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Colega Arminda

Li o seu trabalho e considero que o seu texto deveria ser disponibilizado em futuras acções de
formação como bibliografia obrigatória das sessões. Trata-se de uma síntese na nossa língua
que explica muito bem tudo o que interessa e que tivemos de aguentar em bom inglês, tão
bom que não nos livramos dele (uma das sessões deveria ser dedicada à melhor tradução para
“advocacy”, “empowering”,”the dot.com age”, “the dot.con age” “the dot.come-and-gone
age”, and so on… Mas abandonar esta terminologia que nos enche a boca não seria a mesma
coisa!).

Com um texto como o seu, que resume a bibliografia presente, a passada e, tanto quanto sei, a
que está para vir, arrepiávamos caminho: entrávamos, sem mais demora, na filosofia da auto-
avaliação das bibliotecas, líamos o modelo, fazíamos umas experiências com as grelhas e os
inquéritos (quiçá uns pré-testes) e depois passávamos rapidamente ao essencial. E o que é o
essencial? É construir projectos e realizarmos acções no terreno para termos qualquer coisita
de jeito para avaliar… É assim que se ganha o respeito na escola. Não se chega com um grande
modelo, faz-se um grande alarido para expormos – adivinhe - as nossas grandes fraquezas!

Mas não… Andamos aqui a encher chouriços, vamos embarcar numa tarefa monstruosa em
termos de dispêndio de tempo para concluirmos três coisas:

- somos jeitosinhos no B e no C;

- razoáveis no D, ou um bocadinho menos;

- sofríveis, ou pior, no A, que é o que urge mudar.

Este é o último comentário sério que faço, embora tenha influência de duas figuras dos
Marretas, os velhotes que cascam em tudo. Nos próximos, troco galhardetes…

Adeus

Bom trabalho

Isabel Brito
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
Sessão 3– Tarefa 2 - Isabel Brito

Olá Paula

Depois de percorrer inúmeros trabalhos, confesso que não os vi


todos, concluí que, se fosse elemento de alguns Conselhos Pedagógicos
ficaria ofuscada com tanta cor e movimento nos Powerpoints.
Acrescentemos-lhe as citações na língua que a gente sabe, os textos a
perder de vista e algumas inferências de grande alcance como sejam a
influência da auto-avaliação da BE no prazer de ler dos alunos, e temos
tudo a postos! Afastam-se do propósito de motivar o que quer que seja.

O seu trabalho não apresenta nenhuma das situações que referi. É


claro, limpo, objectivo, capaz de esclarecer e convencer um Conselho
Pedagógico, mesmo que todos os elementos fossem como eu – picuinhas!

Um abraço

Isabel Brito
Viva Helena

O seu trabalho está muito completo. Disso não tenha dúvidas. Escolhi-o porque ele
acaba por vir de encontro a uma dúvida que tive na 4ª feira, logo que abri a tarefa e o
texto da sessão. Reparei que não havia leituras obrigatórias. No entanto, lá no texto
aparecia um tal Documento de leitura obrigatória Basic Guide To Program Evaluation, que
não era disponibilizado. Foi esse que consultou, quando referencia as páginas, não foi? Eu
ainda lhe passei uma vista de olhos quando o encontrei na net, mas as formadoras,por e-
mail, disseram que o único documento de trabalho era mesmo o MABE. Lá terei que o
esmiuçar para a próxima…

Um abraço

Isabel Brito
Viva Adelaide
Saudações à Caloira
Passei os olhos por várias matrizes, algumas muito completas outras sem
interesse nenhum, e vim parar à Adelaide Mariano Mariano à procura de um perfil:
- alguém que eu não conheça;
- alguém que apresente um relato sintético;
- alguém que esteja a sentir constrangimentos de início de funções.
Atrevo-me a fazê-lo porque às vezes pedem-me algumas indicações e eu lá
vou dando alguma ajuda com o pouco que sei. Ontem fui visitada por uma colega
desconhecida na mesma situação da Adelaide. E lembrei-me de fazer um comentário
nesses moldes. Está a ver que a lei do menor esforço não me é indiferente! Também li
os comentários da Sandra, simples, optimistas e confiantes, sobre si e o seu trabalho,
e fiz a minha escolha.
O seu discurso pareceu-me objectivo e, mesmo apresentando
constrangimentos, não assume uma atitude miserabilista de achar que nós, os da
Biblioteca, somos muito bons e que os outros é que não prestam porque não percebem
nada nem valorizam o que fazemos.
Ando nisto há uns anitos e realmente tenho a vida facilitada. Disponho de
orçamento próprio, verbas de candidaturas a projectos, estou na mesma escola há 15
anos, já conheci 4 patrões e todos eles apoiaram a BE. Imagine que, desde que iniciei
a mudança, tive sempre duas funcionárias, as quais nunca mudaram de funções.
Como está a começar, não tem vícios. Mas deve sentir-se ansiosa e com uma
vontade enorme de trabalhar, de mostrar novidades e de justificar a sua função, até
para calar o outro que acha que vai descansar na BE. Se o fizer, transformará a sua
BE num pólo atractivo porque será vista como uma facilitadora. Por outro lado,
poderá desviar-se da verdadeira missão da BE e do professor bibliotecário que, na
concepção de Ross Todd e Allison Zmuda, deve ser um especialista da aprendizagem.
Tem consciência de que a BE é o centro da aprendizagem da escola e de que a
sociedade da informação terá de dar lugar rapidamente à sociedade do conhecimento,
ou comprometeremos seriamente o futuro. Também tem ideias bem definidas acerca
do papel das tecnologias, pois refere que a destreza tecnológica não significa
necessariamente conhecimento.
Proponho-lhe que se centre nesse seu projecto/acção que anuncia no domínio
da Formação para a leitura e as literacias e que designou na coluna dos Desafios por:
Promover acções de promoção (…) da literacia da informação junto dos utilizadores.
Em vez de o fazer pontualmente, conceba um conjunto de sessões turma a turma,
com a duração média de 1,5 blocos, e apresente um projecto de formação aos seus
colegas directores de turma, titulares da Área de Projecto e/ou Estudo Acompanhado.
Integre as suas sessões nos Projectos Curriculares de Turma e na planificação das
referidas ACND’s. Combine as sessões, na BE, assine o sumário dessas aulas e teste
com os alunos o modelo do BIG SIX, ensine regras de referência bibliográfica,
exemplifique situações de plágio, ponha os alunos a “teclar” em busca de bons e maus
sites, que escolheu previamente em função dos temas que eles andam a desenvolver, e
vai ver os seus colegas rendidos e a partilharem consigo o espaço da BE e a realização
das tarefas com os alunos em aulas futuras. Com sorte, até a deixam participar na
avaliação dessas competências! Dê-lhes os seus materiais, disponibilize-os na Web e
vai constatar que ninguém lhe dirá que tem oportunidade de descansar na BE. Mas
não queira fazer tudo! Comece por um ou dois anos de escolaridade porque para o ano
há mais! Explore o guia do utilizador numa sessão peripatética, aproveite para tirar
um ou outro livro da estante e publicite-o. Incentive o empréstimo domiciliário nesse
dia e vai ver como as suas sugestões são bem acolhidas pelos pequenos.
Quanto à BE como lugar de castigo, pergunte ao Conselho Pedagógico para
onde é que a Adelaide envia o aluno se ele se portar mal na Biblioteca, onde até está
mais à vontade e, provavelmente a Adelaide não sabe o nome dele, pormenores da sua
situação escolar e familiar e por aí fora, para poder actuar de forma rápida e eficaz.
Vão perceber que não é má vontade sua porque se os alunos tiverem dificuldades em
realizar uma tarefa, e se o professor entender que é lá que a poderão cumprir com
sucesso, serão muito bem-vindos. Mas se o problema é indisciplina, a solução passa
muito mais pela sala de aula do que pela BE. Entendam como quiserem…
Gostei imenso de a ver na foto, orgulhosa da soa Biblioteca colorida. Deve ser
realmente uma grande motivação para quem começa! E já pensou que nem tudo é
mau à volta de um fundo documental reduzido? Pode sempre ampliá-lo um
bocadinho com recursos digitais e dossiês temáticos e tem a vantagem de não ter
herdado monos, como aconteceu comigo. Quando comprar, vai fazê-lo
criteriosamente, pois não vai querer preencher estantes com coisas bonitas. É assim,
como diz o nosso Todd, “O caminho faz-se caminhando”.
Adeus
Bom trabalho
Um abraço
Isabel Brito

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