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d) Nascimento de filho (um dia, no decorrer da primeira semana, CLT,
art. 473 III);
e) Casamento (três dias, CLT, art. 473 II; nove dias o professor, CLT, art.
320 § 3º);
f) Doação voluntária de sangue (um dia por ano, CLT, art. 473 IV);
g) Cinco dias no caso de nascimento de filho (ADCT, art. 10, § 1º);
h) Certos casos de obrigações militares para todos os efeitos;
i) Ausências consideradas justificadas pelo empregador;
O art. 471 da CLT deixa claro que, quando o empregado retornar do
afastamento para o emprego, independente de ser suspensão ou interrupção, ele
terá direito às vantagens atribuídas à categoria a que pertence na empresa.
Quanto o afastamento do empregado em virtude das exigências do Serviço
Militar, ou de outro encargo público, de forma alguma será motivo para o
empregador rescindir ou alterar o contrato de trabalho. Cabe ao empregado, para
que tenha direito de voltar a exercer o cargo do qual se afastou, notificar o
empregador com prazo de no máximo trinta dias. O empregado que for afastado
do serviço sendo solicitado por órgão competente, a interesse da segurança
nacional, além de não ser caracterizado como suspenso, terá o direito à sua
remuneração durante os primeiros noventa dias.
O empregador poderá suspender o contrato de trabalho do empregado, por
um período de dois a cinco meses, para que este participe de curso ou programa
de qualificação profissional. Os cursos devem ser oferecidos pelo empregador.
Vale ressaltar, ainda, que a duração deve ser equivalente à suspensão contratual,
mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aceitação
formal do empregado.
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contratantes”. Esclarece o art. 165 da CLT que a dispensa arbitrária é a que não
se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
A Consolidação das Leis do Trabalho prevê para o empregado que for
demitido sem justa causa, e que não tenha sido a pedido do mesmo, o direito a
uma indenização por parte do empregador, paga com base da maior
remuneração que tenha percebido naquela empresa (a maior remuneração, que
serve de base à indenização, prevalece mesmo na hipótese de não ter sido a
última).
CARRION (2009, p. 379) define justa causa como sendo:
Efeito emanado de ato ilícito do empregado que, violando alguma
obrigação legal ou contratual, explícita ou implícita, permite ao
empregador a rescisão do contrato sem ônus (pagamento de
indenizações ou percentual sobre os depósitos do FGTS, 13º
salário e férias, estes dois proporcionais).
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f) Embriaguez habitual ou em serviço;
g) Violação de segredo da empresa;
h) Ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) Abando no emprego;
j) Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em
caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas
contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
l) Prática constante em jogos de azar.
A CLT, no parágrafo único do art. 482, esclarece que constitui igualmente
justa causa a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de
atos atentatórios à segurança nacional.
Como prevê a Constituição Federal, o empregado que for demitido sem justa
causa terá direito ao Seguro-Desemprego. Este é o pagamento da assistência
financeira temporária, não inferior a um salário mínimo, concedida ao trabalhador
desempregado previamente habilitado. É um benefício que oferece auxílio em
dinheiro por um período determinado. O valor varia de acordo com a faixa salarial,
sendo pago em até cinco parcelas, conforme a situação do beneficiário.
O Seguro-Desemprego, desde que atendidos os requisitos legais, pode ser
requerido por todo trabalhador dispensado sem justa causa; por aqueles cujo
contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou
programa de qualificação oferecido pelo empregador; por pescadores
profissionais durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação
das espécies e por trabalhadores resgatados da condição análoga à de
escravidão. Esse benefício permite uma assistência financeira temporária.
Quanto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), resume-se que
o mesmo é um benefício que foi criado na década de 60 para proteger o
trabalhador demitido sem justa causa. Sendo assim, no início de cada mês, os
empregadores depositam, em contas abertas na CAIXA, em nome dos seus
empregados e vinculadas ao contrato de trabalho, o valor correspondente de cada
funcionário. Com o fundo, o trabalhador tem a chance de formar um patrimônio,
bem como adquirir sua casa própria, com os recursos da conta vinculada. Além
de favorecer os trabalhadores, o FGTS financia programas de habitação popular,
saneamento básico e infra-estrutura urbana, que beneficiam a sociedade, em
geral, principalmente a de menor renda.
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A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre
a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais
eventuais.
A CLT prevê para o empregado, no art. 483, hipóteses em que o mesmo
poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização. Por
exemplo, quando for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos
com rigor excessivo.
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CLT. Voltando-se para o empregado, só será validado o pedido de demissão
deste que for de acordo com o respectivo sindicato. Se não, perante dos órgãos
que estejam na jurisdição do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da
Justiça do Trabalho.
Os titulares da representação dos empregados na CIPA não poderão sofrer
despedida arbitrária (art. 165, CLT). O objetivo da garantia de emprego do cipeiro
é que o empregador não venha a prejudicar ou dispensar o trabalhador pelo fato
de que este está cuidando de interesses de prevenção de acidentes na empresa,
desagradando ao patrão. Conforme o artigo, somente o titular da representação
possui a estabilidade, não mencionando o suplente.
Em relação à gestante, a mesma não pode ser considerada como doente ou
incapaz: isso pelo fato de gravidez não ser doença. Justifica-se a estabilidade
pelo motivo da gestante, no período de gravidez até o período pós-parto, ter a
dificuldade de procurar emprego. Ainda, em virtude de proteção do recém-
nascido, para que possa se recuperar do parto e cuidar da criança nos primeiros
meses de vida.
Ao acidentado, o art. 118 da Lei n. 8.213/91 prevê outra forma de garantia
de emprego: o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantia, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção
de auxílio-acidente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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