ 50
Gráfico 11 - Destino das exportações ........................................................................................ 51
Gráfico 12 - Como é estabelecido o preço do produto/serviço .................................................. 52
Gráfico 13 - Principal meio pelo qual o cliente fica sabendo dos
produtos/preços prestados pelas empresas .............................................................................. 53
Gráfico 14 - Ferramentas de controle de versão de software e documentos utilizadas .............. 55
Gráfico 15 - Modalidade de produção ........................................................................................ 56
Gráfico 16 - Índice de nacionalização ......................................................................................... 58
Gráfico 17 - Percentual médio do faturamento investido em pesquisa e desenvolvimento
entre 2004 - 2007 ...................................................................................................................... 60
Gráfico 18 - Tecnologia de montagem de componentes ............................................................ 62
Gráfico 19 - Classes de componentes digitais utilizadas ............................................................ 62
Gráfico 20 - Número de componentes eletrônicos nos projetos de hardware ............................ 63
Gráfico 21 - Classes de materiais de componentes utilizadas .................................................... 64
Gráfico 22 - Modelo de qualidade de processo de software utilizado......................................... 65
Gráfico 23 - Linhas de produtos de software ............................................................................. 66
Gráfico 24 - Quantidade média de linhas de código desenvolvidas por produtos da empresa ... 67
Gráfico 25 - Principal linguagem de programação utilizada ....................................................... 67
Gráfico 26 - Principal razão que levou a empresa a adotar procedimento gerencial
associado à gestão ambiental .................................................................................................... 69
Gráfico 27 - Principal recurso utilizado nas instituições de ensino pelas empresas ................... 72
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Faturamento total por área......................................................................................... 26
Tabela 2 - Principais indicadores da indústria eletroeletrônica entre 2002 e 2007 ..................... 27
Tabela 3 - Produtos mais exportados ......................................................................................... 28
Tabela 4 - Destino das exportações e importações em 2006 (US$ milhões).............................. 28
Tabela 5 - Exportações por região de Minas Gerais, 2006.......................................................... 30
Tabela 6 - Como a empresa avalia os recursos que possui para desenvolver seus
produtos e serviços ................................................................................................................... 48
Tabela 7 - Controles utilizados nos processos de gestão pelas empresas.................................. 54
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
SUMÁRIO
Apresentação ............................................................................................................................... 7
Prefácio ...................................................................................................................................... 8
Terminologia, definições e abreviações ........................................................................................ 9
1 PANORAMA INTERNACIONAL .................................................................................... 11
1.1 Pólo do setor eletroeletrônico no mundo .................................................................... 16
1.1.1 Vale do Silício – Califórnia (EUA) ................................................................................ 16
1.1.2 Washington Technology Center – Washington (EUA) .................................................. 17
1.1.3 Austin – Texas (EUA) ................................................................................................... 18
1.1.4 Electronics City – Bangalore (Índia) ............................................................................ 19
1.1.5 Pólo Sul-Coreano ........................................................................................................ 20
2 PANORAMA NACIONAL .............................................................................................. 23
2.1 Pólo eletroeletrônico no Brasil .................................................................................... 30
2.1.1 Pólo eletroeletrônico de Campinas - SP ...................................................................... 31
2.1.2 APL de Campina Grande - PB ...................................................................................... 32
2.1.3 APL da Grande Recife - PE .......................................................................................... 33
2.1.4 Pólo eletroeletrônico da Grande Salvador - BA............................................................ 34
2.1.5 Pólo eletroeletrônico de Ilhéus - BA ............................................................................ 36
2.1.6 Pólo industrial da Zona Franca de Manaus .................................................................. 37
3 O ARRANJO PRODUTIVO DE SANTA RITA DO SAPUCAÍ ............................................ 39
3.1 Caracterização do Arranjo Produtivo ........................................................................... 40
3.2 Detalhamento do Arranjo Produtivo – O Vale da Eletrônica ......................................... 42
3.2.1 Recursos humanos e capacitação ............................................................................... 42
3.2.2 Econômico-financeiro ................................................................................................. 44
3.2.3 Mercado e imagem ...................................................................................................... 48
3.2.4 Tecnologia e processos de gestão ............................................................................... 52
3.2.5 Produção ..................................................................................................................... 56
3.2.6 Produtos ..................................................................................................................... 57
3.2.7 Inovação...................................................................................................................... 59
3.2.8 Domínio tecnológico de hardware e de software ......................................................... 61
3.2.9 Design ......................................................................................................................... 68
3.2.10 Meio ambiente e responsabilidade social .................................................................... 68
3.2.11 Relacionamento com instituições de ensino e institutos de pesquisa ......................... 69
3.2.12 As incubadoras de empresas no APL .......................................................................... 73
3.3 O Sindvel ..................................................................................................................... 76
4 SÍNTESE DOS RESULTADOS ....................................................................................... 77
Referências ................................................................................................................................ 81
Fonte de dados........................................................................................................................... 82
Anexo A .................................................................................................................................... 84
Anexo B .................................................................................................................................... 96
Anexo C .................................................................................................................................. 101
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
APRESENTAÇÃO
Com satisfação, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) edita
este Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica, fruto de uma
saudável e produtiva parceria entre o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), instituição integrante
do Sistema FIEMG, e o SINDVEL – Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Ele-
trônicos e Similares do Vale da Eletrônica.
Ficam claros, com este documento, os importantes avanços registrados nos últimos
anos e, em especial, a partir de 2004, quando realizamos o primeiro diagnóstico do APL
da Indústria do Vale da Eletrônica. Hoje, as 120 empresas cadastradas apenas em Santa
Rita do Sapucaí geram mais de oito mil empregos e, com os seus produtos, estão pre-
sentes nos principais mercados do Brasil e também no exterior, sobretudo nos países
do Mercosul.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
PREFÁCIO
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
PANORAMA
INTERNACIONAL
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
1 PANORAMA INTERNACIONAL
O setor eletroeletrônico é um dos mais importantes da realidade econômica atual. Sinô-
nimo de tecnologia, permeia todos os setores industriais, fundamenta todos os serviços
modernos, reestrutura a vida pessoal, profissional e familiar, sendo o principal difusor
de inovações, da produtividade, de redução de custos e de preços, constituindo a base
da chamada “sociedade da informação”.
De acordo com o Reed Electronics Research Group – RER, maior centro de pesquisas
sobre a indústria eletrônica no mundo, são vários os segmentos de mercado envolvidos:
equipamentos para processamento eletrônico de dados, como sistemas de computador
e acessórios; equipamentos de escritório, como fotocopiadoras; controle e instrumenta-
ção, em geral ligados a sistemas produtivos; equipamento médico e industrial; comuni-
cações e radar; telecomunicações; bens de consumo, entre eles os equipamentos de áu-
dio e vídeo; componentes, subdivididos em ativos (tubos, diodos, transistores e outros),
passivos (capacitores, resistores, conectores e outros); e alguns sem subclassificação,
como amplificadores e semelhantes.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 1
Gráfico 1
Evolução deEvolução
preços nos EUA – Commodities e eletrônicos (2003 – 2007)
de Preços nos EUA – Commodities e Eletrônicos (2003 – 2007)
140
120
100
80
60
COMMODITES
COMMODITES INDUSTRIAIS
20
03
04
05
06
07
20
20
20
20
20
Fonte: U.S. Bureau of Labor and Statistics - 2007
Há alguns anos, o mercado eletrônico dos EUA era o maior em todo o mundo. O Japão
assumia a segunda posição, seguido da China. No mercado europeu, Alemanha, Rei-
no Unido, França e Itália eram respectivamente quarto, quinto, sétimo e nono maiores
mercados mundiais em eletrônicos. O Canadá ocupava a oitava posição. Se observadas
as sete principais economias mundiais, o G7, formado por Alemanha, Canadá, Estados
Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, nota-se que as composições do mercado
eletrônico desses países não apresentavam muitas diferenças. Em todos, exceto Japão,
o segmento de equipamentos de processamento de dados era o de maior destaque. O
segmento de componentes aparecia como o principal para o Japão e segundo para os
demais.
Além deles, os mercados asiáticos já se destacavam no setor eletrônico. A Coréia do Sul
ocupava a sexta posição. Os outros Tigres Asiáticos – Taiwan, Cingapura e Hong Kong
– detinham, respectivamente, a 11ª, a 13ª e a 20ª posição no mercado global do setor.
México e Brasil eram os maiores representantes latino-americanos; o México era o déci-
mo maior mercado mundial e o Brasil o 12º. O mercado mexicano de telecomunicações
era bem menor (4%), comparado com Brasil ou Venezuela (11%). Em compensação,
o mercado de componentes destacava-se, consideravelmente, no México. Os maiores
mercados no Brasil e na Venezuela eram também os de equipamentos de processamento
de dados. Ainda assim, somando o mercado de equipamentos de processamento de da-
dos e bens eletrônicos de consumo do Brasil, era indiscutível a sua liderança na América
Latina.
Atualmente, a indústria norte-americana de eletrônicos continua como líder em vários
segmentos de mercado. Porém, de fato, perdeu espaço no cenário internacional, desta-
cadamente para países asiáticos que, principalmente a partir de imitação, tornaram-se
importantes players mundiais em certos segmentos, em especial o de componentes, de
grande importância na cadeia produtiva do setor.
Apesar de constatados recorrentes deficits na balança comercial dos EUA, além da falta
de mão-de-obra qualificada em áreas como desenvolvimento de softwares, o setor de
alta tecnologia foi o de maior representatividade nas exportações daquele país, compre-
endendo 21% do total das exportações de bens em 2006. De 2005, quando somaram
US$ 199 bilhões, a 2006, com as exportações da indústria de alta tecnologia chegando a
US$ 220 bilhões, houve crescimento de mais de 10%. Em contrapartida, as importações
passaram de US$ 295 bilhões para US$ 322 bilhões nos mesmos anos, o que ilustra,
apesar da menor variação nas importações, a grande disparidade na balança comercial.
Os setores de eletrônicos industriais e equipamentos de comunicação foram os de maior
destaque, com 16% e 13% de aumento, respectivamente.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Acompanhando o movimento do mercado dos EUA, o México surge como um dos emer-
gentes produtores de eletrônicos e, apesar de quedas em 2001 e 2002, a proximidade
com o maior mercado do mundo, para o RER, deve mantê-lo como um centro produtor
nos dias atuais.
Juntas, as Américas, a Ásia e a Oceania representam mais de 63% do mercado de eletrô-
nicos e 67% da produção mundial, mas, analisados isoladamente, os números de alguns
países asiáticos e ilhas do pacífico surpreendem: a produção de eletrônicos liderada por
esses países chegou em 2005 a mais de 38% da mundial, enquanto dez anos antes não
passava dos 20%.
A China é o atual destaque da indústria eletrônica global. Em 2004, já era o segundo
maior produtor de eletrônicos do mundo, com crescimento na produção superior a 30%
em alguns anos. Em 2006, 18% da produção global de eletrônicos era chinesa, maior di-
ferença em face dos 4% em 1997. De acordo com o RER, o crescimento nas exportações
tem sido a chave para tal desempenho. Em 2005, as exportações chinesas cresceram
27% e chegaram aos US$ 230 bilhões, maiores que o número dos EUA. A série histórica
de crescimento, com recordes recentes de até 53%, em 2003, reitera o argumento do
RER. Em relação ao mercado doméstico chinês, um dos pilares para sustentar alto de-
sempenho, estima-se que representará por si só 16% do mercado global em 2009.
Além da China, outros países da região também figuram entre os dez maiores produtores
do mundo: Coréia do Sul, Malásia, Cingapura e Tailândia. Se analisados por segmento,
em 2006 o setor eletroeletrônico tinha a Coréia do Sul como terceiro maior produtor de
componentes, a Malásia como terceiro maior produtor de eletrônicos para consumo
e, também, Taiwan, como o quarto maior produtor de computadores e periféricos do
mundo.
Para alcançar tais posições, as empresas desses países atuaram sob estratégias e sis-
temas de governança diversos. Empresas de Cingapura e Malásia, com orientação go-
vernamental, atualmente concentraram-se em produtos de alto valor agregado e não
mais na produção padronizada de baixo custo. Com orientação semelhante e menos
recente, empresas taiwanesas e sul-coreanas conseguiram destaque na indústria eletrô-
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
nica mundial. Para o RER, Tailândia, Indonésia e Filipinas vão atrair mais investimentos
estrangeiros, não só em busca dos baixos custos de produção e de seus fortes mercados
domésticos, mas também como resultado de uma tendência atual de empresas investi-
rem fora da China para diversificar riscos.
A migração de empresas para regiões com custos de produção mais baixos, a exemplo
do que já ocorre em relação à China e ao leste europeu, continua como uma tendên-
cia. De fato, a proximidade com a Europa ocidental fez grandes companhias globais
de eletrônica transferirem sua produção para a Europa central e oriental em busca dos
menores custos. Atualmente observa-se o mesmo movimento para médias empresas do
lado ocidental.
– 15 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
O Vale do Silício, que abrange várias cidades do estado da Califórnia, ao sul de São Fran-
cisco, como Palo Alto e Santa Clara, estendendo-se até San Jose, é talvez o mais famoso
cluster do mundo, entre as centenas ou milhares hoje formados. Muito bem-sucedido
em seu objetivo principal – gerar empregos e riqueza por meio da aplicação de conheci-
mento a produtos e serviços – está diretamente ligado à força da economia da Califórnia,
que detém a maior renda nacional entre os estados norte-americanos.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Figura 2 - Apple
Fonte: giga.vozdipovo-online.com/categoria/multimedia/20/20/
Investimentos federais de centenas de milhares de dólares são feitos para dar suporte
às empresas que têm por objetivo comercializar novas tecnologias. Dois programas para
empresas de pequeno porte, o Small Business Innovation Research – SBIR, para pesqui-
sas de inovação, e o Small Business Technology Transfer – STTR, para transferência de
tecnologia, são especialmente projetados para alavancar pesquisas nas universidades e
empresas de inovação, beneficiando operações comerciais e governamentais.
A cada ano, o WTC utiliza uma parte do fundo que recebe do Poder Legislativo do estado
de Washington para investir em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico. Esse inves-
timento financia projetos desenvolvidos por empresas de Washington, que trabalham
– 17 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
com cientistas e coordenadores nas universidades e em centros de pesquisa sem fins lu-
crativos. No ano fiscal de 2007, WTC recebeu 52 propostas de projetos no valor de mais
de U$ 4 milhões de dólares. Os fundos concedidos para Pesquisa e Desenvolvimento
totalizam U$1.326.138,00 para 18 empresas de pesquisa. Essas empresas estimam que
esse suporte financeiro irá resultar em mais de 350 novos empregos na área de tecno-
logia, os quais serão adicionados à força de trabalho de Washington nos próximos dois
a cinco anos.
– 18 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Outros programas de incentivo operados pelo Estado merecem destaque, entre eles o
Capital Access Fund, que prevê o financiamento para negócios que enfrentam barreiras
para ter acesso a capital de giro; o Texas Enterprise Zone Program, que promove a
criação de trabalho e investimento de capital em áreas economicamente pobres; o Re-
venue Bonds, que permite a isenção de emissão de imposto hipotecário para financiar
áreas e propriedades para instalações industriais, e o Emerging Technology Fund - ETF
criado pela assembléia legislativa do Texas, em 2005, que prioriza o desenvolvimento e
a comercialização de novas tecnologias e funciona através de parcerias entre o Estado,
instituições de ensino superior e indústrias privadas.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
A cidade tem atraído empresas como IBM, Philips, Motorola, Hewlett Packard, Siemens,
3M, Novell e Britânico Aeroespacial, que abriram suas próprias instalações na região
ou novos empreendimentos em sociedade com empresas da Índia. Existe também uma
estrutura auxiliar, formada por pequenas e médias empresas de serviços empresariais,
industriais e especializados (design, processos, consultorias técnicas e gerenciais), além
de larga estrutura de consórcios produtivos. Em Electronics City, existe uma rede de
instituições de suporte formada por institutos de treinamento em geral (Instituto Cientí-
fico, de Treinamento Industrial, de Serviços a Pequenas Indústrias, Formação de Coor-
denadores Industriais e Treinamento de Ambientes de Ferramentas); pela fundação de
treinamento técnico e por institutos focados nos setores (Instituto Central de Máquinas
e Ferramentas, Laboratório Espacial Nacional, Centro de Desenvolvimento e Testes Ele-
trônicos), além do Organismo de Consultoria Tecnológica e órgão de certificação. As
universidades e as escolas de negócios também dão suporte ao desenvolvimento do
APL de Bangalore.
O avanço obtido pelos coreanos na educação foi fundamental para o êxito do país, inves-
tindo não apenas nas universidades, mas principalmente no ensino fundamental. Enquan-
to em 1960 o percentual de jovens na universidade era de 7%, atualmente esse índice
é de 82%. Como complemento, a orientação do sistema produtivo foi responsável pela
aplicação prática para desenvolvimento local. Os principais conglomerados empresariais
desse pólo são Hyundai, Samsung, Daewoo, Goldstar (LG), que são grandes produtores
globais de eletrônica e estão entre as 50 maiores empresas do mundo. Empresas como
Asus e iRiver também se encontram no pólo sul-coreano. Os principais produtos desse
pólo são componentes, semicondutores, tecnologia da informação e bens eletrônicos de
consumo, como telefones celulares, televisores, entre outros.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
O crescimento econômico da Coréia do Sul nos últimos 30 anos foi notável. A renda per
capita, que era a metade da do Brasil em 1960, alcançou a de países europeus. Atual-
mente, a Coréia do Sul está entre as dez maiores economias do mundo. O sucesso eco-
nômico do país se deve a um sistema de desenvolvimento entre o governo e a iniciativa
privada, que inclui crédito facilitado, restrição a importações, subsídios a determinados
setores e incentivo ao trabalho. Na década de 1960, o governo criou reformas econômi-
cas com ênfase na exportação e desenvolvimento de indústrias leves. O governo também
promoveu uma reforma financeira, ajustando as instituições, e introduziu planos econô-
micos flexíveis.
Na década de 1970, a Coréia do Sul começou a destinar recursos para a indústria pesada
e indústria química, bem como as indústrias eletrônicas e de automóveis. Elas tiveram
rápido desenvolvimento na década de 1980 e começo da década seguinte. No início do
século XXI, a tecnologia sul-coreana ultrapassou a do Japão e de Taiwan, passando a
dominar internacionalmente o setor de semicondutores e tecnologia da informação. Nos
últimos anos, a economia da Coréia do Sul tem se distanciado do modelo de planificação
centralizada, investimentos governamentais diretos, para um modelo mais orientado ao
mercado.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
PANORAMA
NACIONAL
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
2 PANORAMA NACIONAL
O setor eletroeletrônico é um dos mais dinâmicos e de maior crescimento no Brasil.
Apresenta grandes volumes de importação, mas níveis de exportações e emprego em
ascensão, faturamento crescente ao longo dos anos, além de contar com importantes
incentivos do governo.
Como segundo eixo, a política estabelece as opções estratégicas para apoio com base
em alguns critérios, que incluem o grau de dinamismo e sustentabilidade, promoção de
novas oportunidades de negócios, envolvimento direto com inovação, capacidade de
adensamento do tecido produtivo e importância para o futuro do país. Três das quatro
opções estão relacionadas com o setor eletroeletrônico e com o conseqüente aumento
da eficiência de vários outros setores econômicos, dada a interdependência de todas as
atividades de produção industrial com pelo menos uma das opções estratégicas abor-
dadas a seguir.
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Informática, a qual reduziu a carga tributária sobre vários produtos e criou condições
favoráveis para financiamento e expansão desse mercado.
Ao mesmo tempo, a maior fiscalização no mercado de informática e os benefícios de-
correntes do aumento de vendas de desktops, notebooks e impressoras potencializaram
o crescimento do mercado formal, com recorde de produção dos fabricantes oficiais.
Como os computadores ainda estão presentes em menos de 20% dos lares brasileiros e
há expectativas de maior crescimento em 2008, dada a queda de preços a partir da me-
dida do PAC que ampliou para R$ 4 mil a faixa de benefícios fiscais, a qual antes era de
até R$ 3 mil para notebooks e R$ 2.500 para desktops, afirma-se que o país tem grande
mercado potencial, em plena expansão.
Tabela 1
Faturamento total por área
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 2
Gráfico 2
Número de empregados no Brasil
Número de empregados no Brasil
Mar/07 146,6
2006 142,9
2005 133,1
2004 132,9
2003 122,6
Ano Base
2002 123,3
2001 131,1
2000 139,9
1999 134,2
1998 142,8
Fonte: ABINEE
Fonte: ABINEE
A Tabela 2 enumera vários indicadores do setor nos últimos anos e as projeções para
2007.
Tabela 2
Principais indicadores da indústria eletroeletrônica entre 2002 e 2007
– 27 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Tabela 3
Produtos mais exportados
Tabela 4
Destino das exportações e importações em 2006 (US$ milhões)
Minas Gerais é responsável por 11,4 % do valor total das exportações brasileiras. De
acordo com relatório da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas
– 28 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Eletroeletrônicos não figuram na lista dos dez produtos mais exportados pelo estado,
mas observa-se no Gráfico 3 o grande crescimento das exportações de materiais elé-
tricos e eletrônicos de Minas. Em contrapartida, apenas uma empresa figurou entre as
principais importadoras de Minas Gerais no setor de eletroeletrônicos em 2006, e nenhu-
ma como exportadora. As exportações mineiras de material de escritório e informática
representaram 0,5% do total do estado, mas cresceram 82% em relação a 2005, para
mais de US$ 84 milhões. No entanto, as importações representaram 3,5% do total e tive-
ram crescimento de mais de 120%, passando os US$ 169 milhões (FOB), apresentando
as maiores variações entre segmentos eletrônicos.
Gráfico
Gráfico 3 3
Exportações dedemateriais
Exportações elétricos
Materiais Elétricos e eletrônicos
e Eletrônicos de Gerais
de Minas Minas Gerais
300
240
215
196
150
125
0
2003 2004 2005 2006
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Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Tabela 5
Exportações por região de Minas Gerais, 2006
Nº. de
US$ FOB Part. (%) Var. (%) Nº. municípios
Ranking Regiões exportadores
milhões MG 2006/2005 exportadores
(CNPJs e CPFs)
1 Central 8.003 53,70% 16,60% 56 613
2 Sul de Minas 2.117 14,20% 12% 53 242
3 Rio Doce 1.546 10,40% 15,40% 15 84
4 Mata 797 5,40% 82,10% 24 85
5 Triângulo 743 5,00% 8,20% 12 89
6 Alto Parnaíba 651 4,40% 22,40% 12 43
7 Centro-Oeste de Minas 454 3,00% -9,40% 30 158
8 Norte de Minas 361 2,40% 20,50% 13 36
9 Noroeste de Minas 176 1,20% 12,60% 5 9
10 Jequitinhonha 45 0,30% 107,40% 11 73
TOTAL – REGIÕES* 4.892 100,00% 17,00% 231 1432
A região Sul, com seus 155 municípios, tinha 2,55 milhões de habitantes em 2005 e
PIB regional, em 2004, de R$ 20,17 bilhões de reais, que representava 12,1 % do PIB
do estado. Entre 2005 e 2006 o número de municípios exportadores viveu expansão de
quase 10%, chegando a 53. Nenhum dos municípios que já exportava em 2005 deixou
de fazê-lo (SEDE).
Porém, produtos eletroeletrônicos são exportados principalmente por via aérea, em que
se destacam o aeroporto de Confins, no qual esses produtos representaram mais de
50% do total em 2006, e o aeroporto de Guarulhos (SP), para exportação de circuito
impresso montado para caixa registradora. Quanto às importações, os eletroeletrônicos
dominam a lista dos principais produtos que chegam pelo aeroporto de Confins, com
destaque para circuitos integrados, microcontroladores, conectores para circuito im-
presso e circuito impresso (Central Exportaminas, 2007).
– 30 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Incentivos municipais são tidos como estratégicos por possibilitarem a criação de políticas
fiscais competitivas, políticas de incentivos não-fiscais, programas e instrumentos finan-
ceiros, com o intuito de impulsionar o desenvolvimento e estimular os investimentos priva-
dos. Destaca-se a Lei nº 9.903 de 1998, que estabelece concessão de incentivos fiscais às
empresas que se instalarem no município de Campinas, entre outras providências.
– 31 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Das políticas de incentivo do estado que beneficiam o pólo podem-se destacar: o “São
Paulo Competitivo”, entidade que tem como objetivo entender, junto ao setor privado,
os problemas encontrados por cada empresa e definir contribuições para incentivar em-
preendimentos privados na capital e no interior do estado de São Paulo; o Concite, que
elaborou um documento definindo a nova lei de inovação tecnológica no estado de São
Paulo; o Funcet, um fundo para empresas que exercem atividades na área de tecnologia
no estado.
O APL de Campina Grande está localizado a 120 km de João Pessoa. Sua configuração é,
em grande parte, fundamentada pela existência de recursos humanos capacitados e pela
importante ação da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba. Campina Grande também
é referência nacional por sua capacidade científica e tecnológica, com centros de pesqui-
sa em vários segmentos, entre eles eletroeletrônica, informática e desenvolvimento de
softwares. O APL possui 83 empresas no segmento de eletroeletrônicos, entre elas algu-
mas criadas por ex-alunos das universidades, a partir de projetos próprios, ou com mão-
de-obra especializada formada na região. Algumas das principais empresas de Campina
Grande são: Insiel Tecnologia, Light Infocon, New Ink, Phoebus e Zênite Tecnologia.
Campina Grande conta com duas universidades públicas – Universidade Federal de Cam-
pina Grande e Universidade Estadual da Paraíba – duas faculdades privadas, cerca de
160 escolas da rede municipal, 60 estaduais e 143 escolas privadas. Possui uma das
maiores densidades de doutores por habitante do país, em média um phD para cada 669
habitantes. O pólo conta com ações para difusão da tecnologia e da competitividade das
empresas, com foco em melhoria de processos e produtos, capacitação de gestores,
promoção e acesso a novos mercados, disseminação de novas experiências em João
Pessoa, Campina Grande e Sertão, criação de áreas destinadas à formação de empresas
de TI e integração do meio acadêmico com o empresarial.
– 32 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
O pólo de tecnologia de Recife possui mais de 300 clientes com diversas característi-
cas, desde bancos, comércio, comunicação, energia, governo, indústria, saúde a teleco-
– 33 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Quanto aos incentivos estaduais, cita-se o Prodepe, que fornece incentivos financeiros,
cessão de terrenos e execução de obras de infra-estrutura e de instalação; a redução de
ICMS para o setor de software através de norma legal, e, em alguns casos, a alíquota
pode cair de 17% para 1%; a Lei nº 11.672, de 2000, que permite ao governo de Pernam-
buco investir em fundos de capital de risco que estejam baseados no estado, regulamen-
tados pela instrução CVM 209; o Fundo de Capital Humano, com foco na capacitação
profissional; e o Fundo de Aval, que oferece garantia de até 70% em operações de crédito
em bancos públicos, para empresas de software.
Como outras formas de apoio, são importantes o ITPO, Escritório de Promoção de In-
vestimentos e Tecnologia do Recife, que pertence à rede de promoção de negócios da
Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial; o NGPD - Núcleo de
Gestão do Porto Digital – associação civil sem fins lucrativos, qualificada como Organiza-
ção Social, cujas ações são baseadas na governança, na busca de novos investimentos,
na viabilização de espaços físicos e de infra-estrutura e na disponibilidade de criação e
crescimento para empresas baseadas na inovação; e as ações da Sectma – Secretaria de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente – órgão do governo do estado de Pernambuco res-
ponsável pela definição e desenvolvimento da Política Estadual de Ciência e Tecnologia.
Neste pólo, não é característica a busca por maior competitividade pelas micro e peque-
nas empresas envolvidas, uma vez que elas estão na condição de fornecedores. É baixo
o desempenho na área de P&D, que geralmente parte da matriz da Ford no exterior. Esta,
por sua vez, desempenha um papel como empresa âncora, coordenando localmente,
condicionando e induzindo o surgimento e a organização de aglomerações de empresas
ao seu redor, além de governar as relações econômicas e tecnológicas.
– 34 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Ciente das exigências específicas de cada empresa, a prefeitura concentra esforços para
facilitar o ingresso da população de Camaçari no mercado de trabalho. Várias iniciativas
foram adotadas. Uma que merece destaque é o CTPS, Curso de Capacitação do Traba-
lhador para os Processos Seletivos. Através de convênios com Sebrae, Senai e Senac, a
prefeitura também investe em cursos profissionalizantes. Só no primeiro semestre, mais
de seis mil pessoas foram capacitadas.
– 35 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Na década de 90, o governo federal adotou uma série de medidas para ampliar a partici-
pação da indústria automobilística no país, como redução de alíquota de impostos (ICMS
e IPI), acordos emergenciais e o Regime Automotivo. Este regime, criado em 1995, e
reformulado em 1997 para inclusão dos estados menos desenvolvidos, é um conjunto
de incentivos fiscais para a implantação de empresas do setor, com incentivos mais
generosos para as unidades que se implantassem em regiões menos desenvolvidas. O
governo também estabeleceu uma redução de 50% do imposto de importação de veí-
culos, no período 1996 a 1999, para as montadoras que já produzissem ou estivessem
em vias de produzir no país. O setor de autopeças, inicialmente, teve redução de 85%
no imposto de importação, diminuído, gradativamente até atingir 40% em 1999. Tais
incentivos significam crescimento indireto da indústria eletrônica.
Ilhéus é uma cidade pólo que reúne a infra-estrutura de transporte já implantada, aero-
porto, porto e rodovias, e com bons serviços de telecomunicações. Contudo, a estrutura
educacional voltada à área de interesse do pólo ainda é incipiente. Há baixa interação
entre a iniciativa privada e os centros de pesquisa e desenvolvimento, e ainda algumas
desvantagens locacionais oriundas da distância dos consumidores e fornecedores.
– 36 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
A Zona Franca de Manaus (ZFM) foi instituída pelo Decreto-Lei nº 288, de 1967, com
o objetivo de estabelecer um pólo de desenvolvimento industrial, comercial e agrope-
cuário. Esse decreto-lei colocou a ZFM como área de livre comércio de importação e
exportação, além de estabelecer incentivos fiscais especiais, e alguns deles vêm sendo
prorrogados pelo governo federal.
A ZFM firmou-se como pólo industrial de eletroeletrônicos do Brasil, tem grande número
de empresas instaladas, diversificada linha de produtos produzidos e gera muitos em-
pregos. Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas sobre competência tecnológica
na indústria eletroeletrônica de Manaus comprova que as empresas do pólo industrial
de Manaus superam as atividades de rotina e apresentam níveis elevados de inovação
tecnológica, o que contribui de forma decisiva para a competitividade no mercado inter-
no e externo.
– 37 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
(não portátil), receptor e decodificador de sinal digital, telefone celular, televisor com tela
de plasma e LCD.
Outros incentivos dão suporte ainda maior à região: o Entreposto Internacional da ZFM,
dotado de um regime aduaneiro especial com o objetivo de armazenar mercadorias em
suspensão tributária, é forte instrumento de apoio para competitividade da ZFM, com
vantagens diversas como diferenciamento do pagamento dos tributos incidentes sobre
as mercadorias para o momento da efetiva utilização, admissão de mercadorias com ou
sem cobertura cambial; isenção do IPI e do ICMS sobre as compras das empresas da
ZFM; isenção do IPI e do ICMS sobre as vendas de produtos da ZFM ao exterior e ao
restante do país; isenção por 10 anos do IPTU, da taxa de serviço de limpeza e conserva-
ção pública, da taxa de licença para funcionamento, entre outros; além da redução pelo
governo federal do Imposto de Importação na fabricação de bens de informática, condi-
cionada à aplicação de um coeficiente de redução proporcional à maior participação de
mão-de-obra e insumos nacionais.
– 38 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
O ARRANJO PRODUTIVO
DE SANTA RITA
DO SAPUCAÍ
– 39 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Santa Rita do Sapucaí é uma pequena cidade de 34.920 habitantes, localizada na região
Sul de Minas Gerais. Sua localização estratégica proporciona à sua economia, e mais
especificamente ao APL, uma grande vantagem competitiva. A região conta com infra-
estrutura muito boa, com a presença de malha rodoviária bem-estruturada, portos secos
e aeroportos próximos à região (Varginha e Campinas) e está próxima às principais
capitais do País (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte).
– 40 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
À medida que o setor eletroeletrônico ganha força no estado de Minas, fica cada vez
mais clara a importância da região de Santa Rita do Sapucaí neste contexto. O governo
do estado tem apoiado o setor e beneficia a região através de ações e incentivos, como o
Programa de Indução à Modernização Industrial – Proim e o Programa de Apoio às Em-
presas de Eletrônica, Informática e de Telecomunicações – Proe-Eletrônica, com recur-
sos do Fundiest (Fundo de desenvolvimento de indústrias estratégicas), além da atuação
da Rede Mineira de Tecnologia para substituição competitiva das importações.
São também importantes destaques a Lei nº 16.296, de 2006, que estrutura a política es-
tadual de apoio aos Arranjos Produtivos Locais e a concessão de diferimento do ICMS na
importação de matéria-prima e venda de produto acabado. De acordo com a emenda da
constituição estadual nº 17, o governo cumpre, em 2007, a previsão do repasse integral
de 1% da receita orçamentária corrente do Estado, excluída a parcela de arrecadação de
impostos transferida aos municípios, para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de Minas Gerais – Fapemig, permitindo a aplicação de parte desses recursos em projetos
de desenvolvimento do setor industrial do estado, inclusive em inovação tecnológica.
– 41 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Deve-se observar que a classificação de porte das empresas utilizada como padrão na
pesquisa é a mesma de meios estatísticos oficiais, a exemplo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, que estabelece porte a partir de uma escala pelo número
de funcionários: até 19 funcionários, microempresas; de 20 a 99, pequenas; de 100 a
499, médias; e acima de 500 funcionários, grandes. Contudo, para conhecimento, exis-
tem outras formas de classificação do porte que usam critérios diferentes, e portanto
não excluem o uso da forma anterior, geralmente relacionadas ao faturamento.
É conhecido que as empresas do APL de Santa Rita do Sapucaí nascem, em geral, com
pequeno número de funcionários, a partir da iniciativa de empreendedores que estuda-
ram na própria região. Isto parece influenciar o alto grau de integração entre essas em-
presas, o que, por sua vez, estimula seu crescimento conjunto. O Gráfico 4 demonstra
quanto as empresas amadureceram nos últimos anos, com grande diminuição das micro
e considerável crescimento do número de empresas dos outros portes. As microem-
presas ainda são as mais representativas do APL eletroeletrônico, mas a diferença para
o número de pequenas é muito menor, comparando-se com dados de 2004. Destaca-
se que médias empresas já somam cerca de 11% do total. Grandes empresas, antes
sem representatividade, também nasceram na própria região e aumentam o potencial de
crescimento de toda a cadeia produtiva, com maior espaço para fornecedores e clientes
– 42 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
69,70%
2004 2007
53,66%
50%
32,93%
22,40%
7,90% 10,98%
2,43%
0%
Grande Média Pequena Micro
Mais de 84% das empresas do APL mostraram importar-se com a capacitação de seus
funcionários de várias formas. O treinamento técnico, que já era o destaque entre as
diferentes formas, continua muito importante. Em 2007, mais de 42% das empresas
consideraram essa modalidade como a principal para capacitação, o que pode ilustrar
a constante procura do setor por novas capacidades técnicas. O treinamento gerencial,
que estava presente em 61% das empresas em 2004, figura como mais importante
para apenas 14% delas (Gráfico 5) e não evolui com a mesma velocidade da necessária
atualização técnica do setor de eletrônicos. O treinamento em Gestão da Qualidade se
apresenta como uma das mais importantes capacitações, em especial para o ramo de
informática, no qual dois terços das empresas a vêem como mais importante.
A preocupação com qualidade tem aumentado nos últimos anos, fazendo-a ser vista,
mais do que antes, como um critério para a competitividade. O estabelecimento de um
Sistema de Garantia da Qualidade é uma das ações desenvolvidas em um projeto do APL
que surgiu da parceria entre o SINDVEL e vários outros agentes, entre eles o IEL Minas
e o Sebrae-MG.
Gráfico 5
Gráfico 5
Principal modalidade de capacitaçãoutilizada pelas empresas
Principal Modalidade de Capacitação Utilizada pelas Empresas
Pós-Graduação 5,71%
Graduação 1,43%
Outros 2,85%
0% 25% 50%
Fonte: IELFonte:
Minas –IEL Minas
Gerência – Gerência de
de Desenvolvimento Desenvolvimento
Regional da Indústria Regional da Indústria
– 43 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Não são muitas as empresas que consideram treinamento em processos o mais impor-
tante, mas deve-se dizer que em 2004 menos de 30% das pesquisadas o aplicavam. No
entanto, o tipo apropriado de capacitação dependerá sempre do ramo de atividade, e não
se pode dizer que o grau de importância atribuído pelas empresas na amostra possa ser
usado como padrão para medidas, sem considerar as especificidades em questão.
Para transformar a busca por maior capacitação em realidade, mais de 50% das empre-
sas dizem investir até 1% do seu faturamento anual em treinamento dos funcionários,
sendo os mais comuns os investimentos acima de 0,5%. Mais de 7% delas, seja por
recorrerem a diferentes especializações e capacidades, ou por crença de seus líderes,
investem mais de 5% do seu faturamento nessas atividades. Outros 26% investem entre
1% e 3% do seu faturamento. De qualquer forma, esse percentual diminui na mesma
medida do porte, dado que nenhuma grande empresa investe mais de 1% do seu fatu-
ramento e nenhuma média investe mais de 3%. Já entre as micro e pequenas, quase
10% investe mais de 5% em capacitação. No ramo de eletroeletrônica, quase todas as
empresas investem em capacitação, com destaque para o treinamento técnico.
3.2.2 Econômico-financeiro
A análise do faturamento, fonte de renda com a qual a empresa paga suas despesas,
dada a venda de produtos ou prestação de serviços, revela que o poder econômico das
empresas do APL cresceu nos últimos anos. Comparados com os de 2004, os resulta-
dos apontados no Gráfico 6 mostram, por um lado, grande redução do percentual de
empresas cujo faturamento anual não ultrapassa R$ 200 mil, que representavam 44%.
Se antes a maioria das empresas (22,7%) tinha faturamento anual inferior a R$ 50 mil,
– 44 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico
Gráfico 66
Faturamento
Faturamento anual
Anual total
Total das
das empresas
Empresas
NS/NR 1,22%
0% 10% 20%
– 45 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico
Gráfico 7 7
Dificuldades
Dificuldadesencontradas pela
Encontradas Pela empresa
Empresa para buscar
Para Buscar Recursos recursos
20
14 14
10
8
0
Custos dos Falta de Suporte Insuficiência de Dificuldades Cadastrais
Fianciamentos Elevados Técnico para Elaborar Garantias
P rojetos
É fato que as empresas devem adaptar-se às exigências atuais para captar recursos
externamente. O Plano de Negócios, um dos requisitos mais comuns para apresenta-
ção da empresa em busca de apoio, não é ainda realidade difundida no APL, dado que
pouco mais de 62% das pesquisadas dizem tê-lo. Porém, entre estas, a prática parece
consideravelmente adequada, com revisões semestrais em mais de 35% e anuais em
quase 40%. Pequenas parcelas revisam seu plano de dois em dois anos ou três em três
anos. Mesmo assim, quase 14% dizem não revisar seu Plano de Negócios, para as quais
a oferta de apoio institucional também pode gerar bons resultados, assim como gerará
para aquelas que ainda não possuem um plano. É notável que, entre aquelas que faturam
até R$ 50 mil, mais de 90% já possui Plano de Negócios, em contraposição àquelas que
faturam entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, para as quais a prática ainda é menos comum.
– 46 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 8
Tempo deGráfico 8
instalação no APL
Tempo de Instalação no APL
11 a 15 anos 12,98%
6 a 10 anos 18,18%
2 a 5 anos 32,47%
0% 25% 50%
Fonte:IEL
Fonte: IEL Minas
Minas – Gerência de Desenvolvimento
– Gerência Regional da Indústria
de Desenvolvimento Regional da Indústria
– 47 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
A realidade econômica atual das empresas cria um clima de otimismo que se expres-
sa em expectativas de novos crescimentos. Mais de 47% das empresas esperam um
crescimento do faturamento superior a 40% para os próximos dois anos em relação
aos últimos 12 meses, e 17% esperam até 20% de crescimento. Apenas 6% esperam
crescimento menor ou igual ao dos 12 últimos meses. Entre as mais otimistas estão as
empresas de automação, em que mais de 66% esperam crescimento superior a 40% no
curto prazo em relação aos 12 últimos meses.
O otimismo é coerente com a imagem das empresas sobre os recursos que possuem
atualmente para desenvolver seus produtos ou realizar serviços. De forma geral, relatam
dificuldades em relação a alguns critérios financeiros, mas contam com boa adequação
de infra-estrutura e recursos humanos. A Tabela 6 revela, com detalhes, o grau de ade-
quação para alguns desdobramentos de cada critério, que serão importantes orientações
estratégicas e possibilidades de novos investimentos na macrodinâmica do APL eletroe-
letrônico, além de permitirem verificar resultados de investimentos anteriores.
Tabela 6
Como a empresa avalia os recursos que possui para desenvolver seus produtos e serviços
As condições de estrutura interna, por conseguinte, não são apontadas por muitas em-
presas como principal dificuldade para vender seus produtos e serviços no Brasil. Variá-
veis externas, como concorrência desleal, e parcialmente externas, como dificuldade de
penetração comercial e efetividade de marketing são, na opinião das empresas, as maio-
res barreiras para as vendas nos vários segmentos no mercado interno. As empresas
têm boa noção sobre sua concorrência direta, destacadamente nacional e concentrada
em estados do sudeste e do sul do país, além de citarem a Zona Franca de Manaus.
– 48 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 9
PrincipalGráfico
ramo 9de atividade
Principal Ramo de Atividade
Telecomunicações 21,95%
Eletroeletrônica 18,29%
Segurança 12,20%
Automação 10,98%
Outros 8,54%
Eletromecânica 6,10%
Informática 3,66%
0% 25% 50%
– 49 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 10
Gráfico
Principal Destino da 10
Produção
Principal destino da produção
Revenda 6,10%
Empresas da Cadeia
14,63%
Produtiva do APL
Distribuidor 23,17%
0% 25% 50%
O mercado externo é opção de venda para as empresas do APL, o qual vem sendo in-
centivado tanto por políticas do governo do estado de Minas Gerais quanto por agentes
de apoio ao desenvolvimento local. Neste contexto, devem ser citados projetos como o
Núcleo de exportações, parceria entre SINDVEL, FIEMG e APEX. Como resultado, cerca
de 33% das empresas do APL já exportam e número cada vez maior prepara-se para
exportar. Não à toa, mais de 67% das empresas que não exportam têm interesse em
fazê-lo. Destaca-se que são as empresas com faixas médias de faturamento as que mais
exportam. Além disso, nenhuma com faturamento entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões
está fora do comércio internacional, concentrando exportações apenas para países do
Mercosul.
– 50 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 11
Destino das exportações
M er co sul 6 2 ,9 6 %
A mér ica d o N o r t e 7, 4 1%
A f r i ca 7, 4 1%
Eur o p a 3 ,70 %
0% 40% 80%
Entre todas as empresas que não exportam (67% do total), quase 43% dizem que não
estão preparadas, e mais de 33% priorizam outros mercados. Deve-se observar que a
inviabilidade de produtos, considerada outro grande obstáculo às exportações na pes-
quisa de 2004, atualmente tornou-se um dos menos representativos, enquanto a falta
de recursos financeiros, principal bloqueio para 50% das que não exportavam em 2004,
não foi significativo nesta nova pesquisa. Mais de 11% colocam objetivamente a falta de
interesse como motivo para não exportarem.
A prioridade das empresas não é exportar, mas os países próximos ao Brasil, em es-
pecial os do Mercosul, deverão ser os mais procurados para vendas, como se viu, e
também para aumento do volume de exportações. O quadro do faturamento, por sua
vez, representa os montantes ainda pequenos do resultado das exportações. Mais de
53% das exportadoras ainda faturam montante inferior a US$ 50 mil por ano, e outros
20% faturam entre US$ 50 mil e US$ 100 mil. Porém, quase 4% vendem mais de US$
6 milhões por ano e aproveitam boas perspectivas. Para aquelas com faturamento entre
R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, que só exportam para o Mercosul, o volume de vendas
ainda é baixo, de até US$ 50 mil por ano em 75% delas.
– 51 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
A gestão das empresas do APL está centrada em processos tradicionais, mas em con-
trapartida, algumas já aplicam modernas tecnologias. Com esses investimentos, podem
aumentar significativamente sua competitividade através, por exemplo, da descoberta de
novas potencialidades ou diminuição de custos desnecessários.
Considerando o valor
6,10%
agregado para o cliente
NS/NR 3,66%
0% 25% 50%
– 52 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
qualquer empresa que as apresente. Mesmo que essas políticas possam representar
incentivos a melhor desempenho, sua análise será produtiva quando em conjunto com a
situação dos outros processos em questão, seja de relacionamento interno ou externo.
Gráfico
Gráfico 1313
Principal meiopelo
Principal Meio peloQual
qualooCliente
clientefica
fica sabendo
Sabendo dosdos produtos/preços
Produtos/Preços prestados
Prestados pelas
pelas empresas
Empresas
Internet 13,41%
Outros 9,76%
Telemarketing 2,44%
Catálago 1,22%
NS/NR 1,21%
0% 25% 50%
– 53 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Tabela 7
Controles utilizados nos processos de gestão pelas empresas
– 54 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 14
Ferramentas de controle de versão de software e documentos utilizadas
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– 55 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Somente 12% das empresas utilizam práticas do PMI e 28% não utilizam nenhuma
metodologia. Isso indica grande potencial para desenvolvimento de metodologias, base-
adas em práticas consagradas mundialmente ou melhoradas internamente para possibi-
litar o aprimoramento da gestão nas empresas, com melhorias no controle de atividades,
gestão de recursos, de riscos, de atualizações e de custos, relacionamento com clientes
e fornecedores, entre outras. As empresas do ramo de tecnologia da informação são
também as que mais investem no uso de metodologia de gestão de projetos baseadas no
PMI. A opção pelo uso de metodologia própria independe de porte e faturamento, mas
aquelas que não utilizam qualquer metodologia têm, em geral, faturamento abaixo de R$
2 milhões. Os investimentos necessários para implantar tais metodologias podem repre-
sentar valores consideráveis, sobretudo para empresas de menor porte, e seu retorno é
de médio e longo prazo, com minimização de retrabalhos, riscos e desgastes da imagem
perante o mercado e seus clientes.
3.2.5 Produção
Gráfico 15
Gráfico de
Modalidade 15 produção
Modalidade de produção
0% 25% 50%
– 56 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Cerca de 23% das empresas terceirizam entre 50% e 100% da produção em outras
empresas da cadeia no próprio APL. Somente 12% terceirizam de 10% a 70% de sua
produção em outras empresas do estado de Minas Gerais, 14% em São Paulo, para no
máximo 30% da produção, e somente 3,7% para o total da sua produção terceirizada.
Pequena parcela terceiriza produção em empresas da região Sul, 6% em empresas chi-
nesas e 2% nos EUA.
O controle de qualidade é fase cada vez mais importante no processo produtivo. Cerca de
57% das empresas já o aplicam em todas as etapas da produção, mais de 25% apenas
no final da produção, quase 15% no decorrer da produção e parcela reduzida das empre-
sas, menos de 3%, realiza o controle de qualidade somente na concepção do projeto.
3.2.6 Produtos
– 57 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
O índice de nacionalização dos vários produtos, que mede a relação entre os custos
referentes a componentes importados e o custo total dos componentes de um produto,
fornecendo um indicador associado ao processo produtivo básico do produto no Brasil,
guarda certas peculiaridades. Cerca de 38% das empresas do APL produzem com um
índice de nacionalização maior que 80%. Esse índice é bom, porém o percentual de
empresas que o apresentam é mediano, indicando que há espaço para ações e projetos
de substituição de componentes importados nos produtos do APL. Mais de 39% das
empresas têm índice de nacionalização menor que 50%, portanto, grande parte ainda
importa mais da metade de suas matérias-primas.
Gráfico 16
Índice Gráfico 16
de nacionalização
Índice de Nacionalização
0% 25% 50%
– 58 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
tes, projeto de gigas de teste e produção de lote piloto. Entre 40% e 70% das empresas
implementaram essas atividades com desenvolvimento próprio e somente 5% a 30% as
terceirizam. Para as atividades de controle de qualidade e documentação de produto, o
percentual de desenvolvimento interno é ainda maior, em torno de 80%. Algumas em-
presas, menos de 10%, desenvolvem parte dessas atividades em parceria com outras
empresas, aproveitando a proximidade no APL.
A inovação de produtos merece maior detalhamento, por sua importância no setor ele-
trônico, tendo como um dos indicadores a situação em relação a patentes. Cerca de 84%
das empresas do APL nunca registraram patente e apenas 38% têm interesse em regis-
trar alguma. Cerca de 90% não possuem depósito de registro de patente, denotando não
ser este um procedimento usual.
3.2.7 Inovação
A avaliação da capacidade de inovação das empresas torna-se cada vez mais importante
por sua relação com o nível de desenvolvimento tecnológico e novas oportunidades no
mercado, que podem redefinir o perfil da empresa. Engajadas quanto à dinâmica do setor
eletrônico, 63% das empresas implementaram alguma atividade de Pesquisa, Desen-
volvimento & Inovação (PD&I) entre 2004 e 2007. Em 53% delas, tais atividades incluí-
ram produto e processo, enquanto os 47% restantes focaram apenas em produto. Para
mais de 54%, um departamento interno de PD&I é o principal local para realizar essas
atividades e outros 33% o fazem dentro da empresa sem um departamento específico.
Sobremaneira, a maioria recorre a recursos da própria empresa. Já são perceptíveis,
porém, as inter-relações entre as empresas nesse contexto, afinal, quase 6% consideram
as empresas parceiras do APL como o principal local para atividades de inovação. Os
ramos de automação e de tecnologia da informação são destaque, nos quais quase todas
as empresas implementaram alguma atividade de PD&I. Por outro lado, os ramos de
eletromecânica e matéria-prima ainda têm pequena parcela de empresas com esse perfil
e precisam de maior apoio no trajeto para a inovação.
– 59 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 17
Gráfico 17
Percentual médio do faturamento investido em pesquisa e desenvolvimento entre 2004 – 2007
Percentual Médio do Faturamento Investido em Pesquisa e Desenvolvimento entre 2004 - 2007
Entre 3 e 5% 9,26%
Entre 1 e 3% 14,81%
Menos de 1% 11,11%
NS/NR 5,56%
0% 25% 50%
– 60 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Por outro lado, cerca de 30% das que investem em P&D dizem que dependerão pouco
ou não dependerão de investimentos em design e novos modelos organizacionais. Em
2004 a principal estratégia das empresas tinha desenho semelhante, com prioridade
para novos mercados, estratégias de marketing e novos produtos ou linhas de produção.
Essa análise revela expectativas gerais sobre próximas mudanças e pode ser usada para
direcionar esforços. Todos os ramos disseram depender de novos produtos ou linhas
de produção com constância, mas foi o ramo de automação o grande interessado nesse
foco.
– 61 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 18
Tecnologia de montagem
Gráficode18componentes
Tecnologia de montagem de componentes
Misto 40,74%
SMT 24,07%
PTH 14,81%
NS/NR 1,86%
0% 30% 60%
Outro indício de atualização das empresas do APL é o fato de cerca de 50% delas utili-
zarem componentes da classe dos microprocessadores e microcontroladores, e 9,2%
utilizarem DSP (Digital Signal Processing) como principal componente do projeto de
hardware, ilustrado no Gráfico 19.
Gráfico 19
Gráfico 19 digitais utilizadas
Classes de componentes
Classes de Componentes Digitais Utilizadas
Microcontroladores /
50,00%
microprocessadores
Discretos 27,78%
DSP 9,26%
CPLD/EPLD/FPGA 3,70%
NS/NR 3,70%
0% 30% 60%
– 62 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 20
Número de componentes Gráfico 20
eletrônicos nos projetos de hardware
Número de componentes eletrônicos nos projetos de hardware
Menos de 50 22,22%
NS/NR 3,69%
0% 15% 30%
A pesquisa também aponta que pequeno número de empresas utiliza técnicas de projeto
orientado para manufatura (Design For Manufacturing - DFM), cerca de 20% daquelas
que desenvolvem hardware no APL. Da mesma forma, menos de 10% desenvolvem
projetos orientados para testabilidade (Design For Testability – DTF). Isso se dá indepen-
dentemente do ramo de atuação e do porte da empresa. O uso dessas técnicas permite a
implementação de processos produtivos mais otimizados e com menor custo total, prin-
cipalmente no caso de produção em larga escala. O processo de produção automática,
com o mínimo de intervenção manual, tanto nas etapas de montagem como nas etapas
de teste (Lean Manufacturing) pode ser melhor aplicado, com possíveis melhorias de
processo e projeto nas empresas do APL.
Observa-se também que as empresas ainda não estão sendo demandadas pelo uso de
componentes voltados para compatibilidade ambiental, como os desprovidos de chum-
bo (Leadfree) e demais substâncias nocivas (RoHS - Restriction of Hazardous Substan-
ces), uma vez que, conforme visto no Gráfico 21, somente 11% das empresas utilizam
componentes Leadfree e pouco mais de 9% utilizam componentes RoHS. Essa realidade
– 63 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 21
Gráfico
Classes de materiais 21
de componentes utilizadas
Classes de Materiais de Componentes Utilizadas
Comum 57,41%
LeadFree 11,11%
RoHS 9,26%
NS/NR 7,41%
0% 50% 100%
Figura 25
Laboratório de Desenvolvimento de Software do Inatel - Competence Center
Fonte: Inatel - 2007
– 64 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 22
Gráfico
Modelo de qualidade de 22
processo de software utilizado
Modelo de qualidade de processo de software utilizado
Outro 2,95%
NS/NR 5,90%
0% 30% 60%
Cerca de 64% das empresas usam metodologia própria, ou seja, mais da metade das
empresas utilizam soluções desenvolvidas por elas mesmas para controlar o ciclo de
desenvolvimento de seus produtos de software. Geralmente, esse tipo de solução é ado-
tado quando a complexidade do processo de desenvolvimento não justifica a adoção de
uma metodologia definida externamente, ou quando a demanda por organização não
é identificada no planejamento do primeiro produto, e a metodologia vai sendo criada
internamente, por demanda. Entre as metodologias conhecidas, a RUP e a Praxis se
destacam nas empresas analisadas, apesar de serem usadas apenas por cerca de 6% e
3% delas, respectivamente.
– 65 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Gráfico 23
Linhas de Gráfico
produtos23 de Software
Linhas de produtos de Software
Desktop 14,58%
Cliente-Servidor 10,42%
Web 14,58%
0% 50% 100%
O número de linhas de código, por sua vez, é uma das formas utilizadas para quantificar
o tamanho de um software para efeito de estimativa e acompanhamento de esforço de
desenvolvimento. Conforme pode ser visto no Gráfico 24, 38% das empresas fazem, em
média, produtos com menos de 10.000 linhas de código, que é considerado o tamanho
de um software pequeno. Apenas 14,7% das empresas produzem, em média, produtos
com mais de 100.000 linhas de código. Os dados relativos a tamanho são coerentes com
os dados de ambiente-alvo do sistema, pois em geral os sistemas embutidos utilizam
processadores de baixo custo, dedicados para funções especializadas, requerendo, em
geral, softwares menores.
Gráfico 24
Gráfico 24
Quantidade média de linhas de código desenvolvidas por produtos da empresa
Quantidade média de linhas de código desenvolvidas por produtos da empresa
NS/NR 11,76%
0% 25% 50%
– 66 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Com relação à linguagem de programação, o dado mais relevante é que cerca de 23%
das empresas consideram o Assembly como a principal linguagem de programação uti-
lizada, como visto no Gráfico 25. Esse número é muito significativo se comparado com
o da indústria de software em geral. Por outro lado, reforça mais uma vez a utilização de
softwares de tamanho pequeno em sistemas embutidos, já que o Assembly não é utiliza-
do no desenvolvimento de softwares médios e grandes. A linguagem C, usada em 23,5%
das pesquisadas, também tem posição de destaque. No entanto, se o Assembly não for
considerado – já que ele tem uso bastante específico – pode-se notar que as linguagens
orientadas a objeto, somados os percentuais, predominam sobre as linguagens procedi-
mentais, com destaque para C++ (20,6%), seguido por Java (14,7%) e Delphi (11,7%).
Gráfico2525
Gráfico
Principal linguagem dedeprogramação
Principal linguagem programação utilizada
utilizada
C 23,55%
Assembly 23,51%
C++ 20,59%
Java 14,71%
Outros 2,94%
SQL 2,94%
Delphi 11,76%
0% 25% 50%
Cerca de 33% das empresas que desenvolvem software não associaram nenhuma tecno-
logia específica aos produtos de software que desenvolvem. Esse número é significativo,
e pode ser associado às empresas que desenvolvem pequenos softwares em Assembly
para sistemas embutidos e que não utilizam nenhum processo de desenvolvimento, o
que reforça a hipótese de que as empresas locais não o vêem como atividade-fim. A
tecnologia Java, com 33,3%, é mais utilizada do que a NET, com 12,1%. As duas tecno-
logias concorrem no desenvolvimento de aplicações Web e são mais representativas que
Web Service, usada em menos de 10% das empresas.
Cerca de 64% das empresas já utilizam software livre no desenvolvimento de seus pro-
jetos. Em geral, como as plataformas de desenvolvimento de software pagas têm custo
relevante, sempre que possível, as empresas buscam alternativas de custo zero. É inte-
ressante observar que o mesmo não acontece com a opção pelo sistema operacional.
Apesar da média complexidade dos hardwares e softwares produzidos pelas empresas
– 67 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
3.2.9 Design
Em relação a 2004, quando perto de 6% das empresas disseram possuir qualquer tipo
de certificação ou licenciamento ambiental, a evolução é considerável, mesmo que a
comparação não se refira exatamente aos mesmos processos e não especificamente
– 68 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
ao licenciamento. O número de empresas que não informou sua situação é muito pe-
queno. Todas as empresas de informática e eletromecânica, e a maioria das empresas
de automação, disseram possuir licenciamento ou autorização ambiental, à frente neste
importante processo.
Deve-se destacar que, apesar de condições mais avançadas, como as do licenciamento
ambiental, não serem necessárias para parte das entrevistadas pela natureza de suas
atividades, somente cerca de 16% das empresas disseram não adotar qualquer procedi-
mento gerencial em relação à gestão ambiental. Como mostra o Gráfico 26, a maioria das
que adotaram revelam como principal motivo o atendimento a exigências legais. Entre
outros motivos estão, principalmente, a consciência ambiental e resposta à exigência de
clientes. Neste sentido, a elaboração de projetos conjuntos para licenciamento ambien-
tal é uma das importantes ações do projeto de desenvolvimento do APL, liderado pelo
SINDVEL.
Gráfico 26
Principal razão que levou a empresa a adotar procedimento gerencial associado à gestão ambiental
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Responsabilidade social é uma tendência atual que nasce de valores mais humanos que
os da gestão convencional, pelos quais a empresa se organiza para interagir e influenciar
positivamente a sociedade no espaço em que atua. As empresas do APL respondem
relativamente bem a essa questão e mais de 30% já a vêem não só sob a ótica pessoal,
mas também corporativa. Mais de 57% delas investem até 0,5% do seu faturamento
anual em ações voltadas para responsabilidade social, cerca de 19%, entre 0,5% e 1%,
e 15%, mais de 1% do faturamento. Nenhuma delas investe mais de 3%, mas de fato
a maioria das empresas tem pequeno porte financeiro e tais investimentos dependerão
consideravelmente dos valores organizacionais em cada uma. Por certo, os ramos de
eletromecânica, com forte ligação à economia local, e de informática são os únicos em
que mais da metade das empresas têm ações de responsabilidade social.
– 69 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
A partir de questionário aplicado nas instituições de ensino, foi possível captar detalha-
damente a relação dessas com as empresas do APL. Destaca-se a alta média anual de
projetos e pesquisas desenvolvidos pelas instituições locais, que chega a 20 por ano em
algumas. A maioria deles, em certos casos todos eles, são voltados para as empresas do
próprio APL e alcançam todos os portes, com maior atenção às micro e às médias em-
presas. Entre os relacionados com empresas do APL, as instituições avaliam como mais
importantes os que envolvem cursos e treinamentos, desenvolvimento de software ou
de protótipos e, em menor grau, pesquisa científica e novas técnicas ou instrumentos.
Figura 28 - Figura 29 -
Laboratório de Prototipagem – Senai Aula prática – Laboratório Senai
Fonte: Senai – SRS - 2007 Fonte: Senai – SRS – 2007
Com duração de dois a três anos, os projetos e pesquisas em cooperação com as em-
presas do APL, por vezes tidos como um objetivo institucional, são bem vistos pelas
instituições de ensino. É consenso entre elas que a interação traz benefícios, como a
capacitação de professores e alunos pelo contato com a indústria, integração entre te-
oria e prática, além do envolvimento destes na realidade da transferência de tecnologia,
permitindo sua dedicação em tempo integral. Representa, ainda, novas parcerias que
possibilitam captação de recursos para P&D, busca de novas tecnologias e manutenção
– 70 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Sugerem como útil um planejamento integrado de longo prazo, que sistematize a partici-
pação dos agentes para desenvolvimento do APL, com ações conjuntas para surgimen-
to de mais projetos inovadores e instalação de centros de pesquisa cooperativos, com
capacitação de empresários e funcionários para envolvimento em todos os projetos. O
SINDVEL pode ainda pleitear bolsas para pesquisadores com recursos de órgãos de
fomento.
– 71 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
A pesquisa nas empresas, por sua vez, revelou que ainda há espaço para maior interação
com instituições de ensino dentro e fora do APL. Apenas metade das empresas mantém
convênio com tais instituições. Em pequena parcela dessa metade, pouco mais de 37%,
há programas de treinamento que envolvem a estrutura de ensino local. Entre 2004 e
2007, a parceria com instituições de ensino locais resultou em quase 80 projetos, e em
cerca de 20 com instituições de fora do APL. A interação fora do APL inclui departamen-
tos de projetos, informática, TV Digital, educação e engenharia elétrica de instituições
como UFMS, UFPE, UFPB, UNB, USP, Cefet Fortaleza, Unicamp e Mackenzie, além do IEL
Minas.
O principal recurso utilizado nas instituições de ensino, como demonstra o Gráfico 27, é
o laboratório de desenvolvimento. O uso de outros recursos refere-se em larga medida a
alunos das instituições em estágios nas empresas.
Gráfico 27
Principal recurso utilizado nas instituições de ensino pelas empresas
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O convênio com instituições de ensino parece manter relação direta com a apresentação
de projetos de P&D a agências, bancos e programas de fomento e financiamento discu-
tidos anteriormente, pois grande número desses projetos nos últimos três anos partiu
das empresas que procuram parcerias com as instituições locais.
– 72 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Incubadoras cumprem importante papel no APL pelo suporte às empresas que nascem
na região e têm pequena disposição de capital no início do negócio, limitando-as em
vários sentidos. Destaca-se que algumas instituições gestoras são essenciais na coor-
denação das incubadoras da região, entre elas a Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí, a
Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações - Finatel e a Fundação de Apoio ao
Ensino, Pesquisa e Extensão de Itajubá – Fapepe.
Figura 34 Figura 35
Incubadora de Empresas e Projetos - Inatel Treinamento – Incubadora Inatel
Fonte: Inatel – 2007 Fonte: Inatel – 2007
– 73 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Figura 36 Figura 37
Incubadora Municipal de Empresas Prointec
Empresa Incubada na Prointec
Fonte: Sindvel – 2007 Fonte: Prointec – 2007
– 74 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
pequena parte migrou para outros estados ou não permaneceu no mercado e apenas 5%
delas estabeleceram-se no estado, porém, fora do APL.
O número médio de projetos e pesquisas desenvolvidos pelas incubadoras varia de acor-
do com a natureza jurídica e o tempo de existência, mas está em torno de três por ano.
Nas incubadoras de Santa Rita, 20% a 30% desses projetos e pesquisas estão voltados
para empresas do APL, em geral a micro e pequenas, com pouca participação de mé-
dias empresas e duração inferior a seis meses. Já em Itajubá todos estão voltados a
microempresas do APL e duram de um a dois anos. O desenvolvimento dos projetos e
pesquisas é financiado em grande medida por instituições de fomento (de 75% a 100%)
e, em menor proporção, pela gestora, com recursos próprios da incubadora, pelas uni-
versidades ou clientes, nessa ordem. Destaca-se que nenhuma das incubadoras citou
participação das empresas na composição do orçamento dos projetos.
A natureza ou tipo desses projetos com empresas do APL é variável, cursos e treinamen-
tos são considerados muito importantes pela maioria das incubadoras, assim como pro-
jetos de novas técnicas e instrumentos, enquanto atividades de pesquisa científica são
importantes para todas. Os projetos de desenvolvimento de software e de protótipos são
muito importantes apenas para metade das incubadoras. As principais áreas de pesqui-
sa para desenvolvimento desses projetos são sistemas de informação, administração,
informática, eletrônica e engenharia mecânica, com algum destaque também para enge-
nharias elétrica, de produção e telecomunicações. Algumas outras, como biomedicina,
engenharias de energia, hídrica ou da computação são citadas como muito importantes
em casos específicos.
Conferências públicas e consultorias são os principais instrumentos para o relaciona-
mento das incubadoras com as empresas do APL, ao passo que a troca informal de in-
formações e o intercâmbio temporário de pessoal são muito importantes para algumas.
Com menor destaque, projetos conjuntos de P&D, publicações, relatórios e pesquisa
contratada são também considerados importantes. As incubadoras argumentam que os
projetos em cooperação com as empresas do APL trazem benefícios como fortalecimen-
to da rede de contatos e inserção em outros mercados que incluem novas práticas de
marketing e vendas, conhecimento de competências e maior capacitação, além de novas
parcerias com a maior troca de informações. A maioria dos projetos transformou-se em
novos produtos ou processos nas empresas dentro do APL. Apenas em uma incubadora
a proporção dos que resultaram em novas tecnologias é a mesma para empresas dentro
e fora do APL. Como indicador para inovação, cada incubadora, exceto uma, gerou de
quatro a oito depósitos para registro de patente, dos quais grande parte transformou-se
em patentes.
Na realidade, a interação entre incubadoras e empresas do APL ainda é dificultada pela
falta de constância do relacionamento entre os dois agentes, em especial para empre-
sas que não passaram pelas incubadoras, e pela falta de disponibilidade permanente de
recursos. As incubadoras de Santa Rita vêem como necessária maior troca de informa-
ções, com participação ativa do sindicato, das empresas e delas próprias na discussão
de questões estratégicas para o APL, para que todos conheçam as demandas dos ou-
tros, além de estímulo às incubadas para aproveitarem oportunidades da aproximação
com o SINDVEL e empresários. Já as incubadoras de Itajubá, com outro foco, pretendem
intensificar a oferta de serviços e soluções para as empresas, captar outros tipos de re-
cursos (capital semente e de risco, por exemplo) em busca de auto-suficiência. A INCIT
mostra interesse também em criar um programa de pós-incubação no APL.
Todas as incubadoras avaliam positivamente a atuação do SINDVEL à frente do APL, de
grande representatividade como promotor dos interesses das empresas para dar forças
ao desenvolvimento da região, cada vez mais conhecido. Elas têm boas expectativas
– 75 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
3.3 O SINDVEL
O APL é caracterizado pela cooperação entre empresas para superar barreiras ao avanço
tecnológico, estratégico no setor eletroeletrônico, e aproveitar os benefícios de ações
como marketing, centrais de compra e distribuição, centros de pesquisa e desenvol-
vimento de projetos e de design, entre outros geralmente inviáveis para a empresa in-
dividual, como resultado das ações conjuntas, através da troca de informações e or-
ganização em torno de um objetivo principal: maior competitividade. O Sindicato das
indústrias de aparelhos elétricos, eletrônicos e similares do Vale da eletrônica – SINDVEL
é a associação de classe que lidera este processo no APL eletroeletrônico de Santa Rita
do Sapucaí, com o apoio de vários agentes locais, estaduais e federais.
Cerca de 78% das empresas entrevistadas já utilizou algum serviço do SINDVEL. Entre
os serviços, as melhores avaliações gerais são dos eventos e das missões nacionais e
internacionais. O serviço de cursos, palestras e treinamentos também foi muito bem ava-
liado, apesar de pequena parte considerá-lo ainda regular. A assistência jurídica recebeu
boa avaliação por mais da metade das empresas, mas 20% delas consideram que ainda
necessita de melhorias. Já o Núcleo de Exportações foi avaliado como ótimo por quase
50% das empresas participantes.
– 76 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
SÍNTESE DOS
RESULTADOS
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Este conjunto de características levou ao amadurecimento das empresas locais nos últi-
mos anos, com destacado aumento do porte, empregos e do faturamento. Isso significa
que, além de gerar maior renda para a região, as empresas de eletroeletrônicos conse-
guiram aumentar seu poder econômico, gerando ciclo positivo de novos crescimentos
para toda a cadeia produtiva. Ainda que o perfil esteja mudando, deve-se destacar o
predomínio das microempresas em todos os ramos, exceto informática.
O perfil da produção tem se modificado nos últimos anos, com diminuição da produção
por encomenda e o surgimento de várias séries de produção sem linha definida, deno-
tando maior capacidade das empresas à adequação aos critérios do cliente. Porém, o
processo de produção automática, tanto nas etapas de montagem como nas etapas de
teste, pode ser melhor empregado, com possíveis melhorias de processo e projeto nas
empresas do APL. O controle da qualidade é um destaque do novo perfil produtivo.
– 78 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Mais da metade das empresas do APL utilizam metodologias próprias de gestão de pro-
jetos, porém, por vezes, a metodologia própria não abrange todos os aspectos neces-
sários, como gestão de riscos, relacionamento com o cliente, gestão de recursos téc-
nicos e humanos, como o fazem as metodologias baseadas em melhores práticas, por
exemplo, as estabelecidas pelo PMI (Project Management Institute). Isso indica grande
potencial para desenvolvimento de metodologias, baseadas em práticas consagradas
mundialmente ou melhoradas internamente para possibilitar o aprimoramento da gestão
nas empresas, com melhorias no controle de atividades, gestão de recursos, de riscos,
de atualizações e de custos, relacionamento com clientes e fornecedores, entre outras.
Apesar de não ser relacionado como um dos setores de maior impacto ambiental, o setor
eletroeletrônico também deve seguir regras ambientais para produção. Em Santa Rita e
região as empresas adaptam-se rapidamente às novas exigências e mostram-se dispos-
tas a incorporar práticas de gestão ambiental. Comprovando seu engajamento, mais da
metade delas já investe também em Responsabilidade Social. Porém, as empresas ainda
não estão sendo demandadas pelo uso de componentes voltados para compatibilidade
ambiental, como os desprovidos de chumbo (leadfree) e outras substâncias nocivas
(RoHs – Restriction of Hazardous Substances). O uso desse tipo de componente é uma
exigência para importação em diversos países da Europa. Por isso, após análise de via-
bilidade atual para aplicação nas empresas, seria oportuno dar maior atenção a essas
tecnologias.
– 79 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
empresas do APL, mas não determinantes da qualidade do produto final, como monta-
gem de protótipo, lote piloto e montagem mecânica. Isso corresponderia como ganho na
redução de custo operacional das empresas relacionado a essas atividades.
– 80 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
REFERÊNCIAS
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letrônicos no Brasil – Parte 2.
Disponível em: <http://soo.sdr.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_
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Acesso em: 13 ago. 2007.
ESTUDO de pólos eletroeletrônicos e microeletrônicos no Brasil – Parte 1.
Disponível em: < http://soo.sdr.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_
download&gid=158 >. Acesso em: 28 ago. 2007.
ESTUDO de pólos eletroeletrônicos e microeletrônicos no Brasil.
Disponível em: < http://soo.sdr.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_
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ESTUDO de pólos eletroeletrônicos e microeletrônicos internacionais. Disponível em: <http://soo.
sdr.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=129&Itemid=138>.
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Econômico do Estado de Minas Gerais / Central Exportaminas, 2007.
PANORAMA do Comércio Exterior de Minas Gerais. Belo Horizonte: Secretaria de Desenvolvimento
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PRADO, João. O chip é nosso: construção da primeira fábrica de semicondutores no Brasil é o passo
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SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS - SUFRAMA. Projeto Amazonas Competitivo:
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SZAPIRO, Marina Honório de Souza. Reestruturação do setor de telecomunicações na década de
noventa: um estudo comparativo dos impactos sobre o sistema de inovação no Brasil e na Espanha.
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fev. 2005. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/160205/p_060.html>. Acesso em: 10 set. 2007.
– 81 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
FONTE DE DADOS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA ELETRICA E ELETRÔNICA – ABINEE. Disponível em: <www.
abinee.org.br>. Acesso em: 04 set. 2007.
THE AUSTIN CHAMBER OF COMMERCE. Economic & Demographic Profile. Disponível em: <www.
austin-chamber.org>. Acesso em: 02 out. 2007.
BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Disponível em: <www.aneel.gov.br>. Aces-
so em: 14 set. 2008.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: <www.mte.gov.br>. Acesso em: 10 set.
2007.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Disponível em: <www.fjp.gov.br.. Acesso em: 10 set. 2007.
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PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO - PNUD. Disponível em: <www.pnud.
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US DEPARTAMENT OF LABOR. Bureau of Labor and Statistics. Disponível em: <www.bls.gov>. Aces-
so em: 12 set. 2007.
– 82 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
ANEXOS
– 83 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
ANEXO A
QUESTIONÁRIO Nº
Apresentação do entrevistador: Bom Dia / Boa Tarde, meu nome é..., sou entrevistador do ..., contratado para realização de entrevista junto
às empresas do Arranjo Produtivo da Indústria Eletroeletrônica de Santa Rita do Sapucaí. O questionário deverá ser respondido por algum
sócio da empresa ou pelo responsável hierárquico da mesma.
1. Número de Funcionários:
1. Até 19 funcionários
2. De 20 a 99 funcionários
3. De 100 a 499 funcionários
4. Acima de 500 funcionários
80. NS/NR
– 84 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
C) Qual percentual médio do faturamento anual foi investida em atividades de treinamento 12 meses?
80. NS/NR
4. Qual foi o faturamento anual total da empresa em 2006? (Escolha a melhor opção – assinale somente uma)
1. Até R$ 50.000,00 5. De R$800.001,00 a R$2.000.000,00
2. De R$ 50.001,00 a R$200.000,00 6. De R$2.000.001,00 a R$5.000.000,00
3. De R$200.001,00 a R$400.000,00 7. De R$5.000.001,00 a R$10.000.000,00
4. De R$400.001,00 a R$800.000,00 8. Maior que R$10.000.001,00
80. NS/NR
(OBS: Nas opções abaixo se a resposta for SIM, preencher com código 1, caso seja NÃO, preencher com o código 2. Não
deixar nenhum local destinado à resposta em branco)
A. Sua empresa já buscou financiamentos em bancos? B.1 Capital de Giro (cheque especial, crédito rotativo, etc)
B. Sua empresa possui financiamento contratado? B.2 Investimento fixo (máquinas, equipamentos, instalações)
C. Sua empresa conhece as linhas de financiamento de bancos como BDMG e
B.3 Linha mista
BNDES?
G. Já teve que abandonar um projeto por falta de financiamento? F.2 Falta de suporte técnico para elaborar projetos
– 85 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
8. Há quanto tempo sua empresa está instalada no APL? (APL formalizado em 1986).
1. Menos de 2 anos 4. 11 a 15 anos
2. 2 e 5 anos 5. Mais de 15 anos
3. 6 a 10 anos 80. NS/NR
1. Sim 2. Não
10. Qual é o Ramo de Atividade da sua empresa? (Marcar até três opções correspondentes, sendo 1 o principal, 2 o
segundo mais importante e 3 o terceiro)
3. Eletrodomésticos 6. Segurança
11. Quais os 3 principais destinos da produção de sua empresa (1 o mais importante e 3 o menos importante)?
12. Quais são os principais insumos (no máximo 5) que sua empresa utiliza? Qual a participação de cada um deles no
total de seus custos e qual a sua origem? Quantificar fornecedores: abundantes, poucos ou apenas um.
Consumo/mês Unidade
N° Insumos % Custos Origem (Cidade e UF ou País) Quantidade
Unidade Física medida
1
2
3
4
5
13. Quais são os principais produtos / serviços (até 5) que sua empresa produz? Qual a participação de cada um deles em
sua receita e qual o seu destino? Analisar o mercado dos produtos para os próximos 5 anos, como em retração, em
expansão, estável ou não sabe opinar.
Volume/mês Unidade
N° Produto / Serviço % Venda Destino (Cidade e UF ou País) Mercado
Unidade Física medida
1
2
3
4
5
14. Quais são os principais concorrentes para os produtos / serviços (até 5) que sua empresa produz? (por ordem
crescente de importância)
– 86 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
3
4
5
b) Qual o montante
1. até US$ 50 mil 3. entre US$ 100 mil e US$ 500 mil 5. entre US$ 2 milhões e 6 milhões
anual?
2. entre US$ 50 mil e US$ 100 mil 4. entre US$ 500 mil e 2 milhões 6. mais de US$ 6 milhões
80. NS/NR
80. NS/NR
17. Qual é a expectativa de crescimento no faturamento da empresa para os próximos dois anos?
1. Menor do que nos últimos 12 meses 5. Até 30% a mais do que nos últimos 12 meses
2. Igual aos últimos 12 meses 6. Até 40% a mais do que nos últimos 12 meses
3. Até 10% a mais do que nos últimos 12 meses 7. Mais do que 40% em relação aos últimos 12 meses
4. Até 20% a mais do que nos últimos 12 meses 80. NS/NR
18. Existe, na empresa, alguma política estruturada e documentada de remuneração (plano de cargo e salários)?
1. Sim
– 87 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
19. A sua empresa tem o hábito de acompanhar quanto ela precisa faturar para cobrir seus custos fixos (ponto de
equilíbrio financeiro)?
1. Não
2. Sim. Em média, quanto a sua empresa precisa faturar por mês para cobrir os custos fixos? __________________________________
80. NS/NR
1. De acordo com o preço de mercado 5. Não existe critério para estabelecimento de preço
2. Considerando o valor agregado para o cliente 80. NS/NR
3. Custos mais impostos e margem de lucro
4. Modelos de precificação. Qual? ________________________________________________________________________________
21. Que tipo de CRM (Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente) sua empresa possui?
22. Quais os 3 principais meios pelos quais seu cliente fica sabendo dos produtos / serviços prestados por sua empresa?
(1 o mais relevante e 3 o menos relevante)
24. Como você avalia os recursos que a empresa possui para desenvolver seus produtos e serviços (Classifique conforme
legenda abaixo - anotar no campo de códigos os números na ordem cronológica)?
4. Pouco adequado
1. Otimamente adequado
2. Bem adequado 5. Pessimamente adequado
3. Regularmente adequado 80. NS/NR
1. Operacional 3. Gerencial
2. Comercial 4. Administrativo
24.2 - Infra-estrutura
– 88 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
25. Quais as 3 principais dificuldades que sua empresa enfrenta para vender seus produtos/serviços no Brasil?
(1 a principal, 2 a segunda mais importante e 3, a terceira)
1. Dificuldade de penetração (efetivação) comercial / marketing 8. Centro de produção pouco conhecido no mercado nacional
2. Logística de venda e suporte tecnológico 9. Desconhecimento de informações sobre o mercado
3. Qualidade deficiente do produto 10. Concorrência Desleal
4. Dificuldades de financiamento 11. Redução do Lead Time
26. Marque entres as opções abaixo 3 ferramentas que sua empresa utiliza no processo de gestão (utilize a numeração 1,
2 e 3, conforme o grau de importância da ferramenta, sendo 1 a mais importante e 3 a menos importante):
10. Uso de Mini-fábricas / Rearranjo em Células 25. Programa de Cooperação com Clientes
28. Qual é a metodologia principal de gestão de projetos utilizada em sua empresa? (Escolher a melhor opção)
3. Outra (especificar):
1. Não utiliza 3. Metodologia baseada no PMI
________________________________
29. Qual ferramenta principal de controle de versão de documentos e software sua empresa utiliza?
1. Não utiliza 3. Ferramenta própria 5. Rational ClearCase 7. Outras (especificar): ___________________
– 89 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
32. Quais principais classes de componentes digitais é utilizada? (utilize a numeração 1, 2 e 3, conforme o grau de
importância das classes, sendo 1 a mais importante e 3 a menos importante)
1. Não
2. Comum 3. LeadFree 4. RoHS 80. NS/NR
aplicável
34. Os produtos de Hardware tem seus projetos implementados segundo quais técnicas DFx? (marcar todos que se
aplicam)
1. Não aplicável 2. DFM 3. DFT 4. DFS 5. Outro (especificar):__________________________________
80. NS/NR
35. Qual é a quantidade típica de camadas (layers) utilizada nas placas de circuito impresso de seus produtos de
Hardware?
36. Qual é a quantidade típica de componentes eletrônicos utilizadas nos produtos da Empresa?
1. Não aplicável 3. Entre 50 e 100 5. Entre 200 e 300 7. Entre 500 e 2.000 9. Mais 10.000
2. Menos de 50 4. Entre 100 e 200 6. Entre 300 e 500 8. Entre 2.000 e 10.000 80. NS/NR
37. Indique o número de novos produtos de hardware desenvolvidos no último ano: ___________
____________________________________________________________________________________
Parte VII - Domínio Tecnológico de Software
38. A sua empresa desenvolve e/ou produz SOFTWARE?
40. Qual é a metodologia de desenvolvimento de software utilizada em sua empresa? (Escolher a melhor opção)
– 90 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
41. Quais são as linhas de produtos de software da sua Empresa? (marcar todos que se aplicam)
42. Quais são as 3 principais linguagens de programação utilizadas na sua Empresa? (sendo 1 a mais importante)
43. Quais são as 3 principais tecnologias de software utilizadas na sua Empresa? (sendo 1 a mais utilizada)
44. Quais são os 3 principais sistemas operacionais utilizados nos produtos de software da Empresa? (sendo 1 o mais
utilizado)
1. Não aplicável 3. Proprietário 5. Windows 6. Windows CE 7. Linux
2. Unix 4. Outro (especificar): ______________________ 80. NS/NR
46. Qual é a quantidade média de linhas de código desenvolvidas por produtos da Empresa
1. Não se aplica 2. Menos de 10.000 3. Entre 10.000 e 50.000 4. Entre 50.000 e 100.000 5. Mais 100.000
80. NS/NR
______________________________________________________________________________
Parte VIII - Design
49. Em quais áreas foram desenvolvidos projetos de design nos últimos anos?
– 91 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
50. Quais as 3 principais dificuldades encontradas pela empresa no desenvolvimento de projeto de design?
51. Qual é o índice de nacionalização dos produtos da empresa? (Marcar somente uma opção)
52. Quanto ao desenvolvimento de produtos, marque nas opções abaixo: 1 para desenvolvimento na própria empresa, 2
para desenvolvimento terceirizado, 3 para desenvolvimento em parceria e 4 para não se aplica (anotar no campo de
códigos na ordem cronológica os números 1, 2, 3, 4).
53. Em relação a patente, a sua empresa: (ler para o entrevistado as alternativas e preencher quando SIM com o código 1,
quando NÃO com o código 2)
1. Já registrou alguma. Quantas _____________ 4. Tem depositado para registro. Quantas _______________________
2. Paga por direitos de Patente 5. Já pagou por direitos de Patente/Acordo de royalties
3. Comercializa Patente 6. Tem interesse e potencial de registrar
80. NS/NR
_______________________________________________________________________________
Parte X - Produção
55. Quais etapas do processo produtivo a empresa terceiriza? (Marcar todos que se aplicam e anotar o número que se
encontra na frente da alternativa no campo de códigos:
1. Compra 4. Cabeamento
2. Testes 5. Injeção Plástica
3. Montagem de PCI 6. Outros: Especificar:
4. Mecânica 80. NS/NR
56. Do total de terceirização da produção, marque percentualmente a origem: (preencher com percentual todos que se
aplicam / o total deve ser igual a 100% - anotar no campo códigos conforme orientações da questão anterior):
– 92 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
57. Como é realizado o controle de qualidade do(s) produto(s): (responder uma questão, a principal)
1. Na concepção do projeto 3. No decorrer da produção 4. Do início ao fim da produção 5. No final da produção
2. Não é realizado 80. NS/NR
_____________________________________________________________________________
Parte XI - Meio Ambiente
59. Caso sua empresa tenha adotado procedimentos gerenciais associados à gestão ambiental, assinale as principais
razões que levaram a essa decisão (assinale até 3 opções):
1. Não adotou 5. Aumentar a qualidade dos produtos
2. Atender exigências legais 6. Aumentar a competitividade das exportações
3. Atender exigências de instituição financeira ou de fomento 7. Outros (especificar):__________________________________
4. Reduzir custos dos processos industriais 80. NS/NR
60. A empresa possui algum programa de ações voltadas para responsabilidade social?
1. Sim 2. Não (saltar para questão 62) 80. NS/NR (saltar para questão 62)
61. Caso a resposta seja afirmativa, qual o percentual anual aproximado do faturamento foi investido em programas de
ações voltadas para responsabilidade social, no período entre 2004 e 2007?
62. a) Sua empresa implementou alguma atividade de P,D&I no período entre 2004 e 2007?
63. Sua empresa utiliza linhas de financiamento de projetos de P&D? Caso negativo, saltar para questão 65. (marcar
todas que se aplicam)
64. Qual o número de projetos apresentados e aprovados no período compreendido entre 2004 e 2007? (Inserir valor
numérico)
10
– 93 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
65. Qual o percentual anual médio do faturamento foi investido em pesquisa e desenvolvimento no período compreendido
entre 2004 e 2007?
66. A empresa faz uso dos benefícios de algum incentivo fiscal (sem contar com o SIMPLES)?
67. Os 3 principais locais onde são realizadas as atividades de P,D&I da sua empresa? (sendo 1 a mais utilizada, 2 a
segunda mais utilizada e 3 a terceira mais utilizada)
1. Departamento interno de P,D&I 5. SENAI SRS
2. Dentro da empresa, sem um departamento específico 6. Universidades e Centros de Pesquisa (especificar) _______________
3. Empresas parceiras do APL 7. Outras (especificar): ________________
4. Empresas fora do APL 80. NS/NR
69. Do ponto de vista de atualização tecnológica, como a Empresa se classifica perante o mercado? (Ler as opções para o
entrevistado e marcar somente uma opção)
70. Nos itens abaixo, assinale de que o sucesso da empresa dependerá nos próximos 5 anos (marcar para cada item
apenas uma opção):
1. 2. 3. 6.
4.
Novos Novos Novos 5. Investimentos 7. Expansão 8. 9. Cooperação
Estratégia
Respostas produtos / processos modelos Investimentos em P&D e da capacidade Novos com outras
de
linhas de de organizaci- em Design engenharia / produtiva mercados empresas
Marketing
produção produção onais Tecnologia
A - Não
dependerá
B - Dependerá
pouco
C - Dependerá
intensamente
D - Muito
intensamente
____________________________________________________________________________________
Parte XIV - Relacionamento com Instituições de Ensino e Institutos de Pesquisa
71. a) Sua empresa mantém convênio com Instituições de Ensino localizadas dentro e fora do APL?
72. Quantos projetos foram desenvolvidos, entre 2004 e 2007, em parceria com Instituições de Ensino localizadas no
APL? ____________
11
– 94 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
73. Quantos projetos foram desenvolvidos, entre 2004 e 2007, em parceria com Instituições de Ensino localizadas fora do
APL? ____________
1. Sim 2. Não
Parte XV - SINDVEL
76. Sua empresa é associada ao SINDVEL?
1. Sim 2. Não
b) Por quê?
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
1. Sim 2. Não
Serviços B - Não
A- B- C- D- A- C- D-
tem
Ótimo Bom Regular Ruim Desconhece Custos Outros
interesse
c) Indique suas expectativas e sugestões a respeito do que o SINDVEL e o Arranjo Produtivo poderiam fazer para
ajudar a sua empresa (relato livre):
12
Entrevistador: ___________________________________________________
Data: _______/_______ / 2007
Muito Obrigado(a)!
– 95 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
ANEXO B
QUESTIONÁRIO Nº
Apresentação do entrevistador: Bom Dia / Boa Tarde, meu nome é..., sou entrevistador do ...,
contratado para realização de entrevista junto às Instituições de Ensino do Arranjo Produtivo da
Indústria Eletroeletrônica de Santa Rita do Sapucaí. O questionário deverá ser respondido por algum
diretor da instituição ou pelo responsável hierárquico da mesma.
Nome da Instituição
_____________________________________________________________
Nome do Entrevistado ________________________________ Cargo
______________________
Endereço
______________________________________________________________________
___________________________________________ Nº_________
Bairro _________________________ Complemento _______________
CEP________________
Cidade ________________________
E-mail _________________________________________
Tempo de Existência ____________
1 2 3 4
a) Desenvolvimento de protótipos
– 96 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
c) Desenvolvimento de Software
d) Cursos e treinamentos
e) Novas técnicas/instrumentos
1 2 3 4
a) Publicações e relatório
e) Pesquisa contratada
f) Consultoria
a) Menos de 6 meses
b) 6 meses a 1 ano
c) Entre 1 e 2 anos
d) Mais de 2 anos
a)
b)
c)
– 97 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
a)
b)
c)
a) Instituições de fomento
b) Empresa
c) Universidade
d) Clientes
e) Outros:_______________________
9. Diga em percentual, qual o destino dos egressos desta instituição de ensino superior /
técnico de Santa Rita do Sapucaí: (O entrevistador deverá ler as opções para o
entrevistado previamente e preencher com percentual todas as alternativas que se
aplicarem / o total deve ser igual a 100%)
a) Universidade (graduação)
a) Continuam na universidade (pós-graduação/pesquisa)
b) Empresas do APL
c) Outra Instituição de Ensino e Pesquisa do APL
d) Empresas em MG
e) Instituição de Ensino e Pesquisa em MG
f) Empresas em outros estados do Brasil
g) Instituição de Ensino e Pesquisa em outros estados do
Brasil
h) Empresas no exterior
i) Instituição de Ensino e Pesquisa no exterior
– 98 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
10. Conforme as áreas destacadas abaixo, qual a importância das pesquisas conduzidas
pela instituição para o desenvolvimento de projetos com empresas do APL? (O
entrevistador deverá ler as opções para o entrevistado previamente).
1 2 3 4
a) Engenharia Ambiental
b) Engenharia da Computação
d) Engenharia Elétrica
e) Engenharia Hídrica
f) Engenharia Mecânica
g) Engenharia de Produção
h) Física
i) Engenharia de Energia
j) Sistemas de Informação
k) Administração
l) Telecomunicações
m) Informática
n) Eletrônica
o) Outros:________________________
– 99 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
b) Quantas?___________
1. Sim 2. Não
b) Quantos?___________
1. Ótimo
2. Bom
3. Regular
4. Ruim
5. Não conhece
13- Indique suas expectativas e sugestões a respeito do que o SINDVEL e sua instituição
poderiam fazer para potencializar o APL (relato livre):
Entrevistador: ___________________________________________________
Data: _______/_______ / 2007
Muito Obrigado(a)!
– 100 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
ANEXO C
QUESTIONÁRIO Nº
Apresentação do entrevistador: Bom Dia / Boa Tarde, meu nome é..., sou entrevistador do ..., contratado para
realização de entrevista junto às Instituições de Ensino do Arranjo Produtivo da Indústria Eletroeletrônica de
Santa Rita do Sapucaí. O questionário deverá ser respondido por algum diretor da instituição ou pelo
responsável hierárquico da mesma.
Identificação da Incubadora
4. Foco de atuação:
– 101 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Agroindustrial Outra:__________________________________
5. Classificação:
6. Número de empresas:
A. Atualmente incubadas: __________
B. Atualmente graduadas: __________
7. Número de pessoas:
A. Que trabalham na administração da Incubadora: _________
B. Que trabalham no apoio da Incubadora (estagiários, bolsistas e secretariado): _________
C. Que trabalham com serviços gerais na Incubadora (segurança, limpeza,...):_________
acima de 10.000m2
B. Capacidade de incubação (no. máximo de empresas que podem ser incubadas ao mesmo tempo):
_________
Incentivo ao empreendedorismo
Transferência de Tecnologia
– 102 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Desenvolvimento Tecnológico
Geração de empregos
Outros (especificar):_________________________________________________________
12. Indique a importância da natureza dos projetos com as empresas do APL: (O entrevistador deverá
ler as opções para o entrevistado e preencher apenas um campo em cada alternativa)
1 2 3 4
a) Desenvolvimento de protótipos
– 103 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
c) Desenvolvimento de Software
d) Cursos e treinamentos
e) Novas técnicas/instrumentos
13. Indique a importância dos instrumentos listados para o relacionamento com as empresas do APL:
(O entrevistador deverá ler as opções para o entrevistado e preencher apenas um campo em cada
alternativa)
1 2 3 4
a) Publicações e relatório
e) Pesquisa contratada
f) Consultoria
a) Menos de 6 meses
b) 6 meses a 1 ano
c) Entre 1 e 2 anos
d) Mais de 2 anos
15. Indique os três principais benefícios dos projetos em cooperação com as empresas do APL:
a)
b)
c)
– 104 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
16. Indique as três principais dificuldades na interação entre a incubadora e as empresas do APL:
a)
b)
c)
17. De maneira geral, como é a composição orçamentária, em percentual, dos projetos e pesquisas
desenvolvidos? (o entrevistador deverá esperar a resposta espontânea e preencher com
percentual todos que se aplicam / o total deve ser igual a 100%)
a) Instituições de fomento
b) Empresa
c) Universidade
d) Clientes
e) Outros:_____________________
18. De maneira geral, em percentual, como é a composição do montante recebido pela Incubadora das
seguintes fontes? (o entrevistador deverá esperar a resposta espontânea e preencher com
percentual todos que se aplicam / o total deve ser igual a 100%)
b) Entidade gestora
c) Sebrae
d) CNPq
e) Finep
f) FAPEMIG
e) Outras:____________________________________
– 105 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
19. Vocês têm alguma informação, quantitativa ou qualitativa, a respeito das empresas graduadas
desta incubadora?
20. Diga em percentual, qual o destino das empresas graduadas desta Incubadora: (O entrevistador
deverá ler as opções para o entrevistado previamente e preencher com percentual todas as
alternativas que se aplicarem / o total deve ser igual a 100%)
21. Conforme as áreas destacadas abaixo, qual a importância das pesquisas conduzidas para o
desenvolvimento de projetos com empresas do APL? (O entrevistador deverá ler as opções para o
entrevistado previamente).
1 2 3 4 5
a) Engenharia Ambiental
b) Engenharia da Computação
d) Engenharia Elétrica
e) Engenharia Hídrica
f) Engenharia Mecânica
g) Engenharia de Produção
h) Física
i) Engenharia de Energia
j) Sistemas de Informação
k) Administração
l) Telecomunicações
m) Informática
– 106 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
n) Eletrônica
o) Outros:________________________
b) Quantas?___________
1. Sim 2. Não
b) Quantos?___________
23. Quais critérios são adotados pela Incubadora para a seleção de empresas? (Questão de múltipla
escolha)
Viabilidade econômica
Não
– 107 –
Diagnóstico do Arranjo Produtivo da Indústria do Vale da Eletrônica
Não
27. Indique suas expectativas e sugestões a respeito do que o SINDVEL e sua instituição poderiam fazer
para potencializar o APL (relato livre):
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_____________________________________________
Entrevistador: ___________________________________________________
Data: _______/_______ / 2007
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