Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. ESCOLHA:
Tendo em conta que sou, pela primeira vez, professora bibliotecária no Agrupamento de Escolas
de Armamar, decidi debruçar-me sobre o Relatório de Avaliação Externa realizado no meu Agrupamento
em Abril de 2008.
I – Introdução
II – Caracterização do Agrupamento
V – Considerações Finais
relevantes, o que leva a crer que a representante da BE não fez parte dos painéis constituídos para
Na introdução não há, naturalmente, qualquer referência à Biblioteca Escolar, pois, neste ponto,
Assim, esclarece que o relatório expressa os resultados da avaliação externa, que se basearam
resultados da avaliação externa devem ser objecto de análise por parte do Agrupamento e fomentar a
auto avaliação.
É importante que este documento seja analisado pela equipa da Biblioteca Escolar, pois esta
tem uma função central no desenvolvimento das aprendizagens dos alunos e, como tal, é fundamental
que haja referências à Biblioteca Escolar nos domínios avaliados pela IGE, principalmente no que diz
respeito aos resultados escolares, prestação de serviço educativo e capacidade de auto regulação e
melhoramento do Agrupamento.
II – Caracterização do Agrupamento
condições físicas do mesmo, no entanto não há qualquer referência às suas boas condições físicas e
Neste ponto é feita uma análise, tendo em conta os cinco domínios utilizados para a avaliação
de escola e agrupamentos utilizados pela IGE. Esta análise é bastante geral, não havendo espaço para
classificação:
Resultados escolares:
No item “sucesso académico” o papel da Biblioteca Escolar nunca é referido directamente pela
IGE.
cívica numa escola inclusiva” e apresentam-se formas de operacionalizar esta meta, nomeadamente
através da criação e oferta de percursos alternativos (CEF, EFA) e organização de actividades extra
curriculares. Considero que o contributo da Biblioteca Escolar pode estar incluído nas actividades extra
Neste item a Biblioteca Escolar poderia ser nomeada como tendo um papel interventivo em
que pudessem ter tido influência nos resultados escolares da disciplina de Língua Portuguesa.
envolver os alunos em actividades que promovam a formação de jovens conscientes do seu lugar na
sociedade e capazes de ter um papel interventivo. Neste contexto são dados exemplos práticos de
Fernanda Rocha Página 3
participação de alunos e turmas em actividades de âmbito nacional e regional, inscritas no Plano Anual
No item “valorização e impacto das aprendizagens” fica claro que os documentos estruturantes
entre níveis e estruturas de ensino. Estas práticas facilitam o conhecimento da evolução dos alunos e
permitem definir novas estratégias. Apesar de a Biblioteca ser um elemento fundamental neste
processo, podendo ser interventiva, nomeadamente no que diz respeito à articulação curricular com as
Plano Tecnológico da Educação, ela nunca é referida, revelando que não houve, por parte do
aprendizagem”, há uma referência ao Plano Nacional de Leitura, implementado pela Biblioteca Escolar,
Na minha opinião, deveria ser dada maior relevância às actividades, estratégias e programas
relacionados com o Plano Nacional de Leitura. O desenvolvimento da leitura e da literacia deveria ser
uma das principais metas do Projecto Educativo em articulação com a Biblioteca no sentido de
refere que a actividade do Agrupamento segue as linhas definidas no Projecto Educativo e dos outros
o Plano Anual de Actividades. Naturalmente que a Biblioteca se rege por estes documentos apesar de
no Projecto Educativo do Agrupamento não haver qualquer referência ao papel da Biblioteca Escolar.
Liderança
permitindo um maior dinamismo entre JI, as EB1 e EB2,3, pois todos passaram a ter acesso a recursos
Agrupamento. Considero que a BE é um dos recursos que passou a ser usado por todos e muitas das
actividades promovidas para todos passam pela BE, no entanto este dinamismo não é referido nem a BE
Finalmente, no item “ parcerias, protocolos e projectos” é mais uma vez referida a candidatura
No que diz respeito ao item “auto-avaliação” do Agrupamento, parece haver um longo caminho
a percorrer, pois o processo de auto avaliação interna é ainda recente. A auto avaliação iniciou-se em
relatórios elaborados pelas estruturas de orientação educativa face aos objectivos e metas a que se
Tendo em conta que, à data da inspecção, o Agrupamento ainda não fazia parte da RBE, nem
tinha sido criado o modelo de auto avaliação das Bibliotecas Escolares, é natural que o processo da auto
avaliação da Biblioteca não estivesse ainda a ser implementado. A única reflexão era feita através de
Considerações finais
Neste ponto é feito um resumo dos pontos fortes e fracos do Agrupamento e é curioso
constatar que a Biblioteca Escolar não é referida nem como ponto forte, nem como ponto fraco,
oportunidade ou constrangimento.
Na minha opinião este relatório é uma evidência de que, até à data da sua concretização, o
papel da Biblioteca Escolar era subvalorizado, quer pelo Agrupamento quer pela equipa da IGE, já que a
Biblioteca deve ser considerada, no mínimo, como uma oportunidade, pois deve ter um papel central no
desenvolvimento das competências dos alunos e contribuir activamente para o sucesso educativo.