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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA

CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE


CURSO DE BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANA PAULA PAGNUSSAT KINSEL


CASSIANO BERWANGER
FABIANE KERBER
NADIA PADILHA DE PRIMO
REGIANE ROMAN

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA

SÃO MIGUEL DO OESTE


2009
ANA PAULA PAGNUSSAT KINSEL
CASSIANO BERWANGER
FABIANE KERBER
NADIA PADILHA DE PRIMO
REGIANE ROMAN

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA

Trabalho apresentado á disciplina


de Controladoria como requisito
parcial à obtenção do grau de
avaliação G1.

Orientador: Prof.ª Jadir Roberto Dittadi, MSc.

SÃO MIGUEL DO OESTE


2009
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.............................................. 4
1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................. 4
2 CONTROLADORIA........................................... 6
3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................................ 8
3.1 ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................ 10
3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO............. 11
3.3 VANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................. 13
3.4 DESVANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.............. 14
3.5 MODELOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................... 15
3.5.1 Modelo SWOT......................................... 15
3.5.2 Modelo PORTER....................................... 16

3.5.3 Exercício Resolvido................................. 17

4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA..... 21

5 CONCLUSÕES.............................................. 23

REFERÊNCIAS............................................... 24

1 INTRODUÇÃO

Tudo o que existe e que foi produzido pelo homem em algum


momento de sua criação foi planejado. Desde o menor dos barcos
até o maior dos aviões necessitaram de um planejamento prévio
à sua construção. Para uma guerra ser vencida, ou um
presidente ser eleito teve-se que planejar qual o caminho a
ser seguido em direção da vitória. Planejar significa
arquitetar, programar, mensurar com bases seguras o que
deseja-se obter como retorno desse planejamento.
Nas empresas planejar significa muito mais do que apenas
estabelecer metas e objetivos a serem alcançados.
Hoje vivemos no tempo da globalização, dos mercados sem
fronteiras e da concorrência cada vez maior entre empresas do
mesmo ramo de atuação. As empresas estão produzindo mais e com
custos menores, devido à materias-primas mais baratas, mão de
obra externa e outros fatores que em abundância fazem com que
seus custos diminuam.
Não se pode mais arriscar nesse mercado tão globalizado e
competitivo. As empresas precisam investir seus recursos, que
já são escassos, de maneira correta e sem possibilidades de
cometerem erros que podem custar a vida da empresa.
Diante desse quadro atual da economia mundial, temos a
seguinte problema de pesquisa: De que forma o planejamento
estratégico pode contribuir para que as empresas se
desenvolvam de maneira sustentável, e qual o papel da
controladoria neste processo?

1.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Devido ao grande avanço da informática nos últimos anos,


os sitemas informatizados de controle interno ficam cada vez
mais eficientes e eficazes com o passar dos dias. Isso faz com
que se tenha a informações mais seguras e confiáveis a
qualquer momento do ciclo de atividade de uma empresa, seja
ela um comércio, uma indústria ou uma empresa prestadora de
serviços.
No entanto, não basta que a empresa tenha todas estas
informações a sua disposição, ela precisa ter pessoas
competentes para utilizá-las de maneira correta, a fim de
tomar as melhores decisões com base nessas informações.
Nesse contexto nosso trabalho visa a atender os seguintes
objetivos específicos:
a)Contextualizar Controladoria;
b)Contextualizar Planejamento Estratégico;
c)Relatar qual o papel da Controladoria no Planejamento
Estratégico.

2 CONTROLADORIA

A palavra Controller significa controlador, pessoa


responsável por reunir as informações relevantes de todos os
controles existentes na empresas e repassá-las aos gestores,
afim de que os mesmos possam tomar as decisões mais adequadas
para o bom desenvolvimento da empresa.
Conforme Nakagawa (1995, p.13) “[...] ao organizar e
reportar dados relevantes, o controller exerce uma força ou
influência que induz os gerentes a tomarem decisões lógicas e
consistentes com a missão e objetivos da empresa.”
A empresa pode ser definida como um sistema aberto que
está interagindo diretamente com as variáveis do ambiente, ou
seja, está em “movimento” constante com seus clientes e
fornecedores, na busca da realização de sua missão. O
principal objetivo da empresa é o lucro que ela obtém para
remunerar as pessoas que dela fazem parte, seja acionistas,
proprietários e empregados.
Para um bom entendimento de Controladoria devemos ter em
mente o que na verdade significa a palavra Controle dentro de
um sistema de planejamento de uma empresa.
Catelli (2001, p.170) diz que “Controle liga-se
diretamente à função de planejamento, já que seu propósito é
assegurar que as atividades da organização sejam desempenhadas
de acordo com o plano.”
O papel da controladoria, portanto, segundo Oliveira;
Perez Jr; Silva (2007, p. 18):

É assessorar as diversas gestões da empresa, fornecendo


mensurações das alternativas econômicas e, por meio da
visão sistemática integrar informações e reportá-las
para facilitar o processo decisório.

Peleias (2002, p.26) comenta que “o controle é a etapa do


processo de gestão que [...] analisa os desvios ocorridos,
procurando identificar suas causas, sejam elas internas ou
externas, direciona as ações corretivas, observando a
ocorrência de variáveis no cenário futuro, visando alcançar os
objetivos propostos.”
Catelli (2001, p.346) diz que “A missão da Controladoria é
de Assegurar a Otimização do Resultado Econômico da
Organização”.
De acordo com Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.13)
“Pode-se entender Controladoria como o departamento
responsável pelo projeto, elaboração, implementação e
manutençao do sistema integrado de informações [...].”
Ainda o mesmo autor cita que “ a controladoria está sendo
citada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da
Contabilidade”.
Verifica-se então a vital função da controladoria dentro
das organizações, pois é ela quem vai deixar os gestores a par
do que se passa com a vida da empresa.
Guerreiro (1989, p. 47) acrescenta que “o controle pode
ser caracterizado por ações corretivas dos gerentes de cada
atividade e de todos os níveis hierárquicos que objetivam a
correção de seus desempenhos em face dos planos, tanto em
nível de eficácia como a nível de eficiência.”

Pode-se entender que o objeto principal da Controladoria é


o estudo e a prática das funções de planejamento, controle,
registro e a divulgação dos fenômenos da administração
econômica e financeira das empresas em geral. (OLIVEIRA; PEREZ
Jr; SILVA, 2007, p. 48)
Confirma-se então que a Controladoria vai dar suporte à
tomada de decisões com base nas informações por ela geradas.
O controle organizacional tem por objetivo segundo
Reginato e Nascimento (2007, p.94) “garantir a eficácia
empresarial, verificando se os recursos à disposição da
empresa foram utilizados com vistas a atingir as expectativas
dos proprietários”.
Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.14) cita que “Outra
importante atribuição da Controladoria é exercer o controle
das atividades de uma entidade”.

3 Planejamento Estratégico
A constante mudança no mundo dos négocios faz surgir a
cada dia uma nova necessidade, um novo desafio dentro de uma
empresa. Para superar estes desafios é necessário inventar e
experimentar novas formas de administração. Algumas são bem
sucedidas, e acabam sendo imitados por outras empresas, já
outras são um fracasso, mas todas de uma forma geral buscando
a continuidade e competividade da empresa.
Dentro desse aspecto a elaboração de planejamentos
estratégicos eficazes, e que tragam resultados positivos é
muito difícil e complicado. A observação de vários aspectos,
internos e externos estão diretamente ligados a essa
dificuldade. As mudanças constantes na economia faz com que a
elaboração de um planejamento se torne uma tarefa onde se
requer muita sabedoria e discernimento.
No contexto organizacional, segundo Silveira Junior (1999,
p.31) “a estratégia corresponde à capacidade de se trabalhar
contínua e sistematicamente o ajustamento da organização às
condições ambientais em mutação, tendo em mente a visão do
futuro [...]”.
Conforme Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.39) “A
estratégia é a determinação de metas básicas a longo prazo e
dos objetivos de uma empresa [...]”.
Segundo ainda os mesmos autores, “pode-se conceituar
planejamento estratégico como o conjunto de objetivos,
finalidades, metas, diretrizes, fundamentais e planos para
atingir esses objetivos [...]”.
Vemos então que planejamento estratégico é na verdade os
planos que uma organização tem em relação ao futuro, e como
serão realizados estes planos.
O planejamento estratégico procura estabelecer metas que,
se atingidas, possibilitarão à empresa alcançar os objetivos
definidos (OLIVEIRA; PEREZ Jr; SILVA, 2007, p.38).
Segundo Nakagawa (1995, p.48) “ O planejamento é o ato de
tomar decisões por antecipação à ocorrência de eventos reais”.
Nakagawa ainda cita que:

O planejamento subdivide-se em duas etapas principais: O


Planejamento Estratégico – que define políticas,
diretrizes e objetivos estratégicos [...]; e
Planejamento Operacional – que define planos, políticas
e objetivos operacionais da empresa [...].

Na busca de prever resultados futuros, baseadas em


decisões que devem ser tomadas hoje, Ackoff (1980, p.77)
descreve:

O planejamento é um processo que se destina a produzir


um ou mais estados futuros planejados e que não deverão
ocorrer, a menos que alguma coisa seja feita. O
planejamento, portanto, preocupa-se tanto em evitar
ações incorretas quanto em reduzir a frequência dos
fracassos ao se explorar a oportunidade.

Na visao de Lunkes(2003,p.15) “O planejamento estratégico


é definido para um período longo de tempo, freqüentemente de
cinco ou mais anos. Ele normalmente traz poucas informações
quantitativas; portanto, utiliza pouca informação da
contabilidade “.
Segundo ainda o mesmo autor, ”O planejamento estratégico
(1) decide para onde a empresa vai ;(2) avalia o ambiente
dentro do qual ela operará; e (3) desenvolve estratégias
para alcançar o objetivo pretendido [...]”

3.1 ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


Segundo Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.40) Na
estruturação dos planos estratégicos, os seguintes quesitos
devem ser levados em consideração:
• Quais as áreas e funções envolvidas;
• Quais as hierarquias envolvidas;
• Quais são os responsáveis pela operacionalização;
• Quais e quantos são os dados internos a serem
considerados;
• Quais e quantos são os dados externos a serem
considerados.
A sequência básica para a elaboração de um planejamento
estratégico compreende, segundo o mesmo autor, em:
a. A determinação da missão da empresa;
b.Análise ambiental;
c.Estabelecimento de diretrizes e objetivos estratégicos;
d.A determinação de estratégias;
e.A avaliação dessas estratégias;
A missão deve vir acompanhada da preocupação que a empresa
tem em relação às necessidades do mercado, para que a empresa
tenha facilidade de se adaptar às exigencias do mercado e a
novos produtos, com preços mais competitivos.
Na análise ambiental vai ser feita análise da empresa com
relação aos ambientes internos e externos. Como ambiente
Externo podemos citar como exemplo as variáveis políticas,
econômicas, sociais e tecnológicas.
De acordo com Silveira Junior (1999, p.46) “A análise
ambiental externa visa ao entorno organizacional, mais
especificamente, à identificação e análise das ameaças e
oportunidades externas á organização”.
Como exemplo de um ambiente interno que possa vir afetar
a empresa no seu planejamento podemos citar a estrutura
oraganizacional da empresa, bem como sua administração e
decisões que são tomadas pelos gerentes.
A análise ambiental interna segundo Silveira Junior (1999,
p.42) “caracteriza-se pela identificação e análise dos pontos
fracos e fortes da organização [...]”.
Depois de feitas as análises internas e externas do
ambiente são elaborados os objetivos estratégicos.
Conforme Oliveira; Perez Jr; Silva (2007, p.46) “Os
objetivos devem expressar em termos concretos as metas que a
empresa quer atingir, e o prazo [...]”.
As estratégias são escolhidas de acordo com o mercado, com
a variedade dos produtos no mercado e com a aceitação do
produto no mercado.
Para avaliar se a estratégia selecionada é boa ou não,
temos que averiguar alguns itens fundamentais a respeito dela,
sejam:
o Verificar se ela aproveita o potencial da
organização;
o Se reduzem vulnerabilidades;
o Se eliminam as ameaças tanto do ambiente interno
quanto do externo;
o Se mantém o riscos associados às operações dentro dos
limites aceitáveis.

3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Para Tavares (2000, p. 330), “tornar uma estratégia clara


é apenas uma passo necessário à gestão estratégica bem-
sucedida. Sua implementação corresponde a um momento decisivo
no processo decisório. Resulta da disposição do corpo diretivo
em tomar decisões criticas, como síntese de todo processo
desenvolvido [...]”.
Um primeiro passo para implantação de um planejamento
estratégico, na gestão econômica, é a busca pelo conhecimento
do cenário de atuação da empresa, bem como suas diretrizes. A
avaliação do cenário se dá através da observação do seu
ambiente. Na observação de um ambiente organizacional, onde se
busca entender um conjunto de entidades que influenciam na
organização, essas entidades são basicamente, relacionadas a
produção de bens e serviços e também outros elementos
necessários para a realização das operações da empresa. O
ambiente organizacional pode ser dividido em ambiente geral e
ambiente especifico:
• Ambiente Geral – Dentro dos componentes desse
ambiente toda e qualquer mudança acarretará reflexos
nas operações da empresa. Mesmo que não seja
diretamente, mas indiretamente afetando uma entidade
do seu ambiente especifico. As variáveis quem afetam
a empresa neste ambiente são: a variável
economica(oscilação do mercado); a variável social
(mundanças culturais; demanda; emprego); a variável
política (imposições do governo, planos e metas do
governo); a variável legal (aprovação de novas leis);
a variável tecnológica (novas tecnológias).
• Ambiente Específico - Este ambiente consiste em
parcerias com outras empresas, no qual afetam
diretamente a sua captação de recursos. A empresa
deve decidir qual o grau de relacionamento que ela
deseja manter com os componentes desse ambiente.
Na Implantação do Planejamento estratégico é necessário
colocar a par toda a oraganização e todos os envolvidos que
dela fazem parte. Pois todos devem saber quais os planos da
empresa e assim com metas e objetivos esclarecidos poderem
contribuir de maneira mais satisfatória para a execução do que
foi planejado.

3.3 VANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


Segundo Nascimento e Reginatto (2007, p.129):

Além de estabelecer os padrões de qualidade requeridos


para a administração, com reflexo direto no resultado da
empresa, o processo formal de elaboração do planejamento
estratégico promove, de forma científica e organizada, a
integração dos participantes da gestão da empresa com as
variáveis que envolvem o negócio, as expectativas
relativas ao resultado esperado de suas atuações, o
direcionamento sistêmico para condução das operações, e,
finalmente, os meios disponíveis para obtenção dos
resultados.

Apesar dos aspectos de dificuldade na criação de um


Planejamento Estratégico é uma forma de garantir que a
organização tenha continuidade em suas atividades fazendo com
que a empresa visualize um futuro e que seus administradores
hajam de forma coerente. Dentre as principais vantagens pode-
se citar:
• Comunicação: Promove uma maior comunicação entre os
membros da empresa;
• Motivação: Promove um aspecto motivacional entre os
colaboradores, os incentivando à alcançarem as metas
estabelecidas;
• Padrões: É a criação de modelos de performance que
proporcionem um resultado satisfatório do planejamento.
• Rejuvenescimento e Renovação: Estabelece diálogos no
intuito de diminuir a resistência interna diante das
mudanças necessárias para a empresa ajustar-se ao
ambiente;
• Prioridade: Demonstra o grau de importância de cada
meta, objetivo a ser alcançado;
• Pró-Ação: Tomada de decisões pró-ativas, ou seja, tomar a
decisão necessária a sua empresa antes que ela seja
prejudicada por fatores externos.
• Outros Benefícios: Possibilita a empresa ter uma visão
ampla de suas forças e fraquezas dando a ela maior
segurança em investimentos em novas oportunidades de
negócios.

3.4 DESVANTAGENS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

• O processo de Planejar é muito dispendioso e demanda


bastante tempo dos gestores e seus colaboradores;
• Tornam-se os gestores intranquilos, pois as mudanças
impostas pelos profissionais nem sempre trazem segurança
de que estas ações trarão efetivos resultados;
• Traz descontentamento aos colaboradores pois introduz
mudanças na realização das atividades da empresa.

Alguns autores como Mintzberg, critico do processo de


planejamento, apresenta desvantagens que podem infirmar o
andamento do processo de planejamento estrategico em um todo.
Em sintese Nascimento e Reginato(2007, pg. 131), descrevem que
para Mintzberg há tres falacias:

A primeira falácia é a de imaginar que alguem seja capaz


de prever de forma segura o que acontecerá no mercado: a
segunda é a de conceber que profissionais especializados
em planejamento, mas que estão longe das operações e do
contexto de mercado, possam produzir estratégias
eficazes: e, por ultimo, cita a falacia da formalização.
O autor questiona se é possivel, de fato, formular
estratégias aplicaveis a apartir de uma metodologia
sistematica de procedimentos formalizados.

Essas criticas estão voltadas na questão de que há equipes


as vezes distantes dos detalhes operacionais, o que na maioria
das vezes leva ao insucesso da implantação do planejamento
estratégico.
3.5 MODELOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO.

3.5.1 Modelo SWOT

É um modelo utilizado para fazer análise de cenário,


externo e interno, sendo um sistema simples que verifica a
posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A
palavra SWOT significa forças, fraquezas, ameaças e
oportunidades. As forças e fraquezas estão relacionam, quase
sempre, a fatores internos. O ambiente interno é resultado das
estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da
empresa. Já as oportunidades e ameaças estão relacionadas a
fatores externos com visão ao futuro, ou seja, ambiente
externo da empresa não pode ser controlá-lo, mas a empresa
deve conhecê-lo e monitorá-lo seguidamente, e assim poder a
aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.

3.5.2 Modelo PORTER

Porter desenvolveu um modelo de planejamento que


proporciona analisar a atratividade de um setor da economia,
atraves das cinco forças competitivas, que devem formatar a
estrategia e spodem ser considerados como redutores de lucro
futuro.
São eles:
• Ameaças de novos entrantes: novos concorrentes que
trazem consigo o desejo de entrar no mercado muitas
vezes com algum diferencial para que possam de firmar
no mercado:
• Poder de negociação dos fornecedores: varia de acordo
com o numero de fornecedores no mercado, que frimar
contratos com os participantes do mercado assim
estabelecendo preços que muitas vezes não compasam no
custo do proprio produto e tambem a qualidade pode
decair em decorrencia dessas atitudes;
• Produtos e serviços substitutos: com a
competitividade surgem produtos substitutos o que
prejudica a rentabilidade do setor, a qual tem que
usar de maneiras estrategicas para demonstrar porque
o produto é melhor que o substituto;
• Poder de negociação de clientes: a busca de maiores
desconto do cliente acaba afetando mas margens de
lucro;
• Rivalidade: com a concorrencia muitas empresas acabam
perdendo lucro devido a reduçao do preço de vendas e
a elevação do custo, isso por uma poisção no mercado.

3.5.3 Exercício Resolvido

Este exercício traz todos os passos de um planejamento


estratégico, baseado em uma empresa fictícia, que fabrica
cosméticos.

Negócio: Empresa do ramo de produtos cosméticos.

Princípios: Trabalha com o intuito de valorizar os recursos


humanos, prezando a marca, e também uma preocupação com a
comunidade do município onde está localizada a sua fabrica
(São Miguel do Oeste, SC), trabalhando com Projetos Sociais.
Missão da empresa: a empresa busca produzir cosméticos de
qualidade, onde a qualidade dos produtos seja aceitos e
reconhecidos em todo o Brasil.

Diagnóstico situacional - abordagem externa:

• Identifique as ameaças: crise financeira do país


proporciona queda de venda, aumento de impostos
ocasionando por conseqüência aumento dos produtos, e
também queda de venda, e perda de mercado para os
concorrentes.

• Identifique as oportunidades: incentivos para exportação


trazendo benefícios Fiscais.

• Dimensione o mercado: participa com 50% das vendas para a


classe A,B e C (já foi 55%).

• Identifique os fatores que geram valor para os clientes:


qualidade marca conceituada, pontos de venda, atendimento
ao cliente e atendimento pós venda.

Faça o diagnóstico situacional - abordagem interna:

• Defina os fatores críticos de sucesso: marca já


reconhecida, políticas sociais, grande valorização do
local onde o produto é vendido, uma boa tecnologia de
fabricação e um serviço de reclamação eficiente.

Classifique os Fatores Críticos de Sucesso de acordo com a sua


importância para o negócio:

• Área da produção, desenvolver tecnologia de fabricação,


grau de importância 1;
• Área de venda, responsável pelos locais de venda do
produto, grau de importância 2;
• Área de propaganda, manutenção da Marca, grau de
importância 3;
• Área de Telemarketing, atendimento aos clientes tirando
dúvidas, ouvindo sugestões e reclamações, grau de
importância 4;
• Área de Responsabilidade Social, trabalha com Políticas
Sociais, grau de importância 5.

Dentro dos FCS, determine aqueles onde a empresa é forte e


aqueles onde a empresa é fraca.

• Ponto Forte: Marketing(marca forte), venda( pontos


selecionados), Responsabilidade Sociais;
• Ponto Fraco: Produção; SAC (serviço com certa
dificuldade).

Identifique as vantagens competitivas da empresa.

• Fornecedores: compra de matéria-prima por bons preços;


• Financeiro: sólido
• Atuação do mercado: uma das mais antigas neste ramo

Identificar desvantagens competitivas da empresa:


• Preço alto;
• Tecnologia obsoleta,
• Locais de venda.

Analisando as oportunidades e ameaças, os pontos fortes e


fracos da empresa, determine os objetivos organizacionais,
para realização no prazo de um ano:

• Marca: Aproveitar-se para se manter no mercado;


• Solidez no mercado, sofrendo ameaças diante da crise
financeira, trabalhando com um plano estratégico para se
preparar contra a crise;
• Preço alto: Fazer parte de cooperativas e se aliar as
outras empresas;
• Tecnologia Obsoleta: Buscar investir em tecnologia para
produzir mais e com maior qualidade, e baixar os preços;
• Locais de Venda: buscar novos pontos de vendas em outras
regiões;
• Incentivo a Exportação: aproveitar desses incentivos para
desenvolver mais esse mercado.

Definição das estratégias: Cada objetivo traçado corresponde à


uma estratégia. Cada estratégia tem um responsável e um prazo
para ser executada.

• Investir em tecnologia para reduzir preço, responsável


departamento produção, tendo como estratégia Planejamento
Estratégico, prazo de 1 ano;
• Desenvolver mais pontos de vendas, responsável
departamento de marketing, tendo como estratégia
Planejamento Tático, prazo de 1 ano;
• Enfrentar as crises financeiras, responsável departamento
Financeiro, tendo como estratégia Planejamento
Operacional, prazo de 3 meses;

4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PAPEL DA CONTROLADORIA


Neste capítulo trataremos da controladoria e de que forma
ela pode contribuir para que seja feito um bom planejamento
estratégico.
Segundo CATELLI (2001, p.155):

O planejamento é feito não apenas por causa da


globalização, das incertezas, [...], ou de novas
tecnologias, que tornam o ambiente mais inseguro [...].
Planeja-se porque existem tarefas a cumprir, [...]
enfim, produtos a fabricar, serviços a prestar.

Verifica-se que as empresas não esperam eventos


modificativos do mercado ou alterações na economia para
planejar suas atividades, mas o fazem devido à necessidade de
alcançarem objetivos desejados.
Na concepção de Oliveira (2007, p.38) “Uma das funções
básicas da controladoria é comparar os resultados gerados pela
atividade com os que haviam sido projetados”.
Infere-se da citação anterior que a controladoria é quem
vai, através de seus sistemas de controles internos e o
sistema contábil, acompanhar e monitorar o planejamento
estratégico em execução.
Para o Conselho Federal de Contabilidade , o sistema
contábil e de controles internos compreende o plano de
organização e o conjunto integrado de métodos e procedimentos
adotados pela entidade na proteção de seu patrimônio, promoção
da confiabilidade e tempestividade de seus registros e
demonstrações contábeis e de sua eficácia operacional.
Conforme Oliveira (2007, p.94) “O tipo de estratégia e de
estrutura deve condicionar as características do sistema de
controles.”
Os sistemas de controle que na prática irão prover as
informações importantes para os gestores, é que vão então
ajudar na formulação de estratégias, assim como o
acompanhamento das mesmas.
Então como verificado, o tipo de estratégia adotada pela
organização é que vai definir quais controles internos serão
incorporados na mesma.

5 Conclusões
As empresas buscam desenfreadamente alternativas de
sucesso cada vez melhores. Procuram investir macissamente em
ativos, em tecnologia, em mão-de-obra qualificada e em cursos
para qualificar os empregados atuais. As mesmas, muitas vezes,
não percebem que podem também fazer a diferença com medidas
menos sacrificantes para o capital da empresa e com resultados
mais previsíveis, quer seja: Planejando e controlando tudo o
que se passa dentro da organização.
Com a advento da globalização e com subsidios cada vez
mais eficientes vindos da área informacional, os sistemas de
controles internos e os sitemas contábeis existentes tornam-se
aliados indispensáveis no crescimento das organizações e no
planejamento das mesmas.
Para planejar com eficiência e com menores possibilidades
de falhas necessita-se de controles efetivos, controles estes
que darão suporte para todas as áreas da empresa e que
suprirão as necessidades de informações necessárias aos
gestores para tomada de decisões.
Conlui-se que o planejamento estratégico somente poderá
ser exequível quando aliado a controles internos e externos,
ou seja, é de suma importância planejar com dados reais e
reportados de maneira integral principalmente aos dirigentes
para que os mesmos definam com base nesses dados qual será o
tipo de planejamento que será feito. Esse é o papel da
controladoria dentro do planejamento estratégico.

REFERÊNCIAS
CATELLI, Armando. Controladoria. Uma Abordagem da Gestão
Econômica – GECON. São Paulo: Atlas, 2001.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais de


contabilidade e normas brasileiras de contabilidade. Brasília:
Conselho Federal de Contabilidade, 2000.

GUERREIRO, Reinaldo. Modelo conceitual de Sistema de


Informação da Gestão Econômica: uma contribuição à Teoria da
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Contabilidade) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989.

LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento. São Paulo: Atlas,


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NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à Controladoria: conceitos,


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NASCIMENTO, Auster Moreira; REGINATO, Luciane. Controladoria.


Um Enfoque Na Eficácia Organizacional. São Paulo: Atlas, 2007.

OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ Jr., José Hernandez; SILVA,


Carlos Alberto dos Santos. Controladoria Estratégica. São
Paulo: Atlas, 2007.

PELEIAS, Ivam Ricardo. Controladoria: Gestão eficaz utilizando


padrões. São Paulo: Saraiva, 2002.

SILVEIRA JÚNIOR, Aldery; VIVACQUA, Guilherme. Planejamento


Estratégico Como Instrumento de Mudança Organizacional. São
Paulo: Atlas, 1999.

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