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1.

Válvulas de retenção

Essas válvulas permitem a passagem do fluido em um sentido apenas, fechando automaticamente por
diferença de pressões, exercida pelo fluido em conseqüência do próprio escoamento, se houver tendência à
inversão no sentido do fluxo. São, portanto, válvulas de operação automática.
Empregam-se as válvulas de retenção quando se quer impedir em determinada linha qualquer
possibilidade de retorno do fluido por inversão do sentido de escoamento. Como todas essas válvulas provocam
uma perda de carga muito elevada, só devem ser usadas quando forem de fato imprescindíveis. Citaremos três
casos típicos de uso obrigatório de válvulas de retenção:

• Linhas de racalque de bombas (imediatamente após a bomba) quando tiver mais de uma bomba em
paralelo descarregando no mesmo tronco. As válvulas de retenção servirão nesse caso para evitar a
possibilidade da ação de uma bomba que estiver operando sobre outras bombas que estiverem paradas.

• Linha de recalque de uma bomba para um reservatório elevado. A válvula de retenção evitará o retorno do
líquido no caso de ocorrer uma paralização súbita no funcionamento da bomba.

• Extremidade livre da linha de sucção de uma bomba, no caso de sistemas com sução positiva (não
afogada); a válvula de retenção, denominada “válvula de pé”, deve estar suficientemente mergulhada no líquido
do reservatório de sução, e servirá para manter a escorva na tubulação e na própria bomba, isto é, evitar o seu
esvaziamento, durante o tempo em que a bomba estiver parada.

As válvulas de retenção devem ser instaladas de tal maneira que a ação da gravidade tenda a fechar a
válvula. Por esse motivo, quase todas essas válvulas (com exceção de alguns modelos de portinhola dupla com
mola) só podem ser colocadas em tubos verticais ou inclinados, quando o fluxo for ascendente.

1.1 Válvula de retenção tipo portinhola

É o tipo mais usual de válvulas de retenção; o fechamento é feito por uma portinhola articulada que se
assenta na sede da válvula. Devido à necessidade de fechamento por gravidade, existem modelos diferentes
para instalação em tubulações horizontais ou verticais.
As perdas de carga causadas, embora elevadas, são menores do que as introduzidas pelas válvulas de
retenção de pistão. Essas válvulas são empregadas para serviços com líquidos; não devem ser usadas em
tubulações sujeita a freqüentes inversões de sentido de fluxo, porque nesse caso têm tendência a vibrar
fortemente (chattering).
Para diâmetros muito grande, acima de 12”, essas válvulas costumam ter portinhola balanceada, isto é, o
eixo de rotação atravessa a portinhola que fica assim com uma parte para cada lado do eixo. A finalidade dessa
disposição é amortecer o choque de fechamento da válvula quando houver inversão do fluxo.
1.2 Válvula de retenção tipo disco

Basicamente existem duas versões da válvula de retenção tipo disco; a de disco duplo bipartido e a de
disco integral.
A de disco duplo bipartido é muito similar em concepção a uma válvula tipo borboleta, tendo um corpo em
forma de anel com obturador em forma de disco, este bipartido no meio com uma dobradiça, girando em torno de
uma haste central. No caso do fluxo normal, a dobradiça se fecha, abrindo, assim, a passagem para o fluido. No
caso do fluxo tentar retornar, a dobradiça abre-se, fechando a passagem a passagem para o fluido. Uma mola
leve é colocada atrás di disco para mantê-lo fechado na ausência de fluxo e para que possa ser usada na
posição horizontal ou vertical. Não é recomendada em serviços onde o fluxo é pulsante que possa causar um
fechamento da válvula muito rápido, ou com fluxos de alta velocidade que possa causar um fechamento da
válvula muito rápido, ou com fluxos de alta velocidade que pode causar um fechamento de válvula muito rápido,
ou com fluxos de alta velocidade que pode causar vibrações excessivas no disco. O tipo de ligação à tubulação
com parafusos passantes. Para que os parafusos não fiquem compridos demais, que aumentariam os esforços e
tensões, o limite da bistola deste tipo de ligação é normalmente em torno de 12” a 14”. Acima desta bitola é mais
comum o tipo “lug” onde o anel possui orelhas na circunferência com furos para receber os parafusos do flange.
O corpo pode ser também flangeado, e os materiais de construção são geralmente de ferro fundido ou aço-
carbono e o corpo pode ser facilmente revestido com borracha ou material plástico.
A de disco integral, o corpo também é uma anel do mesmo diâmetro da linha. Dentro do anel fica um disco
que é pressionado contra um assento, por uma mola. Este disco tem o mesmo diâmetro da parte interna do anel
e quando o fluxo tenta retornar, o disco tapa a passagem do fluido. A mola mantém o disco fechado na ausência
de fluxo e permite que a válvula seja utilizada tanto na posição horizontal como na vertical. Não é recomendada
para serviços de fluxo pulsante. A constante ação do disco contra o assento pode causar vibrações excessivas
na válvula e tubulação adjacente, além de cortar a vida útil da mola do disco, particularmente em bitolas maiores.
O meio de ligação pode ser do tipo “wafer”, “lug” ou “flanjeado” . Além destes tipos, em bistola pequena até 1 ou
2 polegadas, a válvula pode ser incorporada dentro de uma união com as extremidades rosqueadas.
Entre os dois tipos, o disco bipartido duplo oferece pouca perda de carga, enquanto o disco integral tem
custo menor e quase nenhuma manutenção, porém perda de carga elevada.
A do tipo de disco integral é ótima para ser utilizada como válvula de quebra vácuo e de fluxo excessivo.
1.3 Válvula de retenção tipo globo

Este tipo de válvula de retenção possui a construção similar a um válvula tipo globo, porém, sem o castelo,
haste e volante. Muitos fabricantes utilizam o mesmo corpo para dos dois tipos de válvulas, modificando somente
a tampa. O disco da válvula que serve como o obturador, tem um pino ou pequena haste, que quando a válvula
abre, sobe na tampa entre guias. A força da gravidade ou o contrafluxo do fluido provoca a descida di disco
fechando a válvula. A tampa da válvula que pode ser do tipo união para bitolas pequenas, ou flangeada para
bitolas maiores, contém uma guia para que a haste do disco possa deslizar para cime e para baixo. O corpo pode
ou não ter um anel trocável para o assentamento do obturador, dependendo do material de construção do corpo
e da natureza do fluido.
Esta válvula deverá ser utilizada somente na posição horizontal, com fluidos que não contêm alto índice de
sólidos em suspensão. Devido à alta perda de carga causada pelo contorno do fluxo e também devido à ação de
amortecedores que a haste e guia possuem, este tipo de válvulas de retenção é mais recomendado pêra fluidos
com alta velocidade de fluxo.
O limite superior da bitola deste tipo de válvula é de 8” ou 10” e, dentro deste limite, pode ser construída para
suportar altas temperaturas e pressões.
Modificando uma válvula tipo globo para que haste fique solta do disco, e que o disco tenha guias para
deslizar na haste, obtém-se uma válvula de retenção que pode também servir como uma válvula de brloqueio ou
regulagem. Abrindo a válvula, esta serve como uma válvula de retenção tipo globo normal. Na falta de fluxo ou
com o contrafluxo, o disco desliza para baixo, na haste, fechando a passagem. Quando o fluido começa a fluir
normalmente, o disco desliza para cima, abrindo passagem. Quando o fluido começa a fluir normalmente, o disco
desliza para cima, abrindo passagem. Fechando a válvula de bloqueio. Em inglês, este tipo de válvula é
chamado de “screw down check valve” ou “stop check valve”.
1.4 Válvula de retenção tipo esfera

É o tipo de retenção cujo fechamento é mais rápido. Essas válvulas, que são utilizadas em fluidos de alta
viscosidade, são fabricadas e usadas apenas para pequenos diâmetros.

Válvula de retenção tipo esfera

1.5 Válvulas de segurança a alívio (PSV)

São válvulas que controlam a pressão a montante, abrindo-se automaticamente quando essa pressão
ultrapassa um determinado valor o qual foi ajustada (set point).
A construção dessas válvulas é semelhante à das válvulas globo angulares. O tampão é mantido fechado
contra a sede pela ação de uma mola, com parafuso de regulagem, ou de um contrapeso externo de posição
ajustável.
Regula-se a tensão ou a posição do contrapeso, de maneira a se ter a desejada pressão de abertura da
válvula.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLGIA DA BAHIA
Campus - Simões Filho

AIALA MABRISA
DINALAIANY CAROLINE
GARDÊNIA CLECIE
TIAGO OLIVEIRA
Petróleo e Gás Natural
Noturno, II Semestre
Disciplina: Automação Industrial
Professor: Ivan King

Válvulas de retenção

Simões Filho
27 de novembro - 2009
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, Marcos A. Válvula de controle. TEK Consultoria, 2003

COOLEY, David Charles. Válvulas Industriais. Rio de Janeiro: Interciência, 1986

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