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REFLEXÃO FINAL

Esta acção de formação revelou-se bastante necessária e útil, porque


veio, de certa maneira, orientar todos os professores bibliotecários (PB), que
este ano passaram a desempenhar o cargo a tempo inteiro, na sua tarefa de
pôr em prática o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
(MAABE), e também para esclarecer qual o papel que o Gabinete da Rede de
Bibliotecas Escolares (GRBE) quer que as Bibliotecas Escolares (BE) e os
seus responsáveis passem a desempenhar.

No entanto, este modelo de avaliação das BE, agora implementado,


revelou-se, a meu ver, bastante complexo e, por isso, exige formação. Não só
pede que revele os fundamentos doutrinários sobre os quais se baseia, como
impõe um conjunto de mecanismos de operacionalização muito complexos.

Esta Acção de Formação permitiu também esclarecer e reflectir sobre os


fundamentos em que assenta toda a orientação que o GRBE pretende imprimir
às BE, às prioridades a estabelecer, etc. Pode não ser esse o objectivo
principal declarado mas também isso nos é possível concluir.

Gostaria de ouvir a opinião dos colegas que implementaram o modelo,


no ano passado, no sentido de transmitirem a mais valia desta formação, se
finalmente, eles que tantas dúvidas tiveram nessa altura, talvez agora as
tenham dissipado de vez, ou se pelo contrário continuam com questões por
solucionar, se, mesmo assim, este tema continua a apresentar alguns aspectos
a esclarecer e a aprofundar.

Quero acreditar que esta Acção de Formação correspondeu à


necessidade de prestar esses esclarecimentos, para além de ter consolidado a
ideia de que permanece a urgência de efectuar uma reorientação estratégica
da nossa actividade na BE

No meu caso, foi a segunda vez que estive em formação através do


sistema online e reitero a convicção de considerar francamente positiva a
experiência. No entanto, sublinho alguns constrangimentos técnicos (o servidor
do Ministério da Educação nem sempre se portou à altura!) chegando mesmo a
impedir-me de realizar uma tarefa (fórum 2, na sessão 6, porque não consegui
abrir o documento necessário e, depois de várias tentativas, desisti
definitivamente!). Mas estes constrangimentos não deverão nunca ser
impeditivos de continuar a utilizar-se esta modalidade em futuras acções de
formação, da iniciativa do GRBE, sobre outras matérias que sejam de interesse
para os professores bibliotecários..

O sistema online apresenta demasiadas vantagens e creio que se


instalou definitivamente. Possibilita anular a desvantagem da dispersão
geográfica e, ao mesmo tempo, faculta o acesso a uma formação de qualidade,
disponível para todos e não apenas àqueles que residem mais perto dos
centros de formação. Também permite maior variedade de temas e maior
liberdade de escolha, uma vez que desaparece o constrangimento criado pela
distância geográfica.

Queria apenas deixar aqui um pequeno lamento! Os textos iniciais


apresentaram-se extremamente exigentes, tendo em conta que para a maioria
dos formandos, o assunto tratado era completa novidade, e o processo de
tradução revelou-se penoso, mas concordo que permitiram situar a matéria e
perceber a doutrina em que se sustenta o modelo de AA que vai passar a
vigorar.

As tarefas que se seguiram não foram sempre adequadas ao tempo que


dispúnhamos e ao nível de complexidade que suportávamos nestas condições.

O ritmo semanal das sessões revelou-se excessivo e seria bom, em


próximas formações, que as sessões apresentassem uma cadência mais
alargada. Não gostei do tempo que fui obrigada a gastar nas diversas tarefas
apresentadas e que excederam em muito as horas que, supostamente, lhe
deveria dedicar. Confesso que muito do meu trabalho na biblioteca da escola
foi penalizado devido a esta formação

O GRBE, no documento do MAABE, transmite a ideia da desvalorização


dos “custos”, em termos de tempo dispendido pelos PB, neste processo, insiste
na ideia de que as tarefas de recolha das evidências, tratamento dos dados,
reflexão e análise poderão ser integrados no trabalho normal das equipas das
BE, sem que isso implique uma séria perturbação e um prejuízo para a
actividade da Biblioteca. Tal facto não se revela verdadeiro, reconheço a
necessidade de se estabelecer um mecanismo de avaliação rigoroso e
proveitoso, mas também é nossa obrigação apontar os “custos” do processo e
não deixar passar esta posição contida no referido documento MAABE e que
me parece demasiado optimista e, mais grave ainda, se se revelar pouco
reflectida.

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