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postura de ser humano solidrio, como uma cmera viva, atenta aos cuidados e disposta
a notificar a Polcia Militar em situaes suspeitas. Segundo a comandante, a maior
participao das pessoas e o aumento do nmero de denncias tm contribudo para a
tendncia de queda, ainda que pequena, verificada nas ocorrncias de furtos de veculos
e assaltos a transeuntes em Belo Horizonte.
A campanha da PUC Minas com a PM deve resultar ainda na implantao, no bairro
Corao Eucarstico, da Rede de Vizinhos Protegidos, programa criado pela Polcia
Militar de Minas Gerais que, a partir do interesse das comunidades, estimula a criao
de uma rede de solidariedade e de comunicao entre vizinhos e destes com a PM. "
uma ao de mobilizao, que comeou h nove meses no bairro Alto Caiara e que
praticamente zerou o nmero de assaltos a residncias na regio", exemplifica a
comandante do 34 Batalho.
Rede estimula solidariedade
Para o major Fagundes, da 9 Companhia do 34 Batalho da PMMG, esse tipo de rede
estimula a solidariedade, porque vizinhos notificam a polcia em casos suspeitos, apitam
para afastar estranhos ou vigiam a chegada de quem mora por perto. "Em nenhum
momento, estamos nos omitindo da responsabilidade da PM, mas sem a participao
no conseguimos reduzir a violncia", refora o major, cuja companhia envolve 32
bairros - entre os quais o Corao Eucarstico e o Dom Cabral - e onde ele aponta uma
reduo de quase 22% nos crimes em geral, no primeiro semestre deste ano, em relao
ao mesmo perodo do ano passado.
Em junho deste ano, comparada com junho de 2004, a queda foi de 43% para assalto a
veculos na regio da 9 Cia, ndices, contudo, ainda longe dos objetivos, segundo ele.
Novos hbitos contra a violncia
O medo da violncia j mudou os hbitos de muitas pessoas, como os do estudante
Gustavo Henrique Corra Costa, 29 anos. Aluno do 7 perodo de Jornalismo na PUC
Corao Eucarstico, bairro em que sempre morou, h trs anos foi abordado por dois
homens armados, quando chegava em casa noite. Ele, que no reagiu, teve a mochila
roubada, com celular e material da faculdade. "Agora ando mais no meio da rua. Evito
os trechos debaixo de rvores e mal iluminados e sempre olho de longe para ver se no
tem ningum escondido pelo caminho".
Para Gustavo, campanhas preventivas so importantes: "As pessoas tm de ter esta
conscincia, embora a segurana seja obrigao do Estado".
30/08/2005