O documento discute os conceitos de método, metodologia e ciência. Apresenta as principais características dos métodos indutivo, dedutivo, intuitivo, dialético e dialógico. Também destaca que a baixa produtividade acadêmica no direito se deve à falta de pesquisas empíricas e que a ciência emerge de pesquisas conduzidas metodologicamente, transformando evidências em proposições mais sólidas.
O documento discute os conceitos de método, metodologia e ciência. Apresenta as principais características dos métodos indutivo, dedutivo, intuitivo, dialético e dialógico. Também destaca que a baixa produtividade acadêmica no direito se deve à falta de pesquisas empíricas e que a ciência emerge de pesquisas conduzidas metodologicamente, transformando evidências em proposições mais sólidas.
O documento discute os conceitos de método, metodologia e ciência. Apresenta as principais características dos métodos indutivo, dedutivo, intuitivo, dialético e dialógico. Também destaca que a baixa produtividade acadêmica no direito se deve à falta de pesquisas empíricas e que a ciência emerge de pesquisas conduzidas metodologicamente, transformando evidências em proposições mais sólidas.
FACULDADE DE DIREITO ESPECIALIZAO EM DIREITO ADMINISTRATIVO E ADMINISTRAO PBLICA DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA DOCENTE: MSc. J OS APARECIDO THENQUINI DISCENTE: ANDR WILLIAM CHORMIAK
FICHAMENTO
TEXTO 1 BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Metodologia da pesquisa jurdica: teoria e prtica da monografia para os cursos de direito. So Paulo. Saraiva, 5 edio, revista e ampliada, p. 5-32, 2007.
(...) II Mtodo, metodologia e cincia (fl. 5) A disciplina da pesquisa o que se chama mtodo; corresponderia a uma espcie de planejamento de recursos; tcnicas e meios de se investigar determinado objeto de estudo; o mtodo ser o diferencial que haver de conferir aos conhecimentos adquiridos na area jurdica a sistematicidade necessria para a elaborao de uma pesquisa cientfica. A resultante do trabalho cientfico dever ser um todo articulado e logicamente concatenado. (fl. 5) (...) 1. Mtodo (fl. 9) (...) O mtodo mais que raciocnio, e no o mesmo que cincia; o mtodo tambm no a demonstrao ou a argumentao que fundamentam uma tese ou postura terica. O mtodo corresponde ao grande empreendimento de construo do saber cientfico, da fase investigativa fase expositiva, do fiat lux da primeira idia concebida a respeito do tema colocao in discursus da referida idia, da fase de levantamento de dados s fases probatrias e conclusivas. O mtodo se confunde com o processo por meio do qual se realiza a pesquisa cientfica. (fl. 10) (...) O mtodo o melhor critrio para distanciar da pesquisa o subjetivismo do autor, do escritor, do criador... Quando se buscam, por meio de concluses cientificas, a generalizao e a universalizao de respostas para questes tericas ou prticas, no se pode ter por base, para a tomada de eventuais decises, apenas opinies que retratam um ponto de vista pessoal e rigorosamente individual. O mais das vezes, as opinies pessoais e individualizadas so 2
marcadas por profundo sectarismo, ou espelham opes ideolgicas unilaterais, ou retratam paixes subjetivas, ou se fazem memorveis por serem tendenciosas... (fls. 11-12) (...) Quer-se re-afirmar que o mtodo que se justifica na medida em que necessrio para a investigao cientifica. Tambm este outro argumento vem a testemunhar em favor do que se vem dizendo at aqui: a cincia (epistme), como forma de conhecimento, era entendida pelos gregos como um conceito flagrantemente contrrio ao conceito de opinio (dxa). Pode-se verificar nessa preocupao dos gregos uma necessidade de depurar o cientfico do meramente opinativo. E isso o que se pode afirmar de modo sinttico como sendo o fulcro do emprego do mtodo nas prticas cientficas. O mtodo h de aparecer como sendo o principal distintivo entre o que se pode definir como cientfico, investigao lastreada metodologicamente e o que se pode definir como opinativo, expresso de um subjetivismo. (fls. 12-13) (...) 1.1. Espcies de mtodo (fl. 16) (...) O quadro que segue oferece uma sntese das principais caractersticas os mtodos mais recorrentes, cujos representantes na histria da filosofia e da cincia mais se destacam (Aristteles, Plato, Hume, Hesserl, Hegel, Marx...). Nele encontrar-se-o a definio do mtodo e algumas de suas principais caractersticas. (fls. 17-18) Mtodo Definio Caractersticas Indutivo Corresponde extrao discursiva do conhecimento a partir de evidncias concretas passveis de serem generalizadas. Procede do particular para o geral. Dedutivo Corresponde extrao discursiva do conhecimento a partir de premissas gerais aplicveis a hipteses concretas. Procede do geral para o particular. Intuitivo Corresponde apreenso direta e adiscursiva da essncia da coisa conhecida por contato sensvel ou espiritual. Retira evidncias indemonstrveis imediatamente da coisa conhecida. Dialtico Corresponde apreenso discursiva do conhecimento a partir da anlise dos opostos e da interposio de elementos diferentes. Procede de modo crtico, ponderando polaridades opostas, at o alcance da sntese. Dialgico Corresponde construo do conhecimento compartilhado, pelo dilogo interdisciplinar. Parte da evidncia de que no existe uma verdade estanque, e pondera sobre diversos conhecimentos adquiridos para 3
construir convenes transitrias teis ao conhecimento e aplicao.
1.2. Os dficits metodolgicos no ensino e na pesquisa jurdicos (fl. 18) Se so muitos os dficits da pesquisa jurdica no Brasil, sobretudo entendendo-se que escassa a intimidade da grande massa de operadores do direito com os procedimentos cientficos e com as reflexes metodolgicas, h que destacar que o maior dficit da pouca produo cientfico-jurdica brasileira, ou seja, aquele que mais acentuadamente marca a defasagem das pesquisas jurdicas em face das demais cincias, o decorrente da ausncia de pesquisas empricas na cultura jurdica nacional, exceo de rarssimos esforos de grupos de pesquisa, socilogos e correntes terico-empricas pontualmente localizveis em algumas instituies. (fl.18) (...) Esse processo de negligncia da cultura jurdica para com a questo da pesquisa produz uma defasagem profunda de certos ramos do direito no que tange ao conhecimento enriquecido pelos procedimentos metodologicamente criteriosos e valiosos (seleo de fontes, inovao, originalidade, criatividade, hermenutica, tratamento dos dados, mtodo adequado, utilizao de documentos e fontes primrias etc.). Ento, o que se tem um conhecimento jurdico largamente praticado em escalas comerciais, pois h de se considerar que a literatura jurdica fartamente prolfera, e a produo intelectual jurdica pode ser considerada expressiva no cenrio nacional, mas no ultrapassa certos limites j tornados usuais e corriqueiros nas prticas jurdico-intelectuais. (fl. 19) (...) 2. Mtodo e metodologia (fl. 20) Tendo-se em vista o que j se disse a respeito do mtodo, a metodologia (mthodos + loga) passa a significar o estudo desse caminho que se percorre ao se exercer a cincia. Ento, deve-se dizer, a metodologia nasce a servio da pesquisa cientfica, consistindo no estudo das prticas do saber e das prticas de exerccio do saber, tendentes ao aperfeioamento dos conhecimentos humanos. (fl. 20) (...) 2.1. Metodologia e lgica: estatuto terico, relaes, semelhanas e diferenas (fl. 25) (...) Dessa forma, a lgica jurdica derivada da lgica geral, e a metodologia da pesquisa jurdica derivada da metodologia cientfica geral. A primeira se aplica a conhecer e investigar o raciocnio jurdico e suas peculiaridades, sua verdade e sua falsidade, suas leis 4
gerais e formais. A segunda se aplica a conhecer como se pratica a cincia, e como se alcana a cincia por meio da busca de conhecimento em fontes de estudo e pesquisa. (fls. 26-27) (...) 3. Mtodo e cincia (fl. 30) (...) Deve-se dizer desde j que no h cincia sem pesquisa, e que esta se constitui no trmite de estudo para o alcance de concluses metodologicamente constitudas. As evidncias primeiras que surgem a respeito de determinado objeto de conhecimento so, gradativamente, substitudas por proposies dotadas de maior certeza, sejam estas conformes as evidncias iniciais, sejam estas contrrias a elas mesmas. (fl. 30) (...) CONSIDERAES Com base nas lies de Bittar temos que o mtodo fundamental para a dissociao daquele conhecimento frugal do pesquisador daquele conhecimento de substrato, de qualidade que se produz atravs das pesquisas acadmicas. Metodologia, ou estudos dos mtodos, apresenta diversas maneiras de construo do saber, sempre lastreado em um mtodo lgico e sequenciado de desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa, sendo indutivo, dedutivo, intuitivo, dialtico e dialgico. Bittar pontua ainda que a baixa produtividade acadmica na seara jurdica se d em razo da ausncia de estudos empricos para produo de conhecimento. Por fim pontua que a cincia fruto da pesquisa conduzida adequadamente e com assertivas estruturadas metodologicamente, transformando evidncias em proposies dotadas de maior certeza, independente do caminho que indicavam as evidncias anteriormente.
TEXTO 2 ANDRADE, Maria Margarida de. Introduo metodologia do trabalho cientfico: elaborao de trabalhos na graduao. So Paulo. Editora Atlas S.A., 6 ed., p. 85-90/121-127, 2003.
(...) 5 Fases da Elaborao dos Trabalhos de Graduao (fl.85) 5.1 ESCOLHA DO TEMA (fl. 85) (...) O tema deve corresponder ao gosto, s aptdies ou vocao e aos interesses de quem vai abord-lo. Elaborar um trabalho sobre um tema que no desperata o interesse, que no corresponde ao gosto do autor, pode transformar-se em tarefa demasiadamente pesada. (fl. 85) (...) 5
5.2 DELIMITAO DO ASSUNTO (fl. 86) (...) Delimitar, portanto, corresponde a selecionar aspectos de um tema, limitando a escolha a um deles, para que o assunto seja tratado com a suficiente profundidade, que se espera dos trabalhos de graduao. (fl. 86) (...) 5.3 PESQUISA BIBLIOGRFICA: LEITURAS E FICHAMENTOS (fl. 87) (...) A leitura crtica ou reflexiva permite a apreenso das idias fundamentais de cada texto. Esta a fase mais demorada da pesquisa bibliogrfica, pois as anotaes devem ser feitas somente aps a compreenso e apreenso das idias contidas no texto. So necessrias muitas leituras, para destacar o indispensvel, o complementar e o desnecessrio no texto lido. No se pode sublinhar um livro pertencente biblioteca; portanto, as anotaes sero feitas primeiramente em folhas avulsas, depois lidas, selecionadas para serem transcritas em fichas. (fl. 87) (...) 5.5 REFLEXO (fl. 88) (...) Assim como , ao construir-se um edifcio, preciso, antes de fazer a planta, imaginar o tamanho, o numero de andares, as subdivises de cada andar, etc. para depois planejar e construir os alicerces, de acordo com o tipo de edificao, tambm indispensvel, antes de elaborar um plano de redao, imaginar o tipo de abordagem; os tpicos que sero focalizados e quais os que merecero maior nfase; como se pretende conduzir o desenvolvimento, isto , em quantas partes o texto ser dividido, quais os elementos que podero ser utilizados na argumentao, etc. (fl. 88) (...) 5.7 REDAO PRVIA DAS PARTES (fl. 89) A redao de um trabalho no precisa, necessariamente, comear pela introduo. Um plano de redao bem detalhado torna possvel redigir o trabalho por partes, para depois orden-lo convenientemente. Este procedimento especialmente recomendado quando se trata da redao de um trabalho de grupo, pois cada um de seus componentes pode encarregar-se de redigir uma das partes e depois, em conjunto, aps uma leitura crtica, todos colaboram na redao do texto definitivo. Dessa maneira, fica mais fcil manter a unidade do estilo e a coerncia entre as partes do texto. (fl. 89) (...) 5.8 REVISO DO CONTEDO E DA REDAO (fl. 89) (...) 6
Essa reviso, portanto, no deve restringir-se aos aspectos redacionais, tais como vocabulrio, ortografia, concordncia, extenso das frases, clareza, enfim, correo estilstica e gramatical. Os conceitos, a clareza das idias, a lgica da argumentao, a articulao e o equilbrio entre as partes tambm devem ser objeto de avaliao para reviso (fl. 89-90) (...) 10 Pesquisa Cientfica: Noes Introdutrias (fl. 121) 10.1 CONCEITOS DE PESQUISA (fl. 121) Pesquisa o conjunto de procedimentos sistemticos, baseado no raciocnio lgico, que tem por objetivo encontrar solues para problemas propostos, mediante a utilizao de mtodos cientficos. (fl. 121) (...) 10.2 REQUISITOS PARA UMA PESQUISA (fl. 122) A realizao de uma pesquisa pressupe alguns requisitos bsicos, tais como a qualificao do pesquisador, os recursos humanos, materiais e financeiros. (fl. 122) (...) 10.3 FINALIDADES DA PESQUISA (fl. 122) As vrias finalidades da pesquisa podem ser classificadas em dois grupos: o primeiro que rene as finalidade motivadas por razes de ordem intelectual e o segundo, por razes de ordem prtica. No primeiro caso, o objetivo da pesquisa alcanar o saber, para a satisfao do desejo de adquirir conhecimentos. Esse tipo de pesquisa de ordem intelectual, denominada pura ou fundamental, realizado por cientistas e contribui par ao progresso da Cincia. No outro tipo, a pesquisa visa s aplicaes prticas, com o objetivo de atender s exigncias da vida moderna. Nesse caso, sendo o objetivo contribuir para fins prticos, pela busca de solues para problemas concretos, denomina-se pesquisa aplicada. (fl. 122)
10.4 TIPOLOGIA DA PESQUISA (fl. 123) (...) Para cumprir a finalidade de oferecer apenas noes introdutrias, parece o bastante limitar a classificao da pesquisa quanto natureza, aos objetivos, aos procedimentos e ao objeto. (fl. 123) (...) CONSIDERAES Diferentemente do texto de Bittar, Maria Margarida possui uma abordagem mais prtica quanto ao desenvolvimento do trabalho cientfico. Apresenta dicas desde a escolha do tema, como delimit-lo, como estruturar as leituras das bibliografias e fichamentos. 7
Salienta ainda que uma boa preparao e planejamento permite que o trabalho cientfico possa ser escrito a partir de qualquer parte, com a juno destas em momento posterior, quando da reviso do texto. Pontua ainda quanto a importncia das pesquisas para encontrar solues aos problemas existentes.
QUESTIONRIO TEXTO BOGDAN, Robert C., BIKLEN, Sari Knopp. Investigao qualitative em educao: uma introduo teoria e aos mtodos. Porto, Portugal: Porto Editora, 1994.
1. Qual a importncia do plano para o investigador realizar sua pesquisa? Plano o guia do investigador em relao aos passos a seguir na construo do trabalho cientfico, sendo o plano um produto final da fase de planejamento da investigao, colocado em prtica, segue-se ento ao recolhimento de dados e sua anlise, para passar-se a fase da escrita.
2. Qual o papel do individuo na escolha do estudo a ser investigado? Disserte. Eventualmente pesquisadores optam por conduzir seus estudos atravs da anlise de indivduos. O conselho principal que se passa no texto no conduzir uma pesquisa com pessoas que voc conhea, em razo do embarao e confuso emocional que pode criar. Afinal, voc no poder debater o questo com seus colegas e superior, j que voc causa e tambm analista dos problemas do ambiente. Faltando-lhe legitimidade sua enquanto estudioso.
3. O que Estudo de Caso? Comente sobre uma das modalidades de estudo de caso. O Estudo de Caso a observao detalhada de um determinado contexto, individuo ou ainda conjunto de documentos acerca de um acontecimento especfico. Uma das modalidades de estudo de caso a de observao, em que o estudioso concentra-se em observar as interaes e modificaes do ambiente para provar ou no determinada premissa pr-estabelecida.
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