Edição de abril de 2008

O Jornal da Comunidade Brasileira nos Estados Unidos Edição de abril de 2008 - Ano 7

Economia
brasileira ainda Brasil ainda precisa
não convence consolidar liderança
imigrantes
Pág. 17 na América Latina
Pág. 12
Menos dinheiro
foi enviado ao
Brasil em 2007
Pág. 14

Casamento feliz
faz bem para a
saúde, diz estudo
Pág. 6

Conheça a linda
Paraty
Pág. 11

Cidade quer
proteção medieval
na fronteira
Pág. 8
 Edição de abril de 2008

‘Seria Lula um herói acidental?’, pergunta jornal O Jornal COMUNIDADE é

Em um suplemento especial sobre xou o país para cima junto com ele, ou se dian.
o Brasil, o jornal britânico The Guardian tudo foi uma coincidência e ele, em outras “Longe de ser um herói socialista, Lula distribuído nas cidades de Houston,
questiona até que ponto o crescimento da plavras, teria sido apenas sortudo. continuou as políticas ortodoxas do gover- 2500 exemplares (veja a lista dos
economia brasileira se deve ao governo “As condições globais favoreceram o no de (Fernando Henrique) Cardoso”, de-
Lula, ou se o presidente seria um “herói Brasil, entre elas o boom de exportação im- sapontando os radicais do PT e agradando principais pontos na página 17), na
acidental”. pulsionado pelo apetite da Índia e da Chi- os investidores, de acordo com o jornal.
Grande Dallas 3000 exemplares,
Em um perfil de página inteira de Luiz na por soja, ferro e outras commodities. Segundo o jornal, cinco anos depois “a
Inácio Lula da Silva, o Guardian lembra Décadas de investimento em biocombus- prudência fiscal e as políticas que agradam que você encontra nas lojas Brazil
que o presidente começou a vida como tíveis e a Petrobras, a companhia estatal de o mercado garantiram estabilidade econô-
migrante pobre, trabalhando de engraxa- energia, estão agora rendendo frutos”. mica e crescimento sólido, mesmo que não Brasileiro, Coisas do Brasil, Delícias
te e lustrando sapatos em São Paulo aos 7 espetacular. Os ricos estão mais ricos, mas, Brasil e Mais Brasil, no Richland
anos de idade. mais importante, os pobres estão me-
“Meio século depois o ex-cam- nos pobres”. College, consultórios, agências de
ponês migrante ainda pode ver seu Mas se Lula se mostrou mais viagem, em várias igrejas evangélicas,
reflexo enquanto trabalha, mas a inteligente politicamente do que se
imagem é mais afiada: vem da pisci- imaginava, o jornal afirma que, no se- oficinas mecânicas, nos racks na
na do Palácio do Planalto, a sede da tor econômico, não se sabe se ele teve
Presidência em Brasília. Lula, como Timberglen e na Horizon North
mais sorte do que inteligência.
presidente Lula, encontrou seu fu- Críticos alegam que Lula está Parkway, logo após a esquina
turo melhor”. fugindo das “dolorosas mas necessá-
A história do migrante pobre rias” reformas tributária, previdenciá- com Midway, e nos estados onde
que virou presidente é sedutora, ria e trabalhista, diz o Guardian. estão a Embaixada Brasileira e os
afirma o jornal, “por conta do pro- “A imagem internacional de Lula
gresso econômico e social (do Bra- Lula assumiu o país em condições saudáveis, diz o jornal continua dourada. A história de vida Consulados, 500 exemplares. Agora
sil) desde que ele assumiu o poder”. atraente, os abraços de urso, o caris- também em Fort Worth no Chapa
“A inflação e a pobreza extrema dimi- Cautela ma: ele é visto como um progressista social
nuíram, o investimento e as exportações O Guardian diz que a eleição de Lula fofo mas pragmático, no topo de um país Grill (endereço abaixo). Para receber
aumentaram e fala-se em um novo Brasil. em 2002 “amedrontou os investidores de finalmente realizando seu potencial”.
Não é surpresa que o presidente seja popu- Wall Street, que o viam como um socialista O presidente é adorado por muitos o jornal para distribuição em seu
lar em casa e festejado fora”. radical”, que adotaria políticas populistas brasileiros, mas até que ponto Lula é res- estabelecimento, entre em contato.
“A pergunta é se ele é o arquiteto ou e nacionalizaria a indústria, “arruinando a ponsável pelo sucesso do Brasil, permane-
meramente a figura de frente dessas mu- frágil recuperação” brasileira. ce uma “abstração”, afirma o jornal. “Deixe Para acessar o jornal Comunidade na
danças. Alguns dizem que o Brasil é ingo- “Estavam errados (...). Em contraste que os historiadores discutam sobre a sor- internet, vá ao site
vernável, que tudo o que o presidente pode com a retórica revolucionária do presiden- te. O que interessa é que o país está brilhan-
fazer é seguir as ondas e esperar o melhor”. te venezuelano Hugo Chávez, ele adotou do”. www.jornalcomunidade.com
O jornal pergunta então se Lula pu- um tom reformista cauteloso”, diz o Guar- BBC Brasil

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O Brasil é grande. Parece um exagero
uma afirmação destas... Claro que é! Geo-
graficamente é o quinto maior território
da Terra! “Gigante pela própria natureza!”
Mas aqui a grandeza vai além da extensão
territorial e não é conclusão arrogante ou
exibição de orgulho. Há muitos outros
fatores que têm a capacidade de manter o
Brasil grande bem humilde!
O Brasil é grande, porque os valores
desta nação estão extrapolando todas as
previsões negativas, pessimistas,
complexadas e patéticas que mui-
tos fizeram nos últimos anos. E que
ainda se repetem na verborréia de
frustrações e revoltas de muitos
comentaristas ou por outro lado,
nos trunfalismos dos políticos fal-
sos e de muitos líderes religiosos na
Nação.
O Brasil que para muitos é si-
nônimo de atraso, corrupção, vio-
lência e desesperança está dando
a volta por cima. Como diz meu
amigo David Botelho da Horizon-
tes (www.mhorizontes.org.br) – a
America Latina, o Brasil “é a bola
da vez.”
A Goldman Sachs Group, um
dos maiores bancos de investimen-
to do mundo, levando em conta
projeções demográficas e modelos
de acumulação de capital e cresci-
mento de produtividade, mapeou as eco-
nomias do Brasil, Rússia, Índia e China
(BRIC) até 2050. O rumo de toda a eco-
nomia mundial dependerá do “do sucesso
ou do fracasso” destes países. Em menos de
40 anos suas economias juntas se tornarão
maiores do que as economias juntas dos
países do G6 – Estados Unidos, Japão, Ale-
manha, Reino Unido, França e Itália.
E o Brasil é grande. Nona economia
do mundo, tem sua maior área de terra
cultivável com 22%. Com todo o desmata-
mento desordenado, a floresta Amazônica
ainda é o pulmão do mundo, enquanto
que a Europa tem somente 2% da floresta
mundial. O Brasil possui uma diversidade
climática que propicia uma produção agrí-
cola e industrial o ano inteiro, e com um
litoral de 7000 km permite o escoamento
da produção e a exploração para o turismo
internacional.
O Brasil é grande. Tem a 6ª maior
reserva geológica de urânio do mundo, a
maior reserva de minério de ferro, a maior
reserva mundial de nióbio com 88,3% das
jazidas existentes, possui a terceira maior
reserva de bauxita do mundo e é o 6º maior
produtor de minério de cobre e o maior
produtor de alumínio. Tem a maior rique-
Edição de abril de 2008
O Brasil é grande
za do milênio – água para saciar a sede do
mundo por 300 anos.
O Brasil é grande. Após a descoberta
em novembro de 2007 na Bacia de Santos
pela Petrobrás que é a líder mundial em
exploração de águas profundas, passou a
possuir a 9ª maior reserva de petróleo do
mundo. Auto-suficiente em petróleo re-
centemente descobriu uma mega jazida de
gás na bacia de Santos.
O Brasil é grande. Hoje suas reservas
econômicas internacionais beiram a ci-
fra de 190 bilhões de dólares. (Fevereiro
2008). Sua moeda, o real se consolidou
como uma moeda forte e de intensa atu-
ação na zona latino americana. O cres-
cimento do PIB em 2007 foi maior que a
inflação – a mais baixa do BRIC. No ano
2002 o salário mínimo correspondia a 75
dólares e em 2007 passou a ser 210 dólares.
É um dos maiores fomentadores de ativi-
dades (fora os países desenvolvidos) nos
continentes americano e africano através
do BNDES e empresas públicas e privadas.
Em 2007, o saldo entre admissões e demis-
sões ficou em 1.617.392, número 31,62 %
superior ao saldo de 2006, de 1.228.686 de
vagas, e também acima do recorde anterior,
de 2004 (1.526.276). Se a economia brasi-
leira tiver em 2008 o mesmo desempenho
ou no mínimo igual ao de 2007, é razoável
estimar a criação de até 2,5 milhões de em-
pregos formais e informais no país (Folha
de São Paulo). Faltam 300 mil pedreiros e
em vários setores há grande falta de profis-
sionais. Um exemplo é na área de manu-
tenção de usinas de álcool e açúcar onde
as empresas pagam os funcionários para
ficarem parados na época da colheita para
repor na entressafra.
O Brasil é grande. Em apenas dois
anos aumentou-se 34% o ingresso de estu-
dantes nas Universidades.
O Brasil é grande. O Brasil possui em-
presas de abrangência mundial, o que lhe
oferece razoável vantagem em penetração
comercial em diversos continentes. Nos
campos petrolífero: Petrobrás, a maior
negociadora do mundo na área de opção,
e com uma previsão de lucro de 65% em
2008. Na exploração mineral: Vale do Rio
Doce. Construção de aviões: Embraer, que
já produziu o primeiro avião mundial mo-
vido a álcool, o EMB 202 Ipanema, desen-
volvido pela subsidiária Neiva. Siderúrgica:
Gerdau, Mídia: Globo, Record, SBT, Abril,
centens de canais de televisão surgiram nos
últimos 10 anos.
O Brasil é grande,. Em 2007 exportou
160 bilhões de dólares e importou 120
bilhões de dólares e tendo um superávit
de 40 bilhões de dólares. Recebeu de in-
vestimento US$ 34,616 bilhões em 2007;
84,3% maior que em 2006. A Bovespa faz
jus a seu posto de ser uma das maiores bol-
sas de valores do mundo e também alcança
destaque no quesito ofertas de ações. No
acumulado, em dólares, dos dez primeiros
meses do ano 2007, a Bovespa ocupava o
oitavo posto entre as bolsas globais com
maior captação via ofertas de ações ultra-
passando R$ 1,2 trilhão em giro financeiro.
Centenas de empresas abriram o capital e
captaram muito dinheiro internacional -
35% do total das entradas veio de fora.
Muitas corretoras têm apresentado ín-
dices maiores do que a Bovespa. O Fundo
administrado pela corretora Geração Fu-
turo apresentou uma valorização de 945%
em apenas quatro anos. Valorizações astro-
nômicas de investimentos seguros como:
Petrobrás, BB, Bradesco, Itaú, Unibanco,
Gerdau, Vale do Rio Doce, CSN, Usiminas,
etc. No ano de 2007, 60.000 novos milio-
nários passaram a fazer parte do cenário
brasileiro, enquanto que em 2006 haviam
130.000.
O Brasil é grande. Está em primeiro
lugar em número de cabeças de gado e é
recordista em exportação de carne bovi-
na. É o maior produtor de cana-de-açúcar,
responsável por 25% da produção
mundial; maior produtor de café
do mundo, colhe 48 milhões de sa-
cas por ano e é o maior exportador
de grãos do planeta. É o 2º maior
produtor de soja. É o 3º maior pro-
dutor mundial de milho, perdendo
apenas para os Estados Unidos e
a China; é o 5º produtor mundial
de algodão com 1,240 milhão de
toneladas e o 3º lugar como maior
exportador mundial com 440 mil
toneladas. 92% do suco de laranja
exportado no mundo é produzido
no Brasil.
O Brasil é grande. Na área de
eletricidade tem a maior hidroe-
létrica do mundo que é Itaipu e é
o 12% maior produtor de energia
elétrica. Possui tecnologia e ener-
gia atômica. As maiores indústrias
automobilísticas mundiais estão
no país e em 2007 produziram mais de 3
milhões de veículos. O Brasil tem o segun-
do maior mercado de helicópteros
Banco do Brasil, Bradesco e Itaú estão
entre os 100 maiores bancos do mundo e
em 2007 quase duplicaram os lucros.
O Brasil continuará sendo grande,
quando diminuir drasticamente os gastos
públicos, amenizar a tributação elevada,
debelar a burocracia, tornando eficiente a
gestão pública; reformar o ensino e restau-
rar e melhorar sua infra-estrutura.
O Brasil continuará sendo grande
quando priorizar a redistribuição de renda,
diminuir drasticamente o custo de crédi-
to e combater até exterminar a corrupção
e trazer paz para a cidade e para o campo.
O Brasil precisa de uma intervenção então
em sua alma.
A transformação silenciosa do Brasil
nos últimos anos tem raízes espirituais,
promovida por milhares de pessoas sem fa-
ces e sem nomes, que dia após dia, apedre-
jam os céus com seus clamores para que o
Senhor, Jesus Cristo, Deus e Salvador cho-
va Sua justiça sobre nós.
Josimar Salum
http://jsalum.blogspot.com
 Edição de abril de 2008

EUA dizem ter desmontado unidade Mansell rejeita comparações entre

de propaganda da Al Qaeda Hamilton e Tiger Woods
O exército dos EUA disse no sábado sites pro-Al Qaeda desde junho de 2007, O ex-campeão mundial de Fórmula Ele perdeu o título do ano passado por
ter obstruído a capacidade da Al Qaeda de coincidindo com a queda nos índices de 1 Nigel Mansell apontou seu compatriota um ponto, mas começou esta temporada,
recrutar novos membros no Iraque ao cap- violência no Iraque. britânico Lewis Hamilton como o homem sua segunda na categoria, com uma con-
turar ou matar muitas das pessoas que pro- Em fevereiro, a inteligência dos EUA a ser batido na categoria, ao mesmo tempo vincente vitória na Austrália.
duzem vídeos utilizados para atrair jovens ao monitorar esses websites mostrou 34 em que rejeitou as comparações entre o “Lewis é o homem a ser batido”, disse
muçulmanos descon- novos posts de víde- piloto de 23 anos da McLaren e o golfista Mansell, que venceu o mundial de 1992
tentes. os e áudios das redes Tiger Woods. após vencer a corrida
O porta-voz do iraquianas, contra “Não acho mes- de abertura na África
exército Rear Admiral 144 posts em junho mo que ele seja como do Sul --corrida na
Greg Smith disse que de 2007. Tiger Woods”, disse o qual, assim como na
no ano passado 39 “Aqueles respon- campeão mundial de Austrália, nenhuma
membros da Al Qae- sáveis por produtos 1992, que também é das duas Ferraris con-
da no Iraque respon- mais bem acabados, o um aficcionado pelo seguiu completar.
sáveis por produzir e golfe, à edição de “Acho que, quan-
pessoal que realmen-
sexta-feira do Daily do você consegue
disseminar vídeos e te chama a atenção
Telegraph. vencer a primeira
outros materiais para em mesquitas e onde
“Tiger Woods é corrida do ano, isso
milhares de websites quer que seja, nós os
o esportista individu- influencia toda a tem-
na Internet haviam detivemos”, afirmou. al mais incrível, assim porada, o impulso
sido mortos ou cap- Não foi possível como Roger Federer. que cria na equipe é
turados. verificar o número No automobilismo, incrível”, disse o ex-
“O poder dessa comparativo de posts, você pode colocar talvez cinco ou seis pi- piloto.
informação é obvio. alguns dos quais mos- lotos diferentes no melhor carro e eles ga- “Por que ele (Hamilton) não deveria
Esses caras estão tram ataques a solda- nhariam o campeonato”. estar confiante? Não há dúvida que a vitó-
usando material que dos dos EUA e forças Hamilton, o primeiro negro a pilotar ria na Austrália foi fantástica. O mais incrí-
é utilizado em outros do Iraque, cuja auto- na Fórmula 1, tem sido comparado a Woo- vel é a velocidade do carro da McLaren”.
websites para recrutar ria foi assumida pela ds pelo papel de abrir a categoria para uma Reportagem de Alan Baldwin
e arrecadar dinheiro”, Al Qaeda, além de maior audiência. Reuters
disse Smith à Reuters materiais mostrando
em uma entrevista. agressões a civis por Rio: pastor garante que oração faz fiel perder 5 kg
“Nós achamos essas forças.
A promessa de emagrecimento rá- nisso. Até porque só emagrece quem tem
que a grande maioria O exército dos
pido, sem exercícios, dietas ou cirurgias, muita fé”, disse, garantindo que, durante
dessa rede midiática EUA dizem que en-
está atraindo fiéis à Igreja Evangélica Mi- uma campanha de fé no Espírito Santo,
foi degradada nes- quanto os ataques ao
nistério Brilho do Sol, no bairro Santa Lú- uma fiel emagreceu cerca de 10 kg.
se ponto”, afirmou, acrescentando que as redor do Iraque caíram 60 por cento desde
cia, em Duque de Caxias, no Rio. Em pan- Em culto na semana passada, após
prisões levaram à diminuição dos posts na o último mês de junho, a Al Qaeda segue
fletos distribuídos nas ruas e nos cultos, ficar como se estivesse em transe por al-
Internet de decaptações da Al Qaeda, se- como a maior ameaça à segurança do país.
o pastor Ubiraci Xavier promete a perda guns minutos, a confeiteira Vanessa da
qüestros e outros ataques no Iraque. A melhora na segurança foi atribuída
dos quilos indesejados através da fé. Silva, 28 anos, disse que não emagreceu.
Autoridades de defesa dos EUA re- ao aumento do contingente com 30 mil
O pastor joga a responsabilidade do “Senti alguns músculos mais rígidos”, dis-
clamaram no passado que os militares es- soldados extras completados naquele mês,
sucesso para o fiel. “Se esse for realmen- se ela, otimista.
tavam perdendo a guerra de propaganda e ao crescimento das unidades de seguran-
te o propósito de vida, ele será agraciado Já o pastor Sérgio Seimanavicius dis-
contra os militantes, que de maneira hábil ça de bairro, depois que xeiques da etnia
com o milagre de perder até cinco quilos se que a promessa de emagrecimento não
exploravam instrumentos de comunicação árabe sunita se voltaram contra a Al Qae-
em uma oração”, diz. deve ser levada a sério. “É apenas conver-
como a Internet. da.
Na semana passada, várias mulheres, sa fiada. Não há prova bíblica sobre esse
Smith disse que houve um grande de- Randi Fabi
muitas acima do peso, participaram da milagre. Procure alguém que emagreceu
clínio das transmissões de vídeo em 5.000 Reuters
pregação no templo, todas ansiosas para assim para ver se você acha”, desafiou. Se-
a cruzada de milagres, na qual o pastor gundo ele, as pessoas deveriam fazer con-
pede a Deus, nos cultos, “que leve embora sultas bíblicas e procurar fundamentos
a gordura das fiéis”. em tudo o que é dito.
A promessa de milagre foi criticada O professor de Antropologia da
pelo pastor Sérgio Seimanavicius, presi- UFRJ, Emerson Alessandro Giumbelli,
dente estadual da Convenção das Assem- não se surpreendeu com o procedimento
bléias de Deus e Igrejas Coligadas. “Isso da igreja evangélica criada recentemente.
não existe”, afirmou. Para ele, a proposta não difere muito dos
pedidos de prosperidade, já muito anun-
“Muita fé” ciada em algumas igrejas evangélicas. “É
Ubiraci garante que o panfleto que uma tentativa de dialogar com algo que
promete emagrecimento imediato de até faz parte do imaginário, do popular. A
cinco quilos, através de 'lipoaspiração igreja capta isso, jogando o psicológico
divina', não é estratégia para atrair novos para o espiritual”, disse.
fiéis e arrecadar dinheiro. “Nem pensei Terra

Brasil é segundo país com maior
aumento de ilegais nos EUA
O Brasil é o segundo país entre os que
registraram o maior crescimento no total
de imigrantes ilegais nos Estados Unidos
desde 2000, segundo estimativas do De-
partamento de Seguranca Nacional ame-
ricano.
Em 2000, o número de brasileiros
sem documentação somava 100 mil, se-
gundo as estatísticas oficiais americanas
(que ficam bem abaixo
da estimativa do governo
brasileiro). Seis anos de-
pois, o total mais do que
dobrou, chegando a 210
mil ilegais.
O aumento foi ape-
nas inferior ao registrado
pelos indianos. Os imi-
grantes ilegais da Índia eram 120 mil, em
2000, e 270 mil, em 2006.
Os mexicanos, no entanto, são a maior
comunidade de ilegais em território ame-
ricano. Eram 6,5 milhões, em 2006, contra
4,6 milhões, em 2000.
Magnitude
O Departamento de Segurança Na-
cional americano calcula que existam 11,6
milhões de imigrantes sem documentação
Edição de abril de 2008
no país – 2% seriam brasileiros.
De acordo com o governo dos Esta-
dos Unidos, a cada ano, 18,3 mil brasilei-
ros, em média, cruzam a fronteira com o
país ilegalmente.
Mas a antropóloga da Universidade da
Florida Maxine Margolis, autora de livros
como Little Brazil: Imigrantes Brasileiros
em Nova York, diz que as estatísticas ofi-
ciais estão muito abaixo
do verdadeiro número.
"Há mais imigrantes
do que as estatísticas in-
dicam, mas é impossivel
calcular com um grau de
certeza quantos brasilei-
ros vivem em qualquer
região dos Estados Uni-
dos ou no país como um todo", disse.
As estimativas do Itamaraty, com da-
dos de 2006 coletados em consulados,
além de projeções de não registrados e ile-
gais, são bem diferentes do total calculado
pelo governo americano.
Segundo o Ministério das Relações
Exteriores, de 1,3 milhão a 1,5 milhão de
brasileiros vivem nos Estados Unidos, sen-
do 450 mil ilegais.
BBC Brasil
Brasil ‘retém mulher e bebê espanhóis’,
diz ‘El País’
Segundo o jornal, Lucia Silva e seu
filho Leonardo foram impedidos de viajar
“em plena crise pelo controle migratório
em Barajas (aeroporto de Madri)”.
Segundo o jornal, a Polícia Federal
disse à Lucia que ela foi retida no aeroporto
por causa “do reforço nas medidas de segu-
rança com passageiros espanhóis”.
“As represálias ordenadas pelo Brasil
diante da rejeição e
conseqüente retorno
de dezenas de seus ci-
dadãos no aeroporto
madrilenho de Bara-
jas já provocaram, até
o momento, a devolu-
ção de pelo menos 13
espanhóis que foram
proibidos de entrar
no país sul-americano por ‘tratamento re-
cíproco’, nas palavras do presidente brasi-
leiro Luiz Inácio Lula da Silva.”
“Mas o caso de Lúcia e seu filho vai
mais longe, ao ser impedida sua volta a Bar-
celona com a documentação de ambos em
dia. ‘Faz alguns meses fiz esta mesma via-
gem, também com meu filho, e ninguém
me causou nenhum problema’, lembra
Lúcia, que espera poder tomar o avião de
Peça Teatral com o Grupo:
volta na quinta-feira”, diz o El País.
A mulher teria sido impedida de viajar
porque não tinha autorização do pai de Le-
onardo para que ele viajasse acompanhado
por apenas um dos progenitores, uma exi-
gência feita a todos os pais e mães de filhos
brasileiros ao sair do Brasil com filhos.
O jornal afirma que Lúcia só vai con-
seguir voltar para casa se as autoridades
aceitarem a carta em
português, autentica-
da e enviada por fax
pelo marido da brasi-
leira, o espanhol José
Ramón Algora.
O casal teria dito
ao jornal que isso só
aconteceu porque
Lúcia apresentou o
passaporte espanhol na hora de sair do
país.
Na quinta-feira, o Ministério dos As-
suntos Exteriores espanhol divulgou uma
nota recomendando aos espanhóis que
pretendem viajar ao Brasil que se infor-
mem junto ao consulado ou à embaixada
por conta “do maior rigor nos controles de
imigração” nos aeroportos brasileiros.
BBC Brasil

Felicidade no casamento ‘influi na pressão arterial’
Adultos satisfeitos com o casamen-
to têm pressão arterial mais baixa do que
solteiros, sugere um estudo realizado por
pesquisadores americanos e publicado na
edição desta semana da revista científica
Annals of Behavioral Medicine.
Realizada na Universidade Brigham
Young, em Utah, nos Estados Unidos, a
pesquisa fez uma avaliação da pressão ar-
terial de 204 adultos casados e 99 solteiros
durante um período de 24 horas.
Os participantes usaram um monitor
Sofrimento é chave para casamento feliz, diz pesquisa
Aceitar que relacionamentos sempre
incluem dor e sofrimento é a chave para
um casamento feliz, segundo um estudo
publicado na Revista de Terapia de Casal
e de Família, nos Estados Unidos.
Os professores da Universidade do
Estado da Califórnia Diane Gehart e Eric
McCollum dizem que os contos de fada e
histórias de amor atuais criam uma ilusão
de que é possível viver um “relacionamen-
to perfeito”, o que torna ainda mais difícil
lidar com os problemas do dia-a-dia.
“Nossa cultura perpetua o mito de
que, com esforço suficiente, podemos
atingir um estado sem sofrimento”, diz a
Edição de abril de 2008
que media a pressão arterial cerca de 72 “Os resultados ressaltam a complexi- alizou um questionário sobre a qualidade
vezes ao longo do dia – mesmo durante o dade da influência das relações sociais na do relacionamento com todos os partici-
sono. saúde das pessoas”, pantes. Além disso,
Os resultados indicam que adultos fe- afirmou Julianne os voluntários fize-
lizes com o casamento têm a pressão arte- Holt-Lunstad, que ram uma lista sobre
rial até quatro pontos mais baixa do que os liderou o estudo. as amizades e vida
solteiros. De acordo com o estudo, mesmo social.
entre os solteiros que possuem uma vida Satisfação Os resultados
social ativa e se encontram com amigos Para estabelecer indicaram que adul-
com freqüência, a pressão arterial continua a satisfação com o tos insatisfeitos com
mais elevada do que entre os participantes casamento, o grupo o casamento apre-
casados. de pesquisadores re- sentaram pressão
arterial mais alta do
que aqueles satisfei-
pesquisa. preciso que as pes- tos com o cônjuge
“Nos Estados Unidos, o valor que é soas se afastem da e mesmo entre os
dado à atitude pró-ativa e ao triunfo sobre busca pela perfeição, solteiros.
a adversidade cria um ambiente onde o aceitando a existência de “maus momen- Segundo Holt-
sofrimento pode ser visto como um sinto- tos”, e cheguem a um estado que eles cha- Lunstad, isso é um indício de que somente
ma da derrota pessoal.” mam de “aceitação atenta”. o casamento não garante benefícios à saú-
Os autores do estudo criticam psicó- “A ‘aceitação atenta’ é a compreensão de.
logos que usam o termo “saúde mental” de que embora alguma dor seja inevitável, “O que realmente protege a saúde é ter
como sinônimo de um estado em que as o sofrimento de lutar contra o que não po- um casamento feliz”, disse.
pessoas não sofrem e defendem a idéia de demos mudar não é”, dizem eles. Na próxima etapa da pesquisa, os par-
que em vez de eliminar o sofrimento, de- A técnica já foi transformada numa ticipantes insatisfeitos com o casamento
ve-se buscar entender as mágoas de forma terapia cognitiva, usada para tratar a de- irão passar por uma terapia de casais para
tranqüila e compreensiva. pressão, e agora deve servir de instrumen- que os pesquisadores possam avaliar se
Segundo os pesquisadores, para al- to para ajudar as pessoas a lidarem com o uma melhora na relação pode se refletir em
cançar um casamento bem-sucedido, é abuso, o divórcio e a rejeição. uma melhora na saúde.
BBC Brasil

Êxodo de brasileiros continua após três décadas
O êxodo de brasileiros em busca de
uma vida melhor no exterior continua le-
vando milhares imigrantes a deixar o país
todos os anos quase três décadas após o
início da “diáspora”.
Desde 1980, registros dos aeroportos
sugerem que o Brasil tem perdido mais
pessoas do que recebido. O movimento
chegou a ter uma pausa entre 2001 e 2004,
mas, a partir de 2005, o êxodo retomou sua
força.
Em 2005, saíram 24 mil pessoas do
Brasil a mais do que as que entraram pela
via aérea. Em 2006 (os últimos dados
disponíveis), esse total mais que dobrou,
passando para 58 mil. Os números foram
compilados a pedido da BBC Brasil pelo
Victor Klagsbrunn, coordenador do curso
de pós-graduação em Relações Internacio-
nais da Universidade Federal Fluminense
(UFF).
Em países considerados destinos pre-
ferenciais de imigrantes, como a Espanha,
os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, o flu-
xo incessante de brasileiros tem chamado
a atenção das autoridades e se reflete com
clareza em estimativas e em números ofi-
ciais de imigração.
Na Espanha, o número de brasileiros
mais que dobrou nos últimos três anos.
Edição de abril de 2008
Segundo estimativas da ONG S.O.S. Ra-
cismo, havia cerca de 30 mil brasileiros no
país em 2005. Em 2007, seriam 80 mil, um
aumento de 166%.
Nos Estados Unidos, os brasileiros
são a segunda nacionalidade em um lista
do Departamento de Segurança Nacional
com a origem de clandestinos. Em 2000, o
número de brasileiros sem documentação
somava 100 mil. Em 2006, eram 210 mil.
O aumento de 110% no período só é infe-
rior ao registrado pelos indianos, de 125%.
Na Grã-Bretanha, os brasileiros são a
nacionalidade mais barrada nas fronteiras
há três anos consecutivos. Em 2006, de
acordo com os últimos dados do Minis-
tério do Interior, 4,9 mil brasileiros foram
impedidos de entrar no país.
Duas gerações
A mineira de Governador Valadares
Ilma Paixão fez parte do grupo pioneiro
que se estabeleceu nos Estados Unidos na
década de 80, quando ainda era fácil entrar
no país.
Em 1984, aos 20 anos, entrou como
turista em Miami. Mas o seu objetivo,
como o de milhões de brasileiros que dei-
xaram o Brasil antes e depois dela, era esca-
par de um país em crise e tentar uma vida
melhor na “terra das oportunidades”.
“Mesmo achando que poderia ser de
grande valor no meu país, não achava que
o Brasil me valorizaria”, disse Paixão à BBC
Brasil.
“Eu entro naquele quadro ‘mulata do
Sargentelli’, sou alegre, comunicativa, sim-
pática. E, no Brasil, se você tem essa carac-
terística, essa passa a ser a sua única carac-
terística: uma mulher sensual e não uma
empreendedora.”
Ilma Paixão começou lavando pratos,
trabalhou como doméstica e, hoje, traba-
lha como pesquisadora associada em um
projeto de desenvolvimento econômico
comunitário da universidade de Harvard e
do Massachussetts Institute of Technology
(MIT).
Representante da segunda geração de
imigrantes brasileiros, a administradora de
empresas goiana Flávia Faria, de 21 anos,
espera entrar em Londres para onde tem
passagem marcada para junho.
Vinte e cinco anos depois da saída de
Ilma Paixão, o atual ritmo de crescimen-
to econômico no Brasil ainda não é não é
capaz de segurar imigrantes em potencial,
como Flávia.
“Não vi impacto desse crescimento na
minha família. Já de uma tia que tenho na
Espanha, só recebo boas notícias. (...) Pes-
soas graduadas aqui no Brasil lutam para
conquistar empregos que oferecem o mes-
mo que uma garçonete fora do país”, disse.
Ela espera conseguir um visto de estu-
dante que aumente suas chances de passar
pelo rígido controle da imigração britâni-
ca.
Apesar de 4,9 mil terem sido impe-
didos de entrar, segundo os dados mais
recentes, 182 mil puseram pé em solo bri-
tânico no mesmo ano. Se não conseguir, no
entanto, Flávia pretende pedir ajuda à tia e
tentar entrar pela Espanha.
Sem volta
Não há estimativas de quantas pes-
soas deixaram o Brasil com o objetivo de
imigrar temporária ou permanentemente
desde o início do fenômeno da imigração
em massa de brasileiros.
O movimento de saída começou a
ficar evidente em 1980, de acordo com os
números de embarques para o exterior.
Pelos registros do antigo Departamen-
to de Aviação Civil (DAC), a diferença en-
tre o número de passageiros que entraram
e saíram do Brasil naquele ano se tornou
negativa, marcando o fim do período do
Milagre Econômico em que o país recebia
mais gente do que “exportava”.
Fluxo de brasileiros continua intenso
após perder fôlego em 2001.
Em 1979, entraram pelos aeroportos
brasileiros 8,9 mil pessoas a mais do que
saíram. Em 1980, o ano da virada, quatro
mil pessoas embarcaram para o exterior,
sem retornar, nos aeroportos brasileiros.
Desde então (de 1980 a 2006), o Bra-
sil “perdeu” 1,131 milhão de pessoas por
via aérea, segundo os números reunidos
por Klagsbrunn, coordenador do curso de
pós-graduação em Relações Internacio-
nais da Universidade Federal Fluminense
(UFF).
Nessas quase três décadas, em que o
Brasil viveu crises econômicas intensas e
um período mais recente de estabilidade e
crescimento, o êxodo chegou a perder fôle-
go em 2001, mudou de rota, mas voltou a
ganhar força nos últimos anos.
Destino Europa
A reversão da tendência que começou
em 1980 ocorreu após os atentados de 11
de Setembro. Já em 2001, os Estados Uni-
dos “fecharam as portas” e o Brasil voltou
a receber mais gente do que enviar para o
país.
O maior controle nos Estados Uni-
dos, que teve impacto no saldo geral, durou
quatro anos (2001, 2002, 2003, 2004) até
que, em 2005, o “saldo migratório” – con-
ceito usado por Klagsbrunn para se referir
aos embarques sem retorno– voltou a au-
mentar.
Uma análise por país da estatística ge-
ral mostra um mudança clara no destino
dos passageiros.
No período entre 2001 e 2006, o sal-
do migratório para os Estados Unidos foi
negativo em 235 mil pessoas, ou seja, havia
mais gente deixando os Estados Unidos do
que entrando.
Enquanto isso, cerca de 390 mil pas-
sageiros embarcaram sem retorno para a
Europa durante o mesmo período.
“Por um lado, o valor do euro frente ao
dólar favorece a escolha de países europeus
como destino porque um dos principais
motivos da migração é remeter dinheiro
para os que ficaram na origem”, explica o
demógrafo Wilson Fusco, da Fundação Jo-
aquim Nabuco.
“Por outro lado, além do maior con-
trole das fronteiras, os Estados Unidos
passaram recentemente por crises em de-
terminados setores da economia que de-
sestimularam a imigração de brasileiros.”
Néli Pereira e Silvia Salek
Da BBC Brasil em Londres
Colaboraram: Adriana Stock (da BBC Brasil em
Nova York) e Anelise Infante (da BBC Brasil em
Madri).
 Edição de abril de 2008

Cidade do Arizona quer construir fosso na fronteira com o México

A maioria dos planos para obter con- Reconquistando a terra de para espécies locais em perigo tais como a eleição de novembro.
trole sobre a porosa fronteira dos E.U.A. ninguém o “Yuma Clapper Rail”, um tímido pássa- O governo americano tem procurado
com o México está focalizada em alguma O projeto está começando em um ter- ro de pântano. Os que apóiam o projeto remediar a situação, incluindo o aumento
forma de cerca. Mas uma cidade no extre- reno baldio desolado de 450 acres conhe- dizem que que ele também providencia- do número de policiais, a adoção de tecno-
mo oeste do Arizona quer construir um cido como “Hunter’s Hole”, o que um dia ria um espaço para os residentes de Yuma, logias de observação e escuta, e, de forma
fosso. foi um pântano cheio de vida na fronteira a uma cidade rural popular com visitantes de controversa, a construção de milhas de
Lutando contra altos níveis de crimi- algumas milhas a sudoeste de Yuma e que inverno, andarem e pescarem. barreiras para carros e pedestres ao longo
nalidade e imigração ilegal, autoridades se tornou um ponto de encontro de trafi- A organização por trás do projeto quer da fronteira internacional, o que tem causa-
em Yuma estão pensando em implementar cantes e imigrantes ilegais, e uma dor-de- estendê-lo ao longo de todo o curso do rio do dura oposição de alguns segmentos.
uma técnica tão velha quanto os castelos cabeça para as autoridades locais. Colorado, que marca a fronteira dos E.U.A. Mais de uma centena de donos de ter-
medievais e cavar um “canal de segurança” “Está nos Estados Unidos, mas se tor- com o México, no que eles vêem como ras no sul do Texas têm resistido à proposta
num trecho da fronteira onde a criminali- nou em uma “terra de ninguém”, uma área uma recuperação ambiental que comple- do governo de ter acesso a suas terras para
dade é grande e enchê-lo de água. construir novas cercas, o que eles
“Os fossos que eu já vi circunda- vêem como entrometimento e in-
vam o castelo e permitiam ao indiví- trusão, enquanto ambientalistas
duo proteger-se, e é mais ou menos dizem que as cercas podem blo-
isso que nós queremos aqui”, disse quear corredores silvestres de ani-
o xerife do condado de Yuma Ralph mais nativos, incluindo o jaguar.
Ogden, que está apoiando o projeto. O planejado reavivamento do
Aplacar a imigração ilegal e rio Colorado, cortando o deserto
garantir a segurança da fronteira su- salpicado de terra fértil, chama a
doeste com quase duas mil milhas atenção.
(3.200 Km) são assuntos quentes Já ganhou o apoio do “Fede-
nesse ano de eleições nos E.U.A. Wa- ral Bureau of Land Management”,
shington prometeu completar 670 que possui a terra, do “Bureau of
milhas de novas barreiras até o fim Reclamation”, que proveu a autori-
de 2008, a despeito da resistência de zação para cavar poços e bombear
donos de terras e ambientalistas. água subterrânea, e uma carta de
A proposta procura restaurar apoio da “Border Patrol”. Também
um trecho da grande via fluvial do apoiando estão o Conselho da Ci-
Oeste, o rio Colorado, que foi basi- dade de Yuma e residentes locais,
camente sugado até ficar seco pela incluindo a tribo indígena Coco-
demanda de fazendas e novos subúr- A proposta inclui a inundação deste trecho perto de Yuma para a criação de um fosso pah, que tem cultivado a planície
bios surgindo pelo sudoeste e na vizinha onde corpos são “desovados”, onde pesso- menta a tarefa da patrulha de fronteira. por séculos.
Califórnia. as e drogas são contrabandeadas através “Isso não substitui os esforços da pa- Talvez mais surpreendentemente,
O plano para reviver o rio, que flui das da fronteira”, disse Ogden, cujos acessores trulha de fronteira, mas a suplementa. Ao o projeto também já ganhou o apoio do
Montanhas Rochosas através do Grand compartilham muito da responsabilidade mesmo tempo você está restaurando o ha- outro lado da fronteira, no México, onde
Canyon e corre por 23 milhas (37 Km) ao por lutar contra o crime relacionado à fron- bitat num ambiente seguro e criando um planos para construção de cercas são vis-
longo da fronteira perto de Yuma, é pro- teira com a polícia federal. espaço de lazer”, diz Charles Flynn, diretor tos com suspeita. Ambientalistas locais
curar criar uma larga barreira de água e ao Os engenheiros plenejam cavar um executivo da “Yuma Crossing National He- abraçaram o projeto e planejam trabalhar
mesmo tempo restaurar um frágil meio- “canal de segurança” com até 10 pés (3 ritage Area Corporation”. em conjunto para restaurar os pântanos do
ambiente pantanoso que já houve na área. metros) de profundidade e 60 pés (18 me- lado mexicano.
“O que você está construindo é um tros) de largura através da área problemá- Promovendo segurança e “Ao invés de levantar barreiras e pro-
fosso, mas está trazendo a vida e a natureza tica, que se encontra a pouca distância do amizade mover a divisão, nós podemos promover
de volta”, disse Ogden, um homem da lei lado de dentro da fronteira. A terra remo- Aplacar a imigração ilegal e garantir a segurança e amizade”, disse Osvel Hino-
do velho oeste com um bigode comprido, vida seria usada para criar uma barreira ao a segurança da fronteira são assuntos que josa, diretor da “Pro-Natura”, um grupo
explicando como o projeto difere de ou- longo do lado de fora para dar aos agentes freqüentemente confrontam tanto o su- ambientalista no noroeste do México, a
tros planos para reforçar a fronteira. da patrulha de fronteira americana uma posto candidato do partido republicano, respeito da proposta.
“É uma maneira de pensar inovadora. estrada de observação elevada com visão o senador John McCain e seus rivais de- “Além disso, ao invés de prejudicar o
Não precisa ser gênio para construir uma avantajada ao longo da linha. mocratas, os senadores Hillary Clinton e meio ambiente, nós podemos melhorá-lo”.
cerca ao redor de alguma coisa, mas isso é A área seria também replantada com Barack Obama, que estão em campanha Reuters
diferente”. vegetação nativa para prover um habitat para se tornar a escolha de seu partido para

Cresce número de imigrantes em busca do ‘sonho brasileiro’
Dados da Polícia Federal (PF) e do
ministério do Trabalho mostram que o
Brasil tem sido um destino escolhido por
um número cada vez maior de imigrantes
em busca de oportunidades.
O perfil dos que chegam é variado. É
crescente o total de sul-americanos legais
ou clandestinos no Brasil, como também o
de estrangeiros das mais diferentes nacio-
nalidades, que entram como investidores
individuais ou funcionários de grandes
empresas.
De 2004 a 2007, houve um aumento
de 51% no total novos registros de estran-
geiros no país. Em 2004, a PF cadastrou
29.770 estrangeiros. Em 2007, 44.954. A
PF não divulgou dados anteriores a 2004.
Quando se consideram apenas países
sul-americanos, o percentual de aumento
foi bem mais expressivo. Em 2004, a PF
havia cadastrado 4.594 argentinos, boli-
vianos, uruguaios e paraguaios. Em 2007,
11.252, um aumento de 144% em quatro
anos.
Segundo Paulo Sérgio Almeida, coor-
denador geral de Migração do Ministério
do Trabalho, a nova fase de estabilidade e
de crescimento da economia brasileira ex-
plica, em parte, o fenômeno.
Outros motivos citados por especia-
Edição de abril de 2008
listas no tema para o aumento nos núme-
ros são a desvalorização do peso argentino
(destino importante de imigrantes regio-
nais) e a decisão da Espanha de endurecer
o controle de suas fronteiras, o que deslo-
cou a rota de muitos latino-americanos
para o Brasil.
Além disso, o Brasil assinou recente-
mente um acordo de regularização de imi-
grantes com a Bolívia e outro que permite
que argentinos e uruguaios trabalhem no
país.
Clandestinos
A imigração, no entanto, muitas vezes
passa longe das vias oficiais.
Os bolivianos – que, desde o ano pas-
sado, precisam de visto para entrar na Es-
panha – formam o grupo mais expressivo
de ilegais, com cerca de 75 mil pessoas,
segundo a Pastoral do Imigrante.
“Os ônibus alugados chegam lotados
todos os dias aqui em São Paulo com boli-
vianos. Com as novas exigências da Espa-
nha e a desvalorização do peso argentino,
o Brasil passou a ser a primeira opção para
muita gente”, disse à BBC Brasil o parana-
ense Paulo Iles, coordenador do Centro
de Apoio ao Migrante, criado pelo Ser-
viço Pastoral do Migrante, ligado à Con-
federação Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB).
Segundo o centro, o Brasil tem, pelo
menos, 600 mil imigrantes em situação ir-
regular.
Investidores individuais
O perfil de imigrantes que o Brasil da
estabilidade está atraindo inclui também
investidores estrangeiros individuais de
países como Itália, Espanha, Portugal e
Noruega (origens por ordem de recursos
investidos no Brasil).
Em 2004, foram concedidos 197 vis-
tos para empreendedores estrangeiros, se-
gundo o ministério do Trabalho. Em 2007,
um total quase sete vezes maior: 1336 vis-
tos.
“Em 2008, esta cifra será igual ou
maior do que a de 2007”, disse à BBC Bra-
sil Paulo Sérgio Almeida, coordenador ge-
ral de Migração do Ministério do Trabalho.
Segundo ele, a estabilidade da economia
aumenta a previsibilidade dos negócios e
torna o Brasil mais atraente para esse tipo
de investidor.
Nesse caso, a contribuição do “imi-
grante” para a economia brasileira é clara,
apesar de em pequena escala. Em 2006,
esses estrangeiros investiram US$ 86 mi-
lhões no país. No ano passado, US$ 103
milhões.
“Eles investem, principalmente, em
hotéis, pousadas, restaurantes ou empresas
do ramo imobiliário no Nordeste brasilei-
ro. Muitos investem também no eco-turis-
mo”, afirmou Almeida.
O ministério do Trabalho também
registrou um aumento nos pedido de visto
para trabalhadores em empresas estrangei-
ras no Brasil.
O ministério fez uma lista dos dez paí-
ses que mais pediram esse tipo de visto. Em
primeiro lugar, estão os Estados Unidos
com 3601 vistos em 2006 e 4519 no ano
passado.
Em seguida, a Grã-Bretanha com
2199 em 2006 e 2474 em 2007. Logo de-
pois, Filipinas com 1542 em 2006 e 2120
no ano passado.
Os investimentos americanos e in-
gleses são registrados em diferentes seto-
res, mas, no caso da Filipinas, tendem a se
concentrar no ramo do petróleo. A mesma
lista dos dez mais inclui ainda Itália, França,
Alemanha, Índia, Japão, China e Canadá.
Márcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Edição de abril de 2008

Paraty: Patrimônio Histórico Nacional e Mundial
A cidade de Paraty reúne a exuberân-
cia da Mata Atlântica, a beleza de ilhas e
praias, e especialmente, a arte de seu povo.
Tudo isso realçado pela história de uma ci-
dade que foi um dos portos marítimos mais
importantes do período Brasil colônia.
Famosa pela arquitetura e ruas que
preservam o charme de séculos passados,
seu Centro Histórico remonta aos idos de
1820, quando suas ruas já possuiam seu
calçamento “pé de moleque”. Ainda vê-se
hoje a depressão do meio fio que permite a
invasão das águas do mar em marés de lua
cheia, onde esse fenômeno proporciona
um belo espetáculo a todos que a visitam
A presença das águas, a cultura da
cana, a maçonaria, o porto e seus piratas
determinaram o traçado do Centro Histó-
rico de Paraty.
As ruas foram todas traçadas do nas-
cente para o poente e do norte para o sul,
com um entortamento estratégico que
tanto defenderia a cidade do ataque dos pi-
ratas como também dos ventos encanados
que, acreditava-se, trariam doenças.
Todas as construções das moradias
eram regulamentadas por lei, podendo pa-
gar com multa ou prisão, quem desobede-
cesse as determinações.
O Centro Histórico, considerado pela
Edição de abril de 2008
UNESCO como “o conjunto arquitetônico
colonial mais harmonioso” é patrimônio
nacional tombado pelo IPHAN.
Sua ruas são protegidas por corren-
tes antigas que impedem
a passagem dos carros e
preservam ainda o en-
canto colonial, aliado a
um variado comércio e a
expressões culturais e ar-
tísticas muito intensas e
diferenciadas.
Os carros apenas
podem circular pelas ruas
que fazem limite com o
Centro: Patitiba, Domin-
gos G. de Abreu, Aurora e
Rua Fresca.
Bela cidade colonial,
considerada Patrimô-
nio Histórico Nacional
e Mundial, preserva até
hoje os seus inúmeros
encantos naturais e arquitetônicos. Passear
pelo Centro Histórico de Paraty é entrar
em outra época, onde o caminhar é vaga-
roso devido às pedras “pés-de-moleque” de
suas ruas.
As construções de seus casarões e
igrejas traduzem um estilo de época e os
misteriosos símbolos maçônicos que en-
feitam as suas paredes nos levam a imaginar
como seria a vida no Brasil de antigamente.
A proibição do tráfego de automóveis no
Centro contribui para esta viagem pelo
“Túnel do tempo”.
A cidade foi fundada em 1667 em
torno à Igreja de Nossa Senhora dos Re-
médios, sua padroeira. Teve grande impor-
tância econômica devido aos engenhos de
cana-de-açúcar (chegou a ter mais de 250),
sendo considerada sinônimo de boa aguar-
dente.
No século XVIII, destacou-se como
importante porto por onde se escoava das
Minas Gerais, o ouro e as pedras preciosas
que embarcavam para Portugal. Porém,
constantes investidas de piratas que se re-
fugiavam em praias como Trindade, fize-
ram com que a rota do ouro fosse mudada,
levando a cidade a um grande isolamento
econômico.
Após a abertura da Estrada Paraty-Cu-
nha, e principalmente, após a construção
da Rodovia Rio-Santos na década de ’70,
Paraty torna-se pólo de turismo nacional
e internacional, devido ao seu bom estado
de conservação e graças às suas belezas na-
turais.
Em sua área encontram-se o Parque
Nacional da Serra da Bocaina, a Área de
Proteção Ambiental do Cairuçú, onde está
a Vila da Trindade, a Reserva da Joatinga, e
ainda, faz limite com o Parque Estadual da
Serra do Mar. Ou seja, é Mata Atlântica por
todo lado.
Onde Ficar
Em Paraty vale a pena você pagar um
pouco mais e hospedar-se em uma char-
mosa Casa para Temporada no Centro
Histórico de Paraty.
Se preferir mais tranquilidade para sua
família, você precisa conhecer o Condomí-
nio Laranjeiras e passe uma temporada no
verdadeiro Resort em Paraty.
Paradoxalmente, o longo processo de
estagnação a que Paraty
foi submetida resultou
fundamental para man-
ter intacto o casario
colonial, no conjunto
conhecido como Cen-
tro Histórico, e torná-la
um dos destinos turísti-
cos mais procurados do
Brasil.
Pelas ruas de pedra
irregular circulam a pé
– a entrada de veículos
é proibida – turistas do
mundo inteiro, atraídos
pela beleza da arqui-
tetura típica do Brasil
Colônia. Demoram-se
pelas casas históricas,
transformadas em pousadas, restaurantes,
lojas de artesanato e museus, em meio a
músicos populares e a estátuas vivas, ho-
mens e mulheres que se cobrem de pó
branco, similar ao mármore, e permane-
cem imóveis por horas.
De repente, o turista pode se deparar
com alguma celebridade , como a atriz Ma-
ria Della Costa, o navegador Amyr Klink
ou alguém da família real brasileira, entre
tantas que escolheram Paraty para viver.
Também é imprescindível fazer um
passeio de escuna pelas ilhas da região.
A rede hoteleira é formada de peque-
nas pousadas, muitas situadas no próprio
Centro Histórico.
Vários eventos culturais têm Paraty
como sede. Mas nenhum é mais concorri-
do e conceituado do que a Festa Literária
Internacional (FLIP).
Realizada desde 2003, conta com a
presença de escritores nacionais e estran-
geiros que participam de palestras e de-
bates nos prédios históricos ou em tendas
armadas nas ruas. A cada ano a festa é de-
dicada à memória de um grande escritor
já morto. Na primeira o homenageado foi
Vinicius de Moraes.
Paraty se integra assim a um circuito
de festivais literários que se realiza pelo
mundo inteiro em lugares tão diferentes
entre si como Toronto, no Canadá, e Mân-
tua, na Itália.
Outros eventos importantes que
ocorrem na cidade são: Festival da Pinga,
Festa do Divino Espírito Santo, Festa de
Nossa Senhora dos Remédios, Festa de
Santa Rita, e Paraty em Foco.
Fonte: Paraty Tur, Prefeitura e Wikipedia

Para América do Sul, liderança brasileira ainda é promessa
Com metade do PIB do continente
e uma extensão territorial que lhe garante
fronteira com nove dos seus 11 vizinhos, o
Brasil é visto na América do Sul como um
potencial líder da região. Mas essa lideran-
ça brasileira, intencional ou não, é conside-
rada apenas uma promessa.
“Eu acho que o Brasil tem o papel de
grande integrador”, diz o ministro do Exte-
rior do Peru, José António Garcia Belaun-
de, que acrescenta: o país “poderia fazer
mais (…) com mais iniciativa e, obvia-
mente, mais investimento”.
As palavras do ministro peruano sin-
tetizam um sentimento generalizado iden-
tificado pela reportagem da BBC Brasil,
que esteve nos outros 11 países da América
do Sul para ouvir de políticos, empresários
e cidadãos comuns o que eles pensam do
seu gigante vizinho.
Há quem considere difícil o Brasil
aumentar sua influência regional, mas é
comum a opinião de que a maior potência
sul-americana deveria fazer mais pelo con-
tinente, idéia defendida pelo ex-ministro
da Defesa colombiano Rafael Pardo.
“Francamente (as aspirações de lide-
rança brasileira), deveriam ser mais ativas.
A idéia da união sul-americana ficou débil,
o Brasil parece ter perdido o entusiasmo
em relação a essa idéia, e acho que é neces-
sário entusiasmo para a América do Sul ter
um processo de integração mais dinâmico
do que o tem tido até agora”, avalia.
A posição de liderança e a própria ne-
cessidade de um líder regional são ainda
tabus para o governo brasileiro. Em 2003,
no início do seu primeiro mandato, o pre-
sidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em
um discurso diante de novos diretores da
hidrelétrica de Itaipu, que o continente
pedia por uma liderança vinda de Brasília.
“É impressionante como todos esses países
estão quase a exigir que o Brasil lidere a
América do Sul.”
Mas a frase causou um certo mal-estar,
já que, desde que começou a trabalhar por
um projeto de integração sul-americana,
no início dos anos 90, a diplomacia bra-
sileira tem negado uma intenção explícita
de liderar a região – uma idéia que poderia
desagradar a vizinhos e atrapalhar o pro-
cesso. Hoje o próprio Lula evita qualquer
menção a uma liderança brasileira e sem-
pre que pode repete que a América do Sul
“não precisa de um líder”.
Porém o fato é que a maior parte das
nações sul-americanas continua a ver o
Brasil como o país com o maior potencial
para promover a integração regional, ape-
sar de considerar que tal potencial ainda
não esteja sendo totalmente aproveitado.
Edição de abril de 2008
Pilares
A integração sul-americana passa
atualmente passa pela construção de dois
grandes pilares: o econômico e o político.
Do ponto de vista econômico, uma das
questões que mais geram críticas ao Brasil
é a relação comercial.
O mercado de consumo brasileiro é
cobiçado por todos os vizinhos e apontado
como um dos fatores que mais poderiam
favorecer a união regional. No entanto, o
Brasil ainda é um dos países mais fechados
da região e mantém superávits comerciais
País é visto como líder natural que deveria fazer mais
com praticamente todos os outros países
sul-americanos.
“Em 1991, pensávamos que o nosso
acesso a um mercado ampliado permiti-
ria que várias empresas de outras partes
do mundo se instalassem no Uruguai”, diz
José Manuel Quijano, diretor da Comissão
Setorial para Mercosul do Uruguai. “Mas
isso não se concretizou.”
Para Quijano, uma das explicações
para a frustração uruguaia está na incerteza
em relação ao acesso ao mercado brasilei-
ro. Apesar de ter sustentado déficits com o
Uruguai por vários anos desde o início da
década de 90, o Brasil tem apresentado su-
perávit com sua antiga Província Cisplatina
desde 2004. Em 2006, o Brasil vendeu ao
Uruguai quase o dobro do que importou:
US$ 1 bilhão contra US$ 640 milhões.
Esse é um processo que se repete na
relação com a maioria dos outros países.
Hoje o Brasil vende quase dez vezes mais
do que compra da Venezuela e quase cin-
co vezes mais do que importa da Colôm-
bia. Desde problemas de regulamentação
alfandegária até a barreira com a língua
e a infra-estrutura são apontados como
empecilho para se vender mais ao gigante
vizinho.
Da ótica de vários especialistas, polí-
ticos e diplomatas de outros países da re-
gião, a balança comercial é apenas uma das
faces do problema. Alguns acreditam que o
Brasil não pode se dedicar mais à solução
de problemas regionais por causa dos seus
próprios desafios.
“O dilema político do Brasil é que (o
país) tem todas as condições para ser um lí-
der regional e, em muitos casos, exerce essa
liderança no nível político”, diz Dante Sica,
presidente da consultoria argentina Abe-
ceb, especializada nas relações entre os dois
maiores países da região. “Porém o país não
tem todos os atributos de um líder, porque
tem muitos problemas internos.”
Na opinião de Sica, tais problemas
afetam a capacidade brasileira de investir
na região. Para ele, é difícil para o Brasil to-
mar a decisão política de colocar a mão no
bolso para acabar com assimetrias com al-
guns vizinhos menores. “Como Lula pode
ajudar o Paraguai (…) e não dar dinheiro
para o Nordeste?”, pergunta.
Como resultado, muitos vêem o Bra-
sil como uma espécie de tigre sem den-
tes: uma nação que deveria colocar mais
dinheiro nas estradas do Peru, pagar mais
pela energia comprada dos vizinhos, ajudar
em projetos de desenvolvimento sustentá-
vel no Equador, mas que não consegue, ou
não quer, fazer isso.
Espaços vazios
Nessa espécie de vácuo deixado pelo
Brasil, pela primeira vez desde o fortaleci-
mento da idéia de integração um país pas-
sou a ocupar espaços na busca por lideran-
ça. Com os cofres cheios de petrodólares,
o presidente venezuelano, Hugo Chávez,
tem feito em relação a alguns países da
região aquilo que o gigante do continente
não consegue.
“Acredito que Lula compreendeu
apenas recentemente que não pode deixar
o cenário latino-americano (e a América
Sul) coberto somente pela vigorosa figura
de Hugo Chávez”, afirma o ex-ministro do
Planejamento venezuelano Teodoro Pe-
tkoff, opositor a Chávez.
Para ele, a capacidade do presidente
da Venezuela de ameaçar a posição brasi-
leira na integração regional é superdimen-
sionada, especialmente pelos Estados Uni-
dos. Mas ele acredita que o Brasil precisa se
dedicar mais para servir de contraponto à
posição de Chávez.
A dúvida de muitos é se Venezuela e
Brasil disputam uma posição de liderança
ou podem trabalhar juntos para o bem da
região. Com a chegada ao poder de Luiz
Inácio Lula da Silva, havia quem esperasse
ou temesse uma maior aproximação entre
os dois países.
Mas a mais recente crise política en-
volvendo Equador e Colômbia mostrou
diferenças claras de ação entre Brasil e Ve-
nezuela: o governo brasileiro acionou sua
diplomacia, enquanto Caracas mobilizou
tropas.
O alívio da crise, obtido no âmbito de
negociações na Organização dos Estados
Americanos (OEA), também mostrou
que o Brasil não é uma superpotência que
pode impor soluções sozinha, posição que
o próprio governo brasileiro diz nunca ter
buscado.
Além disso, na reunião do Grupo do
Rio, que selou definitivamente o fim da cri-
se, Lula não estava presente, tendo enviado
o ministro Celso Amorim para representá-
lo. Coube à argentina Cristina Kirchner e
a Hugo Chávez o papel de mediadores na
reunião de chefes de governo.
Confrontado com as demandas, o
governo brasileiro cita o que considera
sucessos e avanços na integração e na atu-
ação brasileira na América do Sul. Dessa
lista fazem parte a evolução, mesmo que
lenta, da infra-estrutura física, a conclusão
de acordos de livre comércio, a criação da
Comunidade Sul-Americana das Nações,
hoje Unasul, e a criação do Banco do Sul
– uma proposta de Chávez abraçada com
relutância pelo Brasil.
Aos críticos, a resposta brasileira é que
uma integração continental não aconte-
ce rapidamente nem sem percalços. Mas
inúmeras vozes na América do Sul dizem
que, após quase duas décadas de esforços
para integrar a região, a liderança brasileira,
assim como a formação de um bloco sul-
americano, continua no campo das pro-
messas.
BBC Brasil
Colaboraram Alessandra Correa (Bolívia e Para-
guai), Andrea Wellbaum (Argentina e Uruguai),
Daniel Gallas (Venezuela), Márcia Freitas (Peru e
Chile) e Pablo Uchoa (Colômbia e Equador)
 Edição de abril de 2008

Níquel Náusea www.niquel.com.br

Um casal decide passar férias numa
praia do Caribe, no mesmo hotel onde
passou a lua de mel 20 anos antes.
Por causa do trabalho, a mulher não
pode viajar com o marido. Deixa para ir
alguns dias depois.
Quando o homem chega ao seu
quarto do hotel, vê que há um compu-
tador com acesso à internet. Decide
então enviar um e-mail à mulher, mas
erra uma letra sem perceber e o envia a
outro endereço.
O e-mail é recebido por uma viúva
que acabara de chegar do enterro do
marido. Ao conferir seus e-mails, ela
desmaia instantaneamente.
O filho, ao entrar em casa, encontra
a mãe caída perto do computador. Na
tela está escrito:
Querida esposa,
Cheguei bem.
Provavelmente você se surpreenda ao
receber notícias minhas por e-mail. Mas
agora tem computador aqui e pode-se
enviar mensagens às pessoas queridas.
Acabo de chegar e já me certifiquei de
que está tudo preparado para você vir
na sexta-feira que vem. E espero que a
sua viajem seja tão tranqüila como está
sendo a minha.
Só um detalhe: Não traga muita rou-
pa, pois aqui faz um calor infernal.

Sudoku
Fill in the grid so that every row, every
column, and every 3x3 box contains the
digits 1 through 9.
That’s all there is to it. There’s no math in-
volved. The grid has numbers, but nothing
has to add up to anything else. You solve
the puzzle with reasoning and logic. It’s
fun. It’s challenging. It’s addictive! Solving
time is typically from 10 to 30 minutes, de-
pending on your skill and experience.
 Edição de abril de 2008

Queda no envio de remessas por brasileiros é sinal positivo, diz BID

O declínio de 4% no número de re-
messas enviadas por brasileiros que vivem
no exterior em 2007 é “uma boa notícia
para o Brasil”, na opinião de Donald Terry,
diretor do Fundo de Inves-
timentos Multilaterais do
BID (Banco Interamerica-
no de Desenvolvimento).
De acordo com dados
da entidade, as remessas
de brasileiros para o país
em 2007 totalizaram cerca
de US$ 7,1 bilhão (R$ 12
bilhões), contra US$ 7,4
bilhões em 2006.
“É um sinal de que a
economia brasileira está
indo tão bem que isso está
fazendo com que muitos
brasileiros que moram nos
Estados Unidos estejam voltando para seu
país”, afirma Terry.
Segundo o diretor do Fundo de In-
vestimentos Multilaterais do BID, essa
tendência pode ser sentida, por exemplo,
“no leste de Massachusetts e no sul da Fló-
rida, quando vemos milhares de brasileiros
comprando passagens só de ida”.
Mas o diretor do fundo estima que, ao
contrário do Brasil, para o México, a quase
estagnação do número de remessas não re-
presenta uma boa notícia. O país registrou
um aumento de apenas 1%, cerca de US$
24 bilhões.
Crise
Terry avalia que a crise econômica
americana pode ser um fator para o declí-
nio no envio de dinheiro para o México, já
que muitos trabalhadores de origem mexi-
cana atuam no setor de construção nos Es-
tados Unidos, um dos mais atingidos pela
atual situação da economia americana.
Mas ele diz acreditar que o endure-
cimento de leis de imigração por parte de
vários Estados americanos pode ser o fator
decisivo para que imigrantes do México te-
nham dificuldade em enviar dinheiro para
seu país natal.
O diretor do fundo
do BID afirma não ser
possível precisar se a ten-
dência entre mexicanos e
brasileiros residentes no
exterior seguirá inalterada,
mas avalia que algumas das
tendências registradas no
estudo do BID se intensi-
ficarão.
Uma delas é a de re-
messas enviadas por nati-
vos da região andina. Atu-
almente, segundo Terry,
as quantias enviadas por
imigrantes da Bolívia e
Equador que residem na Espanha é supe-
rior, por exemplo, à enviada por imigrantes
dos mesmos países residentes nos Estados
Unidos.
América Latina
Os dados divulgados nesta terça-feira
pelo BID indicam que a queda das remes-
sas de brasileiros contribuiu para uma de-
saceleração do índice geral para a América
Latina.
O envio de remessas para a América
Latina foi de US$ 66,5 bilhões em 2007, um
aumento de 7% em relação ao ano anterior.
As estimativas específicas para a América
Central registraram um aumento de 11%.
Mas as projeções do BID previam um au-
mento bem maior para a região toda.
“É a primeira vez que vemos esse tipo
de desaceleração, desde que começamos a
fazer essas estimativas, há oito anos”, afirma
Terry. “Esperávamos um crescimento no
índice de remessas de 3 a 4 pontos percen-
tuais superior.”
Segundo o diretor do Fundo de Inves-
timentos Multilaterais do BID, a redução
das remessas brasileiras e o crescimento
pífio do número de remessas mexicanas
foram os principais fatores para os índices
registrados em 2007.
O ano de 2007 marcou ainda a pri-
meira vez que o número de remessas de
brasileiros sofreu uma queda, desde que o
BID passou a fazer estimativas anuais.
De acordo com o banco, essa cifra, em
2001, ficou na faixa de US$ 2,1 bilhões.
Desde então, o índice de remessas de brasi-
leiros foi crescendo gradualmente.
Bruno Garcez
Da BBC Brasil em Washington

Lula vê crise “com cautela” e diz

que país não depende dos EUA
O presidente Luiz Inácio Lula da à China, da Índia à Colômbia, da Vene-
Silva afirmou que o governo brasileiro zuela ao Vietnã, do Equador aos países
acompanha “com lupa” a ameaça de reces- africanos”, disse Lula a jornalistas, nesta
são nos Estados Unidos, mas manifestou quinta-feira, em Foz do Iguaçu, onde es-
confiança na economia brasileira, princi- teve para acordo de construção do alcool-
palmente pela diver- duto Campo Gran-
sificação nas relações de-Paranaguá.
comerciais. “Obviamente,
“Nós estamos precisamos ter mui-
olhando com cau- to cuidado, pois já
tela. Não queremos tivemos problemas
que uma crise ameri- antes que não quere-
cana, que não fomos mos que se repitam
nós que causamos, no Brasil”, acrescen-
crie problemas para tou Lula, referindo-
o Brasil.” se a outras crises ex-
Lula admitiu ternas, que tiveram
que, pela importân- forte impacto na
cia de sua economia, economia brasileira.
uma recessão nos Lula minimizou
EUA traria proble- a turbulência nas
mas a muitos países, mas ressaltou que o bolsas de valores, que considerou não ser
Brasil não está mais tão atrelado aos Esta- “tão anormal”, e disse que o importante
dos Unidos. é ter consciência de que existe uma crise
“Não dependemos de um país ou nos EUA que afeta o sistema financeiro.
de dois países. Temos relação comercial Reportagem de Mair Pena Neto
muito diversificada, que vai da Argentina Reuters
 ★
"Parisi reveals his extensive education with "The italian heritage is safe Considerate la vostra semenza: The birth place of Parisi Patriots: Nola, a city of Campania in the province of Naples. Also the place of the
Parisi Patriots Placemats
a complex vocabulary. He sprinkles his
speech liberally with expressions in Greek,
in his hands"
New York Times
fatti non foste a viver come bruti,
ma per seguir virtute e conoscenza. Since 1979 first church bell, in 400 AD by Saint Paulinus of Nola. Giordano Bruno was born in Nola in 1548 and burned
at the stake in 1600. Nola is responsible for the first strike of unification of Italy in 1820. Monti di Nola.
Mt. Vesuvius erupted in 79
AD and destroyed Pompeii
Latin and French." Daily Press, 1986 Dante Alighieri, La Divina Comedia, 1265. Hannibal was defeated in the hills of Nola by Marcus Claudius Marcellus in 214 BC.

★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★
-1897

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★ Landing in Dallas, TX, USA - April 15th 2007

★
PARISI PLACEMATS:
Salutes the Brazilian newspaper “Jornal Comunidade” for the excellent service to the Brazilian and Italian Communities in Dallas, Texas and the World.
P Eliminates most of your advertising
waste;
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P Will keep your product before the Messages are meant to nourish heart, soul AM 9
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JACKSON 18 public 14 hours a day, 7 days a week; house are pasted with quotes from the Found- a border of quotations from the Bible. H ARRISON 1
ing Fathers, Roman poets and the Bible. Psalm 68:11 is a staple: “The Lord gave
★ P Needs no advertising budget; And there’s much more. It draws on such
formidable spirits as Beethoven, Marcus Aure-
the Word. Great was the company of those that
published it.”
★
P Everybody can afford it! lius, Thomas Jefferson and Thomas Payne. The sayings condemn tyranny. They hon-
The words bear witness to the indomi- or family and country.
P Only 3¢ for each Parisi mats printing! table human spirit. The message is patriotic. “Behold, how good and how pleasant
Parisi marches to his front door. He has it is for brethren to dwell together in unity,”
covered it with a door-size photo of a Houdon says another favorite quote from the Book of

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Call to reserve your space!
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bust of George Washington. The poster in- Psalms.

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QU 25 cludes a lenghty text. Parisi makes the place mats at his house. AM 7-
INC 18 Parisi Placemats MCK 89
Y A D A MS “Read this,” he implores a visitor, plung- One crowded room holds a paste-up desk and INLEY 1

★ Phone/Fax: 214-828-4157 ing a stubby brown finger onto the chosen pas- a photocopier. ★
sage. “It’s like a pizza,” he explains of his pro-
3512 San Jacinto St. Parisi, impatient to hear the words, spares cess of constructing the mats with their gener-
his guest the trouble. He reads the quote from ous toppings of patriotism and bliblical verses.
Dallas, TX – 75204 Washington aloud: “You might have tracked “You get your pepperoni, your sausage
By Lawrence Latané III the army from White Marsh to Valley Forge by and you blend them together.”
Times-Dispatch state staff
the blood of their feet.” The mats and their dizzying montage of
09

Joseph Parisi, dark eyes lit by an inter-

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Just the thought of the suffering endured quotes reflect Parisi himself.
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nal fire, is finally on track recounting how he

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by the Revolutionary patriots ignites Parisi’s He doesn’t converse, he delivers mono- OR 0
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immigrated to the United States from Italy emotions. logues with indeafatigable conviction. 19
M ONROE 181 when another random thought interrupts his
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OOSEVELT
Great words, by great people. Can’t they He pitches out epigrams. He drops quotes
discourse. nudge America to further greatness? from Roman conquers. He refers to Bible vers-
★ A color photograph of Ronald Reagan
slips from a book he opens and falls upon his
Parisi trusts that they can. He’s made it his es. It’s an unrelenting stream of consciousness.
★
singleminded goal since establishing himself as One minute he’s quoting the Roman poet
Dr. Randy Speed, senior Rev. Roberto Butawan of
cluttered desk. a printer and advertising salesman in 1975. Ovid. The next he’s playing the part in a loud
pastor of River of Glory Prince of Peace Catholic
He seizes the print. He smacks it with his Parisi prints place mats. He sells advertis- voice, of a swaggering Caesar Augustus, simul-
lips. He’s changed the subject once again.
Church (r) Church (c) and Bill ing space in tiny swuares on the rectangular pa- taneously dictating 10 different letters to 10 of
“The man is a living miracle,” Parisi
Lombardi (r) beams, raising the photo of the president into
per sheets. In the gaps that are left, he sprinkles his subordinates.

7
inpirational quotes and messages. How it all adds up doesn’t matter. The
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M the light. “He’s trying to steer the ship of Amer- LL 9
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He believes diners should have food for sheer range of his knowledge is astaounding IA
MAD 0 ica toward higher dreams.” MH 9-1
ISON 18 thought before their meal arrives. “You must Parisi won’t sit. He paces the floor when . TAFT 190
Parisi grew up in Italy during World War feed them spiritually first.” he says. he talks. His eyes burn and his face quivers
II. He lived with his family in a three-stored For instance, printed in red ink with the when he launches into a passionate speech ★
★ house. It had marble floors and was surrounded
Edição de abril de 2008

ads for Big John’s Family Restaurant, Nana’s about what he sees as the gradual ascendancy
Italy
by a masonry wall with beautiful iron gates. House and a dozen other enterprises is a list of of socialism in the United States.
and He remembers that the fascists took the the presidents born in Virginia. He says it will destroy the family and in-
Brazil meet Parisi showing Pr. Jeffrey gates to melt down for rifles.
in Texas! the newspaper Jornal There might be a quote from Jefferson, dividual initiative. That’s why the messages on
Now he’s living in Urbanna, a quiet town an observation from James Monroe, a line or his place mats are so important to him.
Comunidade for the 1st on the Rappahanock River. The walls in his tiny Richmond Times-Dispatch, November 29, 1987

09
two from the Pledge of Allegiance and always

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AS 01 DR 3-
JEF 18 OW 91
FE RS O N W ILSON 1
John Paul Parisi (center) Lieutenant General U.S. Supreme Court,
★ started a group called
Italian-American Christian
Raymond T. Odierno of the
Joint Chiefs of Staff, John
Justice Antonio Scalia at
American Achievement
★
Fellowship. His father Odierno, son of Lieutenant Awards (Southside
(left), Joseph, and his General Raymond T. Sentinel 11.21.90)
Mrs. Fendi, the world Rev. Lydio Tomasi Ph.D., Pier Ferdinando Casini, Supreme Court Justice Nancy Pelosi, Speaker Joseph Parisi withTony Senator Clemente brother, Nicholas (right), Odierno, Tommy Lasorda
renowned fashion tycoon Pres. Casa Italiana, Senate President of Samuel Alito, Jr. of the House and Joseph Danza, of sitcom “Taxi” Mastella, Minister are members. with Parisi (front left) of
with Parisi in the 70’s Joseph Lupo, liason of Italian Republic Parisi, of Parisi Patriots and “The Tony Danza of Justice of Italy
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Parisi Patriots.
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OH 0 when he was in the Dept. of Education Show” RE

NA 18 N 21
More to be desired are they than gold, yea, than much fine gold; sweeter also than honey and the honeycomb. Moreover by them Your servant is warned, and in keeping them there is great reward (Ps. 19:10-11)

DAMS 1797- fashion industry G. H 19

Psalm 133:1 – “Behold, how good and how pleasant it is for brethren to dwell together in unity!” ARDING
★ ★
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7-1 LD 4-1 RD 69 96 F. 61 S 94 D. TC 92 CO 23
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UMAN 1 ROOSEVELT . HO O V E R 1 OLIDGE 19
★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★ ★
The Alamo
HARLAN FISKE STONE “Make Disciples”
The myth and legend of the
Twelfth Chief Justice of the United States The story is told that when Garibaldi set out to liberate Italy,
Alamo is the creation story
I am proud of our legal institutions and he saw some young men standing at the street corner, and he
of Texas, central to the
have unwavering faith that their future asked them if they would like to enlist in his cause. “What
Texas legend itself, and it is
will be ever greater than their past. In our do you offer?” they said. “Offer?” replied Garibaldi; “I offer
a legend which continues
legal system lies the assurance of prote- you hardship, hunger, rags, thirst, sleepless nights, footsore The 4 voyages of
growing, capturing the
crtion of our lives, liberty, property, and in long marches, privations innumerable, and finally victory Christopher Columbus:
imagination of people
happiness, and that of our children and in the noblest cause that ever confronted you. 1) 1492 - 1493
around the world. The
children’s children. No more sacred duty [ 2) 1493 - 1495
entire siege lasted 13 days.
rest on the lawyer and layman alike than “Now gentlemen, let us do something today which the world 3) 1498 - 1500 Map drawn by German
February 23 - March 6, cartographer Martin
that of defending, maintaining and im- may talk of hereafter.” Before the battle of Trafalgar, 21 Oc- 4) 1502 - 1504 Waldseemüller where
1836. the name “America” first
proving it. tober 1805, Admiral Collingwood. appeared
Prince of Peace Catholic Church
Many Thanks, Ben!
© Benjamin Franklin first published Watts’ psalm paraphrases in America in 1729. His hymns
PARISI PATRIOTS 2008 (The Patriarch of the 21st century placemats) “You can take Parisi Placemats out of America, but you can’t take America out of Parisi Placements!” were first published in Boston in 1739. Watts’ hymns gloried in the power, wisdom, and
goodness of his majestic God. During the American revivals of 1735-1739, known as the
214.828.4157 • 214.664.8095 cell • 214.484.7717 fax • 3512 San Jacinto St., Dallas, TX - 75204 • e-mail parisi6186@aol.com Great Awakening, George Whitefield used Watts hymns and songs in his meetings. They
were well-loved by those Americans of the Revolutionary period.

Os corajosos poderiam se levantar, por favor?
Não há como não se emocionar ao
assistir os momentos finais do filme Cora-
ção Valente, quando William Wallace está
sendo torturado diante de uma multidão
de curiosos e seu carrasco quase que roga
para que ele peça por misericórdia. Em vez
disso, Wallace reune o que lhe resta de for-
ça e brada: "Liberdade!"
William Wallace não estava tentando
ficar famoso ou escrever seu nome na his-
tória. Mas quando surgiu um momento
decisivo, ele seguiu sua consciência e lutou
pela liberdade do seu povo com bravura e
coragem.
Vivemos hoje momentos decisi-
vos na história da Igreja (pelo menos da
sua ala Protestante Evangélica). Em qua-
se todo o mundo, pessoas estão cada vez
mais cansadas do que vêem sendo feito e
pregado em nome do Cristo. Igrejas que
se transformaram em verdadeiros partidos
políticos e impérios pessoais. Líderes me-
galomaníacos que seduzem, manipulam e
dominam rebanhos incapazes de discenir
a mão direita da esquerda. Pastores envol-
vidos em escândalos financeiros, morais e
políticos que apelam para teorias de perse-
guição religiosa em vez de se arrepender e
voltar ao primeiro amor. Crentes mornos,
sem paixão pela verdade, vivendo uma es-
piritualidade do templo completamente
desconectada com o restante de suas vidas.
Precisamos de uma nova Reforma, desta
vez no seio no Evangelicalismo.
Francamente, estou cansado de ouvir
pessoas dizendo: "Deus está no controle",
"A Igreja é de Deus" e "Nós devemos orar",
quando sua liderança maior está envolvida
em escândalos, esquemas politicos e evi-
dentemente enamorada com o poder.
Sim! Sim! E sim! Deus sempre está no
controle! Ele é o Senhor da Igreja! E defini-
tivamente devemos orar!
Lutero acreditava em todas essas coi-
sas, mas ele não ficou calado quando a
Igreja de seus dias estava mergulhada na
política, venda de indulgências e poder
papal. Ele agiu! É por isso que a história do
Cristianismo foi mudada. É por isso que te-
mos uma igreja livre do papado e de Roma
hoje e podemos ler a Bíblia em nossa pró-
pria língua. Não deveríamos ter a mesma
atitude se realmente queremos uma igreja
renovada para nós, nossos filhos e para as
gerações vindouras? Se não estamos con-
tentes com a política na igreja (e com a
política eclesiástica) que temos hoje, será
que não deveríamos começar a fazer algo
em relação a isso agora, antes que seja tarde
demais?
Edição de abril de 2008
Deus estava no controle durante a Se-
gunda Guerra Mundial, enquanto Hitler
dizimava seis milhões de judeus. Muitos
pastores e líderes cristãos ficaram calados.
Nós nem sequer ouvimos falar sobre eles.
Sua atitude não nos inspira. Na verdade,
podemos até pensar deles com um certo
descaso, por causa de sua complacência e
comprometimento com o sistema nazis-
ta. Mas quando pensamos naquela época,
somos inspirados por pessoas como Cor-
rie ten Boom e sua família que decidiram
não assistir à matança calados ainda que
acreditassem na autoridade e soberania de
Deus sobre a situação. Eles agiram, arrisca-
ram suas vidas, não se curvaram diante do
sistema com a desculpa de que deveriam
obedecer cegamente às autoridades.
Assim como eles, o jovem pastor lu-
terano Dietrich Bonhoeffer também não
ficou calado. Nós não ouvimos sua história
hoje por causa de sua teologia. Ele tem sido
uma inspiração em nosso tempo justamen-
te porque decidiu enfrentar os desafios de
seu tempo, ainda que isso tenha lhe cus-
tado a liberdade e, por último, sua própria
vida.
Deus estava no controle quando ne-
gros estavam sendo tratados como animais
no sul dos Estados Unidos. O também
jovem pastor batista Martin Luther King
acreditava na soberania de Deus, mas mes-
mo assim ele decidiu confrontar o racismo
e se manifestar por igualdade de direitos
civis. Suas manifestações pacíficas foram
acusadas de promover distúrbio da ordem.
Sua família foi ameaçada, ele foi perseguido
e morreu sonhando com uma sociedade
mais justa. Foi porque ele não ficou calado
que seus filhos e netos podem hoje viver o
que ele sonhou e um negro tem chances
reais de se tornar Presidente dos Estados
Unidos.
Martin Luther King disse: "O que me
preocupa não é o grito dos maus. É sim o
silêncio dos bons."
O que dizer do jovem pastor de ove-
lhas filho de Jessé? Ele poderia ter se escon-
dido atrás da desculpa: "Esse problema não
é da minha conta", quando ouviu Golias
desafiar os exércitos de Israel. Ele poderia
ter dito: "Eu não sou soldado." Ele poderia
ter dado qualquer desculpa para não se en-
volver na luta. E se tivesse feito isso, nós não
estaríamos ouvindo sobre ele ainda hoje. O
que mais gostamos de contar para nossos
filhos sobre Davi não é sobre seu reinado
glorioso. O que inspira nossas vidas e nos-
sos filhos é que ele enfrentou o desafio de
seu tempo, mesmo que não fizesse parte
do exército de Israel. Será que podemos
sequer pregar sobre Davi se nós mesmos
não estamos dispostos a nos envolver e en-
frentar os desafios que temos diante de nós
para uma Igreja melhor hoje?
E o que dizer de Sadraque, Mesaque e
Abedenego, jovens companheiros de Da-
niel no exílio Babilônico? Eles poderiam
simplesmente ter se curvado diante da
estátua de ouro sob a desculpa de ter que
obedecer as autoridades superiores. Mas
não foi isso que fizeram. Pelo contrário,
eles escolheram obedecer a Deus em vez
de se curvar diante de homens ambiciosos
e seus ídolos dourados. É por isso que a his-
tória deles nos inspira hoje, não é mesmo?
Gostamos de ensiná-la nas escolas bíblicas
para incentivar nossas crianças e jovens a
não se curvar diante do sistema do mun-
do, não se render às tentações, não ceder
às pressões a sua volta. Sugiro que a menos
que estejamos dispostos a não nos curvar
diante do sistema religioso profanado pela
política e embriagado pelo poder, devemos
parar de ensinar essa história em nossas
igrejas e escolas bíblicas.
Quando a história da Igreja de nos-
sos dias for escrita, o que será dito a nosso
respeito? Como seremos retratados? Será
como homens e mulheres de coragem e
honra, dispostos a confrontar as potestades,
arriscar nossa segurança e nos empenhar
por uma igreja melhor, livre da política e
do evangelho deturpado da prosperidade?
Uma igreja comprometida com a Missão
de Deus no mundo?
Será que podemos ouvir ecos do que
disse Mordecai?
"Se você se calar, Deus levantará so-
corro de outro lugar... Mas quem sabe não
foi para um momento como este que Deus
lhe colocou aqui?"
Estamos dispostos a responder como
a jovem Ester?
"Ore por mim... Eu falarei, não me ca-
larei... Se perecer, pereci."
A geração de cristãos comprometidos
com o Evangelho de Cristo poderia se le-
vantar, por favor?
Sandro Baggio
 Edição de abril de 2008
Boom ainda não atrai imigrantes de volta ao Brasil
O bom momento econômico que gada para juntar dinheiro”, disse ela à BBC
o Brasil atravessa ainda não foi suficiente Brasil durante um dos turnos como entre-
Reversão
De acordo com o demógrafo Wilson
para atrair de volta brasileiros que deixa- gadora de panfletos no centro de Londres. Fusco, da Fundação Joaquim Nabuco, “as
ram o país em busca de uma vida melhor “Só vejo brasileiro chegando, com transformações econômicas não provo-
no exterior. toda força. Quem voltou para o Brasil, quer cam uma reação imediata nos imigrantes”.
Depois de anos em “Os parentes e ami-
crise e um período de gos no Brasil precisam
estabilidade, a econo-
sentir essas alterações
mia brasileira vive um para incentivar a volta
momento de expansão e desses brasileiros. As no-
otimismo. Segundo da-
tícias nos jornais não têm
dos do IBGE (Instituto o mesmo impacto que o
Brasileiro de Geografia contato com quem ficou
e Estatística), no ano
no Brasil”, disse o pesqui-
passado, ao Produto In- sador à BBC Brasil.
terno Bruto (PIB) cres- Apesar de não re-
ceu 5,4% - a maior taxa presentar – pelo menos
desde 2004.
por enquanto – um fator
Apesar de as notí-
de atração de imigrantes,
cias sobre a expansão
Fusco acredita que as me-
econômica ganharem
lhores notícias do Brasil
destaque freqüente, não
acabarão fortalecendo,
só no Brasil, como nos
principais jornais inter- em breve, decisões de re-
nacionais, esse melhor Flávia não pretende abandonar os planos de sair do Brasil. torno. Seriam como mais
momento ainda não “convenceu” brasilei- logo voltar pra cá. Não ouço nem falar que um motivo para voltar
ros no exterior como a paranaense M.C., lá está melhor”, disse. “Acho que situação só entre outros como as dificuldades provo-
cadas por um maior controle contra ilegais
de 20 anos. deve ter melhorado para os ricos”, concluiu
“Se o Brasil estivesse tão bom, a gente a brasileira, que chegou a Londres há nove e a alta do real frente a moedas como o dó-
não estaria aqui trabalhando até de madru- meses. lar, a libra e o euro.
“O retorno dos brasileiros que estão
fora do país deve acontecer mais rapida-
mente do que a diminuição das saídas.
Qualquer mudança concreta na situação
econômica pode antecipar e estimular a
volta dos brasileiros que já planejam retor-
nar ao país”, afirmou.
Flávia Faria, que está de malas pron-
tas para embarcar para Londres em Junho,
confirma a tendência apontada por Fusco.
Em entrevista à BBC Brasil, a goiana,
de 21 anos, diz que além de não sentir a
mudança na economia do país, não pensou
em abandonar os planos de deixar o Brasil.
“Tenho convicção de que minha si-
tuação financeira irá melhorar quando re-
tornar. Hoje em dia, mesmo trabalhando e
contendo os gastos, não dá pra economizar
nada”, disse.
Carlos Mellinger, presidente da Asso-
ciação Brasileira no Reino Unido (Abras),
disse à BBC Brasil que é preciso mais do
que crescimento econômico para reverter
o fluxo migratório.
“Para ocorrer, esse processo precisa
envolver uma mudança em aspectos cultu-
rais e também nas condições do mercado
de trabalho no Brasil”, disse.
Ele acrescentou que, de acordo com os
brasileiros que procuram a Abras, ainda há
um volume maior de imigrantes chegando
a Londres do que pensando em retornar.
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O 'sonho' americano
Nos Estados Unidos, onde a expansão
da economia brasileira está ocorrendo em
paralelo a uma crise em diversos setores da
economia, a situação é um pouco diferen-
te.
De acordo com uma estimativa do
Centro para Imigrantes Brasileiros em Bos-
ton, apenas no Estado de Massachussets,
cerca de 6 mil brasileiros voltaram para o
Brasil em 2007.
A razão, no entanto, está mais relacio-
nada à crise econômica nos Estados Unidos
do que à expansão econômica brasileira.
“A crise econômica, a desvalorização
do dólar e as políticas mais restritivas com-
binadas são a principal razão da volta de
muitos brasileiros”, disse o presidente do
Centro do Imigrante, Fausto Rocha, à BBC
Brasil.
“O crescimento econômico pode até
vir a ser o motivo para que os brasileiros
deixem os EUA daqui a dois ou três anos,
mas ainda não é a razão que os faz ir embo-
ra”, afirmou.
“Por enquanto, as boas notícias sobre
o crescimento econômico do Brasil apenas
alimentam a esperança de que, quando re-
tornarem, a situação do país estará melhor”,
concluiu.
Néli Pereira
Da BBC Brasil em Londres

Obama quer restaurar relação dos
EUA com a América Latina
O pré-candidato democrata à Casa
Branca Barack Obama disse que se chegar
à Presidência vai restaurar as relações entre
Estados Unidos e América Latina.
“No governo de George W. Bush, os
Estados Unidos não estiveram à altura de
seu papel histórico
como líder no hemisfé-
rio Ocidental”, lamen-
tou Obama em uma
coluna publicada pelo
Dallas Morning News
(Texas).
“Como presiden-
te -disse o senador do
Illinois- vou restaurar
essa liderança, traba-
lhando para impulsionar a prosperidade e
a segurança comuns para todos os povos
das Américas”.
Segundo Obama, “este trabalho co-
meça com uma renovada associação es-
tratégica com o México”, país com o qual
as relações passam por um momento difí-
cil “desde que o México se negou a seguir
Bush em seu projeto de lançar a guerra”
contra o Iraque.
Homem se suicida com ajuda de robô
na Austrália
Um homem de 81 anos cometeu sui-
cídio na Austrália usando um robô feito
com instruções retiradas da internet.
Segundo informações do jornal The
Gold Coast Bulletin, Francis Pete Tovey,
nascido na Inglaterra, vivia sozinho em
Gold Coast, no Estado de Queensland.
Segundo as notas deixadas por ele, o ido-
so não queria ir para um asilo e deixar a
casa, estimada em R$ 1,5 milhão, confor-
me o desejo da família.
Ele decidiu então construiu uma má-
quina para atirar nele próprio – um robô
que consistia de uma pistola semi-auto-
mática calibre 22 e quatro balas.
Ainda de acordo com as notas, Tovey
teria passado horas pesquisando na in-
ternet uma forma de se matar. Ele baixou
informações sobre o material de que pre-
cisaria e como montar a máquina com-
plexa que lhe dispararia múltiplos tiros na
cabeça.
Por volta das 7 horas da manhã, o
idoso teria instalado o aparelho na entra-
da da garagem de sua casa, se postado em
frente à máquina e a ativado. A morte teria
Edição de abril de 2008
McCain qualifica de “maus-tratos”
repressão chinesa contra tibetanos
“Nossa relação com o México deverá O senador John McCain, candidato ativamente uma solução pacífica a esta si-
servir de ponte para que possamos obter republicano à eleição presidencial de no- tuação, que não afeta apenas os direitos hu-
maior segurança e prosperidade na Amé- vembro nos Estados Unidos, qualificou manos das pessoas mas também a imagem
rica do Norte e melhores relações com a nesta sexta-feira de “maus-tratos” a repres- da China no mundo”, sentenciou o senador
América Latina. Mas não podemos promo- são chinesa contra os de Arizona.
ver essa associação a menos que nos com- manifestantes tibeta- McCain ressaltou
prometamos com nos. que não falou sobre a
uma diplomacia “O que está acon- situação no Tibete com
focada e sustentada, tecendo no Tibete é um o presidente Sarkozy.
desenvolvendo me- dos primeiros assuntos A secretária de Es-
lhores relações de sobre os quais falaria tado Condoleezza Rice
trabalho com nosso se fosse, hoje, o presi- lançou a todas as partes
vizinho do sul”. dente dos Estados Uni- um apelo à “modera-
A respeito do dos”, afirmou McCain ção” no Tibete, onde as
tema da migração depois de uma reunião forças chinesas repri-
Obama considerou com o presidente fran- mem com violência as
que é necessário que cês, Nicolas Sarkozy. manifestações de tibe-
haja ‘um debate consistente’, e ressaltou que “Isso não convém. tanos.
“não se deve demonizar ou transformar um As pessoas lá são sub- A presidente da
grupo étnico em bode expiatório”. metidas a maus-tratos Câmara dos Represen-
A hostilidade em relação aos imigran- que não são aceitáveis por parte de uma tantes, a democrata Nancy Pelosi, pediu
tes, adverte o candidato favorito para as pri- potência mundial como a China”, acres- nesta sexta-feira a abertura de uma inves-
márias democratas, “já mostrou que causa centou. tigação internacional sobre as violências
divisões em nosso país e corre o risco de “Os direitos humanos devem ser res- cometidas no Tibete, destacando que não
envenenar nossas relações com a América peitados, que seja no Tibete ou em qual- defende o boicote dos Jogos Olímpicos de
Latina”. quer outro lugar do mundo. Espero que Pequim.
AFP a China anuncie sua intenção de buscar France Presse, em Paris
sido imediata.
Nas suas notas, ele explicava que es-
colheu a garagem por ser um local de fácil
acesso, onde seu corpo teria mais chances
de ser encontrado. O plano deu certo.
O carpinteiro Daniel Skwes, que tra-
balhava na região, foi o primeiro a achar
o corpo.
“Eu ouvi os tiros e corri par ver o que
era. Ele estava estendido no chão da gara-
gem”, disse aos jornais locais o carpinteiro,
que descreveu a cena como “bizarra”.
De acordo com vizinhos, o idoso era
um homem amigável e gentil. “Ele estava
sempre alegre, era um vizinho ideal”, disse
uma mulher que morava perto da casa de
Tovey.
Segundo especialistas, aparelhos se-
melhantes ao utilizado por Tovey para se
suicidar não são completamente desco-
nhecidos, mas muito raros.
A polícia australiana ainda não libe-
rou fotos da máquina nem do homem.
Giovana Vitola
De Sidney para a BBC Brasil

Tocha olímpica é acesa em meio a protestos pró-Tibet
Manifestantes pró-Tibet tentaram
interromper a cerimônia de acendimento
da tocha olímpica dos Jogos de Pequim
no antigo estádio da cidade de Olímpia, na
Grécia.
Em uma cerimônia transmitida para
TVs de todo o mundo para marcar o início
dos cinco meses de revezamento da tocha,
a atriz Maria Nafpliotou, interpretando
uma sacerdotisa, acendeu a tocha em fren-
te ao templo de Hera.
Entretanto, pouco antes do início da
cerimônia no sítio arqueológico que foi
Edição de abril de 2008
sede dos Jogos Olímpicos na Grécia Anti- teiras assumiu a responsabilidade pela “Eles conseguiram atrasar o reveza-
ga, três manifestantes conseguiram romper manifestação para protestar contra as vio- mento um pouco em três partes diferentes
o bloqueio policial. lações aos direitos humanos na China. da avenida”, disse um fotógrafo da Reuters.
Um deles, carre- A polícia infor-
gando uma faixa preta mou que outros 25
com os cinco anéis manifestantes tentaram
olímpicos, conseguiu seguir para o protesto
se aproximar do chefe na antiga cidade onde
do comitê organiza- a cerimônia aconteceu,
dor dos Jogos, Liu Qi, mas foram detidos pela
durante seu discurso polícia após pequenos
em frente a centenas enfrentamentos.
de autoridades. O ma- A polícia também
nifestante foi retirado informou que o vice-di-
do local sem conse- retor do Estudantes por
guir chegar a Liu. um Tibet Livre, que ha-
Liu, que se man- via prometido realizar
teve calmo durante o um protesto contra a
protesto, disse: “A cha- ocupação da China no
ma olímpica vai radiar Tibet, e um fotógrafo
luz e felicidade, paz e grego que estava com
amizade, e esperança ele desde domingo fo-
e sonhos para o povo ram detidos.
da China e de todo o “Fui preso por mais
mundo”. de 20 policiais gregos.
A polícia infor- Agora estou detido na
mou que três pessoas Maria Nafpliotou, atriz grega, acende tocha em Olímpia, Grécia delegacia”, disse Tenzin
foram detidas até o momento e serão acu- “Se a chama olímpica é sacrificatória, Dorjee à Reuters. Ele contou que foi deti-
sadas por desordem. os direitos humanos são ainda mais”, disse do com o fotógrafo por policiais à paisana
A organização Repórteres Sem Fron- o grupo em comunicado na versão france- em Olímpia, longe do local da cerimônia.
sa de sua página na Internet. O atleta grego Alexandros Nikolaidis,
“Não podemos deixar o governo chi- medalhista de prata no taekwondo nos
nês aproveitar a chama olímpica, um sím- Jogos de Atenas em 2004, foi o primeiro
bolo de paz, sem condenar os dramáticos a carregar a tocha durante o revezamento
direitos humanos no país”. que passa seis dias na Grécia antes da entre-
O secretário-geral do Repórteres Sem ga da tocha aos chineses em 30 de março.
Fronteiras, Robert Menard, levantou um “Expresso aqui a esperança de que o
segundo cartaz preto da área VIP onde es- símbolo da tocha seja reconhecido por to-
tava sentado. dos e que as circunstâncias corretas sejam
Também houve protestos durante criadas por onde quer que a tocha viaje,
os primeiros metros do revezamento da para que esse símbolo ressoe”, disse o pre-
tocha, com vários manifestantes tentando sidente do Comitê Olímpico Internacional
segurar os corredores. Outras pessoas ves- (COI), Jacques Rogge.
tiam camisas Tibet Livre e uma grande fai- Karolos Grohmann
(Reportagem adicional de Dina Kyriakidou em
xa foi extendida entre dois prédios em uma Atenas e Kevin Coombs e Deborah Kyvrikosaios
das principais ruas de Olímpia. em Olímpia)
Reuters
 Edição de abril de 2008

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