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Denise Vargas
ROTEIRO DA AULA 01
I – NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
IV – AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
V – HIERARQUIA DE NORMAS
VI – SUCESSÃO DE CONSTITUIÇÕES
1 – NOÇÕES PRELIMINARES;
2 - CONCEITO
3 – ESPÉCIES
4 – CARACTERÍSTICAS
5 – TITULARIDADE E EXERCÍCIO
6 – FORMAS DE EXPRESSÃO
a) Conceito
b) Espécies
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I NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
1
MIRANDA, Jorge. Teoria do Estado e da Constituição. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
2
Território, população e autoridade (governo soberano) são os três elementos do conceito jurídico de
país, que é Estado.
3
O assunto formas de Estado (Federação, Confederação, Estado Unitário); Formas de Governo
(Monarquia, República) e Sistema de Governo (Presidencialista, Parlamentearista) será tratado
quando se iniciar o estudo do primeiro artigo da CF: “A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel de Estados, Município e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e trem como funamentos [...]”.
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Embora o Direito seja uma ciência una que estabelece através de princípios e
normas regras de convívio social, costuma-se dividi-lo em dois grandes ramos, para melhor
compreender seu funcionamento: Direito Público e Direito Privado. São objeto de estudo do direito
público: direito penal, direito processual, direito administrativo, direito urbanístico, direito
constitucional. São parte do direito privado: direito civil, direito comercial.
4
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 9ª ed. São Paulo: Malheiros, 1992, p.
36.
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Leis Ordinárias, Medidas Provisórias, Leis Delegadas, Decretos Legislativos e Resoluções – art. 59
da CF), bem como para todos os atos praticados por agentes públicos (atos administrativos) ou
particulares (negócios jurídicos, como contratos, testamentos, casamentos). Daí se dizer que a
Constituição, que é a norma hierarquicamente superior a todas as outras, é o fundamento de todo
o ordenamento jurídico e que se o Legislativo criar uma Lei que contrarie texto da Constituição,
teremos um vício denominado de inconstitucionalidade.
Não obstante tal conceito, ao longo dos tempos, alguns sociólogos e juristas
procuraram atribuir sentidos à Constituição. Esses sentidos buscavam enxergar a constituição não
sob o seu aspecto formal, mas sob sua essência, sua substância, sua matéria. São os sentidos:
jurídico, sociológico e político.
5
HESSE, Konrad. A força normativa da Constituição. Tradução de Gilmar Ferreira Mendes. Porto
Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1991. 34 p. Título original: Die normative Kraft der Verfassung.
6
TEMER, Michel. Elementos de Direito Constitucional. 19ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 17.
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Para Kelsen existem duas normas as postas (criadas pela vontade geral através
de um processo legislativo no caso do Brasil) e as pressupostas (que não possuem existência
material, são transcendentais ou metafísicas e por ele chamada de norma fundamental), ou seja,
as criadas por um ato de vontade social através de um processo legislativo (que no caso do Brasil
são: Constituição, Emendas Constitucionais, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas,
Medidas Provisórias e Resoluções), e as pressupostas que não possuem existência material, mas
metafísica, transcendente.
7
KELSEN, HANS. Teoria pura do Direito. Tradução de João Baptista Machado. São Paulo: Martins
Fontes, 2000, 427 p. Título original: Reine Rechtslwhew.
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havida como recebendo o poder constituinte através de uma outra norma, posta por uma
autoridade superior”. (KELSEN, 2000, p. 222)
“São normas postas, quer dizer, positivas, elementos de uma ordem positiva.
Se por Constituição de uma comunidade se entende a norma ou as normas que determinam
como, isto é, por que órgãos e através de que processos – através de uma criação consciente
do Direito, especialmente o processo legislativo, ou através dos costume – devem ser
produzidas as normas gerais da ordem jurídica que constitui a comunidade, a norma
fundamental 8 é aquela norma que é pressuposta quando o costume, através do qual a
Constituição surgiu, ou quando o ato constituinte (produtor da Constituição) posto
conscientemente por determinados indivíduos são objetivamente interpretados como fatos
produtores de normas; quando – no último caso – o indivíduo ou a assembléia de indivíduos que
instituíram a Constituição sobre a qual a ordem jurídica assenta são considerados como autoridade
legislativa. Neste sentido, a norma fundamental é a instauração do fato fundamental da criação
jurídica e pode, nestes termos, ser designada como constituição no sentido lógico-jurídico, para a
distinguir da Constituição no sentido jurídico-positivo”. (KELSEN, 2000, p. 223).
8
Norma fundamental, ou seja, a pressuposta, sem existência material, que fundamenta a
autoridade de se criar uma ordem jurídica posta ou positivada através de órgão, via de regra,
legislativo.
9
Teoria do Poder Constituinte foi desenvolvida por Emmanuel Joseph Sieyès, o abade de Chartres,
através de um panfleto intitulado “Qu´est-ce que le tiers État?” (Que é o terceiro Estado?), em que
sustentou a existência de um poder, que antecede a Constituição, criador de uma Lei Fundamental
chamada de Constituição, poder este que estabelece uma organização político-jurídica do Estado,
chamado de Poder Constituinte. Esse Poder Constituinte (originário) é o de criar um Estado através
da Constituinte e sua essência ou natureza não é jurídica (criação do direito), mas política, pois é um
Poder que não encontra limite nas leis, mas é a autoridade suprema de se Criar, Constituir um
Estado, através da Constituição.
10
SILVA, 1992, p. 41.
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ESCRITAS
QUANTO À FORMA: NÃO-ESCRITAS (COSTUMEIRAS)
OUTORGADAS
QUANTO À ORIGEM: PROMULGADAS OU POPULARES
CESARISTAS
RÍGIDAS
QUANTO À FLEXÍVEIS OU PLÁSTICAS
ESTABILIDADE OU SEMI-FLEXÍVEIS OU SEMI-RIGIDAS
ALTERABILIDADE:
11
MIRANDA, Jorge. Teoria do Estado e da Constituição. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 76.
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povo, diretamente, legitimidade para exercitar o Poder de Constituir um Estado através de uma
Constituição (Constituições brasileiras de 1824, 1937, 1967 com alteração pela EC nº. 01/1969).
Promulgadas ou Populares são as Constituições democráticas que se originam do trabalho
temporário de um grupo, que recebeu do povo o Poder de elaborar uma Constituição,
manifestando-se através de uma Assembléia Nacional Constituinte, a exemplo das Constituições
brasileiras de 1891 (Republicana-federalista), 1934, 1946 e 1988. Por fim, diz-se Cesaristas as
Constituições cuja participação popular limita-se a uma manifestação prévia (plebiscito) em que o
povo indica ao Imperador ou ao Ditador que deseja que ele outorge uma nova Constituição, a
exemplo da Constituição Chilena de 1980 em que o povo respondendo ao plebiscito manifestou
interesse que Pinochet criasse uma nova Constituição.
12
Dirigente é uma Constituição programática, isto é, que contém normas-tarefa ou
normas fim, que definem programas de ação e linhas de orientação dirigidas ao Estado
social. Elas possuem a tarefa de dirigir os rumos sociais do Estado. José Afonso da Silva
diz que nosso Constituinte de 1988 optou por uma Constituição-dirigente , enquanto
define fins e programas de ação futura, menos no sentimento socialista do que no de
uma orientação social-democrática imperfeita. Entretanto, para os concursos
públicos, nas provas objetivas, é interessante adotar o posicionamento de que
Constituição dirigente é sinônima de Constituição Analítica.
13
CANOTILHO, J.J Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 3ª ed. Coimbra:
Almedina, 1999, p. 213.
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IV – AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
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Legitimados ativos significa: quais pessoas ou órgãos podem dar inicio ao processo legislativo,
apresentando ao Congresso Nacional um projeto de lei ou de Emenda à Constituição.
15
Adiante, por duas oportunidades, se tratará com maiores minúcias do assunto. Mas para facilitar,
fora diagramada uma tabela que compara todas as regras para a criação de leis complementares,
ordinárias e de emendas à constituição para facilitar a compreensão de como, de fato, pode-se
classificar a CF brasileira como Rígida.
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1988. Foram, portanto, promulgadas as Constituições de 1891, 1934, 1946 e 1988, e as demais
16
outorgadas.
V – HIERARQUIA NORMATIVA
16
Atenção: os institutos preparatórios de provas de concursos costumam trocar os termos
promulgadas por outorgadas, o que demanda cuidado ao resolver a questão. Por exemplo: (Julgue o
item abaixo: a) A Constituição brasileira de 1988, outorgada, pode ser considerada uma Constituição
democrática). Nesse caso, o item está errado, pois a CF 1988 é promulgada e não outorgada.
17
Nossa CF 1988 é rígida, pois o procedimento de alteração de seu texto é mais formal, mais solene
que o utilizado para criar uma lei ordinária ou complementar. Para se alterar o texto da constituição
há limites formais, materiais e circunstanciais, todos indicados no art. 60. Mas, por exemplo, para se
alterar o texto da CF o Projeto de Emenda Constitucional deve ser aprovado por duas vezes
consecutivas, em cada casa do Congresso Nacional, pelo voto, de no mínimo 3/5, dos
membros. Agora, para se criar uma lei ordinária, ela deve ser aprovada com maioria simples, votada
uma única vez em cada uma das casas do Congresso Nacional. Entende-se por maioria simples ou
relativa: o número inteiro que ultrapassar a metade dos presentes a uma sessão de discussão e
votação de uma lei, que veremos mais adiante, com muitos maiores detalhes; e maioria absoluta: o
número inteiro que ultrapassar a metade dos membros ou integrantes de qualquer das casas do
Congresso. Qualquer deliberação do Congresso, para se iniciar a sessão deve estar presente, no
mínimo, a maioria absoluta dos membros e para se aprovar uma lei ordinária: a maioria dos
presentes à sessão deve ser favorável a sua aprovação. Visualize na tabela na nota abaixo:
ARTIGOS NA CONSTITUIÇÃO 61 60
Tal exemplificação é apenas ilustrativa, trataremos com muito maior atenção do tema em aulas seguintes.
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Justamente por ser mais rígida a alteração da constituição do que o procedimento legislativo
de criação de leis ordinárias e complementares é que a constituição é hierarquicamente superior à todas as
outras normas do Direito brasileiro que impõem direitos e obrigações (art. 59 da CF relaciona as normas do Dir.
Brasileiro: Emendas à Constituição; Leis Complementares, Leis Ordinárias; Leis Delegadas; Medidas
Provisórias; Decretos Legislativos e Resoluções).
Mas, atenção, o fato da Constituição ser superior às outras normas, não quer dizer que
exista uma pirâmide de normas em que haja hierarquia entre elas. A CF é superior à elas, mas entre elas não há
superioridade de uma em relação à outra, mas sim reserva de matéria, por exemplo: a Lei Complementar só será
utilizada para regular matéria constitucional que mereça um quorum maior e só será utilizada nas matérias em
que a própria Constituição determina que seja regulada por Lei Complementar. A CF está no topo e todas as
outras em hierarquia igual.
CF
1. Recepção:
A cada nova Constituição não será necessário refazer todas as leis infraconstitucionais de
imediato, pois a nova Constituição pode receber as leis elaboradas sob a Constituição antiga, desde que tais leis
não sejam incompatíveis ou contrárias ao texto da Constituição. A esse fenômeno a doutrina brasileira denomina
de recepção.
Por exemplo: em 1937 foi outorgada (imposta) uma Constituição pelo governante (Getúlio
Vargas), sob a vigência dessa constituição, foi elaborado o Código de Processo Penal, que é uma norma que
serve para regular como os processos criminais tramitarão perante o Judiciário. Em 1941 fora publicado o CPP e
em seu artigo 26 há uma norma que estabelece que a ação penal (o processo criminal para processar o autor da
infração penal), nas contravenções penais, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de
portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. Esse código editado em 1941, sob a égide da CF
1937, foi, com a promulgação da Constituição de 1946, recepcionado, e suas normas foram sendo aplicadas,
mesmo diante de outras Constituições, que também o recepcionou. Com a promulgação da CF 1988, esse
Código também foi recepcionado, entretanto, essa norma do art. 26 é incompatível com o art. 129, I, da CF 1988,
18
Sob os vícios de inconstitucionalidade, formas de controle e órgãos competentes veremos em aulas
seguintes.
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que estabelece que é função privativa do Ministério Público promover a ação penal pública. Portanto, pela
nova ordem constitucional, não pode o Juiz ou o Delegado iniciar a ação penal, pois esta é tarefa hoje do
Ministério Público, logo, essa norma não foi recepcionada pela nova Constituição, mas todos os outros artigos do
CPP, naquilo que não forem incompatíveis com a nova Constituição, foram recepcionados.
“Pode-se afirmar, então, que, nos casos de normas inconstitucionais produzidas antes da
nova Constituição, incompatíveis com as novas regras, não se observará qualquer situação de
inconstitucionalidade, mas, apenas, [...], de revogação da lei anterior pela nova Constituição, por falta de
19
recepção”.
2. Repristinação:
“[...] uma norma produzida na vigência da CF/46 não é recepcionada pela de 1967, pois
incompatível com ela. Promulgada a CF/88, verifica-se que aquela lei, produzida na vigência da CF/46 (que fora
revogada – não recepcionada – pela de 1967), em tese poderia ser recepcionada pela CF/88, eis que totalmente
compatível com ela. Nesta situação, poderia aquela lei, produzida durante a CF/46, voltar a produzir efeitos? Ou
seja, repristinaria? Como regra geral, o Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação, salvo
se a nova ordem jurídica expressamente assim se pronunciar’. (LENZA, 2005, p. 66).
Repristinação é o fenômeno pelo qual a lei revogada se restaura ou volta a viger por ter a
lei revogadora perdido a vigência. Segundo, a LICC 20 , no seu art. 2º, § 3º, no Direito brasileiro só há
repristinação expressa, ou seja, para que uma lei que tenha perdido sua vigência por outra lei lhe ter revogado,
possa ressurgir e voltar a viger, é necessário que uma terceira lei expressamente diga que a primeira readquire
vida ou vigência.
Assim, para que uma lei não recepcionada pela CF/1967, por ser com ela incompatível,
pudesse voltar a ter vigência, seria necessário que a CF/1988 expressamente determinasse.
Costuma-se reunir em um grupo as normas que estão na Constituição de acordo com alguns
critérios, classificando-as, mas a principal classificação cobrada em concursos públicos é a de Jose Afonso, que
21
utiliza o critério da eficácia das normas constitucionais.
Eficácia significa que uma norma produzida possa além de existir no mundo jurídico,
produzir efeitos concretos. Pois nem toda norma tem eficácia, ou seja, produz efeitos concretos, pois necessita
de outra norma que regulamente e especifique melhor os casos, as condições e a forma de se praticar ou
exercitar algum ato previsto na norma. Exemplo: a CF/88 garante o direito de greve aos servidores públicos, mas
tal direito, embora previsto na CF, ainda não pode ser exercido, pois não existe uma lei que especifique os
casos, as hipóteses e as condições para o exercício desse direito pelos servidores.
19
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 8ª ed. São Paulo: Método, 2005, p. 65.
20
LICC – Lei de Introdução ao Código Civil. Decreto-lei 4.657/1942.
21
SILVA, José Afonso. Aplicabilidade das normas constitucionais. 3ª ed. São Paulo: Malheiros, 1998.
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Por fim, têm-se normas constitucionais de eficácia limitada, quando a norma prevista na
Constituição não pode produzir seus efeitos por necessitar, necessariamente, de uma lei que regulamente e
especifique os casos e hipóteses em que serão realizados os efeitos da norma. São exemplos: o inciso XI, do
art. 37 (teto do funcionalismo público) antes da EC 41/03; art. 7º, XX (proteção do mercado de trabalho da
mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei); art. 125 (os Estados organizarão sua Justiça,
observados os princípios estabelecidos nesta Constituição).
1. Noções preliminares:
2. Conceito:
Poder Constituinte é o poder atribuído a um povo 22 de criar um novo Estado, rompendo, por
completo, com a ordem jurídica antecedente, através de uma nova Constituição; bem como, a competência
atribuída a um órgão legislativo de alterar o texto dessa nova Constituição, através de procedimentos de
22
Povo nos Estados Democráticos.
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emendas constitucionais; e, por fim, de se atribuir competência aos Entes Políticos (entes políticos ou federados,
no caso do Brasil: Estados, Municípios, DF) de se auto-organizarem através de suas normas constitucionais
23
próprias .
3. Espécies;
Da leitura do conceito acima descrito, verifica-se que o Poder Constituinte é dividido em três
espécies.
O titular do poder constituinte, isto é, o detentor do poder de criar um novo Estado sob
24
novas bases através da Constituição, segundo a teoria contemporânea, é o povo.
23
São normas constitucionais do Estados-membros: Constituições Estaduais; dos Municípios: Leis
orgânicas; e, por fim, do Distrito Federal: Lei Orgânica.
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Embora o povo seja o titular do Poder constituinte, ele, não exerce diretamente esse poder,
pois seria fisicamente impossível se reunir todos os cidadãos de um país para discutir, votar e aprovar normas
fundamentais, num mesmo período, para se constituir um Estado. Daí o motivo do povo outorgar um mandato
para que seus representantes componham uma Assembléia Nacional Constituinte é crie a Constituição.
25
Portanto, não confundir titularidade e exercício.
O poder de se alterar a constituição deriva da própria Constituição que autoriza, que sob
certos limites circunstanciais, materiais e formais, seja a Constituição adaptada às novas necessidades que a
sociedade manifesta ao longo do seu tempo de sobrevivência.
24
Para o criador da Teoria, Abade de Chartres, Emmanuel Sièyes, segundo a concepção clássica, o
detentor ou titular do poder constituinte é a Nação, idéia, hoje, já ultrapassada.
25
Atenção, nesse ponto, pois as questões são elaboradas a dizer que quem exercita é o povo,
mas se a questão estiver assim, marque falsa para essa opção, pois não é o povo que o
exercita. E, também, não confundir o exercício do poder constituinte (de se criar uma Constituição e
um novo Estado) com o Poder estabelecido na CF que atribuiu ao povo poderes de exercer
diretamente atos de eleição, fiscalização dos atos públicos, que se chama de democracia direta ou
participativa.
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votação da maioria absoluta, votasse uma reforma para o fim de se adaptar o texto constitucional, os seus
institutos à nova realidade. Tal reforma foi realizada em 1994, com a edição de seis Emendas de Revisão.
Quanto aos limites formais, verifica-se, com o art. 60, I, II e III, que somente podem
propor ao Congresso Nacional, a alteração da Constituição, através de Emendas Constitucionais os seguintes
órgãos: I – no mínimo, um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II – Presidente
da República; e, III – mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Proposta tal alteração, por um dos legitimados acima, há outro limite formal, segundo o §
2º, do art. 60, da CF: A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Aprovada a
emenda, será, segundo o § 3º do mesmo artigo, promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado, com o respectivo número de ordem. Acaso não alcance esse quorum, ou seja rejeitada a alteração, a
27
matéria constante de proposta de emenda não poderá ser votada na mesma sessão legislativa.
Refere-se à competência atribuída pela Constituição Federal aos Entes Políticos (entes
políticos ou federados, no caso do Brasil: Estados, Municípios, DF) de se auto-organizarem através de suas
normas constitucionais próprias, desde que obedecidas as regras da Constituição Federal.
Tendo em vista que o Brasil adotou, como forma de Estado, a Federação, cuja palavra-
chave é soberania ao Estado Federal e autonomia para os entes menores que compõem a Federação, para
resguardar essa autonomia de se auto-organizarem, auto-administrarem, é que a Constituição atribui
competência para que cada ente federado (Estados-membros; Distrito Federal e Municípios) crie suas normas
constitucionais próprias, atendidos os limites expressos e implícitos da CF. Assim agindo, os entes federados
26
Assuntos a serem detalhados em aulas mais adiante.
27
Sessão legislativa é o período anual em que se desenvolvem os trabalhos do Legislativo e segundo
o art. 57 da CF: é de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.
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estarão utilizando de um poder constituinte derivado decorrente, pois decorre da CF, para, no caso dos
Estados-membros, criarem as Constituições Estaduais, conforme art. 25 da CF; no caso dos Municípios (art. 29)
e do Distrito Federal (art. 32) de criarem as Leis Orgânicas, votadas em dois turnos, com intervalo mínimo de 10
dias entre um turno e outro, e aprovadas por 2/3 dos membros da Câmara Municipal e da Câmara Legislativa,
respectivamente.
Caros colegas: Espero que o presente material seja útil para complementar a excelente apostila ofertada pelo
curso e para revisarmos a primeira aula. Quaisquer dúvidas, encontro-me à disposição para ouvi-los, auxilia-los e
receber quaisquer críticas e sugestões. (ensino@denisevargas.com; ou denise.s.vargas@bol.com.br)
ROTEIRO DA AULA 02
a) Forma de Estado;
b) Forma de Governo;
c) Sistema de Governo.
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2. Conceito de Princípios.
a) Fundamentos;
b) Objetivos Fundamentais;
c) Democracia Participativa;
1. Conceitos
a) Direitos;
b) Garantias.
a) Direitos Individuais;
b) Direitos Coletivos;
c) Direitos Sociais;
d) Direitos de Nacionalidade;
e) Direitos Políticos.
4. Titularidade.
6. Tabela dos Direitos Individuais e Coletivos do art. 5º segundo o bem que tutelam: à
vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade.
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a) Forma de Estado:
28
Isso será objeto de estudo do artigo 18 da CF.
29
FARIAS, Paulo José Leite. Competência Federativa e Proteção Ambiental. Porto Alegre: SAFE,
1999, p. 99. O autor é Promotor de Justiça no Distrito Federal e integrante da banca examinadora do
Concurso de Promotor de Justiça do MPDFT, bem como das bancas organizadoras do CESPE/Unb e
ESAF.
30
TEMER, Michel. Elementos de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 58.
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nos diversos Estados Separados. Nestes, o poder ficava concentrado, sobretudo nos legislativos
populares, em detrimento de qualquer compromisso com uma separação dos poderes. De 1776 a
1787, a América [...] não passou de frouxa aliança de Estados soberanos e independentes”.
(FARIAS, 1999, p. 40).
31
Ob. Cit. FARIAS, Paulo José Leite, p. 46.
The federalist papers. Os artigos, O Federalista, foram obras de Hamilton; Madison e Jay.
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b) Forma de Governo:
32
“A tradicional classificação de Formas de Estado entre Estado Unitário e Estado Federal, está
também absolutamente superada pela evolução das formas de organização territorial e repartição de
competências, cada vez mais complexas e ricas, havendo claramente, em nível mundial, uma
valorização crescente da descentralização territorial efetiva, como forma de ganhar em agilidade,
eficiência e principalmente democracia, consagrando o respeito a diversidade cultural, que permite
que sejam encontradas soluções criativas que respeitem o sentimento da localidade, da região
cultural e principalmente do sentimento de cidadania que se constrói na rica diversidade das culturas
das cidades, espaço real e não virtual.Desta forma adotaremos neste trabalho uma classificação de
Formas de Estado mais adequada a realidade atual, onde propomos a seguinte, perceptível nas
Constituições de Estados Nacionais e de Estados membros: Estado Unitário simples; Estado Unitário
desconcentrado; Estado Unitário descentralizado; Estado Regional; Estado Autonômico; Estado
Federal ( modelo norte americano) centrípeto de dois níveis; Estado Federal ( modelo brasileiro)
centrífugo de três níveis; Estado Federal centrífugo de dois níveis e Estados Complexos”.
(MAGALHAES, José Luis Quadros. Administração Territorial Comparada I.
http://www.cadireito.com.br/artigos/art06.htm, acessado em 02/02/2005).
33
CANOTILHO, J.J. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 3ª ed. Coimbra: Almedina, 1999,
p.531.
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c) Sistema de Governo 34 :
2. Conceito de Princípio.
À palavra princípio subjaz início, origem de algo. Entretanto, pode o Princípio ser
definido como “mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição
fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério
para sua exata compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do
sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico” 35 .
34
No Brasil, Parlamentarismo ou Presidencialismo são espécies do Gênero Regime de Governo ou
Sistema de Governo. Já em outros países, como Portugal, os doutrinadores referem-se ao Gênero
em questão como forma de governo parlamentar ou forma de governo presidencialista, a exemplo de
Canotilho.
35
MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 17ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 841.
36
Para Canotilho, as normas são o gênero e as espécies são regras e princípios. Mas tal variação
terminológica não é de importância para concursos públicos e não interfere no conceito de princípios.
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Dentro da classificação das normas constitucionais, com base em José Afonso da Silva, e quanto à
aplicabilidade, as normas constitucionais são: de eficácia plena, de eficácia limitada e de eficácia
contida, essa do art. 5º, XLIII é uma norma constitucional de eficácia limitada, pois dependia do
Legislativo que deveria criar uma Lei, em face do princípio da legalidade penal, para definir tais
crimes, o que foi feito.
38
Atenção, o desenvolvimento é NACIONAL e não REGIONAL. Tal atenção é necessária, pois
podem ser elaboradas questões trocando o termo nacional por regional, o que deixa o item como
falso.
39
O mesmo alerta da nota anterior vale para esse inciso. Aqui o termo é REGIONAIS e não
NACIONAIS.
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O parágrafo único do art. 1º estabelece que todo o poder emana do Povo, que o
exerce indiretamente, por meio de representantes eleitos, ou diretamente nos termos da
Constituição. Aí está a se referir à soberania popular através da adoção da democracia direta ou
participativa 41 .
40
ROCHA, Zélio Maia da. Curso de Direito Constitucional em Exercícios. 10ª ed. Brasília: Vestcon,
2004, p. 37.
41
Para Pedro Lenza essa democracia participativa é semi-direta, mas tal posicionamento não vale pra
as bancas aqui do Distrito Federal, em que democracia participativa é direta.
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só assim se terá um controle efetivo e uma harmonia para que um órgão não abuse da parcela de
Poder que lhe foi atribuída pela Constituição.
1. CONCEITO:
2. ESPÉCIES:
42
Um dos examinadores do CESPE e da ESAF fala em um dos seus livros que a palavra geração é
sinônima de dimensão.
43
MS 22164/SP, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 17-11-1995. Vide Site: http://gemini.stf.gov.br/cgi-
bin/nphbrs?d=SJUR&n=julg&s1=direitos+de+primeira+gera%E7%E3o&l=20&u=http://www.stf.gov.br/
Jurisprudencia/Jurisp.asp&Sect1=IMAGE&Sect2=THESOFF&Sect3=PLURON&Sect6=SJURN&p=1&r
=1&f=G.
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Não obstante as palavras de Paulo José Leite Farias, para nível médio, e nas
provas objetivas de CESPE e ESAF, é importante se verificar que são protegidos pelos direitos
fundamentais tanto pessoas naturais nacionais ou estrangeiras (homem, mulher), como as Pessoas
Jurídicas (Associações, Sociedades Empresárias).
44
FARIAS, Paulo José Leite. Água: Bem jurídico econômico ou ecológico?. Brasília: Brasília Jurídica,
2005, p. 77.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem restrição de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade ao direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DIREITO À VIDA
XLVII Não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e)
cruéis.
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DIREITO À LIBERDADE
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PENSAMENTO
é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
V agravo, além da indenização por dano material, moral ou
à imagem
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DIREITO À IGUALDADE
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DIREITO À SEGURANÇA
b) perda de bens;
c) multa;
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DIREITO DE PROPRIEDADE
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II - DIREITOS SOCIAIS
1. Noções Gerais
45
SILVA, José Afonso. Direito Constitucional Positivo. 15ª ed. São Paulo: Malheiros, 1998, p. 289.
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2. Espécies:
3. Natureza:
Tais direitos sociais são, em regra, direitos de crédito, pois são normas
programáticas que envolvem, necessariamente, um programa público a ser alcançado com ações
constantes e, sempre, os titulares destes direitos estão em crédito com o Poder Público. Em regra,
tais direitos são de eficácia limitada, ou seja, dependem de normatividade complementar
infraconstitucional.
Irredutibilidade Salarial como Regra: art. 7º, IV – salário mínimo c/c inciso
VI – irredutibilidade salarial. Em regra, os salários dos trabalhadores são irredutíveis, salvo
negociação coletiva (acordo ou convenção coletiva). Logo, não pode haver redução unilateral ou
sem participação sindical. E essa redução não pode deixar o salário inferior ao mínimo, pois
ninguém pode receber salário inferior ao mínimo, conforme inciso VII.
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ausentar de seu trabalho, sem prejuízo do salário e do emprego, cuja remuneração se dará
inicialmente pelo empregador e, posteriormente, pelo INSS.
Idade Laboral Mínima: segundo o inciso XXXIII, art. 7º, a idade inicial para
se trabalhar é de 16 anos. Entretanto, se tais trabalhos forem perigosos, noturnos ou insalubres, a
idade mínima é de 18 anos. E, por fim, na condição de aprendiz (estágios, ofícios) a idade mínima
é de 14 anos. Importante frisar que se o empregador desobedecer tais regras, deve pagar todas
as verbas trabalhistas, sob pena de enriquecimento ilícito.
O Aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais
– inciso VII.
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lei. Essa estabilidade se estende, segundo o art. 10 do ADCT, também aos empregados que forem
eleitos para cargos da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
1. Noções Gerais:
2. Espécies de Nacionalidade:
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República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu pais”.
Segundo esse critério adotado, considera-se brasileiro nato, aquele que nasça
no território brasileiro, independentemente da nacionalidade dos pais. Entretanto, tal regra da
territorialidade ou localidade de nascimento sofre um abrandamento, quando é estabelecido “desde
que estes não estejam a serviço de seu pais”. Assim, se um estrangeiro vem para o Brasil a serviço
(diplomático, administrativo, político) de natureza pública representando outro país, nascendo o
seu filho no Brasil, embora, a regra seja a territorialidade, a CF, nessa hipótese, excepcionou
dizendo que esse nascido no território Brasileiro não será considerado Brasileiro Nato. Caberá, para
se descobrir a nacionalidade desse bacuri, analisar a legislação do país que o estrangeiro
representa.
Mas, da leitura das alíneas ‘b’ e ‘ c’ do inciso I, do artigo 12, da CF, se verifica
que o Brasil adotou também o segundo critério de atribuição de nacionalidade originária, qual seja:
ius sanguinis, in verbis:”b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileira ou mãe brasileira, desde
que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no
estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira”.
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TÍTULO XI - Da Naturalização
CAPÍTULO I- Das Condições
Art. 111. A concessão da naturalização nos casos previstos no artigo 145, item II, alínea b, da Constituição, é faculdade
exclusiva do Poder Executivo e far-se-á mediante portaria do Ministro da Justiça. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 112. São condições para a concessão da naturalização: (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
I - capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - ser registrado como permanente no Brasil;
III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos, imediatamente anteriores ao pedido de
naturalização;
IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando;
V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família;
VI - bom procedimento;
VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por crime doloso a que seja cominada
pena mínima de prisão, abstratamente considerada, superior a 1 (um) ano; e
VIII - boa saúde.
§ 1º não se exigirá a prova de boa saúde a nenhum estrangeiro que residir no País há mais de dois anos. (Incluído pela
Lei nº 6.964, de 09/12/81)
§ 2º verificada, a qualquer tempo, a falsidade ideológica ou material de qualquer dos requisitos exigidos neste artigo ou
nos arts. 113 e 114 desta Lei, será declarado nulo o ato de naturalização sem prejuízo da ação penal cabível pela infração
cometida. (Renumerado e alterado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
§ 3º A declaração de nulidade a que se refere o parágrafo anterior processar-se-á administrativamente, no Ministério da
Justiça, de ofício ou mediante representação fundamentada, concedido ao naturalizado, para defesa, o prazo de quinze dias,
contados da notificação. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 113. O prazo de residência fixado no artigo 112, item III, poderá ser reduzido se o naturalizando preencher quaisquer
das seguintes condições: (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
I - ter filho ou cônjuge brasileiro;
II - ser filho de brasileiro;
III - haver prestado ou poder prestar serviços relevantes ao Brasil, a juízo do Ministro da Justiça;
IV - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística; ou
V - ser proprietário, no Brasil, de bem imóvel, cujo valor seja igual, pelo menos, a mil vezes o Maior Valor de Referência;
ou ser industrial que disponha de fundos de igual valor; ou possuir cota ou ações integralizadas de montante, no mínimo,
idêntico, em sociedade comercial ou civil, destinada, principal e permanentemente, à exploração de atividade industrial ou
agrícola.
Parágrafo único. A residência será, no mínimo, de um ano, nos casos dos itens I a III; de dois anos, no do item IV; e de
três anos, no do item V.
Art. 114. Dispensar-se-á o requisito da residência, exigindo-se apenas a estada no Brasil por trinta dias, quando se tratar:
(Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
I - de cônjuge estrangeiro casado há mais de cinco anos com diplomata brasileiro em atividade; ou
II - de estrangeiro que, empregado em Missão Diplomática ou em Repartição Consular do Brasil, contar mais de 10 (dez)
anos de serviços ininterruptos.
Art. 115. O estrangeiro que pretender a naturalização deverá requerê-la ao Ministro da Justiça, declarando: nome por
extenso, naturalidade, nacionalidade, filiação, sexo, estado civil, dia, mês e ano de nascimento, profissão, lugares onde haja
residido anteriormente no Brasil e no exterior, se satisfaz ao requisito a que alude o artigo 112, item VII e se deseja ou não
traduzir ou adaptar o seu nome à língua portuguesa. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
§ 1º. A petição será assinada pelo naturalizando e instruída com os documentos a serem especificados em regulamento.
(Incluído pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
§ 2º. Exigir-se-á a apresentação apenas de documento de identidade para estrangeiro, atestado policial de residência
contínua no Brasil e atestado policial de antecedentes, passado pelo serviço competente do lugar de residência no Brasil,
quando se tratar de: (Incluído § e incisos pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
I - estrangeiro admitido no Brasil até a idade de 5 (cinco) anos, radicado definitivamente no território nacional, desde que
requeira a naturalização até 2 (dois) anos após atingir a maioridade;
II - estrangeiro que tenha vindo residir no Brasil antes de atingida a maioridade e haja feito curso superior em
estabelecimento nacional de ensino, se requerida a naturalização até 1 (um) ano depois da formatura.
§ 3º. Qualquer mudança de nome ou de prenome, posteriormente à naturalização, só por exceção e motivadamente será
§
permitida, mediante autorização do Ministro da Justiça. (Parágrafo único transformado em 3º pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 116. O estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 5 (cinco) anos de vida, estabelecido definitivamente no
território nacional, poderá, enquanto menor, requerer ao Ministro da Justiça, por intermédio de seu representante legal, a
emissão de certificado provisório de naturalização, que valerá como prova de nacionalidade brasileira até dois anos depois de
atingida a maioridade. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Parágrafo único. A naturalização se tornará definitiva se o titular do certificado provisório, até dois anos após atingir a
maioridade, confirmar expressamente a intenção de continuar brasileiro, em requerimento dirigido ao Ministro da Justiça.
Art. 117. O requerimento de que trata o artigo 115, dirigido ao Ministro da Justiça, será apresentado, no Distrito Federal,
Estados e Territórios, ao órgão competente do Ministério da Justiça, que procederá à sindicância sobre a vida pregressa do
naturalizando e opinará quanto à conveniência da naturalização. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 118. Recebido o processo pelo dirigente do órgão competente do Ministério da Justiça, poderá ele determinar, se
necessário, outras diligências. Em qualquer hipótese, o processo deverá ser submetido, com parecer, ao Ministro da Justiça.
(Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Parágrafo único. O dirigente do órgão competente do Ministério da Justiça determinará o arquivamento do pedido, se o
naturalizando não satisfizer, conforme o caso, a qualquer das condições previstas no artigo 112 ou 116, cabendo
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reconsideração desse despacho; se o arquivamento for mantido, poderá o naturalizando recorrer ao Ministro da Justiça; em
ambos os casos, o prazo é de trinta dias contados da publicação do ato.
Art. 119. Publicada no Diário Oficial a portaria de naturalização, será ela arquivada no órgão competente do Ministério da
Justiça, que emitirá certificado relativo a cada naturalizando, o qual será solenemente entregue, na forma fixada em
Regulamento, pelo juiz federal da cidade onde tenha domicílio o interessado. (Renumerado o art. 118 para art. 119 e alterado
pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
§ 1º. Onde houver mais de um juiz federal, a entrega será feita pelo da Primeira Vara. (Incluído alterado pela Lei nº 6.964,
de 09/12/81)
§ 2º. Quando não houver juiz federal na cidade em que tiverem domicílio os interessados, a entrega será feita
através do juiz ordinário da comarca e, na sua falta, pelo da comarca mais próxima. (Incluído alterado pela Lei nº 6.964, de
09/12/81)
§ 3º. A naturalização ficará sem efeito se o certificado não for solicitado pelo naturalizando no prazo de doze meses
contados da data de publicação do ato, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado. (Parágrafo único transformado
§
em em 3º pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 120. No curso do processo de naturalização, poderá qualquer do povo impugná-la, desde que o faça
fundamentadamente. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 121. A satisfação das condições previstas nesta Lei não assegura ao estrangeiro direito à naturalização.
(Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
CAPÍTULO II
Dos Efeitos da Naturalização
Art. 122. A naturalização, salvo a hipótese do artigo 116, só produzirá efeitos após a entrega do certificado e confere ao
naturalizado o gozo de todos os direitos civis e políticos, excetuados os que a Constituição Federal atribui exclusivamente ao
brasileiro nato. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
Art. 123. A naturalização não importa aquisição da nacionalidade brasileira pelo cônjuge e filhos do naturalizado, nem
autoriza que estes entrem ou se radiquem no Brasil sem que satisfaçam às exigências desta Lei. (Renumerado pela Lei nº
6.964, de 09/12/81)
Art. 124. A naturalização não extingue a responsabilidade civil ou penal a que o naturalizando estava anteriormente sujeito
em qualquer outro país. (Renumerado pela Lei nº 6.964, de 09/12/81)
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A doutrina chama essa reciprocidade de “clausula do ut dês”.
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Logo, só poderá ser realizada distinção entre brasileiros se for pela própria
constituição e, por conseguinte, qualquer ato administrativo, político ou norma que façam tal
diferenciação, será considerada inconstitucional.
Presidente e Vice-presidente da
República; Presidente do Senado;
Presidente da Câmara dos deputados;
PRIVATIVOS DE Ministro do STF; membros da carreira Art. 12, §
CARGOS
NATOS diplomática (embaixador, cônsul, e 3º
secretários até o terceiro grau);
Oficiais das Forças Armadas; Ministro
de Estado da Defesa.
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da naturalização.
7. Perda da Nacionalidade
IV -DIREITOS POLÍTICOS
1. Noções Gerais:
Ser cidadão ou ter cidadania implica em exercer direitos políticos que são
instrumentos para a garantia da soberania popular, através da participação do povo na
gestão da coisa pública, seja diretamente, ou indiretamente, através de seus representantes
eleitos.
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aquelas que impedem que o cidadão se eleja para determinados cargos, o que não lhe retira, no
entanto, a possibilidade de se candidatar e eleger para outros cargos.
ESPÉCIES DE INELEGIBILIDADES
CONSCRITOS
ABSOLUTAS
ANALFABETOS
São parentes em linha reta, as pessoas que estão umas para com as outras
na relação de ascendentes e descendentes. (art. 1591 do Código Civil), a exemplo do Bisavô, Avô,
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Pai, Filho, Neto, Bisneto etc. Os em linha colateral não importam para a inexigibilidade reflexa,
são: Tio, Primo.
“Parentes podem concorrer nas eleições, desde que o titular do cargo tenha o
direito à reeleição e não concorra na disputa. A decisão foi por maioria de votos, ficando vencido o
48
ministro Moreira Alves”.
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Julgado em 07.04.2003, acórdão pendente.
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fundamentais. Na verdade, a CF não estabelece outra hipótese de perda, mas é óbvio que o
Brasileiro Nato que adquira outra nacionalidade voluntariamente deixa de ter cidadania brasileira,
logo, vira estrangeiro e não poderá ter direitos políticos.
A segunda hipótese refere-se à uma sentença criminal da qual não caiba mais
recurso, denominada de condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus
efeitos.
No art. 37 da CF, estão relacionadas regras para a Administração Pública. Uma delas é o princípio
da moralidade, ou seja, ao administrador público, servidor ou agente que manipule interesses e
verbas públicas é vedada a prática de ato que contrarie a ética necessária ao bem comum. Se
violada a regra ética, se infringirá a moralidade administrativa, ensejando a responsabilização civil,
criminal e administrativa de quem a praticou. Uma das formas de responsabilização é a civil
através da ação civil pública denominada de ação de improbidade administrativa, regulada pela
8.429/92.
Denise.
“Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a peleja e os
meus dedos para a guerra”.
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1. Noções Gerais:
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FASES ARTIGO
PLEBISCITO ÀS
DIVULGAÇÃO
LEI POPULAÇOES LEI
MUNICÍPIOS DO ESTUDO DE ART. 18,
COMPLEMENTAR DOS ESTADUAL
50 VIABILIDADE § 4º
FEDERAL MUNICÍPIOS ORDINÁRIA.
MUNICIPAL
ENVOLVIDOS
a) Noções Gerais:
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LEI 9709/98. Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros, ou
formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente interessada, por meio de
plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados e do Congresso Nacional, por lei complementar,
ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas.
§ 1º Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista no caput, o projeto de lei
complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do Congresso Nacional.
§ 2º À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no parágrafo anterior compete
proceder à audiência das respectivas Assembléias Legislativas.
§ 3º Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas Assembléias Legislativas opinarão, sem caráter
vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamentos técnicos concernentes aos aspectos
administrativos, financeiros sociais e econômicos da área geopolítica afetada.
§ 4º O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta as informações técnicas a que se refere o
parágrafo anterior.
50
Art. 5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Municípios, será convocado
pela Assembléia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.
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por fim, ao Distrito Federal, normas e atos de interesse municipal e estadual, em face
da natureza anômala deste ente, salvo algumas exceções constitucionais, pois ao DF é
defeso a organização sobre o Ministério Público; Poder Judiciário; Polícias Civil e Militar;
Corpo de Bombeiros Militar e Defensoria Pública.
UNIÃO – art. 21
ENUMERADOS
MUNICÍPIOS – art. 30
EXCLUSIVAS
ESTADOS – ART. 25, §
RESERVADOS
1º.
COMUNS e MUNICÍPIOS
(art. 23)
c) Competências Legislativas:
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II – DESAPROPRIAÇÃO
XI – TRÂNSITO E TRANSPORTES.
4. Bens Públicos:
BENS PÚBLICOS
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a. Noções Gerais:
b) Intervenção Federal:
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A União não intervém nem nos Estados nem nos Municípios nem no
Distrito Federal. Contudo, poderá nas hipóteses acima, intervir nos Estados e no DF. A
união só poderá intervir em municípios, quando estes forem situados em Territórios
Federais, que são autarquias territoriais da União que podem ser divididos em
municípios, mas cujo governador será nomeado pelo Presidente da República, após
aprovação do Senado Federal, conforme artigos 33 e 52, III, c, ambos da CF.
Intervenção Federal
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VI, 2ª parte - prover ordem ou decisão (1) Requisição do STF, STJ ou TSE,
judicial. de acordo com a matéria ao
Presidente;
(2) Pareceres dos Conselhos
presidenciais;
(3) Decreto Suspensivo pelo
Presidente, se insuficente, aí vai
para o (4):
(4) Apreciação pelo Congresso,
através de Decreto Legislativo:
No caso do 34, VI,
Aprovado passa-se à fase 5 –
2ª. Parte execução; Rejeitado – o decreto
legislativo suspenderá o decreto
presidencial
(5) Execução da Medida ou
suspensão dos atos estabelecidos no
decreto, neste caso, se houver
rejeição pelo Congresso, devendo o
presidente cessá-los, imediatamente,
sob pena de cometer crime de
responsabilidade, conforme art. 85, II,
da CF.
VII – assegurar a observância dos (1) Ação Interventiva ajuizada pelo
princípios constitucionais (sensíveis): PGR no STF;
No caso do 34, a) forma republicana, sistema (2) Provimento da ação pelo STF;
representativo e regime democrático; (3) Pareceres dos Conselhos;
VII direitos da pessoa humana; autonomia (4) Decreto Presidencial, sem
municipal; prestação de contas da necessidade de apreciação do
(princípios administração pública direta e indireta; Congresso, se a suspensão do ato
aplicação do mínimo exigido da receita impugnado for suficiente, caso
constitucionais resultante de impostos estaduais, contrário, passa-se a Apreciação pelo
compreendida a proveniente de Congresso e Execução da medida, se
sensíveis)
transferências, na manutenção e aprovada.
desenvolvimento do ensino e nas
ações e serviços públicos de saúde.
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CARGOS:
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À todo cargo público subjaz uma função pública. Entretanto, nem toda
função pública envolve o exercício de atividade pública em um cargo público.
EMPREGO:
FUNÇÃO PÚBLICA:
51
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2004, pg. 233.
Entretanto, a fixação dos vencimentos de tais cargos, condição para que possam de fato existir e ser preenchidos,
depende de leis.
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Vide Ofíco-circular no. 16/ SRH/MPOG de 27/07/2004 que visa uniformizar entendimento, em face do
parecer AGU/MC-01/2004, no âmbito da Administração Pública Federal para se entender que, diante da EC
19/98, que deu nova redação ao art. 41 da CF, o estágio probatório do art. 20 da Lei 8.112/90, por superveniência
da Emenda Constitucional, tem duração de três anos.
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101/2000
(art. 169, § 4º CF) 53 ; de servidor não estável (CF, art. 41, § 4º) antes de completado o
triênio para a aquisição da estabilidade se revelar inadequado para o cargo, após regular
procedimento de avaliação; do estável por insuficiência de desempenho (art. 41, § 1º,
III); em virtude de sentença judicial transitada em julgado, ou processo administrativo
que lhe seja assegurada ampla defesa (art. 41, § 1º. I e II), e, para assegurar os limites
da Lei de Responsabilidade Fiscal, se insuficiente a redução em pelo menos 20% das
despesas com cargos em comissão e função de confiança, exoneração dos não-estáveis
(CF. art. 169, § 4º), sendo-lhe devida nesse caso uma indenização correspondente a um
mês de remuneração por ano de serviço, conforme § 5º do art. 169 da CF e não sendo
permitido a criação de cargo, emprego ou função com atribuições legais iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos (§ 6º, art. 169).
CF, art. 37, XIII –Veda-se o tratamento jurídico paralelo de cargos com
funções desiguais (equiparação) e a vinculação automática para fins de reajuste de
remuneração (vinculação), vulgarmente conhecido como gatilho salarial, exceto os
53
LC 101/200, art. . 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada
período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir
discriminados: - União: 50% (cinqüenta por cento); II - Estados: 60% (sessenta por cento); III - Municípios: 60% (sessenta por
cento). Tramita no STF, ADI contra vários artigos da referida legislação, inclusive contra o presente artigo, sob o argumento
de afronta ao princípio da isonomia.
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Ministros do Tribunal de Contas da União, art. 73, § 3º que têm subsídios equiparados
aos Ministros do STJ.
g1) Aposentadoria:
Regras de Transição:
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Art. 37, VI (associação sindical); VII (greve), nesse último caso: norma
constitucional de eficácia limitada. Art; 142, § 3º, IV veda a greve para militares. Lei
para greve? Qual? Tem relação com a negociação coletiva e remuneração.
Caros colegas: Espero que o presente material seja útil para complementar a excelente
apostila ofertada pelo curso e para revisarmos a primeira aula. Quaisquer dúvidas
encontro-me à disposição para ouvi-los, auxilia-los e receber quaisquer críticas e
sugestões. (ensino@denisevargas.com; ou denise.s.vargas@bol.com.br)
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