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Sessão 6 Sandra Cristóvão

Comentário Crítico aos Relatórios de Avaliação Externa

Após uma leitura atenta dos seis Relatórios de Avaliação Externa (RAE) propostos para
realização das tarefas desta sexta sessão, é forçoso concluir que as referências às Bibliotecas
Escolares, nos relatórios dos diferentes agrupamentos ou escolas, são bastantes escassas.
A Avaliação Externa assenta em cinco domínios - resultados, prestação do serviço
educativo, organização e gestão escolar, liderança e capacidade de auto-regulação e melhoria do
agrupamento - que permitem uma conexão com as diferentes vertentes da BE ou com os
domínios do Modelo de Auto-Avaliação da BE (MAA). Seria extremamente pertinente verificar
de que forma o Apoio ao Desenvolvimento Curricular (MAA) se reflecte no Sucesso Académico
(RAE), na Valorização e Impacto das Aprendizagens (RAE) ou na Abrangência do currículo e
valorização dos saberes e da aprendizagem (RAE). Ou ainda que resultados têm os Projectos,
Parcerias e Actividades Livres e de abertura à comunidade (MAA) e que importância têm nas
Parcerias, protocolos e projectos (RAE) da escola ou do agrupamento ou na Participação dos pais
e outros elementos da comunidade educativa (RAE).
Contudo nos diferentes relatórios a BE é reduzida a um espaço, como podemos verificar
nas seguintes frases:
• “Entre outros espaços, e além das salas de aula normais, dispõe de salas
específicas destinadas a Educação Visual e Educação Tecnológica, Ciências
Naturais/Ciências da Natureza, Ciências Físico-Químicas e uma Biblioteca/Centro
de Recursos.” (Relatório do Agrupamento de Escolas de Freixo - Ponte de Lima,
p.3)

• “Não obstante se encontrem asseguradas as condições de higiene e limpeza dos


principais espaços de uso comum, designadamente, o refeitório, a biblioteca e o
pavilhão gimnodesportivo,…” (Relatório do Agrupamento de Escolas de Freixo -
Ponte de Lima, p.9)

• “Os espaços específicos, incluindo a biblioteca e os laboratórios, encontram-se


devidamente equipados para o fim a que se destinam, tanto em quantidade, como em
qualidade.” (Relatório da Escola Secundária Professor Herculano de Carvalho -
Lisboa, p.4)
Embora a quase totalidade das referências que encontramos limitem a BE a um espaço
físico, encontramos algumas referências aos serviços prestados pela BE e a actividades
organizadas pela BE:

• “… BE/CRE apetrechada pela Rede Nacional das Bibliotecas Escolares que


oferece diversas possibilidades aos alunos, tais como realizarem trabalhos,
requisitarem livros e fazerem pesquisas na Internet.” (Agrupamento de Escolas de
Ribamar, p.9)

• A BE/CRE tem desenvolvido algumas actividades de consolidação da identidade


do Agrupamento, entre as quais um projecto de escrita criativa que envolve todos os
níveis de educação e ensino. (Relatório do Agrupamento de Escolas de Mafra, p.11)

Desta breve análise, podemos concluir que a BE ocupa um lugar insignificante para a
Avaliação Externa, embora se trate de uma das estruturas pedagógicas fundamentais no
desenvolvimento das diversas competências. Por outro lado, fica claro que a Avaliação Externa
não efectua uma avaliação válida no que se refere exclusivamente à BE. Contudo a BE não pode
prescindir de uma avaliação aprofundada e criteriosa, que permita diagnosticar os seus pontos
fracos e pontos fortes, as suas oportunidades e os seus constrangimentos. O MAA vem desta
forma suprir esta “lacuna”. Embora se trate uma auto-avaliação, está poderá atingir os mesmos
objectivos, se for realizada de forma idónea e imparcial.

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