Era a boneca. Já tinha Toda a roupa estraçalhada, E amarrotada a carinha.
Tanto puxaram por ela,
Deixando a bola e a peteca, Que a pobre rasgou-se ao meio, Com que inda há pouco brincavam, Perdendo a estopa amarela Por causa de uma boneca, Que lhe formava o recheio. Duas meninas brigavam. E, ao fim de tanta fadiga, Dizia a primeira: "É minha!" Voltando à bola e à peteca, — "É minha!" a outra gritava; Ambas, por causa da briga, E nenhuma se continha, Ficaram sem a boneca . . . Nem a boneca largava.