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Se você é estagiário ou está à procura de uma vaga, fique de olho na nova lei de
estágio. Foi aprovada a Lei 11.788 que traz uma série de mudanças nas condições de
contratação, como férias remuneradas e vale-transporte, por exemplo, para todos os
estudantes contratados. A mudança traz uma série de novos benefícios, mas por outro
lado também aumenta a burocracia. E só vale para novas contratações ou para a
renovação do contrato pra quem já está estagiando.
A idéia central da nova lei é valorizar o estágio como um ato educativo, e não como
mão-de-obra barata. Para o ensino médio, técnico e superior, a principal alteração é na
carga horária que passa de 8 horas diárias para 6 (ou 30 horas semanais) e o direito ao
recesso remunerado (férias) e auxílio-transporte.
Os estágios passarão a ter duração máxima de dois anos e será obrigatório das empresas
contratantes o envio de um relatório, a cada seis meses, à instituição de ensino com as
atividades monitoradas realizadas. E durante este período, será necessário o
acompanhamento de um profissional da área para os estagiários.
As empresas prevêem que serão mais afetados os estudantes do Ensino Médio, porque a
nova lei prevê um limite máximo de contratação desses estudantes – 20% do quadro de
funcionários de uma empresa. Mas agora profissionais liberais de nível superior (com
registro em conselhos regionais), como advogados, arquitetos, psicólogos, engenheiros
e outros também poderão contratar estagiários. Com isso, mais oportunidades surgem
no mercado para amenizar o panorama do Brasil.
É fato que estagiários são importante para as empresas, e o gestor consciente percebe
isso. Com a cabeça ainda no ambiente acadêmico, o estagiário traz novas idéias,
oxigena a empresa e faz a ponte entre teoria e prática.
Restrição da jornada
- Quatro horas para ensino fundamental (últimos anos) profissional de educação de jovens e
adultos;
- Seis horas para ensino superior, ensino profissional de nível e ensino médio regular;
- Jornada reduzida a pelo menos a metade em época de provas.
Duração do estágio
- Máximo de dois anos por empresa, com exceção de profissões em que há regulamentação
própria.
Bolsa-auxílio
- Remuneração compulsória para estágio não obrigatório;
- Vale-transporte compulsório para estágio não obrigatório;
- A concessão de outros benefícios é permitida, sem que isso estabeleça vínculo empregatício.
Férias
- Remunerado de 30 dias em estágios com duração superior a um ano;
Recesso proporcional quando o estágio tiver duração inferior.
18/ago/2009
Bruno Florentino de Matos
bruno_florentinodematos@yahoo.com.br
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1. Introdução
Em julho do ano passado, o Congresso aprovou a Nova Lei de Estágios, (Lei nº 11.788),
que entrou em vigor na data de sua publicação em 25/09/2008 e dispõe acerca de
alterações na legislação que regulamenta e unifica a legislação nacional alusiva ao
contrato de estágio para estudantes do ensino regular, em instituições de educação
superior, profissional, ensino médio, dentre outras.
A nova legislação criou diversas medidas destinada a proteção dos estagiários. Uma das
que merecem maior destaque é a que instituiu limitação de jornada conforme o nível de
educação a que esteja se submetendo o estagiário. Para os estudantes de educação
especial dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação
de jovens e adultos, o limite passou a ser de 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas
semanais. Para os estudantes do ensino superior, educação profissional de nível médio e
do ensino médio regular, o limite passou a ser de 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta)
horas semanais.
Corrigiu-se, com isso, um dos maiores equívocos da Lei 6.494 que apenas mencionava
que a jornada a ser cumprida pelo estudante deveria se compatibilizar com o horário
escolar e com o horário da parte em que venha ocorrer o estágio, imprecisão que acabou
possibilitando diversas e graves distorções. Na cidade de São Paulo, por exemplo, havia
se tornado comum que estagiários cumprissem jornada de oito horas, o que é claramente
incompatível com os fins buscados por esta modalidade contratual, na medida em que o
estudante fica praticamente sem tempo para aprofundar o aprendizado das aulas
estudando em casa. Entender que uma jornada integral pode ser compatível com as
aulas do ensino superior e do segundo grau consiste em ignorar a necessidade de leitura
e de realização de exercícios pelo estudante em sua própria casa. Apenas freqüentar as
aulas não é suficiente para assegurar aprendizagem adequada ao estudante.
Com a modificação proposta, o estagiário passará a ter data certa para ser efetivado ou
substituído por outro. E é justamente neste ponto onde a medida é preocupante. Ela
acaba abrindo espaço para a possibilidade de os empresários optarem por substituir um
estagiário com potencial de ser efetivado na empresa, apenas pelo fato dele ter atingido
o termo do contrato, a contratá-lo antes da conclusão de sua graduação.
A exclusão de estagiários com deficiência desta limitação temporal de dois anos não se
justifica. A imposição de limite temporal para o estágio realizado para determinado
tomador de serviços força este a contratá-lo, o que protege muito mais o deficiente do
que a possibilidade de prorrogação desse lapso temporal. Com efeito, caso a limitação
temporal de dois anos também fosse aplicável ao estagiário deficiente, haveria grande
possibilidade de ele vir a ser efetivado na função para que o empregador preenchesse as
quotas previstas na Lei 8.213/91 após o decurso deste prazo.
A sua exclusão desta limitação temporal possibilita que o empregador que já tiver
preenchido a quota de deficientes mantenha o deficiente como estagiário, somente o
efetivando quando houver a necessidade de preenchimento da quota, por razões
diversas.
Outra medida que seguramente irá reduzir a utilização de estagiários como mão-de-obra
barata é a obrigatoriedade de remuneração e de cessão do vale-transporte para os
estágios obrigatórios. Esta política aumenta os custos com a contratação de estagiários
e, com isso, a torna menos atrativa em relação a contratação de empregados o que
contribuirá para diminuir a muitas vezes alta proporção de estagiários por trabalhador
formalmente contratado.
2. Principais mudanças
2.1. Regulamentação
As contratações não serão regidas pelas leis da CLT e não criam nenhum vínculo
empregatício com a empresa;
2.2. Seguro
2.3. Penalidades
Agora, todos os estagiários terão direito à um mês de férias remuneradas por ano.
2.5. Benefícios
A empresa poderá oferecer ao estagiário os benefícios que oferece aos seus funcionários
sem que isso caracterize vínculo empregatício;
2.7. Rescisão
O contrato pode ser rescindido a qualquer momento, por qualquer uma das partes, sem
que haja ônus, multas ou sanções;
3. A Lei N. 11.788/2008
A Lei sob comento é composta de 06 Capítulos, que dispõem sobre o conceito jurídico
da relação de estágio; da Instituição de Ensino; da empresa mantenedora do estágio; do
Estagiário e da Fiscalização, além de disposições gerais.
Prefacialmente, a lei não dispõe acerca da idade mínima para contratação do estagiário.
"Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na
condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos."
Ao dispor que o estágio visa o educando matriculado, inclusive, no ensino médio e nos
anos finais do ensino fundamental, por uma interpretação literal do dispositivo legal,
concluí-se pela possibilidade de contratação de menor de 16 anos e maior de 14 anos
também na condição de estagiário e não apenas, na condição de aprendiz.
Mais ainda, o estagiário poderá ou não receber bolsa auxílio (cujo valor mínimo não é
definido em lei), sendo compulsória apenas nos casos de estágio não obrigatório (art.
12, caput, da Lei de Estágio). Já na situação de aprendiz, é assegurado o salário mínimo
hora.
Em tese, para não conflitar com a norma do artigo 403 da CLT, deve ser respeitado o
limite mínimo de 16 anos de idade para contratação de estagiários.
4. Aspectos negativos
A norma tem de ser mais específica em relação a reserva de vagas para deficientes.
Empresas que têm menos de dez estagiários não sabem se devem ou não cumprir a
reserva, já que a cota seria inferior a um estagiário.
Há empresas que treinam o estagiário para futura efetivação. O prazo máximo de dois
anos pode desestimular a empresa a contratar estagiários que estejam cursando os
primeiros anos do ensino superior, pois irá treiná-los sem a possibilidade de efetivação,
já que o prazo máximo de dois anos de contrato impede que ele continue na empresa até
a conclusão do curso.
Ainda nesse enfoque, sabendo a empresa que não poderá manter um estagiário até a
conclusão do ensino por ele cursado, é evidente que não dispensará a tal estagiário o
mesmo treinamento que oferece àquele que lhe dá possibilidade de efetivação.
5. Aspectos positivos
A lei que, até então, regulamentava o estágio, estava em vigor desde 1977. É evidente
que essa disciplina legal, após 30 anos de vigência, não coadunava com a realidade atual
do segmento.
Como a lei não estipulou um piso para a remuneração do estagiário, todas essas novas
imposições devem refletir no valor da remuneração oferecida, diminuindo-a.
A norma sob espeque foi elaborada sem apreciar a realidade do mercado de estágio,
partindo do pressuposto de que todo estagio é uma fraude
6. Conclusão
7. Notas
8. Referências Bibliográficas
CÁS, Danilo da. Manual teórico-prático para elaboração metodológica de trabalhos
acadêmicos. São Paulo: Jubela livros, 2008.