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12.8.

2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 203/1

I
(Actos cuja publicação é uma condição da sua aplicabilidade)

REGULAMENTO (CE) N.o 1425/2003 DA COMISSÃO


de 11 de Agosto de 2003
que altera o Regulamento (CE) n.o 466/2001 no respeitante à patulina
(Texto relevante para efeitos do EEE)

A COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS, (5) Em 2001, realizou-se uma actividade específica denomi-
nada «Avaliação da ingestão alimentar de patulina pela
Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade população dos Estados-Membros da UE», no quadro da
Europeia, Directiva 93/5/CEE do Conselho, de 25 de Fevereiro de
1993, relativa à assistência dos Estados-Membros à
Comissão e à sua cooperação na análise científica de
Tendo em conta o Regulamento (CEE) n.o 315/93 do Conselho,
questões relacionadas com os produtos alimentares (4)
de 8 de Fevereiro de 1993, que estabelece procedimentos
(SCOOP). Da avaliação efectuada pode concluir-se que a
comunitários para os contaminantes presentes nos géneros
exposição média parece ser bastante inferior à DDAMP
alimentícios (1), e, nomeadamente, o n.o 3 do seu artigo 2.o,
de 0,4 µg/kg de peso corporal. Contudo, tendo em consi-
deração os grupos específicos de consumidores, em espe-
Após consulta do Comité Científico da Alimentação Humana, cial as crianças mais pequenas, e assumindo os casos
mais desfavoráveis, a exposição à patulina é mais signifi-
Considerando o seguinte: cativa mas é ainda inferior à DDAMP.
(6) Consequentemente, o Regulamento (CE) n.o 466/2001
(1) O Regulamento (CE) n.o 466/2001 da Comissão (2), com deve ser alterado em conformidade.
a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento
(CE) n.o 563/2002 (3), fixa teores máximos para certos (7) As medidas previstas no presente regulamento estão em
contaminantes presentes nos géneros alimentícios. conformidade com o parecer do Comité Permanente da
Foram fixados teores máximos para os nitratos, as aflato- Cadeia Alimentar e da Saúde Animal,
xinas, a ocratoxina A, o chumbo, o cádmio, o mercúrio,
o 3-MCPD e as dioxinas.
ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:
(2) Alguns Estados-Membros adoptaram já ou prevêem
adoptar teores máximos para a patulina em sumos de Artigo 1.o
fruta, em especial no sumo de maçã, em produtos
O Regulamento (CE) n.o 466/2001 é alterado do seguinte
sólidos à base de maçã, como a compota e o puré de
modo:
maçã, e em produtos deste tipo quando se destinam a
ser consumidos por lactentes e crianças jovens. Aten- 1. Ao artigo 5.o é aditado o seguinte número:
dendo às disparidades entre os Estados-Membros e ao «4. A Comissão reexaminará os teores máximos para a
risco daí decorrente de distorções da concorrência, são patulina estabelecidos nos pontos 2.3.1 e 2.3.2 da secção 2
necessárias medidas de âmbito comunitário para salva- do anexo I, o mais tardar, até 30 de Junho de 2005, tendo
guardar a unidade do mercado, no respeito do princípio em vista a sua redução por forma a ter em conta os
da proporcionalidade. progressos nos conhecimentos científicos e tecnológicos e a
implementação do “Código de Prática para a prevenção e
(3) A patulina é uma micotoxina produzida por fungos redução da contaminação com patulina do sumo de maçã e
pertencentes a vários géneros, incluindo Penicillium, do sumo de maçã usado como ingrediente noutras
Aspergillus e Byssochlamys. Embora a patulina possa bebidas”.».
aparecer em várias frutas, cereais ou outros alimentos 2. O anexo I será alterado em conformidade com o anexo do
com bolor, as principais fontes de contaminação com presente regulamento.
patulina são os produtos à base de maçã.
Artigo 2.o
(4) O Comité Científico da Alimentação Humana aprovou,
na sua reunião de 8 de Março de 2000, a dose diária O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia
admissível máxima provisória (DDAMP) de 0,4 g/kg de seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Euro-
peso corporal para a patulina. peia.
É aplicável a partir de 1 de Novembro de 2003.
(1) JO L 37 de 13.2.1993, p. 1.
(2) JO L 77 de 16.3.2001, p. 1.
(3) JO L 86 de 3.4.2002, p. 5. (4) JO L 52 de 4.3.1993, p. 18.
L 203/2 PT Jornal Oficial da União Europeia 12.8.2003

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em


todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em 11 de Agosto de 2003.

Pela Comissão
David BYRNE
Membro da Comissão
12.8.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 203/3

ANEXO

Na secção 2, «Micotoxinas», do anexo I é aditado o seguinte ponto 2.3:

Patulina: teores máximos Método de colheita de Método de análise de


«Produtos
(µg/kg ou ppb) amostras referência

2.3 Patulina
2.3.1 — Sumos de fruta, em especial o 50,0 Directiva 2003/78/CE Directiva 2003/78/CE
sumo de maçã e o sumo de fruta
usado como ingrediente noutras
bebidas (1), incluindo o néctar de
fruta
— Sumo concentrado de fruta (2),
depois de reconstituído de
acordo com as instruções do
fabricante
2.3.2 Bebidas espirituosas (3), cidra e 50,0 Directiva 2003/78/CE Directiva 2003/78/CE
outras bebidas fermentadas derivadas
de maçãs ou que contenham sumo
de maçã
2.3.3 Produtos sólidos à base de maçã, 25,0 Directiva 2003/78/CE Directiva 2003/78/CE
incluindo compota e puré de maçã,
destinados ao consumo directo
2.3.4 — Sumo de maçã e produtos 10,0 (4) Directiva 2003/78/CE Directiva 2003/78/CE
sólidos à base de maçã, incluindo
compota e puré de maçã, desti-
nados a ser consumidos por
lactentes e crianças jovens (4) e
rotulados e vendidos enquanto
produtos destinados a lactentes e
crianças jovens
— Outros alimentos para bebés (5)

(1) Os sumos de fruta, incluindo os sumos de fruta fabricados a partir de concentrados, os sumos de fruta concentrados e os néctares de
fruta tal como definidos nos anexos I e II da Directiva 2001/112/CE do Conselho, de 20 de Dezembro de 2001, relativa aos sumos
de frutos e a determinados produtos similares destinados à alimentação humana (JO L 10 de 12.1.2002, p. 58).
(2) As bebidas espirituosas tal como definidas no artigo 1.o do Regulamento (CEE) n.o 1576/89 do Conselho, de 29 de Maio de 1989,
que estabelece as regras gerais relativas à definição, à designação e à apresentação das bebidas espirituosas (JO L 160 de 12.06.1989,
p. 1) com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 3378/94 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 366
de 31.12.1994, p. 1).
(3) Os lactentes e as crianças jovens (ou crianças de tenra idade) tal como definidos no artigo 1.o da Directiva 91/321/CEE da Comissão,
de 14 de Maio de 1991, relativa às fórmulas para lactentes e fórmulas de transição (JO L 175 de 4.7.1991, p. 35), com a última
redacção que lhe foi dada pela Directiva 2003/14/CE (JO L 41 de 14.2.2003, p. 37) e no artigo 1.o da Directiva 96/5/CE, Euratom da
Comissão, de 16 de Fevereiro de 1996, relativa aos alimentos à base de cereais e aos alimentos para bebés destinados a lactentes e
crianças jovens (JO L 49 de 28.02.1996, p. 17) com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2003/13/CE (JO L 41 de
14.2.2003, p. 33).
( ) Será validado um método de análise por meio de um teste circular colaborativo internacional, que será realizado antes de 1 de No-
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vembro de 2003, a fim de demonstrar que o teor de 10 µg/kg de patulina pode ser determinado de forma fiável. Se, até 1 de
Novembro de 2003, não existirem provas de que o teor de 10 µg/kg de patulina pode ser determinado de forma fiável, aplicar-se-á o
teor de 25 µg/kg.
( ) Alimentos para bebés tal como definidos no artigo 1.o da Directiva 96/5/CE, Euratom da Comissão, de 16 de Fevereiro de 1996, rela-
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tiva aos alimentos à base de cereais e aos alimentos para bebés destinados a lactentes e crianças jovens (JO L 49 de 28.2.1996, p. 17)
com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2003/13/CE (JO L 41 de 14.2.2003, p. 33).»

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