Você está na página 1de 5

Transitrio em circuito chaveado

Exerccio 1: A chave S do circuito abaixo fecha na posio 1 em t = 0 e, decorridas duas


constantes de tempo passa para a posio 2, Determinar a corrente completa i(t),
sabendo que o capacitor est inicialmente carregado com a tenso indicada.

Primeiramente analisaremos o circuito com a chave na posio 1, em t = 0, afim


de obtermos as condies iniciais de corrente no indutor para quando a chave passar
para a posio 2.
Na posio 1: Temos um circuito RL srie com uma fonte de 40[V].
Pela lei de Kirchhoff das tenses obtemos:
V V r V L=0
L.

di
+ R . i ( t )=V
dt

di R
V
+ i ( t )=
dt L
L
Substituindo os valores de R, L e V, obtemos a seguinte EDO linear de primeira
ordem no homognea:
di
+50 i ( t )=1000[1]
dt

A soluo ser ento:

i ( t )=i H ( t )+i p (t )

Para achar a soluo homognea

iH ( t )

basta acharmos a equao

caracterstica da EDO [1], dada por:


s +50=0

s=50
i H ( t )=K 1 e s . t
i H ( t )=K 1 e50 t
A soluo particular pode ser encontrada analisando o termo da igualdada, fcil
notar que a soluo particular uma constante, sendo assim, atribuindo uma constante C
em [1], temos:
50.C=1000

C=20
Portanto, a soluo geral de [1] dada pela combinao linear:
i ( t )=K 1 e50 t + 20[2]
Pelas condies iniciais do circuitos, onde em

t=0

a corrente no circuito era

nula, e lembrando que o indutor no permite a variao instantnea de corrente, pode-se

+
. Aplicando na equao [2] :
concluir que
0

i
20+ K 1=0
K 1=20
Agora podemos escrever a soluo geral da corrente com a chave S na posio 1,
como sendo:
i ( t )=20 e50 t + 20[3 ]
Agora que sabemos como a corrente se comporta nos instantes em que a chave S
est na posio 1, podemos obter o valor da corrente em 2.

Lembrando que num circuito RL a constante de tempo dada pela expresso:


=

L
R
Em 2 temos que = 40m, substituindo na equao [3], obtm-se:

i ( 2 ) =17,3[ A ]
Na posio 2, um circuito LC.
Aplicando novamente a Lei de Kirchhoff das tenses no circuito LC, temos:
t

L.

di 1
+ i ( t ) dt +v c ( 2 )=0 [4]
dt C 2

Derivando a equao [4] no tempo e organizando;


d2i 1 ( )
+
i t =0
d t 2 LC
Temos agora uma EDO linear de segunda ordem homognea, sua soluo dada por:
i ( t )=K 1 e s (t2 ) + K 2 e s (t2 )
1

Pela equao caracterstica:


S= j

s2 +

1
=0
LC

1
LC

s 1= j 50 , s 2= j 50
i ( t )=K 1 e j 50(t2 )+ K 2 e j 50 (t 2 ) [5]
Para obtermos as constantes K1 e K2, necessrio encontrarmos a derivada da equao
[5]:
di
=K 1 ( j50 ) e j 50 (t 2 ) + K 2 j 50 e j 50(t2 ) [6 ]
dt

Aplicando nas equao [5] e [6] para t=2 :


i ( 2 ) =17,3=K 1 + K 2

Pela equao 5.

[7]

di
(2 )=K 1 ( j50 ) + K 2 j 50 Pela equao 6.
dt

[8]

Agora voltando para a equao [4] pata t = 2 , temos:


2

L.

di
1
(2 )+ i ( t ) dt + v c ( 2 )=0
dt
C
2

v ( 2 )
di
(2 ) = c
=500
dt
L
Ento vamos ter um sistema de equao de 2 incgnitas K1 e K2 a determinar:

{K 1 (50K 1+j )+Kk 2=17,3


2 ( j50 ) =500
Resolvendo chegamos em: K1 = 8,65 5j

K2 = 8,65 + 5j

i ( t )=K 1 e j 50(t2 )+ K 2 e j 50 (t 2 )
i ( t )=(8,655 j) e j 50( t2 )+(8,65+5 j)e j 50(t2 )
Reorganizando a equao e lembrando das notaes de cosseno e seno exponenciais
complexas, temos:
cos=

e j + e j
2

e j e j
sen =
2j
i ( t )=8,65 ( e j50 (t 2 )+e j 50 (t 2 ) ) 5 ( j e j 50( t2 )e j 50 (t 2 ) )

i ( t )=17,3

( e j 50( t2 )+ e j 50( t2 ) )
2

10

( je j 50 (t 2 ) e j 50( t2 ) )

i ( t )=17,3 cos 50 ( t2 )10 sen 50(t2 )

i ( t )=20 sen ( 50 ( t2 )+ 120 )

Você também pode gostar