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REVISÃO REVIEW
Globalização, pobreza e saúde*
Abstract This paper analyses the relationship Resumo O presente artigo analisa as relações
between globalization, poverty and health, defin- entre globalização, pobreza e saúde. Conceitua e
ing and presenting the main characteristics of apresenta as principais características da globali-
contemporary globalization. It also establishes the zação contemporânea. Também conceitua e apre-
characteristics of poverty today, both globally and senta as características da pobreza nos dias de
regionally. Reviewing articles and world reports, hoje, nos planos mundial e regional. Revisando
it presents a set of evidence on the relationships artigos e relatórios de amplitude mundial, apre-
between globalization and poverty, as well as their senta um conjunto de evidências sobre as relações
influence on health. Furthermore, it presents the entre globalização e pobreza e suas influências
opportunities offered by globalization, through a sobre o campo da saúde. Apresenta, ainda, as opor-
series of worldwide initiatives prompted by ac- tunidades trazidas pela globalização, através de
tions among countries under the aegis of the United uma série de iniciativas globais resultantes da ação
Nations in general and the WHO in particular, entre países, no âmbito das Nações Unidas como
in addition to intergovernmental alliances and um todo e na OMS, em particular, assim como de
coalitions and other civil society representatives. alianças e coalizões intergovernamentais e com
Key words Globalization, Poverty, Health, Glo- outros atores da sociedade civil.
bal health, International health Palavras-chave Globalização, Pobreza, Saúde,
Saúde global, Saúde internacional
*
Este artigo é uma
adaptação da Conferência
Leavell, apresentada no XI
World Congress of Public
Health da World Federation
of Public Health
Associations e VIII
Congresso Brasileiro de
Saúde Coletiva da
Associação Brasileira de
Pós-Graduação em Saúde
Coletiva, em 23/08/2006.
Fundação Oswaldo Cruz,
Presidência. Av. Brasil
4365, Manguinhos.
21041-900 Rio de Janeiro
RJ. buss@fiocruz.br
1576
Buss, P. M.
Contudo, as responsabilidades por esses pés- da população (448 milhões) têm as mesmas con-
simos resultados sociais e econômicos da globa- dições de pobreza. Na América Latina e Caribe,
lização devem ser imputados não apenas aos 222 milhões são pobres, dos quais 96 milhões
países desenvolvidos e às empresas e organiza- vivem na indigência, ou 18,6% da população10.
ções financeiras internacionais, mas também às Depois dos trabalhos críticos de Amartya Sen,
elites políticas e econômicas nacionais e a gover- Prêmio Nobel da Economia de 1998, entretanto,
nos de muitos países subdesenvolvidos com re- ficou claro que não se pode estabelecer uma linha
duzido compromisso social e, freqüentemente, de pobreza e aplicá-la a todos da mesma forma,
corruptos. sem tomar em conta as características e circuns-
A baixa qualidade da política e da governance tâncias pessoais. Sen11 assinalou que a análise da
de muitos governos de países em desenvolvimen- pobreza também deve concentrar-se na capaci-
to é causa de desperdício de recursos e de ineficá- dade da pessoa para aproveitar oportunidades,
cia e ineficiência das iniciativas de proteção ao assim como de fatores como saúde, nutrição e
ambiente e de promoção, prevenção e assistência educação, que refletem a capacidade básica para
à saúde, quando elas existem. No geral, as ações funcionar na sociedade. São em constatações
dos programas socioambientais e sanitários des- como estas que reside o potencial de ação da pro-
tes países são verticais e desarticuladas, freqüen- moção da saúde entre os pobres e as estratégias
temente sangrados pela corrupção. de empowerment individual e coletivo.
De outro lado, embora necessárias, a ajuda De outro lado, é preciso assinalar que são
externa e a facilitação para exportações dos paí- exatamente os pobres que vivem em piores con-
ses pobres (visando aumentar os saldos comer- dições sociais, ambientais e sanitárias, assim
ciais) são insuficientes para alavancar seu desen- como têm maior dificuldade no acesso aos servi-
volvimento. Isto porque os ganhos do comércio ços públicos em geral e de saúde em particular.
exterior não se distribuem eqüitativamente entre De fato, inúmeros estudos, em diversas partes
as populações mais pobres destes países, conti- do mundo, mostram que os que têm pior renda
nuando absolutamente concentrados em mãos são exatamente aqueles que, embora certamente
de muito poucos, em geral grandes empresas mais necessitados, têm também pior acesso a
nacionais ou transnacionais exportadoras. políticas públicas, habitações adequadas, água
Estas considerações convergem para impac- potável, saneamento, alimentos, educação, trans-
tos variáveis em indivíduos e grupos populacio- porte, lazer, emprego fixo e sem riscos, assim
nais que são excluídos dos benefícios da globali- como aos serviços de saúde. São as chamadas
zação e vulneráveis aos seus custos, ao mesmo iniqüidades sociais e de saúde.
tempo em que enfrentam sérias limitações quan-
to aos benefícios de políticas públicas no campo
da saúde. Pobreza e saúde
70
Alagoas
63
60
50
Mãe com até 3
anos de estudo
40 40 Pobre Rural
Negro
35 35
34
30 Brasil= 29,7
27
23 Urbano
20 Branco
17 16
16
Mãe com 8 ou mais
Rico Rio Grande
10 anos de estudo
do Sul
3,1
2,3
1,3
Nota: Representa a média da proporção entre o quintil mais rico e o mais pobre, sem ponderações que levem em conta o tamanho
da população e excluindo-se os países que usam menos de 1%.
*
Porcentagem de crianças com diarréia nas semanas anteriores à pesquisa que tinham recebido sais de reidratação oral, outros
líquidos recomendados ou maior quantidade de líquido.
Fonte: Gwatkin D et al. Initial Country-Level information about socieconomics differences in health, nutrition and population.
Washington, D.C.: World Bank; 2003.
1581
populações inteiras. Verifica-se, ainda, que os conteúdos indesejáveis para audiências absolu-
orçamentos públicos são desviados de progra- tamente vulneráveis.
mas sociais, como educação e saúde, para o fi- Um paradoxo da globalização contemporâ-
nanciamento do aparato bélico, privando a po- nea é que, numa fase da história da humanidade
pulação destes recursos essenciais e piorando ain- em que as tecnologias agrícolas disponíveis pode-
da mais as condições de saúde. riam propiciar farta produção de alimentos, o
O século XX foi um dos períodos mais vio- fenômeno da fome esteja tão disseminado no
lentos da história da humanidade: cerca de 191 mundo e açoite partes do planeta na forma de
milhões de pessoas perderam a vida em conse- verdadeiro genocídio. A FAO17 alerta que a fome e
qüência direta ou indireta de conflitos, dos quais a desnutrição crônicas acometem hoje no mundo
mais da metade eram civis15. Os últimos anos do nada menos de 852 milhões de pessoas, matam
século XX e os primeiros anos do século XXI in- mais de cinco milhões de crianças a cada ano e
dicam, lamentavelmente, uma tendência ao cres- custam bilhões de dólares na forma de perda de
cimento destes eventos nefastos. produtividade e renda nacionais. Esta trágica esta-
A violência globalizada tem gerado a migra- tística completa-se com a informação de que nas-
ção forçosa de milhares de pessoas que fogem cem anualmente cerca de vinte milhões de bebês
das regiões de conflitos ou transformam-se em com baixo peso, conceptos estes resultantes, em
refugiados políticos. Inúmeros estudos mostram grande maioria, de mães também desnutridas.
que os grupos humanos deslocados pela força Na África Subsaariana, hoje a região do mun-
de seus redutos originais apresentam piores do mais afetada pela pobreza e suas conseqüên-
condições de saúde física e mental quando com- cias, a FAO17 estima que nada menos do que 33%
parados à sua situação original ou com a nova da população são considerados subnutridos,
vizinhança16. proporção que, na África Central, alcança nada
A globalização do tráfico de drogas ilícitas, menos do que 55%, enquanto no sul e no leste
como cocaína, heroína, marijuana e drogas quí- do continente chega a cerca de 40%. Além da aju-
micas sintéticas, expandiu imensamente seu uso da externa urgente para as brutais situações emer-
em quase todas as sociedades, com conseqüênci- genciais (como, pelo menos as do Níger e Mala-
as nefastas bem conhecidas sobre a saúde dos wi, quando escrevo este artigo), os especialistas
seus usuários. Ao tráfico internacional de drogas concordam que o enfrentamento do problema
associa-se o tráfico de armas. Esta combinação é só pode feito na forma de cooperação técnica e
explosiva, com conseqüências impressionantes, financeira, assim como investimentos em água,
como mostra o Informe Mundial sobre Violência sustentabilidade de ecossistemas e melhoria da
e Saúde15. capacidade das pessoas.
O que falar, então, das ‘drogas legalizadas’, Outra dimensão importante da globalização
como o álcool e o tabaco? Ainda hoje ‘glamoriza- sobre a saúde são as reformas setoriais orienta-
das’ pela propaganda enganosa, o uso dissemi- das ao mercado, preconizadas por organizações
nado de álcool e tabaco, em crescimento particu- internacionais18. Elas resultaram em mais iniqüi-
larmente entre os jovens, constitui-se num dos dades em saúde. Não há espaço para a saúde pú-
principais problemas de saúde pública contem- blica ou para a promoção da saúde nestas refor-
porânea. Embora o tabaco tenha recebido, cor- mas. Seu tema exclusivo é a atenção médica aos
retamente, o tratamento de ‘inimigo número 1 indivíduos e os esquemas de financiamento. O
da saúde pública mundial’ – tendo sido objeto, mesmo se pode dizer dos modelos importados
inclusive, de um tratado internacional para o seu de formação de recursos humanos, pouco ajus-
combate – em muitas sociedades tem sido desa- tados aos padrões culturais ou aos sistemas naci-
nimador ver a expansão de seu uso e a globaliza- onais de saúde. Por isto é imperativo que defen-
ção e concentração de sua poderosa indústria. damos a substituição destas propostas de refor-
O álcool tem sido tratado de forma mais to- mas por outras que busquem implementar siste-
lerante, inclusive no âmbito da OMS, não obs- mas públicos eqüitativos e solidários de saúde,
tante as nítidas evidências sobre seu vínculos com nos quais seja de fato tomada em conta a saúde da
muitas doenças crônicas e degenerativas, com os população e não os negócios com a doença.
acidentes de trânsito e com a violência interpes- Os sistemas de saúde dos países em desen-
soal. O conluio entre a indústria globalizada – volvimento são submetidos à forte pressão do
um dos maiores anunciantes – e a mídia interes- comércio internacional de insumos para a saúde
sada em vender seus espaços mantém ainda em (medicamentos, kits e reativos para diagnóstico,
destaque a propaganda enganosa do álcool, em equipamentos e outros insumos). O alto preço
1583
Gráfico 4. O governo gasta menos do que nunca em assistência. Assistência Oficial ao Desenvolvimento (AOD)
líquida como percentagem do PNB 1960-2003. Países da OCDE.
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1960 1963 1966 1969 1972 1975 1978 1981 1984 1987 1990 1993 1996 1999 2002
900
de dólares
700 Acesso
$ 760 universal à água
bilhões $ 210 bilhões
600
200 Educação
$ 417 bilhões primária
universal
100 $ 300 bilhões
Fonte: Economistas por la Paz y la seguridad (EPS). Base de dados do Stockholm International Peace Research Institute.
1586
Buss, P. M.
1200 1200
1000 1000
800 800
600 600
400 400
200 200
Fonte: Economistas por la Paz y la Seguridad (EPS). Base de dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
A revista Science25 analisa o que chama ‘The mento regular de sua própria organização, a
New World of Global Health’, relacionando cerca OMS, o que é lamentável!
de nove iniciativas globais, de governos e/ou do- Voltando à Science25, alerta esta que não há a
adores privados, para enfrentar as principais necessária articulação entre os doadores, nem o
doenças transmissíveis prevalentes no mundo, devido preparo dos países que recebem as doa-
como AIDS, malária tuberculose e outras doen- ções – em recursos financeiros ou materiais –
ças ‘negligenciadas’. Tais iniciativas englobam fo- para bem aplicá-las. Na definição do Prof.
mento à pesquisa e desenvolvimento, aquisição e Bloom, diretor da Escola de Saúde Pública de
distribuição de vacinas, medicamentos e recur- Harvard, ‘não existe uma arquitetura adequada
sos para diagnóstico, tendo aplicado cerca de 35 para a saúde global’25. De outro lado, falta de
bilhões de dólares em países em desenvolvimen- adequada infra-estrutura sanitária dos sistemas
to nos últimos sete anos. Entre as maiores, en- de saúde, bem como de recursos humanos capa-
contram-se o Global Fund to Fight AIDS, Tuber- citados, impede que os recursos cheguem aos que
culosis and Malaria; a Global Alliance for Vacci- deles necessitam. A corrupção nos dois pólos
nes and Immunization (GAVI); e o President’s (doadores e receptores) também contribui para
Emergency Plan for AIDS Relief (PEPFAR) – este sangrar os recursos destinados para a saúde na
do governo americano. arena internacional.
A GAVI, por exemplo, reúne o Banco Mundi- Um recente e bem-sucedido exemplo de acor-
al, OMS, UNICEF e países desenvolvidos doa- do internacional com impacto global na área da
dores, fundações privadas (como a Fundação Bill promoção da saúde em enfermidades não trans-
e Melinda Gates) e outros parceiros. Esta aliança missíveis e fatores de risco é a Convenção-Qua-
estabeleceu um Fundo para Vacinas que apóia a dro sobre Controle do Tabaco, adotada em maio
imunização básica (DTP + pólio), assim como de 2005, na 56ª Assembléia das Nações Unidas e
contra hepatite B e HiB em setenta países com confirmada, em setembro do mesmo ano, na
PIB per capita abaixo de 1.000 dólares. Já foram Cúpula Presidencial de Nova York, que analisou
imunizadas com vacinação básica mais de seis e adotou outras 32 propostas como tratados in-
milhões de crianças26. Entretanto, não posso ternacionais28.
deixar de mencionar aqui o protesto de Ilona Na busca de alguma eqüidade econômica e
Kickbusch, na sua Leavell Lecture, em 200427, com da erradicação da pobreza, uma das proposi-
o qual concordo inteiramente, na qual afirma ções mais ousadas é o asseguramento de uma
considerar um escândalo na governance global renda mínima a todos os habitantes de um país,
da saúde que governos do mundo permitam que hoje denominada de renda de cidadania ou de
uma entidade filantrópica, como a Fundação Bill existência29. Economistas e políticos de renome
e Melinda Gates, tenha mais recursos para gastar defendem esta proposta, como Keynes, Tobin,
em saúde global, o que é louvável, do que o orça- Friedman, Galbraith e Moynihan e instituições
1587
Como as excelentes iniciativas antes mencio- cionais e locais específicas para o enfrentamento
nadas, observa-se uma profusão de outras inici- da expressão concreta que tomam, nestes pla-
ativas no mundo, de diversas naturezas e enfo- nos, a globalização, a pobreza e a situação de
ques, seja para aliviar a pobreza global ou de saúde-doença. A comunidade mundial de traba-
determinadas regiões ou países ou voltados para lhadores da saúde pública e inúmeras organiza-
segmentos particulares da população, como ções em todo o mundo têm dado demonstra-
mulheres e crianças, idosos, etc., seja para en- ções de compromisso e ação decidida.
frentar situações ou problemas particulares de É muito importante a mobilização de profis-
saúde – como fome, malária, AIDS, outras do- sionais de saúde em geral e de sanitaristas, em
enças negligenciadas, etc. Cabe aos profissionais particular, de todo o mundo na compreensão,
de saúde pública identificá-las e apoiá-las e criti- crítica e luta contra a globalização injusta, a po-
cá-las, global e localmente. breza e a exclusão, contra a corrida armamentis-
Na realidade, para transformar a equação ta e a violência, por um meio ambiente sustentá-
globalização pobreza e exclusão piora nas vel, pela eqüidade na saúde, pela paz e solidarie-
condições de saúde na equação globalização dade entre todos os povos do mundo, para que
eqüidade e inclusão saúde não existe uma alcancemos melhores condições de saúde e qua-
receita única. O que se tem certeza é que soluções lidade de vida não num futuro distante, mas hoje,
globais devem ser articuladas com iniciativas na- aqui e agora!
1589
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