Você está na página 1de 5

MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS

BIBLIOTECAS

WORKSHOP FORMATIVO

INTRODUÇÃO
A concepção e a dinamização deste workshop resultam da participação da
equipa das BEs do Agrupamento de Escolas, ao qual pertenço.
Para não segmentar artificialmente a comunidade escolar, pondo em relevo
que, apesar da sua constituição heterogénea, A BE está empenhada na
construção da sua efectiva unidade, este Workshop destina-se aos elementos
representativos dos vários stakeholders da comunidade escolar do
Agrupamento1.
Esta acção visa esclarecer que a aplicação do modelo de Auto-Avaliação à BE
é um procedimento necessário para a aferição desta e para a rectificação da
sua intervenção pedagógica na comunidade, na medida em que, no novo
paradigma da sociedade da informação e do conhecimento, as BEs jogam um
papel central nas aprendizagens das literacias da actual sociedade2 e devem,

1
A não inclusão de alunos neste Workshop deve-se à inadequação do seu nível de
desenvolvimento cognitivo em relação ao plano de análise crítica em que aquele decorrerá .
Caberá aos professores titulares de turma, com a colaboração da professora bibliotecária (que
elaborará um folheto informativo compatível com a maturidade dos alunos sobre o Modelo, com
os principais objectivos, domínios e formas de participação), a realização desta tarefa.
2
Para a consecução deste desiderato, é fundamental o desempenho do professor bibliotecário
enquanto “reading advocate”, como o refere Michael Eisenberg (cf.“This Man Wants to Change
Your Job”, in School Library Journal ): “The school librarian also serves as a reading advocate.
Reading proficiency is widely recognized as the number-one predictor of student success. In The
Power of Reading: Insights from the Research (Libraries Unlimited, 1993), education researcher
Stephen Krashen says free school reading programs are consistently effective—more than 90
percent of student readers do as well or better than those engaged in traditional language arts
programs. (…) Furthermore, the "independent learner" part of the Information Power standards
for student learning states that the pupil "who is an independent learner is information literate and
appreciates literature and other creative expressions of information."
The school librarian can run his or her program in collaboration with classroom teachers, reading
specialists, and other educators, exciting students about books and media, as well as providing
easy access to rich book and media collections. As a reading advocate, school librarians fulfill the
teacher and instructional partnership expectations of Information Power.”

1
por isso, ser vistas como uma parte decisiva no ensino/aprendizagem
efectuado nas escolas.
Visa também persuadir a uma participação de todos neste processo, uma vez
que a Auto-Avaliação das BEs se pretende objectiva e sistemática, científica,
centrada no que a realidade mostra (nos seu indicadores de performance
construídos a partir da experiência dos utilizadores) e não já na opinião
empírica e subjectiva (centrada no “eu penso” do seu bibliotecário).
A Auto-Avaliação é uma etapa fundamental para a afirmação da importância da
BE, que não é propriedade intrínseca dos seus recursos e do seu serviço, mas
o resultado da valoração atribuída por todos os seus utilizadores.
Para tal, torna-se pertinente explicitar à comunidade as áreas nucleares da
intervenção da BE, por forma a envolver todos na diversa e convergente acção
educativa e a empenhá-los na identificação dos pontos fracos e fortes e no
desenvolvimento de esforços para a superação daqueles para a tornar mais
eficaz na sua função, para fazer evoluir os serviços e para justificar os pedidos
de orçamento que são necessários3.

DESTINATÁRIOS

Elementos/representantes (até ao limite 20) relacionados com o


Agrupamento de Escolas de Santo Onofre de:

- Associação de Encarregados de Educação;


- Conselho Pedagógico;
- Coordenadores de Departamento;
- Direcção do Agrupamento;
- Coordenadores de Estabelecimento;
- Restante comunidade envolvida (funcionários, autarquia, instituições...);
- Professores interessados.

3
Cf. “Texto da Sessão".

2
OBJECTIVOS

- Compreender que a Auto-Avaliação é uma condição da melhoria da


performance das bibliotecas.
- Conhecer as linhas de força do Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas.
- Reconhecer a importância da colaboração de todos os elementos da
comunidade educativa na melhoria dos resultados.
- Compreender a necessidade de basear a avaliação em evidências.
- Identificar formas de recolha sistemática de evidências.
- Perspectivar as mudanças que a aplicação do Modelo impõe na
organização escolar.
- Persuadir a comunidade educativa a empenhar-se no processo de auto
-avaliação.

DURAÇÃO

3 horas (uma Quarta-feira, das 16:45 às 19:45)

METODOLOGIA

1. Brainstorming com as seguintes questões:

- Quem avalia?
- Por que razão avalia?
- Para quê avaliar?
- Como avaliar?
- Quando avaliar?

3
2. Apresentação de um Powerpoint sobre o Modelo de Auto-Avaliação das
BEs, contendo:

- Objectivos do Modelo
- Conceitos implicados
- Organização Estrutural e Funcional do Modelo: domínios e subdomínios;
quadro com zonas nucleares de intervenção, factores críticos, exemplos
de evidências4 e sugestões de acções de melhoria; perfis de
desempenho da BE; e aplicação progressiva do Modelo

3. Formação de grupos de trabalho heterogéneos. A cada grupo será


distribuído um dos seguintes temas para reflexão:

a) Modelo de Auto-Avaliação das BEs: importância


pedagógica

b) Oportunidades e constrangimentos à aplicação do


Modelo nas nossas escolas.

c) Mudanças implicadas na aplicação do Modelo

d) Instrumentos de recolha de evidências: quais como


e quando utilizar

4. Apresentação do resultado da análise feita por cada grupo e partilha de


perspectivas abertas pelas intervenções.

5. Síntese final, que será divulgada na Plataforma Moodle na Página da


BE, e avaliação do Workshop pelos participantes.

4
Neste ponto, explicitarei o conceito de evidência tal como é apresentado no Modelo de Auto-
Avaliação e no ponto 3 do “Texto da Sessão”.

4
RECURSOS MATERIAIS

Computadores com acesso à Internet para consulta de documentos de


apoio, disponibilizados, pelo menos com uma semana de antecedência,
na Plataforma Moodle do Agrupamento:

- Powerpoint elaborado para a realização deste Worshop


- Artigos indicados na Plataforma da RBE
- http://archive.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097f.pdf
- Apontador para Site da RBE
- Manifesto da Biblioteca escolar da Unesco – Missão e objectivos da
BE
- Portaria n.º 756/2009 de 14 de Julho.
- Questionário de avaliação.

TRABALHO REALIZADO POR

Filomena Rodrigues

Você também pode gostar