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Relatório de Engenharia Das Reações Químicas
Relatório de Engenharia Das Reações Químicas
POOS DE CALDAS/MG
Novembro de 2014
Resumo
.O experimento relacionado prtica de Engenharia das Reaes
Qumicas foi realizado para determinar a ordem de reao pelo mtodo das
concentraes em excesso, a soluo utilizada foi de perxido de hidrognio,
popularmente conhecido como gua oxigenada, utilizando-se como indicador,
catalizador e agente redutor respectivamente solues de amido, cido
sulfrico e tiossulfato de sdio. O procedimento experimental foi realizado por
duas vezes afim de uma melhor analise dos resultados e construo dos
grficos. A reao apresentou alta linearidade para o grfico de ordem 1.
1. Introduo
A Lei de Velocidade para uma reao determinada pela expresso
matemtica que relaciona as concentraes dos reagentes com a velocidade
das reaes.
Para a reao genrica:
aA+ bB cC +dD (1)
r=k . [ A ] . [ B ] (2)
Onde r a velocidade da reao, k a velocidade especfica da reao,
[A] e [B] so as concentraes das espcies A e B, e e so valores
determinados experimentalmente.
Esta reao segue a lei de velocidade expressa pela equao (2),
portanto dizemos que em A temos uma reao de ordem e em B uma reao
de ordem .
Podemos ter reaes de ordem zero, primeira, segunda e terceira ordem
e o que define esta ordem so os expoentes da equao da lei de velocidade.
A ordem global de reao dada por + .
A reao de ordem zero, atravs da lei de velocidade de reao, dada
pela equao:
d [ R]
=k (3)
dt
R .
[ R ] =[ R ] 0kt ( 4)
Segundo ATKINS & JONES (2011), possvel afirmar que o grfico pela
equao anterior fornece uma reta, onde o
reta, porm, para obter uma equao de ordem zero, nessas condies,
necessrio que as concentraes no variem no decorrer que a reao de
processa. Desse modo, tem-se uma dificuldade para encontrar equaes
dessa ordem.
Para a reao de primeira ordem, a equao depende diretamente da
concentrao de um reagente, assim, temos:
d [ R ]
=k [ R ] (5)
dt
[ R]
=kt (6)
[ R ]0
Segundo ATKINS & JONES (2011), possvel plotar um grfico (ln[R] x
[R]
[R]o
( )
k
(7)
Volume de
Na2S2O3
Tempo
Medida
usados (ml)
Tempo 1 (s)
Tempo 2 (s)
mdio (s)
24
23
23,5
59
57
58
Volume de
Na2S2O3
Tempo
Medida
usados (ml)
Tempo 1 (s)
Tempo 2 (s)
mdio (s)
84
85
84,5
120
125
122,5
10
166
166
166
12
223
227
225
14
314
306
310
16
469
424
446,5
18
714
687
700,5
Medid
a
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
N de mols
N de mols
N de mols
Na2S2O3
de I2
de H2O2
utilizados
0,0002
0,0004
0,0006
0,0008
0,001
0,0012
0,0014
0,0016
0,0018
0,002
formados
0,0001
0,0002
0,0003
0,0004
0,0005
0,0006
0,0007
0,0008
0,0009
0,001
restantes
0,00106
0,00086
0,00076
0,00066
0,00056
0,00046
0,00036
0,00026
0,00016
0,00006
Concentrao
H2O2 (mol/L)
0,00512
0,00411
0,00360
0,00310
0,00260
0,00212
0,00164
0,00118
0,00072
0,00027
Medida
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
[H2O2]i [H2O2]f
ln
[ H 2 O2 ]f
[H 2 O2]i
(mol/L)
1
[ 2 O2 ]f
0
-0,219
-0,352
-0,502
-0,676
-0,882
-1,136
-1,471
-1,965
-2,955
(mol/L)
0
47,74
82,35
127,44
188,65
276,46
413,05
654,72
1198,47
3554,72
(mol/L)
0
0,00101
0,00152
0,00202
0,00252
0,00300
0,00348
0,00394
0,00440
0,00485
H
H
[ 2 O2 ]i
Ordem Zero
0.01
f(x) = 0x + 0
R = 0.8
[H2O2]f - [H2O2]i
0
0
0
Primeira Ordem
0
-1
Ln [H2O2]f / [H2O2]i
= -400
0x - 600
0.14 800
0 f(x)
200
R = 0.99
-2
-3
-4
Tempo (s)
Figura 2: Grfico supondo que a reao de primeira ordem.
Segunda Ordem
4000
3000
(1/[H2O2]f) - (1/[H2O2]i)
Tempo (s)
Figura 3: Grfico supondo que a reao de segunda ordem.
A partir da construo dos trs grficos, foi possvel afirmar que o grfico
de reao de primeira ordem obteve o melhor ajuste (R = 0,9949) e, portanto,
apresenta maior linearidade. Com isso, de acordo com a equao obtida, a
L/ mol . s
0,0041 ].
4. Concluso
A partir do experimento realizado, pode-se definir velocidade de reao
como a rapidez que um reagente consumido ou que um produto formado.
Ordem de uma reao uma grandeza determinada a partir de dados
experimentais. Para encontrar a ordem de uma reao, devemos adicionar
todos os reagentes em excesso, exceto um, que ir determinar a velocidade
com que a reao ocorre. A partir disso podemos determinar se a reao de
ordem zero, primeira ordem ou segunda ordem, de acordo com a relao
linear.
O presente relatrio permitiu concluir que, apesar da reao ser
encontrada na literatura como sendo de 2 ordem, dados experimentais
plotados em grficos especficos de reaes de diferentes ordens revelaram
uma alta linearidade para ordem 1.
5. Referncias Bibliogrficas
ATKINS & JONES. Princpios de Qumica Questionando a Vida Moderna e o
Meio Ambiente. 5Edio. So Paulo: Editora Bookman, 2011. 1048p.
CHANG, Reymond. General Chemistry: The Essestial Concepts. 4Edio.
Editora McGraw-Hill Companies, 2006. 300p.
FOGLER, H.scoot. Engenharia das Reaes Quimicas. 4 Edio Rio de
Janeiro: Ltc, 2012.
LEVENSPIEL, Octave. Engenharia das Reaes Quimicas. 3 Edio So
Paulo: Edgard Blucher Ltda, 2011.
Notas de aula e roteiro da aula prtica de Eng. Das Reaes Qumicas.
2Semestre/2013. Disciplina ministrada pela professora Giselle P. Sancinetti