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3 CULPABILIDADE

3.1 Conceito.

Culpabilidade ou juízo de reprovação é a possibilidade de responsabilizar o autor pela prática da


infração penal.

Não é elemento do crime, posto que sua análise pressupõe a existência da conduta ilícita e
antijurídica. Não se exclui, portanto, nem o dolo, nem a culpa e nem o fato típico, mas permite-se
que o agente não responda pelo crime cometido.

Este conceito foi se modificando através do tempo, destacando-se três teorias:

• Teoria Psicológica – para ela, a culpabilidade é a relação psíquica do agente com o fato,
na forma de dolo ou culpa, que são as duas espécies da culpabilidade.
Pressuposto do dolo e da culpa é a imputabilidade (compreensão e autodeterminação).
Alguns autores dessa escola acrescentam também a exigibilidade de outra conduta como
parte integrante da culpabilidade.

• Teoria Psicológico-Normativa – segundo Frank (1907), o dolo e a culpa deixam de ser


espécies de culpabilidade e passam a ser elementos da mesma.
Com o acréscimo de mais um elemento, a censurabilidade ou reprovabilidade, tem como
seus elementos a imputabilidade, a consciência potencial da ilicitude e a exigibilidade de
conduta diversa, fatores sem os quais a conduta não é considerada reprovável.

• Teoria Normativa Pura (Teoria da Culpabilidade) – corresponde aos ensinamentos da


Escola Finalista.
Dolo e culpa migram da culpabilidade para o tipo, através da conduta.
O conteúdo da culpabilidade, assim esvaziada, passa a ser apenas a censurabilidade,
cujos requisitos são a imputabilidade, a consciência potencial da ilicitude e da
inexigibilidade de conduta diversa.

3.1.1 Imputabilidade

Refere-se à capacidade do agente de se lhe atribuir o fato e de ser penalmente


responsabilizado.
Se não houver essa característica considera-se que o indivíduo é inimputável.
Imputável é, portanto, o autor que, no momento da ação, é capaz de entender o caráter
ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento.
A imputabilidade tem a ver com a menoridade penal (menores de 18 anos), com doença
mental e com a embriaguez involutária.

3.1.2 Consciência Potencial da Ilicitude

3.1.3 Inexigibilidade de Conduta Diversa

3.2 Causas que Excluem a Culpabilidade.

3.3 Causas que Não Excluem a Culpabilidade.


Exercícios

(PCDF – Delegado 2010) Acerca da culpabilidade e da ilicitude, assinale a alternativa correta.

a) Segundo a teoria finalista, a imputabilidade, a consciência acerca da ilicitude do fato e da


exigibilidade de conduta diversa são elementos normativos da culpabilidade.
b) A coação irresistível e a obediência hierárquica são causas de exclusão da ilicitude.
c) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para repelir injusta agressão,
atual ou iminente.
d) Não há excludentes de ilicitude previstas na Parte Especial do Código Penal.
e) A legítima defesa é causa excludente da culpabilidade.

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