Você está na página 1de 9

SESSÃO 4 - O MODELO DE AUTO-

AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS


ESCOLARES: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE I)

PLANO DE AVALIAÇÃO

DOMÍNIO A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular

SUBDOMÍNIO A.2 – Promoção das Literacias da Informação,


Tecnológica e Digital

INDICADORES A.2.2 Promoção do ensino em contexto de competências


de informação da escola/agrupamento

A.2.4 Impacto da BE nas competências tecnológicas,


digitais e de informação dos alunos na
escola/agrupamento

Trabalho Elaborado por: Maria Teresa André


Novembro de 2009

1
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
1. Introdução

Avaliar para QUÊ?

Para identificar pontos fortes e pontos fracos no Plano da BE, no sentido de:

• Identificar necessidades de investimento;

• Equacionar novas práticas de trabalho e de funcionamento em termos da eficácia de serviços;

• Avaliar novas áreas de formação para a equipa da BE, tendo em vista prestar um melhor serviço aos utilizadores da BE.

Avaliar porquê?

O Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares serve para apoiar o desenvolvimento das bibliotecas escolares e demonstrar a sua
contribuição e impacto no processo ensino e aprendizagem.

• Para melhorar os serviços da Biblioteca Escolar no sentido da mesma responder cada vez mais às necessidades da escola e mais
facilmente contribuir para que cumpra a sua missão e atinja mais facilmente os seus objectivos.

• A avaliação deve ser encarada naturalmente e decorrente do normal funcionamento da actividade de gestão da biblioteca, utilizando os
seus resultados para a melhoria contínua.

• Para integrar a avaliação da BE no processo da avaliação interna e externa da escola.

2
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, de acordo com a RBE além da avaliação das bibliotecas em termos de inputs
(instalações, equipamentos, financiamentos, staff, colecções, etc.), processos (actividades e serviços) e outputs (visitas à biblioteca,
empréstimos, consultas do catálogo, pesquisas bibliográficas; respostas do serviço de referência, materiais produzidos, etc. …),
desenvolvendo formas de avaliação da qualidade dos serviços e da sua performance de carácter eminentemente quantitativo e quase sempre
traduzidas em termos de custos e eficiência, pretende medir os outcomes (Impactos) significa, no entanto, ir mais além, no sentido de
conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca. A qualidade da biblioteca deriva do valor atribuído pelos
utilizadores a esse benefício, traduzido numa mudança de conhecimento, competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar,
inclusão, etc. (texto da sessão 4)

2. A escolha do domínio

A escolha do domínio para este trabalho deve-se ao facto de haver necessidade de compreender a importância que a BE e a utilização das
TIC, tem nas aprendizagens e no sucesso educativo dos alunos da escola.
Dado o avanço que as tecnologias de informação tiveram nos últimos anos, há urgência em que os professores também se ajustem a esta
nova exigência que é a utilização das TIC, a interacção digital e a gestão do excesso de informação.

2.1. A escolha dos indicadores

A.2.2 (Processo) - Promoção do ensino em contexto de competências de informação. Este indicador de processo indicará o trabalho realizado
e como foi realizado.

A.2.4 (Impacto) - Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos.

3
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
Este indicador, sobre resultados/impactos permitirá conhecer em que medida os serviços estão a corresponder às necessidades dos
utilizadores, como é que a acção da BE exerce influência sobre as actividades de docentes e alunos, como é que a BE contribui para a
obtenção dos objectivos curriculares.

Será necessário conhecer os processos para melhorar o desempenho. A partir da análise de diagnóstico, dos projectos planificados, avaliar os
pontos fracos, utilizar ferramentas para os tornar fortes, através de uma evolução proposta.

Nos indicadores de Processo, os Factores Críticos de Sucesso são formulados em termos daquilo que a BE vai fazer, nos de Impacto os
Factores Críticos de Sucesso são formulados em termos do que os alunos fazem.
Relativamente ao subdomínio A.2.4., é de realçar que o indicador tem em conta o impacto da BE nas competências tecnológicas e de
informação dos alunos. É relevante o que os alunos devem fazer. Se utilizam linguagens, suportes, modalidades de recepção e de produção
de informação variadas, se o seu trabalho passa pelas diversas fases do processo de pesquisa e tratamento da informação se identificam
fontes de informação e seleccionam devidamente a informação, se organizam, sintetizam e comunicam a informação tratada e avaliam os
resultados do trabalho realizado, se demonstram compreensão sobre os problemas éticos, legais e de responsabilidade social associados ao
acesso, avaliação e uso da informação e das novas tecnologias.
O que muitas vezes se verifica é que há um uso abusivo e indevido da informação disponível, por não saberem muitas vezes seleccioná-la e
trabalhá-la.

3. Intervenientes no Plano
Será constituída uma equipa liderada pelo professor bibliotecário, a equipa da BE e o Director.
Esta deverá contar com os coordenadores de departamento curriculares, directores de turma, coordenador do PTE, docentes e alunos (de
acordo com a amostra proposta pela RBE no Modelo), pessoal não docente e encarregados de educação.

4
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
4. Calendarização
Será proposta e aprovada em Conselho Pedagógico. O processo deverá decorrer durante o ano lectivo.

5. Plano de Avaliação

INDICADOR DE PROCESSO FACTORES A AVALIAR

• A BE, procede, em ligação com os órgãos pedagógicos da Escola ao levantamento nos


currículos das competências de informação inerentes a cada disciplina/área curricular e nível de
estudo, com vista à definição de um currículo de competências transversais adequado a cada
A.2.2.
ano de ensino.
Promoção do ensino em contexto
de competências de informação • O PEE e PAA, prevêem o desenvolvimento de um Programa de Literacia da Informação,
articulado e progressivo, abrangendo todos os níveis de escolaridade?

• Está institucionalizada a utilização de 1 modelo de pesquisa de informação ao nível da escola?

• A BE promove actividades de formação para professores e alunos no âmbito das competências


de informação inerentes a cada etapa do modelo de literacia da informação institucionalizado,
em pequeno ou grande grupo e devidamente calendarizadas?
• A BE produz e divulga, em colaboração com os docentes, guiões de apoio à
aquisição/consolidação das competências de informação inerentes a cada etapa do modelo de
literacia da informação institucionalizado?

5
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
INSTRUMENTOS PARA RECOLHA DE
FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO EVIDÊNCIAS

• A BE procede, em ligação com os órgãos pedagógicos da • Análise do PE


Escola/Agrupamento, ao levantamento nos currículos das competências de • Análise de actas
informação inerentes a cada disciplina/área curricular e nível de estudo, com • Análise do PA da BE
vista à definição de um currículo de competências transversais adequado a • Materiais produzidos
cada ano de escolaridade. • Dados estatísticos das sessões de utilizadores
• Nº de sessões
• A BE promove a integração, com o apoio dos órgãos de gestão e dos • Nº de alunos envolvidos
docentes, de um plano para a literacia da informação no Projecto Educativo e • Nº de professores envolvidos
Curricular do Agrupamento e nos Projectos Curriculares das Turmas • Ficha de avaliação da actividade preenchida
por alunos e docentes
• A BE propõe um modelo de pesquisa de informação a ser usado por toda a • Materiais de apoio produzidos pela BE
escola
• Número de docentes que utilizam o guião de
pesquisa
• A BE estimula a inserção nas unidades curriculares, Áreas de Projecto,
• Actas das reuniões de planificação.
Estudo Acompanhado/Apoio ao Estudo e outras actividades, do ensino e
• Registos de contactos informais
treino contextualizado de competências de informação
• Planificações
• A BE produz e divulga, em colaboração com os docentes, guiões de • Questionário - QP1
pesquisa e outros materiais de apoio ao trabalho de exploração dos recursos
de informação pelos alunos

• Os elementos da Equipa da BE participam, em cooperação com os docentes,


nas actividades de ensino de competências de informação com
turmas/grupos/alunos

6
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
INDICADOR DE IMPACTO FACTORES A AVALIAR

• Saber se os alunos utilizam, de acordo com o seu nível de escolaridade, linguagens,


suportes, modalidades de recepção e de produção de informação e formas de comunicação
variados, entre os quais se destaca o uso de ferramentas e media digitais;
• Se dominam, de acordo com o ano que frequentam, as diferentes competências de
A.2.4. informação inerentes a cada etapa do modelo de literacia, de literacia de informação
Impacto da BE nas competências institucionalizado, salientando-se as que dizem respeito à forma como:
tecnológicas e de informação dos - seleccionam o tema a abordar;
alunos - procedem ao levantamento das diferentes fontes de informação que a BE pode
disponibilizar sobre o assunto;
- usam diferentes técnicas de pesquisa ao nível do catálogo da BE para localizar as
fontes que são pertinentes para o tema que quer tratar;
- seleccionam e fazem o registo das fontes de informação variadas que falam sobre
o tema (Internet, fontes impressas, em suporte vídeo, etc.);
- acedem às fontes em causa, e através de diferentes estratégias – tirar notas, fazer
resumos, selecção de palavras-chave, etc retira a informação necessária e que dá resposta às
questões;
- distinguem o essencial do acessório, retirando apenas a informação que vai de
encontro aos tópicos em questão;
- tratam a informação pesquisada, produzindo uma nova informação num discurso
próprio;

7
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
- estabelecem um plano para apresentação da nova informação;
- escolhem um suporte próprio para apresentação da nova informação;
- avaliam todo o percurso percorrido, considerando a correcção das opções feitas.
• Conhecem e respeitam as questões éticas e legais associadas ao acesso e uso da
informação e ao uso das novas tecnologias.
• Revela progressos ao longo do ano no uso de competências tecnológicas e de informação

INSTRUMENTOS PARA RECOLHA DE


FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO EVIDÊNCIAS

• Os alunos utilizam, de acordo com o seu nível de escolaridade, linguagens, • Inquéritos QP1
suportes, modalidades de recepção e de produção de informação e formas de • Inquéritos QA1
comunicação variados, entre os quais se destaca o uso de ferramentas e media • Grelhas de avaliação dos trabalhos dos
digitais. alunos
• Grelha de análise dos trabalhos dos alunos
• Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo com o nível de escolaridade • Registos de sessões de trabalho
que frequentam, as diferentes fases do processo de pesquisa e tratamento de • Trabalhos produzidos pelos alunos
informação: identificam fontes de informação e seleccionam informação,
recorrendo quer a obras de referência e materiais impressos, quer a motores de
pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou outras fontes de informação
electrónicas, organizam, sintetizam e comunicam a informação tratada e
avaliam os resultados do trabalho realizado

• Os alunos demonstram, de acordo com o seu nível de escolaridade,


compreensão sobre os problemas éticos, legais e de responsabilidade social
associados ao acesso, avaliação e uso da informação e das novas tecnologias.

8
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)
6. Análise e tratamento dos dados
Ao longo do ano lectivo, serão recolhidas diversas evidências. Os dados recolhidos serão analisados no final do ano lectivo e será feita a
verificação dos níveis de desempenho alcançados nos indicadores propostos.
Posteriormente será elaborado o relatório de acordo com o modelo apresentado no Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, onde
serão focados pontos fortes e fracos que devem ser objectos de plano de melhoria.

7. Comunicação dos resultados


No final do ano lectivo, os resultados obtidos e já no Relatório de Auto-Avaliação da BE, serão apresentados, discutidos e aprovados em
reunião de CP.
Posteriormente divulgado junto da Comunidade Educativa através dos canais de comunicação de que a BE dispõe.
Este documento fornece as ferramentas para se proceder à elaboração de um Plano de Melhoria, no sentido de melhorar os pontos fracos que
deverá entrar em vigor no ano lectivo seguinte.

9
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de Operacionalização (Parte I)

Você também pode gostar