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Universidade do Sul de Santa Catarina

Lógica de Programação II
Disciplina na modalidade a distância

LIVRO DIDÁTICO E CADERNO DE ATIVIDADES

Palhoça
UnisulVirtual
2007

logica_2_livro_caderno.indb 1 7/12/2006 14:19:18


Sumário

LIVRO DIDÁTICO

Palavras do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

UNIDADE 1 – Manipulação de vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15


UNIDADE 2 – Manipulação de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
UNIDADE 3 – Manipulação de registros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
UNIDADE 4 – Tópicos avançados em algoritmos computacionais . . . . . 71
UNIDADE 5 – Programação estruturada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121


Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Sobre o professor conteudista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . 127

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CADERNO DE ATIVIDADES

Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

UNIDADE 1 – Manipulação de vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149


UNIDADE 2 – Manipulação de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
UNIDADE 3 – Manipulação de registros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
UNIDADE 4 – Tópicos avançados em algoritmos computacionais . . . . 181
UNIDADE 5 – Programação estruturada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191

Respostas e comentários das atividades de auto-avaliação . . . . . . . . . . . . 199


Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215

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Apresentação

Este livro didático corresponde à disciplina de Lógica de Programação II.

O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma, abordando


conteúdos especialmente selecionados e adotando uma linguagem que
facilite seu estudo a distância.

Por falar em distância, isso não significa que você estará sozinho. Não
esqueça que sua caminhada nesta disciplina também será acompanhada
constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato
sempre que sentir necessidade, seja por correio postal, fax, telefone, e-mail
ou Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem. Nossa equipe terá o maior
prazer em atendê-lo, pois sua aprendizagem é nosso principal objetivo

Bom estudo e sucesso!

Equipe UnisulVirtual.

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Carlos Fernando Martins

Lógica de Programação II
Livro didático

Design instrucional
Daniela Erani Monteiro Will
Carolina Hoeller da Silva

4ª edição
revista e atualizada

Palhoça
UnisulVirtual
2007

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Copyright © UnisulVirtual 2007
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.

005.1
M34 Martins, Carlos Fernando
Lógica de programação II / Carlos Fernando Martins ; design instrucional Daniela Erani
Monteiro Will, [Flavia Lumi Matuzawa]. 4. ed. rev. e atual. – Palhoça : UnisulVirtual, 2007.
144 p. : il. ; 28 cm

Inclui bibliografia

1. Programação (Computadores). 2. Lógica – Processamento de


dados. I. Will, Daniela Erani Monteiro. II.Título.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul

Créditos

Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina


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Rua João Pereira dos Santos, 303 Soraya Arruda Waltrick Angelita Marçal Flores Rafael da Cunha Lara (coordenador) Viviane Schalata Martins
Palhoça - SC - 88130-475 Carmen Maria Cipriani Pandini Adriana Silveira
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Site: www.virtual.unisul.br Ana Paula Reusing Pacheco Dênia Falcão de Bittencourt Gabriela Malinverni Barbieri Ricardo Alexandre Bianchini
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Sebastião Salésio Heerdt Jucimara Roesler Márcia Loch Produção Industrial e Suporte Carlos Fernando Martins
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Chefe de gabinete da Reitoria Lauro José Ballock Silvana Denise Guimarães (coordenador) Design Instrucional
Fabian Martins de Castro Luiz Guilherme Buchmann Tade-Ane de Amorim Francisco Asp Daniela Erani Monteiro Will
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Administração Pedro Paulo Alves Teixeira Silvana Henrique Silva
Renato André Luz Rafael Pessi
Valmir Venício Inácio Vilson Martins Filho

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Palavras do professor

Olá caro estudante, pronto para mais uma etapa?

Na verdade, agora você vai aprimorar o que estudou em


Lógica de Programação I. Não imagine que está na metade
do caminho, tendo em vista que o estudo da lógica de
programação é contínuo e eterno, pelo menos para quem quer
ser um programador verdadeiro.

Ainda hoje, mesmo depois de muitos anos trabalhando com


programação, cada algoritmo que implemento é uma forma de
exercitar os conceitos. Trato cada algoritmo como um desafio
a ser vencido. Você deve pensar assim também, que lógica de
programação é um aprendizado contínuo e dinâmico; que cada
problema solucionado por um algoritmo de programação é um
degrau alcançado. Isso pode ajudar e muito nos desafios desta
disciplina.

Lembre-se, um programador diferencia-se do outro pela


quantidade de exercícios que ele faz. Portanto, aproveite
esse material de base para se aprofundar. Consulte algumas
bibliografias que poderão ajudá-lo a resolver outros problemas
de programação. Quanto mais você estudar, melhor vai ficar.
E quanto melhor ficar, mais você vai estudar. É um ciclo
contínuo e desafiador. Planeje o seu tempo de forma que o
estudo de lógica de programação se torne uma diversão. Se
assim for, você já tem o espírito de programador.

Bom estudo!

Professor Carlos Fernando Martins.

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Plano de estudo

O plano de estudos visa a orientá-lo/a no desenvolvimento da


Disciplina. Nele, você encontrará elementos que esclarecerão
o contexto da Disciplina e sugerirão formas de organizar o seu
tempo de estudos.

O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva


em conta instrumentos que se articulam e se complementam.
Assim, a construção de competências se dá sobre a articulação
de metodologias e por meio das diversas formas de ação/
mediação.

São elementos desse processo:

 o livro didático;
 o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem - EVA;
 as atividades de avaliação (complementares, a distância
e presenciais).

Ementa
Continuação da “Lógica de Programação I” com
aprofundamento dos estudos com Fluxogramas e Diagrama de
Blocos. Linguagens de programação, Códigos computacionais
e ambientes de desenvolvimento. Exercícios de Programação
Linear, de Programação Estruturada e de Programação Visual.

Objetivos
 Desenvolver a capacidade do aluno em pensar
logicamente, sendo assim, capaz de desenvolver
algoritmos computacionais de média e alta
complexidade.
 Elaborar algoritmos de programação de média e
alta complexidade.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Carga horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas/aula.

Agenda de atividades/ Cronograma


 Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar
periodicamente o espaço da Disciplina. O sucesso nos
seus estudos depende da priorização do tempo para a
leitura; da realização de análises e sínteses do conteúdo; e
da interação com os seus colegas e tutor.

 Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço


a seguir as datas, com base no cronograma da disciplina
disponibilizado no EVA.

 Use o quadro para agendar e programar as atividades


relativas ao desenvolvimento da Disciplina.

12

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Lógica de Programação II

Atividades
Avaliação a Distância 1

Avaliação Presencial 1

Avaliação Presencial 2 (2ª chamada)

Avaliação Final (caso necessário)

Demais atividades (registro pessoal)

13

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UNIDADE 1

Manipulação de vetores

Objetivos de aprendizagem
1
 Conhecer os algoritmos de maiores complexidades.
 Construir algoritmos com utilização de vetores.

Seções de estudo
Seção 1 Conceito e declaração de vetores.
Seção 2 Operação de vetores.
Seção 3 Algoritmos com manipulação de vetores.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Antes de iniciar o estudo sobre vetores, você deve recordar o
que é uma variável e para que ela serve, certo? Bem, voltando
à unidade 4 de Lógica de Programação I, temos que variável
é a representação simbólica dos elementos de memória de um
computador. Cada variável corresponde a uma posição de
memória, cujo conteúdo pode se alterado ao longo do tempo
durante a execução de um programa.

Embora uma variável possa assumir diferentes valores, ela só


pode armazenar um valor a cada instante.

Você também estudou que as variáveis podem ser de três tipos:


numéricas, alfanuméricas e lógicas, e que para declarar uma
variável precisamos definir o seu nome e que tipo de dados será
armazenado nela.

Veja a seguir:

início

nome: literal {variável do tipo literal}


idade: numérica {variável do tipo numérica}
fim

Outro exemplo bem fácil, já utilizando o sinal de atribuição.

Veja.

início

nome: literal {variável do tipo literal}


idade: numérica {variável do tipo numérica}
idade  22 {variável idade assume valor 22}
nome  “Paulo Pereira” {variável nome assume “Paulo Pereira”}
fim

16

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Lógica de Programação II

O algoritmo acima, amplamente discutido em Lógica de


Programação I, serve de base para a seguinte questão: Suponha
que precisamos cadastrar dois nomes de clientes com suas
respectivas idades. Como fazer? Ora, parece bem simples, você
não acha? Basta criar duas novas variáveis, conforme mostro a
seguir:

início

nome1, nome2: literal {variáveis do tipo literal}


idade1, idade2: numérica {variáveis do tipo numérica}
idade1  22 {variável idade1assume valor 22}
nome1  “Paulo Pereira” {variável nome1 assume “Paulo Pereira”}
idade2  38 {variável idade2 assume valor 38}
nome2  “Ana Luiza” {variável nome2 assume “Ana Luiza”}
fim

Mas, e se quisermos criar um cadastro de alunos de um colégio?


E agora? Quantas variáveis precisamos criar? 500, 2500, 10000?
Basta utilizar o conceito de vetores para lidar com situações como
essas.

- Toda a lógica de programação estudada até agora vai se repetir. Não


há nenhum outro comando. Tudo que você aprendeu em Lógica de
Programação I será utilizado agora. Os únicos assuntos novos são o
conceito, a criação e a utilização de vetores.

Unidade 1 17

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Universidade do Sul de Santa Catarina

SEÇÃO 1 - Conceito e declaração de vetores

Antes de definir vetor, imaginemos a seguinte situação.


Precisamos criar um programa que armazene as seguintes notas
de um aluno em Lógica de Programação II: 8.0, 10.0, 9.0, 10.0,
8.5, 10.0 e que calcule a média final. A solução é bem simples,
conforme já visto em Lógica de Programação I.

início
nota, conta, media, soma: numérico
soma  0 {inicializa variável soma com o valor 0}
para conta de 1 até 6 passo 1 faça {laço de repetição}
escreva “Entre com a nota: “
leia nota {leitura da nota}
soma  soma + nota {soma de todas as notas entradas}
fim-para
media  soma/6 {calcula a média final}
escreva “A média final é “, media {mostra o resultado na tela}
fim

Mas agora consta a seguinte complexidade: necessitamos


imprimir também todas as notas do aluno, além da média final.
Uma solução extremamente pobre seria criar seis variáveis para
armazenar as seis notas digitadas e imprimi-las. Mas, se tiver
mais notas (80, por exemplo), seu algoritmo já não resolveria
mais o problema. Para resolver essa situação, utilize o conceito de
vetor.

Um vetor nada mais é do que uma variável que pode


armazenar vários valores do mesmo tipo.

Bem, mas o que significa isso? Inicialmente, acompanhe o


conceito de variáveis e sua definição.

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Lógica de Programação II

Quando definimos uma variável, alocamos um espaço na


memória do computador para armazenar uma e somente uma
constante por vez, seja ela literal, numérica ou lógica. Quando
atribuímos um valor à variável sobrescrevemos seu conteúdo.
Por exemplo, ao criarmos uma variável numérica chamada nota,
criamos um espaço na memória para armazenar apenas um valor
numérico por vez, conforme a seguir:

nota: numérica
.......
nota  10 {variável armazena valor numérico 10}
escreva “O valor da variável nota é: “, nota {aqui, o valor impresso
será 10}
nota  8 {variável armazena valor numérico 8}
escreva “O valor da variável nota é: “, nota {aqui, o valor impresso
será 8, ou seja, sobrescrevemos o valor 10}
......

Isso parece bem lógico, pois estamos escrevendo na mesma


posição de memória do computador.

Lembre-se que, sempre que criarmos uma variável, estaremos


criando um espaço na memória do computador para armazenar
dados. É um endereço na qual o computador se referencia para
manipular os dados em questão.

Como queremos armazenar vários valores numéricos, precisamos


criar várias posições de memória sob o nome de uma mesma
variável. O que devemos especificar é quantos valores queremos
armazenar, ou seja, quantas posições de memória queremos
alocar para armazenar esses números. Vejamos o exemplo para
armazenar as notas de um aluno conforme o algoritmo anterior.
Queremos armazenar seis valores diferentes em seis posições de
memória diferentes:

8.0 10.0 9.0 10.0 8.5 10.0

Unidade 1 19

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Devemos criar 6 posições de memórias para armazenar esses


valores. Como solução, podemos criar 6 variáveis ou criar um
vetor com 6 posições de memória.

Esse esquema representa um vetor do tipo numérico de 6


posições, ou seja, 6 endereços de memória consecutivos alocados
no computador que podem armazenar 6 valores numéricos
diferentes.

Cada quadradinho representa uma posição de memória, onde


podem ser armazenados os valores numéricos.

O número de posições que queremos criar é especificado na


declaração.

Em resumo: um vetor é prático quando precisamos manipular


um conjunto de dados do mesmo tipo sem que seja necessário
declarar muitas variáveis. Por exemplo: O registro de 26 livros e
seus respectivos preços; o registro de notas de 13 avaliações de
um aluno etc.

Mas como criar um vetor? É muito simples. Especificamos o


nome do vetor e o número de posições da memória que queremos
alocar. Cada posição de memória pode armazenar um valor
diferente dos demais.

<nome do vetor>: vetor [tamanho do vetor]


Sintaxe do vetor
<tipo de constante que o vetor poderá conter>

Quando um vetor é declarado, ele se apresenta assim na memória:

Valor 1 Valor 2 Valor n

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Lógica de Programação II

notas: vetor[6] numérico {vetor numérico de 6 posições. Pode


armazenar até 6 valores numéricos diferentes}

estados: vetor[27] literal {vetor de caracteres de 27 posições. Pode


armazenar até 27 caracteres diferentes}

Importante
Assim como na criação das variáveis, para a
criação de vetores não precisamos especificar os
endereços de memória do computador. Isso é feito
automaticamente, sem que sequer saibamos onde
os valores estão armazenados na memória. A única
coisa que sabemos é que é alocado um espaço para
armazenar esses valores e que são armazenados em
endereços de memória seqüenciais. Para acessar
esses endereços, ou os valores armazenados nesses
endereços, é que é um pouco diferente das variáveis.
Veremos isso na seção 2.

Bem, até agora não resolvemos o nosso problema de mostrar


todas as notas do aluno mais a média final, conforme solicitado.
Sabemos que precisaremos criar um vetor conforme explicado,
porém, ainda não sabemos manipular ou realizar operações com
eles. A próxima seção tratará sobre isso.

Importante
Alguns autores preferem utilizar uma sintaxe diferente
para a criação de vetores, conforme a seguir:
<nome do vetor>: vetor[<posição inicial do vetor>.. <posição final
do vetor>] <tipo de constante que o vetor poderá conter>

Unidade 1 21

logica_2_livro_caderno.indb 21 7/12/2006 14:20:51


Universidade do Sul de Santa Catarina

notas: vetor [1..50]: numérico {criamos um vetor que inicia com


índice 1 e vai até 50}.
O mesmo vetor poderia ser criado da seguinte maneira:
notas: vetor [0..49]: numérico {criamos um vetor que inicia com
índice 0 e vai até 49}.

Qual a melhor maneira? Você pode escolher. Porém, em


linguagens de programação de alto nível como C/C++, JAVA
etc., os vetores começam sempre com índice 0. Desde que você
faça a conversão correta entre pseudocódigo e uma linguagem de
programação de alto nível, não há problemas de qual a maneira
que você vai criar seus vetores. O importante é que seja claro e
sem quaisquer ambigüidades.

SEÇÃO 2 - Operação de vetores

Até agora nossa preocupação foi em saber como criar um vetor


e saber quando ele é necessário. Sempre que trabalharmos com
grandes quantidades de dados, estaremos criando um ou mais
vetores. A sintaxe da criação é bastante simples conforme seção
anterior. Mas como iremos trabalhar com um vetor? Por exemplo,
como atribuir valores a um vetor? Como recuperar um valor de
um vetor? Como realizar operações básicas de adição, subtração
etc. de vetores?

Bem, vamos por etapa. Inicialmente vamos inserir valores em


cada parte do vetor. Como já foi dito anteriormente, quando
um vetor é declarado, são reservados espaços na memória para
armazenar as constantes (literal, numérica ou lógica). Porém,
como acessar esses espaços? É muito simples, basta indicar a
posição que você quer acessar.

22

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Lógica de Programação II

Veja um exemplo de um vetor de notas:


notas: vetor[6] numérico
Quando o vetor notas é declarado, ele se apresenta assim na
memória:

Cada quadrado, representando uma posição de memória, é uma


posição do vetor declarado. Chamamos essa posição de índice do
vetor. O primeiro quadrado (posição inicial), dizemos que tem índice
0 e o acesso a essa posição se dá através do nome do vetor seguido
do abre colchete ‘[‘, do valor 0, seguido do fecha colchete ‘]’. Para as
posições seguintes, temos os índices 1, 2, 3, .... .

Para atribuirmos um valor à posição inicial do vetor notas,


podemos então fazer: notas[0]  8.0
Para atribuirmos um valor à segunda posição do vetor notas,
podemos fazer:
notas[1]  10.0
Para atribuirmos um valor à terceira posição do vetor notas,
podemos fazer:
notas[2]  9.0. E assim sucessivamente, até preencher todo o
vetor de notas.

Nosso vetor ficaria assim preenchido:

8.0 10.0 9.0

Importante
Perceba que a primeira posição do vetor tem índice
0, a segunda posição tem índice 1, a terceira posição
tem índice 2, e assim sucessivamente. Isso significa
que para um vetor de tamanho N, o último índice
é N-1. Por exemplo, um vetor de notas de tamanho
150, declarado da seguinte forma notas: vetor [150]
numérico tem índices de vão de 0 (posição inicial) até
150-1, ou seja, índice 149. Não existe a posição 150.
150 é o tamanho do vetor que vai de 0 até 149.

Unidade 1 23

logica_2_livro_caderno.indb 23 7/12/2006 14:20:52


Universidade do Sul de Santa Catarina

Todo o processo de manipulação agora se torna bastante


simples, bastando especificar a posição do vetor onde estaremos
armazenando os valores.

Voltando ao nosso exemplo, onde queremos imprimir as notas


do aluno, além da sua média, podemos armazenar os valores
(notas digitadas) em um vetor de notas. Cada nota digitada será
armazenada em uma posição específica. Perceba que temos 6
notas como entrada, o que sugere um vetor de tamanho 6, com
índices variando de 0 até 5.

início
conta, media, soma: numérico
notas: vetor[6] numérico {vetor para armazenar as notas digitadas}
soma  0 {inicializa variável soma com o valor 0}
para conta de 0 até 5 passo 1 faça {laço de repetição}
escreva “Entre com a nota: “
leia notas[ conta ] {leitura das notas. Perceba que o que aparece
entre colchetes é a variável conta.
Dentro do laço de repetição, a variável conta vai sendo incrementada de 1,
sendo seu valor inicial de 0 e o final de 5, conforme o comando para.
Para o primeiro laço de repetição, a variável conta tem valo 0. Sendo assim,
o comando leia notas[ conta ] está lendo notas na posição 0, ou seja, leia
notas[ 0 ]. Para o segundo laço de repetição, a variável conta tem valo 1.
Sendo assim, o comando leia notas[ conta ] está lendo notas na posição 1,
ou seja, leia notas[ 1 ], e assim sucessivamente até atingir o valor 5, última
posição do vetor. }
soma  soma + notas[conta] {soma das notas digitadas}
fim-para
{para imprimir as notas, basta ler o vetor notas da posição 0 até a posição
5. Façamos com o laço de repetição novamente}
para conta de 0 até 5 passo 1 faça {laço de repetição}
escreva “Nota: “, notas[conta]
fim-para
media  soma/6 {calcula a média final}
escreva “A média final é “, media {mostra o resultado na tela}
fim

Dica: para trabalhar com vetores, sempre precisamos


especificar o seu tamanho inicial. Sendo assim, a
forma mais usual e fácil para escrita/leitura de valores
para/de vetores pode ser feita através do comando
para/fim-para. Você consegue saber por quê?

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Lógica de Programação II

Tudo, agora, não passa de operações simples, como se estivéssemos


manipulando variáveis independentes. Por exemplo, vamos criar
um vetor de números pares e um vetor de números ímpares: a
diferença entre eles será armazenada em um terceiro vetor. Vamos
assumir os 50 primeiros valores numéricos, ou seja, de 0 até 49.

início
{declaração das variáveis}
pares: vetor[25] numérico {armazena números pares com 25 posições,
pois se são os 50 primeiros números positivos, temos apenas 25 pares}
impares: vetor[25] numérico {armazena números ímpares}
subtracao: vetor[25] numérico {armazena a diferença entre números
pares e ímpares}
j,i: numérico {variáveis utilizadas para realizar o laço de repetição}

{vamos armazenar os números pares no vetor pares}


j  0 {será o contador do vetor pares e vetor ímpares}
para i de 0 até 49 passo 2 faça
{armazena 0,2,4,6.....48. Perceba que o passo do laço de
repetição é de 2 em 2.
Então o valor da variável i pula de 2 em 2. Mas no vetor pares
precisamos guardar em posições seqüenciais. Vamos criar
uma outra variável para contar os vetores pares (j).}
pares[ j ]  i
j  j +1
fim-para

{vamos armazenar os números ímpares no vetor ímpares}


j  0 {inicializar novamente, para iniciar o vetor impares de 0.}
para i de 1 até 49 passo 2 faça
impares [ j ]  i {armazena 1,3,5,7.....49. Perceba que o passo
do laço de repetição é de 2 em 2, mas a contagem começa
com 1. O contador j irá guardar o valor de i na posição correta
em seqüência.}
jj+1
fim-para

{vamos realizar as subtrações de cada posição dos vetores pares e


ímpares e armazenar o resultado no vetor subtracao. A estrutura
repetição para-faça inicia em 0 e vai até 25, pois cada vetor tem apenas
25 elementos (25 pares e 25 ímpares) dentre os 50 primeiros números
0-49}
para i de 0 até 24 passo 1 faça
subtracao[ i ] = pares[ i ] – impares[ i ]
fim-para

{como resultado de saída, vamos imprimir os vetores}


para i de 0 até 24 passo 1 faça
escreva “Números Pares: “, pares[ i ]
escreva “Números Ímpares “, impares[ i ]
escreva “Diferença Pares - Ímpares: “, subtracao[ i ]
fim-para
fim

Unidade 1 25

logica_2_livro_caderno.indb 25 7/12/2006 14:20:52


Universidade do Sul de Santa Catarina

Bem, agora você já sabe criar vetores, inserir e recuperar valores


de vetores. Na próxima seção, vai estudar alguns algoritmos de
programação utilizando vetores.

SEÇÃO 3 - Algoritmos com manipulação de Vetores

Conforme falamos na disciplina de Lógica de Programação


I, a melhor maneira de aprender a programar é programando.
Continua valendo a idéia: A melhor maneira de aprender a
utilizar vetores é construindo algoritmos com vetores. Nesta
seção, mostraremos algumas aplicações que manuseiam vetores.
Para esses exemplos, vamos definir as variáveis com nomes
maiúsculos apenas por questões de estética. Vale lembrar que, de
acordo com a seção 4 de Lógica de Programação I, por padrão,
as variáveis são todas com letras minúsculas, mas isso para as
linguagens de programação de alto nível como C/C++, JAVA,
Visual etc. Para o pseudocódigo, podemos representar por letras
maiúsculas, sem perda de padronização.

1. Ler um vetor de 50 números e montar outro vetor com os


valores do primeiro multiplicados por 3.

Pseudocódigo:

início
VET1,VET2 : vetor [50] numérico
CONTADOR : numérico
para CONTADOR de 0 até 49 faça
leia “Digite um número: “,VET1[CONTADOR]
VET2[CONTADOR]  VET1[CONTADOR] * 3
fim-para
fim

26

logica_2_livro_caderno.indb 26 7/12/2006 14:20:52


Lógica de Programação II

2. Um armazém contém 400 produtos e para cada tipo de


produto existe um código. Faça um algoritmo para ler o
código do produto e a quantidade em estoque. Depois, monte
dois vetores para armazenar respectivamente os códigos das
mercadorias e a quantidade dos produtos.

Pseudocódigo:

início
{declaração das variáveis}
CODIGOPRODUTO : vetor [400] literal
QUANTIDADE : vetor [400] numérico
CONTADOR : numérico
para CONTADOR de 0 até 399 faça
{leitura de 400 códigos de produtos e a quantidade em estoque
de cada um}
escreva “Digite o código do produto: “
leia CODIGOPRODUTO[CONTADOR]
escreva “Digite a quantidade do produto em estoque: “
leia QUANTIDADE[CONTADOR]
fim-para
fim

3. Ler um vetor contendo 100 números, que correspondem


a matrículas de alunos. Ler cinco números e imprimir uma
mensagem informando se eles estão ou não presentes no vetor.

Pseudocódigo:

início
{declaração de variáveis}
ALUNOS : vetor[100] numérico {lembre que o tamanho do vetor é
100, mas ele vai de 0 até 99}
POS, PESQUISADO, CONT :numérico
{laço de repetição para preencher o vetor ALUNOS}
para POS de 0 até 99 faça
escreva “Digite o código de matrícula de um aluno: “
leia ALUNOS[POS]
fim-para

Unidade 1 27

logica_2_livro_caderno.indb 27 7/12/2006 14:20:53


Universidade do Sul de Santa Catarina

{5 entradas de dados para verificar se alunos estão cadastrados ou


não}
para CONT de 1 até 5 faça
escreva “Digite o número de matrícula a ser pesquisado: “
leia PESQUISADO
POS  -1 {inicialmente é atribuído o valor –1 para a variável
POS porque na seqüência, no comando repita, a variável POS será
incrementada de 1 (POS  POS + 1). Como queremos começar a
ler o vetor ALUNOS a partir da posição 0, no primeiro laço, a variável
POS assume valor 0}
repita
POS  POS+1
{repete o laço até que o número sendo pesquisado (valor
armazenado na variável PESQUISADO) seja igual ao número
armazenado no vetor ALUNOS em uma determinada posição POS,
ou que a variável POS seja maior que o tamanho do vetor ALUNOS,
nesse caso, seja maior que 100}
até que PESQUISADO = ALUNOS[POS] OU POS > 99
se POS > 99 então
{se a variável POS possui um valor superior a 99, ou seja, 100,
isso significa que todo o vetor ALUNOS foi lido desde o índice 0 até
99 (100 alunos), mas que não há nenhum número armazenado
nesse vetor é igual ao valor armazenado na variável PESQUISADO}
escreva “Número não cadastrado !”
senão
escreva “Número localizado na posição “, POS , “ do vetor.”
fim-se
fim-para
fim

4. Criar um algoritmo que leia o preço de compra e o preço de


venda de 100 mercadorias. O algoritmo deverá imprimir quantas
mercadorias proporcionam:

 Lucro menor do que 10%


 Lucro maior ou igual 10% e menor ou igual a 20%
 Lucro superior a 20%
Pseudocódigo:

28

logica_2_livro_caderno.indb 28 7/12/2006 14:20:53


Lógica de Programação II

início
{declaração de variáveis}
PRECOCOMPRA: vetor [100] numérico {armazena os preços de compra das mercadorias}
PRECOVENDA: vetor [100] numérico {armazena os preços de venda das mercadorias}
LUCRO, TOTLUCROMENOR10, TOTLUCROMENOR20, TOTLUCROMAIOR20: numérico
{variáveis utilizadas para armazenar o lucro, o lucro menor que 10%, menor do que
20% e maior do que 20%, respectivamente}
i : numérico {variável utilizada como contadora para laços de repetição}

{precisamos inicializar as variáveis contadoras de lucros}


TOTLUCROMENOR10  0
TOTLUCROMENOR20  0
TOTLUCROMAIOR20  0
{entrada de dados}
para I de 0 até 99 passo 1 faça
{vamos especificar o preço de venda e de compra de todas as 100 mercadorias}
escreva “Entre com o preço de compra da mercadoria: “
leia PRECOCOMPRA[ i ]
escreva “Entre com o preço de venda da mercadoria: “
leia PRECOVENDA[ i ]
fim-para
{Processamento do algoritmo. Vamos verificar o lucro de cada mercadoria (preço
de venda – preço de compra) e verificar as condições de lucro (10%, 20% ou maior
do que 20%. Para isso, vamos ter que ler os vetores PRECOVENDA e PRECOCOMPRA
novamente}
para i de 0 até 99 passo 1 faça
LUCRO  (PRECOVENDA[ i ] – PRECOCOMPRA[ i ]) * 100 / PRECOCOMPRA[ i ]
{se a diferença entre preço de venda e preço de compra, ou seja, o lucro for menor do
que 10, então incrementa a variável contadora de mercadorias com lucros inferior a
10%}
se LUCRO < 10.0 então
TOTLUCROMENOR10  TOTLUCROMENOR10 + 1
senão
{se o lucro não é inferior a 10%, então ele só pode ser superior a 10%. Mas quanto?
Precisamos saber se o lucro é menor a 20% ou superior a esse valor. Por isso colocamos
outra condição dentro do comando senão. Essa condição verifica se o lucro é inferior ou
superior a 20%.}

Unidade 1 29

logica_2_livro_caderno.indb 29 7/12/2006 14:20:53


Universidade do Sul de Santa Catarina

se LUCRO < 20.0 então


TOTLUCROMENOR20  TOTLUCROMENOR20 + 1
senão
TOTLUCROMAIOR20  TOTLUCROMAIOR20 + 1
fim-se {fim da condição que testa se lucro é menor do que 20.0}
fim-se {fim da condição que testa se lucro é menor do que 10.0}
fim-para

{saída do algoritmo}
escreva “Número de mercadorias com lucro inferior a 10%: “,
TOTLUCROMENOR10
escreva “Número de mercadorias com lucro maior ou igual a 10% e menor
do que 20%: “, TOTLUCROMENOR20
escreva “Número de mercadorias com lucro superior a 20%: “,
TOTLUCROMAIOR20
fim

Síntese

Finalizamos mais uma etapa. Mais um passo da nossa


caminhada. Nessa unidade, vimos que um vetor é uma
variável que pode armazenar várias constantes do mesmo tipo
(homogêneas). Isso permite manipular uma grande quantidade
de dados sem a necessidade de declarar várias variáveis. Para
declarar um vetor em pseudocódigo, utilizamos o seguinte
comando:

<nome do vetor>: vetor [tamanho do vetor] <tipo de constante


que o vetor poderá conter>

Quando um vetor é declarado, ele se apresenta assim na memória:

Valor 1 Valor 2 Valor n

30

logica_2_livro_caderno.indb 30 7/12/2006 14:20:53


Lógica de Programação II

Cada posição (representado por um quadrado no desenho


acima) é uma posição de memória do computador. Para inserir
ou ler valores de um vetor basta especificar seu nome e o índice
(posição) que queremos acessar dentro do vetor. Por exemplo:
notas [10]  8.5. Sabendo que o índice dos vetores começa com
o valor numérico 0. Quando colocamos notas [10] estamos nos
referindo ao índice 10, mas a posição no vetor (representado por
um quadrado) é o 9. Poderíamos representar as posições de um
vetor de tamanho 5 conforme apresentado abaixo:

Valor 1 Valor 2 Valor n

[0] [1] [2] [3] [4]

Podemos perceber que o índice [3] está no quarto quadrado.


Tudo isso porque um vetor tem seu início no índice 0, conforme
já dito.

Bem, um vetor é unidimensional, ou seja, apresenta apenas uma


dimensão ou 1 linha. Poderíamos estar trabalhando com vetores
bidimensionais ou vetores que possuem várias colunas e várias
linhas. A esses vetores damos o nome de matrizes. No próximo
capítulo, estaremos estudando algoritmos que utilizam os
conceitos de matrizes.

Até lá!

Unidade 1 31

logica_2_livro_caderno.indb 31 7/12/2006 14:20:53


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de auto-avaliação
1. Crie um vetor para armazenar 25 valores de temperaturas.
2. Crie um vetor para armazenar 150 alunos de um colégio infantil.
3. Um site na web precisa registrar 2500 produtos cadastrados de um
fornecedor. Crie um vetor para representar esses produtos.
4. Criar um algoritmo que realize as reservas de passagem aéreas de uma
companhia. Além da leitura do número de vôos e da quantidade de
lugares disponíveis, leia vários pedidos de reserva, constituídos do
número da carteira de identidade e do número do vôo desejado. Para
cada cliente, verificar se há possibilidade no vôo desejado. Em caso
afirmativo, imprimir o número de identidade do cliente e o número
do vôo, atualizando o número de lugares disponíveis. Caso contrário,
avisar ao cliente a inexistência de lugares.

Saiba mais

Consulte o site http://www.unidev.com.br/artigos. Há uma


série de algoritmos já feitos. É um bom exercício fazer os
exemplos e comparar com o que está feito. Também, neste site,
constam dicas importantes de lógica de programação.

Dicas de programação nunca são demais, não se esqueça disso!

32

logica_2_livro_caderno.indb 32 7/12/2006 14:20:53


UNIDADE 2

Manipulação de matrizes

Objetivos de aprendizagem
2
 Entender o conceito de matrizes.
 Conhecer e praticar montagens de matrizes.
 Construir algoritmos com utilização de matrizes.

Seções de estudo
Seção 1 Conceito e declaração de matrizes.
Seção 2 Operação de matrizes.
Seção 3 Algoritmos com manipulação de matrizes.

logica_2_livro_caderno.indb 33 7/12/2006 14:20:53


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Trabalhamos na unidade anterior apenas com vetores
unidimensionais, ou seja, variáveis que podem conter diferentes
valores de um mesmo tipo em diversas colunas. Na verdade, o
conceito de vetor pode ser representado por uma tabela com 1
linha e várias colunas, onde o tamanho do vetor especifica o
número de colunas, conforme você pode ver a seguir:

Linha 0 Valor 1 Valor 2 Valor 3 ... Valor n


Coluna 0 Coluna 1 Coluna 2 Coluna n-1

Perceba na figura anterior que temos uma linha, denominada


linha 0, e várias colunas, denominadas de colunas 0, coluna 1 e
assim sucessivamente. Como vimos na unidade anterior, cada
valor de um vetor é armazenado em uma posição de memória,
ou seja, em um dos quadrados representados na figura anterior.
Já sabemos também que não precisamos saber o endereço de
memória do computador para acessar os elementos do vetor,
bastando especificar o índice que queremos acessar.

Por exemplo, para um vetor chamado de NOTAS de


tamanho 5, podemos acessar os índices de 0 até 4 (lembre-
se de que um vetor sempre começa com índice 0). Para
acessar qualquer posição do vetor, basta especificar o índice
de interesse: NOTAS [2]  7.5. Se observarmos o índice que
estamos acessando, no exemplo em questão, o índice 2 do
vetor NOTAS, podemos representá-lo conforme a figura
anterior:

Linha 0 7.5
Coluna 0 Coluna 1 Coluna 2 Coluna n-1

Observando a figura, podemos constatar que o índice 2 está na


linha 0 e coluna 2. Isso mesmo, você já deve ter percebido que
um vetor nada mais é do que uma tabela de 1 (uma) linha, na
qual chamamos de linha 0 e várias colunas, onde é armazenado

34

logica_2_livro_caderno.indb 34 7/12/2006 14:20:54


Lógica de Programação II

cada um dos valores, seja ele numérico, alfanumérico ou lógico, e


que o índice que especificamos para acessar o vetor é exatamente
o número da coluna desse vetor.

Outro exemplo, NOTAS [4]  10.0. Podemos dizer que


estamos inserindo no vetor NOTAS o valor 10.0 no índice 4,
ou seja, na linha 0 e coluna 4 do vetor.

Mas agora vem a questão: e, se quisermos trabalhar com um


vetor que possua várias linhas e várias colunas conforme a figura
a seguir?

Temos agora várias linhas e colunas. Damos o nome para essas


estruturas de matrizes.

- Nesta unidade você vai conhecer o que são matrizes e saber o porquê
de sua importância no mundo da programação.

Unidade 2 35

logica_2_livro_caderno.indb 35 7/12/2006 14:20:54


Universidade do Sul de Santa Catarina

SEÇÃO 1 - Conceito e declaração de matrizes

Uma matriz nada mais é do que um vetor de 2


dimensões (linhas e colunas) capaz de armazenar
variáveis do mesmo tipo (numérica, literal ou lógica).

Pode ser representada por uma tabela, conforme você pode ver a
seguir:

Cada quadrado representa uma posição de memória onde podem


ser armazenadas as variáveis, de maneira idêntica aos vetores.
Porém, os vetores são unidimensionais (apenas colunas) e as
matrizes são bidimensionais (2 dimensões: linhas e colunas).
Agora teremos não somente a linha 0, mas também a linha 1, a
linha 2 e assim sucessivamente.

O número de posições que queremos criar é especificado na


declaração, de forma similar a dos vetores.

Mas qual a utilidade de uma matriz? Uma matriz é prática


quando precisamos manipular um conjunto de dados do
mesmo tipo, sem que seja necessário declarar muitas variáveis e
precisamos fazer relações de 2 variáveis.

Queremos registrar 4 temperaturas de três dias da semana


(segunda-feira, terça-feira e quarta-feira). Nesse caso,
temos duas variáveis: temperatura e dias da semana. A
melhor maneira de representar isso é através de uma tabela,
mostrando nas linhas os dias da semana e, nas colunas, as
temperaturas medidas.

36

logica_2_livro_caderno.indb 36 7/12/2006 14:20:54


Lógica de Programação II

Veja a tabela a seguir:

Dias da semana Temperatura 1 Temperatura 2 Temperatura 3 Temperatura 4


Segunda 27 29 30 24
Terça 25 27 28 22
Quarta 21 23 25 20

Se olharmos para a tabela anterior, podemos saber, por exemplo,


que na terça-feira, a 4ª temperatura medida foi 22ºC e que na
quarta-feira a 2ª temperatura medida foi de 23ºC. Estamos
fazendo uma correspondência entre a variável Temperatura
e o Dia. Nesse caso, para determinar a temperatura em
uma determinada hora de um dia. Para representar essa
correspondência é que utilizamos o conceito de matrizes. Agora
termos uma estrutura de linhas e colunas e não apenas de colunas
como eram os vetores.

Mas como criar uma matriz? É muito simples. Especificamos


o nome da matriz seguido do número de linhas e colunas que a
matriz conterá, além do tipo de variável que será armazenada.

A exemplo de vetores, as matrizes só podem


armazenar dados do mesmo tipo. Por exemplo:
somente dados numéricos ou somente dados literais
ou somente dados lógicos. Não podemos ter em uma
matriz dados numéricos e literais ao mesmo tempo.

<nome da matriz>: matriz [número de linhas][número de


Sintaxe da matriz
colunas] <tipo de constante que o vetor poderá conter>

notas_de_alunos: matriz[6][4] numérico {matriz que possui 6 linhas


– numeradas de 0 até 5 e 4 colunas, numeradas de 0 até 3. Dizemos
que a matriz tem dimensão de 6x4. No total, são 6x4 = 24 posições
para armazenar valores numéricos}
matriz_de_alunos: matriz[10][30] literal {matriz que possui 10
linhas – numeradas de 0 até 9 e 30 colunas, numeradas de 0 até 29.
Dizemos que a matriz tem dimensão de 10x30. No total, são 10x30
= 300 posições para armazenar valores literais}

Unidade 2 37

logica_2_livro_caderno.indb 37 7/12/2006 14:20:54


Universidade do Sul de Santa Catarina

Assim como na criação de vetores, para a criação de matrizes não


precisamos especificar os endereços de memória do computador.
Isso é feito automaticamente, sem que sequer saibamos onde
os valores estão armazenados na memória. A única coisa que
sabemos é que é alocado um espaço para armazenar esses valores
e que são armazenados em endereços de memória seqüenciais.
Para acessar esses endereços ou os valores armazenados nesses
endereços é que é um pouco diferente dos vetores. Veremos isso
na seção 2.

- Na próxima seção você vai estudar como manipular matrizes, ou


seja, como inserir e ler valores a partir de matrizes.

SEÇÃO 2 - Operação de matrizes

Até agora nossa preocupação foi em saber como criar uma matriz
e saber quando ela é necessária. Sempre que trabalharmos com
grandes quantidades de dados e precisamos relacionas duas ou
mais variáveis, estaremos criando uma ou mais matrizes. A
sintaxe da criação é bastante simples conforme seção anterior.

Mas como iremos trabalhar com uma matriz? Por


exemplo, como atribuir valores a uma matriz? Como
recuperar um valor de uma matriz?

Para a nossa alegria, tudo é realizado de forma similar a


dos vetores, somente com uma atenção especial: precisamos
especificar qual a linha que estamos acessando, além da coluna
como é feito com os vetores.

Assim, para acessar as posições de uma matriz, basta indicar a


linha e a coluna desejadas.

38

logica_2_livro_caderno.indb 38 7/12/2006 14:20:54


Lógica de Programação II

Exemplo: NOTAS.
NOTAS: matriz [6][4] numérico

1. A Matriz NOTAS é uma matriz de dimensão 6x4,


ou seja, 6 linhas por 4 colunas.
2. Para armazenar uma constante numérica na matriz NOTAS,
precisamos identificar a linha e coluna que queremos acessar. Isso é
feito da seguinte forma: nome da matriz [índice da linha][índice da
coluna], lembrando que os índices começam sempre com o valor 0.
Por exemplo, a 3ª (terceira) linha da matriz tem índice 2, isso por que
a 1ª (primeira) linha tem o índice 0, a 2ª (segunda) linha tem índice 1
e a 3ª (terceira) o índice 2.
3. Para armazenar a constante numérica 10 na 3ª (terceira) linha
(linha 2) da 2ª (segunda) coluna (coluna 1), utilizamos os índices
da matriz NOTAS, nesse caso, o índice 2 para linha e o índice 1 para
coluna. Assim, NOTAS [2][1]  10.0. Veja com fica a matriz.

10.0

Todo o processo de manipulação agora se torna simples, bastando


especificar a posição onde estaremos armazenando os valores,
ou seja, basta especificar o nome da matriz e, a seguir, entre
colchetes, o índice que representa a linha e, depois, também entre
colchetes, o índice que representa a coluna.

Unidade 2 39

logica_2_livro_caderno.indb 39 7/12/2006 14:20:54


Universidade do Sul de Santa Catarina

Dica: para trabalhar com matrizes, sempre precisamos


especificar a sua dimensão, ou seja, o número de linha
pelo número de colunas. Sendo assim, a forma mais
usual e fácil para escrita/leitura de valores para/de
matrizes pode ser feita através do comando para/fim-
para. Você consegue saber o porquê?

1. Montar uma matriz nas dimensões 4x5 e imprimir a soma


das linhas e colunas.
Pseudocódigo:

início
MAT : matriz [4][5] numérico {matriz de dimensão 4x5. 4 linhas e 5
colunas}
SOMALINHA, SOMACOLUNA, LINHA, COLUNA : numérico
{Aqui um fato importante. Para percorrer um vetor desde o seu
início até o seu final, utilizamos o comando para/faça/fim-para. Agora
temos que percorrer toda a matriz, ou seja, todas as linhas e colunas. O
processo é bem simples. Para percorrer todas as colunas de uma linha
de uma matriz continuamos utilizando o comando para/faça/fim-
para. Assim que todas as colunas de uma linha são lidas ou acessadas,
passa-se para a próxima linha. Novamente, para essa nova linha, todas
as colunas são acessadas, e assim sucessivamente. Podemos perceber
que para cada incremento da linha devemos ler ou acessar todas as
colunas daquela linha. Isso sugere dois laços de repetição: 1 para
pular as linhas e outro para pular as colunas. Dessa forma, elabora-
mos 2 laços de repetição, um para linha com a variável LINHA sendo
incrementada de 0 até 3 (4 linhas no total), e um laço para coluna com
a variável COLUNA sendo incrementada de 0 até 4 (5 colunas no total).
Para cada repetição do laço dentro da linha executamos 5 repetições
para as colunas, percorrendo assim toda a matriz}
para LINHA de 0 até 3 passo 1 faça
para COLUNA de 0 até 4 passo 1 faça
escreva “Digite um número: “
leia MAT[LINHA][COLUNA]
fim-para
fim-para
{Processamento do Algoritmo. Soma das linhas. A explicação
desta parte está após o fim-para do primeiro laço de repetição}

40

logica_2_livro_caderno.indb 40 7/12/2006 14:20:55


Lógica de Programação II

para LINHA de 0 até 3 passo 1 faça


SOMALINHA  0
para COLUNA de 0 até 4 passo 1 faça
SOMALINHA  SOMALINHA + MAT[LINHA][COLUNA]
fim-para
escreva “Total da linha”, LINHA,”:”, SOMALINHA
fim-para
{Explicando a lógica anterior: Nossa matriz possui 4 linhas e 5
colunas. Sendo assim, vamos percorrer as linhas de 0 a 3 e as colunas
de 0 a 4 (São os índices da matriz. Para o primeiro laço de repetição
para LINHA de 0 até 3 passo 1 faça, a variável LINHA é incrementada de
0 até 3. Inicialmente ela tem valor numérico 0. O primeiro comando
dentro do laço é inicializar a variável SOMALINHA igual a 0. A variável
SOMALINHA armazenará a soma de todas os valores numéricos de
cada linha. Sabendo que estamos na linha 0, devemos percorrer cada
coluna dessa linha. Isso é feito pelo laço de repetição seguinte para
COLUNA de 0 até 4 passo 1 faça. Quando o programa entra nesse
segundo laço, a variável COLUNA é incrementada com passo 1, de 0 até
4, executando os comandos que estão dentro da estrutura para/faça/
fim-para, no nosso caso, apenas o comando SOMALINHA  SOMA-
LINHA + MAT[LINHA][COLUNA]. Quando o segundo laço de repetição é
finalizado, o programa executa os comandos seguintes ao fim-para, ou
seja, executa o comando de impressão na tela escreva “Total da linha”,
LINHA,”:”, SOMALINHA. Ao encontrar o fim-para do primeiro laço de
repetição, o programa incrementa a variável LINHA de 1 no comando
para LINHA de 0 até 3 passo 1 faça passando o valor da variável LINHA
para o valor 1, e executa todos os comandos dentro da estrutura
para/faça/fim-para novamente. Como SOMALINHA armazena o valor
numérico da soma dos valores da linha anterior, a variável é reinicial-
izada com valor 0. Um ótimo exercício é montar uma matriz e executar
o algoritmo passo a passo. Essa é uma atividade para você fazer logo a
seguir.}

{Processamento do Algoritmo. Soma das colunas}


para COLUNA de 0 até 4 passo 1 faça
SOMACOLUNA  0
para LINHA de 0 até 3 passo 1 faça
SOMACOLUNA  SOMACOLUNA + MAT[LINHA][COLUNA]
fim-para
escreva “Total da coluna”, COLUNA,”:”, SOMACOLUNA
fim-para
fim

Unidade 2 41

logica_2_livro_caderno.indb 41 7/12/2006 14:20:55


Universidade do Sul de Santa Catarina

SEÇÃO 3 - Algoritmos com manipulação de matrizes


Você já deve ter observado que não criamos qualquer lógica
para manipular tanto os vetores quanto as matrizes. Usamos os
mesmos comandos que aprendemos em Lógica de Programação
I, ou seja, comandos como leia, escreva, para/faça/fim-para,
entre outros que poderíamos estar utilizando também. É uma
oportunidade ímpar para você incrementar os conceitos e revisar
toda a lógica de programação. Nesta seção, apresento mais
alguns exercícios resolvidos, porém, com uma atividade: que você
construa as matrizes em um caderno e execute o algoritmo passo
a passo. Comporte-se como o processador do computador. Tente
e experimente. É um exercício e tanto para aprender cada vez
mais.

1. Monte uma matriz para quando o usuário informar um


número correspondente a um mês, o algoritmo imprima
o nome do mês indicado em português, a abreviatura e o
nome do mês em inglês. Por exemplo, o usuário digita o
número 4 e o algoritmo é ativado para imprimir: 4Abril, Abr,
April.
Pseudocódigo:

início
MESES : matriz [12][3] literal
LINHA, NUM : numérico
para LINHA de 1 até 12 passo 1 faça
escreva “Digite o nome do “,LINHA,”º mês:”
leia MESES[LINHA][1]
escreva “Digite a abreviação do mês de “,MESES[LINHA][1],”:”
leia MESES[LINHA][2]
escreva “Digite o nome em inglês do mês “,MESES[LINHA][1],”:”
leia MESES[LINHA][3]
fim-para
leia “Digite o número do mês a ser consultado: “,NUM
escreva NUM,” “, MESES[NUM][1], “,”, MESES[NUM][2], “, “, MESES[NUM][3]
fim

42

logica_2_livro_caderno.indb 42 7/12/2006 14:20:55


Lógica de Programação II

2. Uma floricultura conhecedora de sua clientela gostaria de


fazer um algoritmo que pudesse controlar via Web sempre
um estoque mínimo de determinadas plantas, pois todo
o dia, pela manhã, o dono faz novas aquisições. Criar um
algoritmo que deixe cadastrar 50 tipos de plantas e nunca
deixa o estoque ficar abaixo do ideal. O algoritmo será
utilizado para construir um programa na página da empresa.
Pseudocódigo:

início
{vamos montar uma matriz de 50 linhas e 3 colunas. As 50 linhas
servem para cadastrar todos os produtos e as três colunas servem
para especificar a quantidade de produtos em estoque, a quantidade
desejada e o resultado da diferença entre a quantidade em estoque e a
quantidade desejada respectivamente.}
PRODUTOS: matriz [50][3] : numérico
NOME: vetor [50] literal
I: numérico
para I de 0 até 49 passo 1 faça
escreva “Entre com o nome do produto: “
leia NOME [i]
escreva “Entre com a quantidade em estoque: “
leia PRODUTOS[ I ][ 0 ]
escreva “Entre com a quantidade desejada: “
leia PRODUTOS[ I ][ 1 ]
se PRODUTOS[ I ][ 0 ] < PRODUTOS[ I ][ 1 ] então
[PRODUTOS [ I ][ 2 ]  PRODUTOS[ I ][ 1 ]
- PRODUTOS[ I ][ 0 ]
senão
[PRODUTOS [ I ][ 2 ]  0
fim-se
fim-para
{dados de saída do algoritmo}
escreva “Total de Compras: ”
para I de 0 até 49 passo 1 faça
escreva “Produto: “, NOME [i], “ Qtde = “, PRODUTOS[ I ] [ 2 ]
fim-para
fim

Unidade 2 43

logica_2_livro_caderno.indb 43 7/12/2006 14:20:55


Universidade do Sul de Santa Catarina

Síntese

Nesta unidade, você viu que para relacionar duas ou mais


variáveis precisamos manipular matrizes. Diferentemente de
vetores, que são unidimensionais, as matrizes são bidimensionais,
possuindo linhas e colunas. Podemos ter matrizes com mais
dimensões, mas nesta unidade trabalhamos apenas com 2.
Similarmente aos vetores, as matrizes só podem armazenar
dados do mesmo tipo, ou seja, quando definimos uma matriz,
especificamos que tipo de variável a mesma vai armazenar
(numérico, literal ou lógico). A sintaxe em pseudocódigo para
definir uma matriz é a seguinte:

<nome da matriz>: matriz [número de linhas][número de colunas] <tipo de


constante que o vetor poderá conter>

Quando criamos uma matriz, o computador reserva um espaço


na memória para armazenar Linhas x Colunas valores. É o
que chamamos de dimensão da matriz. Para acessar qualquer
elemento da matriz, basta especificar o índice da linha e coluna,
lembrando sempre que os índices começam com o valor numérico
0. Por exemplo, uma matriz NOTAS de dimensão 5x 6 começa
em [0][0] e termina em [4][5]. Podemos acessar qualquer posição
da matriz desde que esteja dentro das dimensões especificadas:
NOTAS[3][2]  8.5. Estamos acessando a quarta linha e a
terceira coluna da matriz.

Por fim, viu que para percorrer uma matriz de ponta a ponta,
precisamos de dois laços de repetição, um sendo utilizado para
percorrer as colunas de cada linha e o outro para percorrer as
linhas da matriz.

Na próxima unidade, vamos trabalhar com aspectos mais


sofisticados da linguagem de programação: as estruturas. Elas
são a base para algoritmos avançados e também para a linguagem
orientada a objetos, linguagem essa que você, programador web,
deve dominar.

Bom trabalho e até a próxima etapa desse mundo fabuloso que é


o estudo da lógica de programação.

44

logica_2_livro_caderno.indb 44 7/12/2006 14:20:55


Lógica de Programação II

Atividades de auto-avaliação

1. A distância em quilômetros entre algumas capitais é mostrada no


quadro a seguir. Suponha que você tenha sido contratado por uma
empresa, que vende mapas, para montar um programa (algoritmo) que
leia as capitais e suas respectivas distâncias e também deverá imprimir
a distância entre duas capitais solicitadas por um usuário. Esse será um
programa que poderá ser acessado via Web.
Tabela mostrando as distâncias entre as capitais:

1 2 2 27
1 0 23 45
2 23 0 10

27 110 50 66 72 0

Unidade 2 45

logica_2_livro_caderno.indb 45 7/12/2006 14:20:56


Universidade do Sul de Santa Catarina

Saiba mais

Consulte o livro “Construindo algoritmos computacionais: lógica


de programação” de Alfredo Boente.

Para quem deseja participar de um outro grupo de discussão,


basta acessar o site: http://www.aprendaprogramacao.hpg.
ig.com.br/grupo.html.

46

logica_2_livro_caderno.indb 46 7/12/2006 14:20:56


UNIDADE 3

Manipulação de registros

Objetivos de aprendizagem
3
 Entender o conceito de registro ou estrutura.
 Conhecer e praticar montagens de registros.
 Criar novos tipos de variáveis.

Seções de estudo
Seção 1 Conceito e declaração de registros.
Seção 2 Operação com registros.
Seção 3 Algoritmos com manipulação de registros.

logica_2_livro_caderno.indb 47 7/12/2006 14:20:56


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Quantas vezes você já preencheu fichas de cadastros, seja em
hotéis, em videolocadoras, para propostas de consórcios ou
ainda fichas de matrícula escolar? Nessas fichas, certamente
você precisou entrar com dados como: seu nome, sua idade, seu
telefone de contato, endereço etc.

Nesses casos, estamos trabalhando com dados de diferentes tipos.

Por exemplo: nome é uma variável literal, idade é uma


variável numérica, informação se possui ou não veículo
pode ser um valor lógico.

Percebeu que estamos entrando em um mundo onde as coisas


não são tão homogêneas assim, ou seja, nem tudo que estamos
trabalhando são apenas variáveis numéricas ou literais ou ainda
lógicos? Há uma mistura de tipos de dados que devemos
trabalhar.

Mas, o que tem haver isso com lógica de programação? Não


poderíamos criar variáveis independentes, ou seja, cada
informação armazenada em um local diferente como temos
feito até agora? Poderíamos criar, por exemplo, as variáveis em
pseudocódigo representando nossa ficha cadastral. Acompanhe a
seguir.

início
{Declaração de variáveis}
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO: literal
IDADE, DATANASC, NUMERO, CEP, FONE: numérico
.....
fim

48

logica_2_livro_caderno.indb 48 7/12/2006 14:20:56


Lógica de Programação II

Se fôssemos preencher apenas uma ficha cadastral, isso resolveria


nossos problemas. Mas vamos supor que queremos cadastrar 50
hóspedes de um hotel. Certamente, tendo visto e estudado as
unidades sobre vetores e matrizes, você responderia que a solução
continua simples. Basta fazer, de todas as variáveis criadas
anteriormente, vetores de dimensão 50.

NOME: vetor [50] literal; IDADE: vetor[50] numérico, e assim


por diante. Isso também resolveria nossos problemas. Se
você pensou assim, pensou certo. Parabéns, por que mostra
que você conseguiu entender os conceitos das unidades
anteriores.

Mas o que há de novo, então?


Quando criamos variáveis independentes, o computador irá
colocá-las em qualquer endereço de memória reservado para
essas ocasiões. Ele não vai se preocupar em colocar em uma
certa ordem que muitas vezes são necessárias por quesitos de
velocidade de execução do programa. Imagine sua ficha cadastral
onde o nome está em uma folha, o endereço está duas folhas a
seguir, depois volta uma folha para preencher a idade e assim
sucessivamente. Parece desorganizado você não acha? Além do
tempo de preenchimento que será bem maior. Ou seja, se estamos
criando variáveis para representar nossas fichas cadastrais, seria
interessante que todas elas fossem declaradas próximas uma das
outras. Isso faria com que o desempenho do programa fosse
melhor. Pode parecer estranho, mas para um programa com
muitas informações e dados para manipular, isso pode fazer a
diferença entre um programa bom e um ruim.

Pois bem, no mundo da lógica de programação, podemos criar


estruturas de dados heterogêneas, ou seja, capaz de armazenar
variáveis de tipos diferentes, de forma que as mesmas estejam
declaradas próximas umas das outras no que diz respeito à
posição de memória do computador. São os chamados registros.
Com esse tipo de estrutura, podemos declarar múltiplas variáveis
de diferentes tipos, todas organizadas umas próximas das outras,
de forma similar a uma ficha cadastral. Na seção seguinte, vamos
definir essa estrutura e vamos aprender a como declará-las.

Unidade 3 49

logica_2_livro_caderno.indb 49 7/12/2006 14:20:56


Universidade do Sul de Santa Catarina

Quando trabalhamos com vetores e matrizes nas unidades


anteriores, os dados armazenados nessas estruturas devem ser
homogêneos, ou seja, tudo do mesmo tipo. Não podemos utilizar
nem vetores e nem matrizes para armazenar dados de tipos
diferentes.

Mas, se quisermos trabalhar com dados do tipo literal


e numérico juntamente, isso é possível?

Posso dizer que sim. Nesta unidade você vai aprender como
trabalhar com dados de tipos diferentes, ou seja, vai conhecer as
estruturas ou registros de dados.

SEÇÃO 1 - Conceito e declaração de registros

Mas, se quisermos trabalhar com dados do tipo literal


e numérico juntamente, isso é possível?

Em lógica de programação um registro é um recurso que permite


a criação de diferentes tipos de variáveis em um mesmo bloco
de memória do computador. Quando criamos um registro,
criamos um espaço na memória do computador que permite
armazenar dados heterogêneos, ou seja, constantes de vários
tipos. É como se fosse uma ficha de dados, organizada de forma
que os dados estão próximos um dos outros dentro da memória
do computador. Uma das grandes vantagens disso, além da
organização, é a velocidade de acesso às informações ali contidas.

Para lembrar!
Diferentemente de vetores e matrizes que só podem
armazenar dados do mesmo tipo, os registros são
estrutura ou recursos que permitem armazenar
constantes de diferentes tipos.

50

logica_2_livro_caderno.indb 50 7/12/2006 14:20:56


Lógica de Programação II

<nome do registro>: registro


Sintaxe do registro <campos que comporão o registro>
fim-registro

onde <campos que comporão o registro> são todas as variáveis


que irão compor uma ficha de dados, ou seja, NOME, IDADE,
CPF, ENDERECO etc.

Vamos imaginar uma ficha cadastral que chamaremos de


FICHA com as seguintes informações a serem preenchidas
por um cliente de um hotel:
Nome, estado civil, endereço, bairro, cidade, estado, e-mail,
idade, telefone, número.
Utilizando a sintaxe de criação de registro, temos:

FICHA: registro
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, ESTADO,
EMAIL: literal
IDADE, TELEFONE, NUMERO: numérico
fim-registro

Bem, você já deve estar perguntando. O que mudou além da palavra


reservada registro e fim-registro?
Pois bem, conforme dito anteriormente, quando declaramos
a FICHA anterior como sendo registro uma parte da
memória do computador é reservada e nela são inseridas as
variáveis declaradas entre os comandos registro e fim-registro.
Portanto, elas ocupam o mesmo bloco de memória, tornando
o desempenho do programa mais rápido. Agora, por exemplo,
NOME e IDADE estão num mesmo bloco de memória. Seria
análogo a ter nome e idade em uma mesma ficha cadastral.

Outra diferença importante é a questão de como acessamos as


variáveis declaradas dentro de uma estrutura.

Unidade 3 51

logica_2_livro_caderno.indb 51 7/12/2006 14:20:56


Universidade do Sul de Santa Catarina

Como podemos ler e escrever nessas variáveis?

A resposta é bastante simples. Basta especificarmos o nome do


registro criado, seguido de um ponto (.) e o nome da variável.
Por exemplo, para acessar a variável NOME, precisamos
especificar o nome do registro do qual ela pertence. Sendo assim,
FICHA.NOME. Observe que a variável NOME não é uma
variável independente qualquer. Ela pertence ao registro FICHA.
Por isso, precisamos preceder o nome da variável NOME com o
nome do registro FICHA seguido de um ponto (.).

Assim como na criação de vetores e matrizes, para a criação de


registros não precisamos especificar os endereços de memória
do computador. Isso é feito automaticamente, sem que sequer
saibamos onde os valores estão armazenados na memória.
A única coisa que sabemos é que é alocado um espaço para
armazenar esses valores e que são armazenados em blocos de
memória.

- Na próxima seção você vai saber como montar algoritmos com


registros.

SEÇÃO 2 - Operação com registros

Novamente, você já deve ter percebido que não criamos qualquer


outra lógica de controle além das já estudadas. É mais uma
oportunidade de mostrar a você a importância dos comandos
básicos de lógica de programação. Nesta seção, vamos mostrar
uma aplicação típica de registros: o conceito de fichas cadastrais.
A figura a seguir mostra uma possível ficha cadastral:

Nome: Idade:
Estado Civil:
Endereço:
Número:
Bairro: Cidade:
Estado: Telefone:

52

logica_2_livro_caderno.indb 52 7/12/2006 14:20:57


Lógica de Programação II

Observando a figura anterior, podemos verificar que temos


variáveis literais e numéricas.

Vamos classificá-las inicialmente: Nome, Estado Civil, Endereço,


Bairro, Cidade e Estado são variáveis literais. Idade, Número
e Telefone de Contato são variáveis numéricas. Observe que
poderíamos colocar Telefone de Contato como literal também.

Se quiséssemos representar um número telefônico por


278-8080, isso é um literal e não um valor numérico. Mas
para nosso exemplo, vamos considerar o Telefone de
Contato como sendo numérico. Para o telefone especificado
devemos colocar então como sendo 2788080.

Criaremos um registro para a ficha cadastral. Iremos chamar esse


registro de FICHA. Sendo assim, em pseudocódigo, temos:

FICHA: registro
{variáveis da ficha}
fim-registro

Agora vamos definir as variáveis. Iremos especificar seis variáveis


literais e três variáveis numéricas. Colocaremos os nomes das
variáveis de forma a não deixar qualquer tipo de dúvida em
relação às constantes que serão armazenadas. Dessa forma, nosso
registro será conforme a seguir:

FICHA: registro
{variáveis da ficha}
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, ESTADO: literal
IDADE, NUMERO, TELEFONE: numérico
fim-registro

Isso é tudo. Nossa ficha já está montada. Basta utilizá-la agora


acessando as variáveis do registro. O algoritmo a seguir, mostra
um exemplo completo.

Unidade 3 53

logica_2_livro_caderno.indb 53 7/12/2006 14:20:57


Universidade do Sul de Santa Catarina

Pseudocódigo:

início
{declaração do registro FICHA}
FICHA: registro
{variáveis da ficha}
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, ESTADO:
literal
IDADE, NUMERO, TELEFONE: numérico
fim-registro
{entrada de dados}
escreva “Nome: “
leia FICHA.NOME
escreva “Estado Civil: “
leia FICHA.ESTADOCIVIL
escreva “Idade: “
leia FICHA.IDADE
escreva “Endereço: “
leia FICHA.ENDERECO
escreva “Bairro: “
leia FICHA.BAIRRO
escreva “Número: “
leia FICHA.NUMERO
escreva “Cidade: “
leia FICHA.CIDADE
escreva “Estado: “
leia FICHA.ESTADO
escreva “Telefone de Contato: “
leia FICHA.TELEFONE
fim

No algoritmo anterior não mostramos nenhuma saída. O


exemplo foi apenas para mostrar como trabalhar com criar um
registro e como acessar suas variáveis.

54

logica_2_livro_caderno.indb 54 7/12/2006 14:20:57


Lógica de Programação II

Criando novos tipos de variáveis


Muitas vezes, os tipos básicos de variáveis que utilizamos
até agora (numérico, literal e lógico) não são suficientes para
resolver um algoritmo. Seria interessante que pudéssemos criar
tipos definidos pelo usuário. Por exemplo, um tipo de variável
que armazenasse, ao mesmo tempo, um valor literal, um valor
numérico e um valor lógico. Vou lhe dar a boa notícia. Isso
é possível sim, graças à estrutura de registros que acabamos
de estudar. Podemos fazer de um registro criado um tipo de
variável.

Por exemplo, além de termos os tipos básicos como o


numérico, o literal e o lógico, poderíamos ter também o
tipo FICHA. FICHA na verdade, é um registro criado pelo
programador. Chamamos isso de tipo definido pelo usuário.

Isso é fantástico, pode acreditar. Além de podermos criar


variáveis, podemos criar agora, também tipos de variáveis.

Mas como posso fazer isso e para que serve?

Bem, para criar um tipo registro, em pseudocódigo, é necessário


apenas colocar a palavra reservada tipo antes do nome do
registro, ficando assim sua sintaxe:

tipo <nome do registro> = registro


<campos que comporão o registro>
fim-registro

O comando tipo serve para criar novos tipos de variáveis a partir


dos tipos básicos.

Unidade 3 55

logica_2_livro_caderno.indb 55 7/12/2006 14:20:57


Universidade do Sul de Santa Catarina

Por exemplo, no exercício de para manipular uma ficha


cadastral colocado anteriormente, poderíamos fazer do
registro FICHA um tipo e declarar variáveis daquele tipo. A
sintaxe ficaria conforme a seguir:

tipo FICHA = registro


{variáveis da ficha}
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, ESTADO: literal
IDADE, NUMERO, TELEFONE: numérico
fim-registro

Para criar uma variável do tipo FICHA, criamos da mesma


forma que criamos as variáveis dos tipos primitivos. Por exemplo,
ficha1: FICHA, onde ficha1 é agora uma variável do tipo
FICHA. Passamos a acessar as variáveis do registro FICHA a
partir da variável ficha1.

Exemplo: ficha1.NOME, ficha1.ENDERECO e assim por diante.

O que quero dizer é que FICHA é um tipo definido pelo


programador e que ficha1 é uma variável do tipo FICHA que
ocupa um espaço na memória para armazenar seis variáveis
literais e três variáveis numéricas, conforme nosso exemplo.
Assim, veja parte do algoritmo anterior atualizado:

56

logica_2_livro_caderno.indb 56 7/12/2006 14:20:57


Lógica de Programação II

início
{declaração do registro FICHA}
tipo FICHA = registro
{variáveis da ficha}
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, ESTADO: literal
IDADE, NUMERO, TELEFONE: numérico
fim-registro
ficha1 : FICHA {declaração da variável do tipo FICHA. Observe que o tipo
FICHA é definido antes de ser utilizado. Isso é obrigatório, tendo em vista
que o programa precisa saber o que é FICHA. Como definimos FICHA como
sendo um registro, ao especificar ficha1 como sendo do tipo FICHA, nenhum
problema será encontrado}
escreva “Nome: “
leia ficha1.NOME
escreva “Estado Civil: “
leia ficha1.ESTADOCIVIL
........ {restante do algoritmo}
fim

Mas qual é a utilidade de se criar tipos como no nosso


exemplo?

É muito simples. Perceba que criamos apenas uma ficha


cadastral de um hóspede. Se quiséssemos preencher o cadastro
para um novo hóspede, bastaria criarmos outra variável, ficha2
por exemplo. Poderíamos criar tantas fichas quanto quisermos.
Considerando o tipo FICHA anteriormente criado, podemos
criar várias variáveis:

ficha1, ficha2, ficha3: FICHA.

Cada variável representa uma ficha para cadastrar um hóspede.


É como se tivéssemos 3 fichas cadastrais para serem preenchidas
na mão. Para acessar o nome de ficha1, apenas colocaríamos
ficha1.NOME. Para acessar o nome de ficha2, ficha2.NOME,
e para ficha3, ficha3.NOME. Como cada variável, nesse caso,
ficha1, ficha2 e ficha3 são três blocos de memórias independentes,

Unidade 3 57

logica_2_livro_caderno.indb 57 7/12/2006 14:20:57


Universidade do Sul de Santa Catarina

é como se tivéssemos três variáveis independentes em locais de


memória diferentes, porém, cada uma delas contendo seis variáveis
literais e três numéricas, conforme você já leu.

Criando um conjunto de registros


Precisamos incrementar nosso algoritmo anterior. Ele permite
o cadastramento de 5 hóspedes apenas. Nosso hotel tem 100
quartos. Podemos admitir até 100 hóspedes, certo? Devemos
criar 100 fichas cadastrais. E agora? Você terá problemas se tiver
que criar 100 variáveis do tipo FICHA.

Lembra para que servem os vetores? Será que você


deduziu que podemos utilizar vetores para esse caso?

Vamos por analogia: se estamos precisando armazenar 100


valores numéricos, criamos um vetor do tipo numérico; se
precisamos armazenar 100 nomes de clientes, criamos um vetor
do tipo literal. Raciocinando da mesma maneira, se precisarmos
armazenar 100 fichas de clientes, criamos um vetor de FICHA
(tipo definido por nós). Na sintaxe de pseudocódigo teríamos:
fichas: vetor [100] FICHA. Agora, definimos um vetor de 100
posições chamado de fichas, onde cada posição (quadrado) tem
uma variável do tipo FICHA. Veja a seguir:

Ficha 1 Ficha 2 Ficha 3 ... Ficha 99

Ficha1 está na posição 0 do vetor fichas, Ficha2 está na posição 1


do vetor fichas, e assim sucessivamente.

Mas o que é uma FICHA mesmo? FICHA é um


registro que tem os seguintes campos definidos
anteriormente:
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE,
ESTADO: literal
IDADE, NUMERO, TELEFONE: numérico.

58

logica_2_livro_caderno.indb 58 7/12/2006 14:20:57


Lógica de Programação II

Como podemos acessar os dados de cada ficha dentro do


vetor? Bem, de forma similar ao acesso dos dados em vetores,
precisamos saber qual a posição que queremos acessar do vetor.
Depois de sabermos qual o índice do vetor, devemos lembrar que
dentro de cada posição do vetor temos um registro com aqueles
campos ou variáveis definidas. Veja a figura a seguir.

[0] [1] [2] ... ... Ficha 99

 nome  nome
 estadocivil  estadocivil
 endereco  endereco
 bairro  bairro
 cidade  cidade
 estado  estado
 idade, numero  idade, numero
 telefone  telefone

Para acessar um desses campos basta colocar um ponto (.)


seguido do nome da variável definida dentro do registro.

Por exemplo, para acessar o nome do primeiro hóspede


(definido na posição 0 do vetor fichas), colocamos fichas [0].
NOME; para acessar a idade dessa mesma ficha, colocarmos
fichas [0].IDADE e assim por diante.

Vamos supor que estamos cadastrando o cliente 60 do nosso


hotel. Como poderíamos fazer?

Bem, devemos lembrar que, como um vetor sempre começa na


posição 0 (zero), assim o cliente 60 está definido da posição 59
do nosso vetor, certo? Desta forma, podemos preencher os dados
conforme a seguir:

fichas[59].NOME  “Luiz Silva”


fichas[59].ESTADOCIVIL  “solteiro”
fichas[59].ENDERECO  “Avenida Paulista”
fichas[59].IDADE  30
{e assim para os demais dados deste hóspede}.

Unidade 3 59

logica_2_livro_caderno.indb 59 7/12/2006 14:20:58


Universidade do Sul de Santa Catarina

- Olha aí a importância dos vetores novamente. Na seção seguinte


você verá exemplos com código pronto para você estudar e tirar
dúvidas. Tente implementar cada exercício sozinho, depois compare
com a solução proposta. Faça tantas vezes você quiser. Quanto mais
exercícios você fizer, melhor você será.

SEÇÃO 3 - Algoritmos com manipulação de registros

Veja agora alguns exercícios resolvidos com manipulação de


registros.

1. Cadastrar os dados gerais de 300 disciplinas que os


professores lecionam: nome, conteúdo, freqüência e nota
mínimas para aprovação. Ler cinco nomes de disciplinas e
mostrar freqüência e média mínimas para aprovação em
cada uma.
Pseudocódigo:

início
tipo FICHA = registro {criando um tipo FICHA}
NOME, CONTEUDO : literal
FREQUENCIA, MEDIA : numérico
fim-registro

DISCIPLINAS : vetor [300] FICHA {criando um vetor para cadastrar


300 disciplinas, onde cada disciplina é constituída por um nome
(NOME), conteúdo (CONTEUDO), freqüência (FREQUENCIA) e média
(MEDIA)}
NOMECONSUL : literal {Nome da disciplina a ser consultada}
CONT, POS : numérico {Variáveis para controle de laço de repetição}

{Entrada de dados para 300 disciplinas}

para POS de 0 até 299 passo 1 faça


escreva “Digite o nome da disciplina: “
leia DISCIPLINAS[POS].NOME
escreva “Digite o conteúdo da disciplina: “
leia DISCIPLINAS[POS].CONTEUDO
escreva “Digite a freqüência mínima necessária para aprovação: “
leia DISCIPLINAS[POS].FREQUENCIA

60

logica_2_livro_caderno.indb 60 7/12/2006 14:20:58


Lógica de Programação II

escreva “Digite a média mínima necessária para aprovação: “


leia DISCIPLINAS[POS].MEDIA
fim-para
{verificação de 5 disciplinas, conforme o enunciado}
para CONT de 1 até 5 passo 1 faça
escreva “Digite o nome da disciplina a ser consultada: “
leia NOMECONSUL {nome da disciplina a ser consultada}
POS  0 {inicializa a variável POS pois o vetor começa em 0}
enquanto NOMECONSUL < > DISCIPLINAS[POS].NOME ou POS < 300
{percorre todo o vetor DISCIPLINAS até que a variável NOME-
CONSUL seja igual a DISCIPLINAS [POS].NOME e POS < 300. Utilize aqui,
como exercício, uma tabela-verdade para saber quando a condição
resultante se torna falsa. É uma excelente revisão da operação lógica ou.}
POS  POS + 1 {enquanto não encontrar a disciplinas digitadas,
soma POS de 1, o que significa pular para a próxima posição do vetor}
fim-enquanto
se NOMECONSUL = DISCIPLINAS[POS].NOME então
escreva “Disciplina:”, DISCIPLINAS[POS].NOME
escreva “Média Mínima:”, DISCIPLINAS[POS].MEDIA
escreva “Freq. Mínima:”, DISCIPLINAS[POS].FREQUENCIA
senão
escreva “Disciplina não consta no cadastro !”
fim-se
fim-para
fim

2. Elaborar um algoritmo para cadastrar 5000 CDs de uma


loja. Os dados a serem cadastrados são: código, nome do CD,
nome do cantor/grupo, tipo de música, produtora e ano de
produção. Exibir os códigos e nomes dos CDs solicitados por
um usuário por meio do nome de um cantor ou grupo musical.
Pseudocódigo:

início
{declaração do tipo FICHA}
tipo FICHA = registro
NOME, CANTOR, TIPO, PRODUTORA : literal
CODIGO, ANOPRODUCAO : numérico
fim-registro
{declaração do vetor CDS. Cada posição do vetor contém um registro do
tipo FICHA}
CDS : vetor [5000] FICHA
CANTORCONSUL : literal {Cantor a ser consultado}
POS : numérico {variável para percorrer o vetor CDS}

Unidade 3 61

logica_2_livro_caderno.indb 61 7/12/2006 14:20:58


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Dados de entrada para o programa de cadastramento de CDS}


para POS de 0 até 4999 passo 1 faça
escreva “Digite o código do CD: “
leia CDS[POS].CODIGO
escreva “Digite o nome do CD: “
leia CDS[POS].NOME
escreva “Digite o nome do cantor ou do grupo: “
leia CDS[POS].CANTOR
escreva “Digite o tipo de música: “
leia CDS[POS].TIPO
escreva “Digite o nome da produtora: “
leia CDS[POS].PRODUTORA
escreva “Digite o ano de produção (somente os números) do CD:”
leia CDS[POS].ANOPRODUCAO
fim-para
{processamento do algoritmo}
escreva “Digite o nome do cantor ou grupo a ser consultado (ou FIM para
encerrar):”
leia CANTORCONSUL
enquanto CANTORCONSUL < > “FIM” faça
POS  0
enquanto CANTORCONSUL < > CDS[POS].CANTOR ou POS < 5000
{percorre cada posição do vetor para verificar a existência do cantor}
POS  POS + 1
fim-enquanto
se CANTORCONSUL = CDS[POS].CANTOR então
escreva “Código:”, CDS[POS].CODIGO
escreva “Nome do CD:”, CDS[POS].NOME
senão
escreva “Cantor ou grupo musical não possui nenhum CD cadastrado !”
fim-se
{Observe aqui que estamos solicitando que o usuário entre com o nome
do cantor ou a palavra FIM novamente. Perceba que a primeira vez ocor-
reu fora do laço de repetição. Dessa vez, o comando de leitura é realizado
para permitir com que o usuário finalize o programa digitando FIM. Caso
não colocássemos essa opção, teríamos um laço infinito. Lembra que todo
algoritmo tem que possuir um fim?}
escreva “Digite o nome do cantor ou grupo a ser consultado (ou FIM para
encerrar): “
leia CANTORCONSUL
fim-enquanto
fim

62

logica_2_livro_caderno.indb 62 7/12/2006 14:20:58


Lógica de Programação II

Síntese

Você acaba de finalizar mais uma etapa na busca pela excelência.


Viu que para implementar variáveis de diferentes tipos utilizamos
um registro, que nada mais é do que um recurso que permite a
criação de diferentes tipos de variáveis em um mesmo bloco de
memória do computador, facilitando, sobretudo, o desempenho
do programa.
Quando criamos um registro, criamos um espaço na memória do
computador que permite armazenar dados heterogêneos, ou seja,
constantes de vários tipos. É como se fosse uma ficha de dados,
organizada de forma que os dados estão próximos um dos outros
dentro da memória do computador.

A sintaxe em pseudocódigo para criar um registro é a seguinte:

<nome do registro>: registro


<campos que comporão o registro>
fim-registro

Viu também que a lógica de programação permite ao usuário


criar seus próprios tipos. Isso facilita bastante porque nem
tudo que estamos trabalhando são apenas números, literais ou
lógicos. Há uma combinação desses tipos básicos. A sintaxe para
implementar um tipo registro é a seguinte:

tipo <nome do registro>: registro


<campos que comporão o registro>
fim-registro

Por fim, aprendeu que podemos construir uma poderosa estrutura


de dados misturando vetores com registros. Podemos construir
vetores de registros, onde cada posição do vetor é um registro de
dados. O acesso a cada elemento dentro do vetor é a seguinte:

<nome do vetor>[índice do vetor].<campo ou variável que compõe o registro}

É preciso, agora, muita prática para que possas seguir adiante.


Na próxima unidade você conhecerá alguns algoritmos de
complexidade maior, que envolverão todos os tópicos até agora
estudados. A unidade conta com muitos exemplos prontos para
que você estude, entenda e possa implementar esses algoritmos.

Boa sorte e até lá!

Unidade 3 63

logica_2_livro_caderno.indb 63 7/12/2006 14:20:58


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de auto-avaliação

1. Você é responsável pelo cadastramento de um hóspede em um hotel


de luxo em sua cidade. Crie um registro de dados que implementa
essa ficha cadastral. Escolha as variáveis de maior importância para o
cadastro do hóspede.

64

logica_2_livro_caderno.indb 64 7/12/2006 14:20:59


Lógica de Programação II

2. Monte um algoritmo para cadastrar e imprimir os dados pessoais de


vários professores de um sistema de administração escolar. Os dados
pessoais são: nome, endereço, cidade, estado, CEP, telefone, CPF, RG,
data de nascimento, grau de escolaridade, curso em que se formou.

Unidade 3 65

logica_2_livro_caderno.indb 65 7/12/2006 14:20:59


Universidade do Sul de Santa Catarina

3. Cadastre imprima os dados das fitas de vídeo de uma locadora: código


do filme, nome, tipo de filme, duração, produtor, ator principal, diretor
a ano de produção.

66

logica_2_livro_caderno.indb 66 7/12/2006 14:20:59


Lógica de Programação II

4. Cadastre os dados dos 200 funcionários de uma empresa: código do


funcionário, nome, endereço, data de nascimento, cidade, UF, CEP,
telefone, CPF, RG, grau de escolaridade, número de dependentes
e nome do cônjuge. Exibir nomes, endereços e telefones de 20
funcionários solicitados por um usuário por meio dos códigos de
funcionários.

Unidade 3 67

logica_2_livro_caderno.indb 67 7/12/2006 14:20:59


Universidade do Sul de Santa Catarina

5. Ao criar um sistema de cadastro de clientes de uma lógica de


informática, onde são necessários os seguintes dados: nome do cliente,
CPF e telefone de contato, poderíamos implementar o algoritmo para
cadastrar 50 clientes de duas maneiras:
Primeira maneira:
início
NOME: vetor[50] literal
CPF: vetor[50] literal
FONE: vetor[50] numérico
..... {implementação do algoritmo}
fim

Segunda maneira:
início
tipo FICHA = registro
NOME: literal
CPF: literal
FONE: numérico
fim-registro
fichas: vetor[50] FICHA {declaração de um vetor de FICHAS}
..... {implementação do algoritmo}
fim

Explique com suas próprias palavras as diferenças entre as duas formas


de implementações citadas e as vantagens em se optar pela segunda
maneira.

68

logica_2_livro_caderno.indb 68 7/12/2006 14:20:59


Lógica de Programação II

Saiba mais

MAGRI, João Alexandre. Lógica de Programação - Ensino


Prático.

MANZANO, José Augusto N. G.; OLIVEIRA, Jayr


Figueiredo de. Estudo Dirigido de Algoritmos.

FORBELLONE, André Luiz Villar; EBERSPÄCHER,


Henri Frederico. LÓGICA de programação: a construção de
algoritmos e estruturas de dados.

Unidade 3 69

logica_2_livro_caderno.indb 69 7/12/2006 14:20:59


logica_2_livro_caderno.indb 70 7/12/2006 14:20:59
4
UNIDADE 4

Tópicos avançados em
algoritmos computacionais

Objetivo de aprendizagem
 Identificar os comandos e compreender a lógica em
pseudocódigo, proposta para resolver o problema.

Seções de estudo
Seção 1 Implementação de algoritmos de ordenação.
Seção 2 Implementação de algoritmos de busca.

logica_2_livro_caderno.indb 71 7/12/2006 14:20:59


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Você está quase finalizando a disciplina de Lógica de
Programação II. Falta apenas a parte de modularização. Antes
porém, nada é mais importante do que treinar, treinar e treinar
todos os comandos lógicos vistos até agora. Você vai estudar
algumas aplicações de interesse no mundo não somente da web
mas em todas as formas de programação, como por exemplo,
procurar por um nome dentro de um cadastro de clientes ou
ordenar uma lista de clientes por ordem alfabética.

Nesta unidade, vamos ver algumas aplicações que envolverão a


revisão de todos os conceitos, desde Lógica de Programação I
até a atual. O objetivo principal é fazer com que você identifique
os comandos e entenda a lógica em pseudocódigo, proposta para
resolver o problema.

O mais importante agora é fazer os algoritmos antes mesmo


de olhar a solução. Tente fazer uma, duas ou mais vezes, até
entender por completo o problema e a solução encontrada. Após
o exercício, observe a solução proposta e compare com o que você
fez. Se optar por estudar a solução proposta em primeiro lugar,
mesmo assim, tente fazer o algoritmo sozinho para verificar se
realmente entendeu. São fascinantes os desafios aqui propostos.
Esta coletânea de exemplos e exercícios vai fazer de você um
programador mais seguro e pronto para iniciar outras conquistas.

SEÇÃO 1 - Implementação de algoritmos de ordenação

Em caso de dúvida,
consulte a Unidade 3 de
Você se lembra dos passos para se fazer um bom algoritmo?
Lógica de Programação I. Para escrever um algoritmo precisamos descrever a seqüência de
instruções, de maneira simples e objetiva. Para isso, utilizamos
algumas técnicas:

1. Usar somente um verbo por frase.


2. Imaginar que você está desenvolvendo um algoritmo
para pessoas que não trabalham com informática.
3. Usar frases curtas e simples.

72

logica_2_livro_caderno.indb 72 7/12/2006 14:20:59


Lógica de Programação II

4. Ser objetivo.
5. Procurar usar palavras que não tenham sentido dúbio.
Ao passo de cada algoritmo, mostro a seguir algumas dessas
e outras regras que nos possibilita construir algoritmos mais
complexos de alta qualidade.

Pronto para esse desafio? Respire fundo e mãos à obra!

Problema 1: Imagine um vetor com cinco elementos conforme


descrito a seguir.

10.0 8.0 9.0 7.0 8.5

Como colocá-lo em ordem crescente de tal maneira que os


números sejam dispostos na seguinte ordem?

7.0 8.0 8.5 9.0 10.0

Perceba que há uma troca dos valores dentro do vetor.

Por exemplo, o número 10 que estava na posição 0 foi para


a posição 4. O número 8 ficou na mesma posição, ou seja,
posição 1 em ambos os vetores. O número 9 foi da posição
2 para a posição 3, o número 7 da posição 3 para a posição
0 e o número 8.5 foi da posição 4 para a posição 2. Fizemos
uma reordenação dos números de forma a se mostrarem
em ordem crescente.

Essa aplicação é um exemplo dentre tantas outras, por exemplo,


ordenar nomes de clientes em ordem alfabética para mostrar
em uma página web; mostrar em um cadastro de alunos, os
alunos que possuem as melhores notas, ordenadas em ordem
decrescente; mostrar no site do DETRAN os motoristas com
maiores multas; e assim sucessivamente.

O algoritmo que vamos aplicar aqui serve para todos os casos


citados. É o método da Bolha ou em inglês Bubble Sort.

Unidade 4 73

logica_2_livro_caderno.indb 73 7/12/2006 14:20:59


Universidade do Sul de Santa Catarina

Solucionando o problema em passos


1. Vamos iniciar nosso algoritmo criando um vetor de 5 posições:

Pseudocódigo:

início
NOTAS: vetor[5] numérico {declaração do vetor de 5 posições}

2. Criado o vetor NOTAS, precisamos ler os valores e armazená-


los nesse vetor. Utilizamos a estrutura de repetição para/faça/
fim-para para percorrer todo o vetor. Precisamos criar uma
variável de contagem. Vamos chamá-la de CONT.

CONT: numérica
para CONT de 0 até 4 passo 1 faça
escreva “Entre com uma nota”:
leia NOTAS[ CONT ]
fim-para

O vetor poderia se mostrar conforme a seguir:

10.0 8.0 9.0 7.0 8.5

Perceba que estamos lendo os números de uma forma aleatória,


ou seja, sem qualquer seqüência pré-definida. Nosso objetivo é
colocá-los em ordem crescente, ou seja, do menor para o maior.

3. Sempre que quisermos ordenar números e/ou literais,


precisamos realizar uma comparação entre dois números e/
ou literais para saber quem é maior ou menor. Lembrando
de Lógica de Programação I, quando realizamos uma
comparação, realizamos entre dois e apenas dois valores
por vez. Isso sugere que devemos realizar a comparação
dos valores do vetor NOTAS tomando dois a dois, ou seja,
comparamos inicialmente a posição 0 com a posição 1 do vetor
NOTAS, seguido da posição 1 com a 2, da 2 com a posição
3 e assim sucessivamente. Precisamos saber de antemão
que posição estamos testando e quando é finalizado o teste.
Precisamos, assim, criar 2 novas variáveis: POS, armazena

74

logica_2_livro_caderno.indb 74 7/12/2006 14:20:59


Lógica de Programação II

a posição de teste e ULTIMA, armazena o último teste de


comparação. Podemos perceber que POS tem valor inicial de
zero (índice inicial do vetor) e ULTIMA tem valor inicial de 4
(índice final do vetor).

POS, ULTIMO: numérico


POS  0
ULTIMO  4

10.0 8.0 9.0 7.0 8.5

POS ULTIMA

4. Realizamos a primeira comparação, entre a primeira e


a segunda posição do vetor. O teste é feito por meio da
pergunta: “10.0 é maior do que 8?” e o objetivo é colocar o
menor na primeira posição. Podemos verificar que a resposta é
verdadeira.

5. Como a resposta do passo 4 foi positiva, precisamos trocar


o valor 10.0 pelo valor 8.0, ou seja, o valor 8.0 passa para a
posição 0 do vetor NOTAS e o valor 10.0 vai para a posição 1
do mesmo vetor. Como podemos realizar esse passo?
A resposta é simples desde que criemos uma nova variável.
Chamaremos essa variável de AUX (variável auxiliar na troca
entre os valores). A idéia é passar o conteúdo de NOTAS [0]
para NOTAS [1] e vice-versa. Com auxílio de AUX podemos
fazer o seguinte:

AUX  NOTAS [ 0 ] {guardo o valor inicial do vetor de NOTAS. No


exemplo, AUX recebe o valor 10.0}

NOTAS [ 0 ]  NOTAS[ 1 ] {o vetor NOTAS na posição 0 recebe o


valor contido na posição 1, ou seja, NOTAS[ 0 ] = 8.0}

NOTAS [ 1 ]  AUX { o vetor NOTAS na posição 1 recebe o valor


contido na variável AUX, ou seja, NOTAS[ 0 ] = 10.0}.

Unidade 4 75

logica_2_livro_caderno.indb 75 7/12/2006 14:21:00


Universidade do Sul de Santa Catarina

Sendo assim, observe que os valores das variáveis foram trocados


com a utilização da variável auxiliar AUX. Temos agora a
seguinte formação do vetor de NOTAS:

8.0 10.0 9.0 7.0 8.5

POS ULTIMA

6. Para realizar nosso próximo passo, vamos testar agora a


posição 1 com a posição 2 do vetor, conforme o passo 3. Para
fazermos esse teste, devemos incrementar a variável POS de 1,
fazendo com que ela assuma o valor 1.

POS  POS + 1 {como a variável POS tem valor inicial de 0,


incrementando 1, a variável POS passa a ter valor 1.}

8.0 10.0 9.0 7.0 8.5

POS ULTIMA

7. Realizamos a segunda comparação, entre a segunda e terceira


posição do vetor. O teste é feito por meio da pergunta: “10.0 é
maior do que 9.0?” e o objetivo é colocar o menor na segunda
posição. Podemos verificar que a resposta é verdadeira.

8. Executamos o passo de maneira análoga ao passo 5, mas agora


observando que estamos testando entre as posições 1 e 2 do
vetor NOTAS:

AUX  NOTAS [ 1 ] {guardo o valor da posição 1 vetor de NOTAS na


variável AUX. No exemplo, AUX recebe o valor 10.0}
NOTAS [ 1 ]  NOTAS[ 2 ] {o vetor NOTAS na posição 1 recebe o
valor contido na posição 2, ou seja, NOTAS[ 1 ] = 9.0}
NOTAS [ 2 ]  AUX { o vetor NOTAS na posição 2 recebe o valor
contido na variável AUX, ou seja, NOTAS[ 2 ] = 10.0}.

76

logica_2_livro_caderno.indb 76 7/12/2006 14:21:00


Lógica de Programação II

Sendo assim, observe que os valores das variáveis foram trocados


com a utilização da variável auxiliar AUX. Temos agora a
seguinte formação do vetor de NOTAS:

8.0 9.0 10.0 7.0 8.5

POS ULTIMA

9. Executamos o passo 6, 7 e 8 novamente, porém nossa posição


de teste agora é a terceira e iremos comparar os valores
numéricos armazenados na terceira e quarta posição do vetor
de NOTAS.

8.0 9.0 10.0 7.0 8.5

POS ULTIMA

Como resposta da execução do passo 8, temos a seguinte


formação do vetor:

8.0 9.0 7.0 10.0 8.5

POS ULTIMA

10. Executamos o passo 6, 7 e 8 novamente, porém nossa posição


de teste agora é a quarta e iremos comparar os valores
numéricos armazenados na quarta e quinta posição do vetor
de NOTAS.

8.0 9.0 7.0 10.0 8.5

POS ULTIMA

Unidade 4 77

logica_2_livro_caderno.indb 77 7/12/2006 14:21:00


Universidade do Sul de Santa Catarina

11. Como resposta da execução do passo anterior, temos a


seguinte formação do vetor:

8.0 9.0 7.0 8.5 10.0

12. Observando o resultado do passo anterior, podemos perceber


que o número 10.0 está na última posição do vetor e lá deverá
ficar, tendo em vista que não há número maior do que 10.0
dentro do vetor de NOTAS, certo? Atingimos, dessa forma
a posição final do vetor NOTAS. Precisamos recomeçar
a ordenação, colocando a variável POS em 0 e a variável
ULTIMA em ULTIMA-1, ou seja, ULTIMA recebe
valor 3. Mas por que isso? A resposta é que não precisamos
comparar mais o valor 10.0 que está na última posição.
Lembra que o número 10.0 estava inicialmente na posição 0
do vetor e que fomos realizando a comparação com valores
subseqüentes para verificar se ele era maior ou menor? Em
nosso exemplo, coincidiu que o valor 10.0 era o maior de
todos. Sendo assim, em cada passo realizamos as trocas dos
números até colocá-lo na posição final do vetor NOTAS.
O que nos interessa agora é reinicializar a ordenação da
posição 0 até a posição 3 do vetor de NOTAS, conforme a
seguir:

8.0 9.0 7.0 8.5 10.0

POS ULTIMA

13. Repetimos todos os passos anteriores. Como resultado,


temos a seguinte ordenação, já decrementando a variável
ULTIMA de 1 também:

8.0 7.0 8.5 9.0 10.0

POS ULTIMA

78

logica_2_livro_caderno.indb 78 7/12/2006 14:21:00


Lógica de Programação II

14. Repetimos novamente os passos, temos o seguinte vetor:

7.0 8.0 8.5 9.0 10.0

POS ULTIMA

Até quando devemos repetir os passos de ordenação?

Perceba que executamos os passos até que a variável ULTIMA


assuma valor 1. Para cada valor da variável ULTIMA, executamos
as repetições para a variável POS de 0 até ULTIMA-1.

15. Observe que o vetor está ordenado em forma crescente, do


menor valor para o maior. Nosso objetivo foi atingido.
Veja o resultado em pseudocódigo. Execute o algoritmo passo
a passo, de forma a entender o que está colocado. Desenhe
um vetor com quantos elementos você desejar e execute os
comandos colocados em pseudocódigo.

início
NOTAS: vetor [5] numérico {declaração do vetor de 5 posições}
POS, ULTIMA, AUX: numérico
{entrada de dados}
para POS de 0 até 4 passo 1 faça
escreva “Entre com a Nota: “
leia NOTAS[ POS ] {armazena os valores lidos no vetor NOTAS}
fim-para
{inicialização das variáveis}
POS  0 {inicializa a variável POS}
ULTIMA  4 {inicializa a variável ULTIMA}
AUX  0 {inicializa a variável AUX, variável que auxilia na troca de
valores entre as posições do vetor NOTAS}
{processamento da ordenação dos números}
enquanto ULTIMA < > 0 faça

Unidade 4 79

logica_2_livro_caderno.indb 79 7/12/2006 14:21:00


Universidade do Sul de Santa Catarina

enquanto POS < > ULTIMA faça


se NOTAS[ POS ] > NOTAS[ POS + 1 ] então
{processo de troca dos números}
AUX  NOTAS [ POS ]
NOTAS [ POS ]  NOTAS[ POS + 1]
NOTAS [ POS + 1]  AUX
fim-se
{incrementa posição do vetor}
POS  POS + 1
fim-enquanto
{inicializa variável POS e decrementa a variável ULTIMA de 1}
POS  0
ULTIMA  ULTIMA -1
fim-enquanto
fim

SEÇÃO 2 - Implementação de algoritmos de pesquisa

Métodos de pesquisa, também chamados de


métodos de busca, são algoritmos utilizados para
localizar valores dentro de um vetor.

Na seção anterior, aprendemos a como ordenar os valores de


um vetor. Nesta seção, procuramos por determinados valores de
interesse dentro do vetor, seja os elementos do vetor ordenados
ou não. Há várias técnicas de ordenação. Você vai estudar duas
aplicações bem simples:

 O método de procura seqüencial.


 O método de procura binária.

80

logica_2_livro_caderno.indb 80 7/12/2006 14:21:00


Lógica de Programação II

Método de procura seqüencial


O método de pesquisa seqüencial é o mais simples de todos. Um
vetor é pesquisado (percorrido) até encontrar o valor desejado
ou até que o vetor termine. É um método bastante aplicado
para vetores com valores desordenados, ou seja, que não estão
ordenados em ordem crescente ou decrescente de valores.

Vamos supor o seguinte exemplo: Um vetor de 5 valores


representando as idades dos clientes de uma loja de vídeo
locadora. Precisamos saber se há clientes com idade de 15
anos, por exemplo. A representação do vetor é mostrada a
seguir:

27 44 14 15 20

Solucionando o problema em passos


1. Inicialmente, precisamos criar nosso vetor de 5 posições. Esse
vetor armazenará as idades de nossos clientes. Vamos permitir
com que o usuário especifique as idades que desejar, ou seja,
será uma entrada de dados via teclado.

Pseudocódigo:

início
IDADES: vetor [5] numérico
ENTRADA: numérico {variável utilizada para armazenar a entrada de uma
idade a ser pesquisada no vetor IDADES.}
CONT: numérico {variável contadora}
{entrada de dados: idade dos clientes. Estamos percorrendo o vetor da
posição 0 até a posição 4.}
para CONT de 0 até 4 passo 1 faça
escreva “Especifique a idade do cliente: “
leia IDADES[CONT] {observe que a variável CONT vai de 0 até 4}
fim-para

Unidade 4 81

logica_2_livro_caderno.indb 81 7/12/2006 14:21:01


Universidade do Sul de Santa Catarina

2. Preenchido o vetor, iremos realizar nosso processamento. O


processamento é simplesmente encontrar a idade especificada
pelo usuário. Vamos precisar entrar com a idade do cliente e
verificar se ela existe ou não no vetor IDADES.

{processamento de procura}
escreva “Entre com a idade a ser procurada no cadastro de clientes: “
leia ENTRADA
{agora, vamos percorrer o vetor IDADES para verificar se existe ou não o valor
numérico digitado pelo usuário e armazenado na variável ENTRADA. Vamos supor
que você especifique a idade 15, ou seja, a variável ENTRADA possui valor numérico
15. Dessa forma, vamos percorrer todo o vetor IDADES procurando pelo valor
numérico 15. O processo é bem simples. Para cada laço de repetição, lemos o valor
contido na posição do vetor. Se encontrarmos o valor que estamos procurando,
finalizamos a pesquisa. Caso contrário, percorremos o vetor IDADES até encontrar
o valor desejado ou até o fim do vetor. Vamos inicializar a variável CONT para ser
reutilizada, ou seja, para percorrer o vetor novamente da posição 0 até a posição 4
do vetor IDADES}
CONT  0
enquanto IDADES[ CONT ] < > ENTRADA e CONT <= 4 faça
{perceba que, enquanto o valor não for encontrado (IDADES [ CONT ] < > ENTRADA)
e não atingirmos o final do vetor IDADES (CONT <= 4 ), incrementamos a variável
CONT de 1. Isso significa irmos de posição em posição do vetor IDADES. Observe
a instrução lógica e aqui no exemplo. Como exercício, faça a tabela verdade e
verifique quando a condição se torna falsa, ou seja, quando que o laço de repetição
é finalizado.}
CONT  CONT + 1
fim-enquanto
{na seqüência, verifica-se se há algum valor no vetor igual ao valor lido pelo cliente}
se IDADES[ CONT ] = ENTRADA então
escreva “O número “, ENTRADA, “ está na posição “, CONT
senão
escreva “O número “, ENTRADA, “ não foi encontrado.”
fim-se
fim-algoritmo

82

logica_2_livro_caderno.indb 82 7/12/2006 14:21:01


Lógica de Programação II

3. O algoritmo completo é mostrado a seguir:

início
IDADES: vetor [5] numérico
ENTRADA: numérico
CONT: numérico
para CONT de 0 até 4 passo 1 faça
escreva “Especifique a idade do cliente: “
leia IDADES[ CONT ]
fim-para
CONT  0
escreva “Entre com a idade“
leia ENTRADA
enquanto IDADES[ CONT ] < > ENTRADA e CONT <= 4 faça
CONT  CONT + 1
fim-enquanto
se IDADES[ CONT ] = ENTRADA então
escreva “O número “, ENTRADA, “ está na posição “, CONT
senão
escreva “O número “, ENTRADA, “ não foi encontrado.”
fim-se
fim-algoritmo

Método de pesquisa binária


Esse método é aplicado apenas para vetores ordenados,
ou seja, os valores estão em ordem crescente de valores.
Dessa forma, para aplicar esse método precisamos garantir
que o vetor esteja ordenado, conforme a seção 1 desta
unidade.

A grande vantagem desse método é a rapidez, tendo em vista


que o número de dados pesquisados é menor. Apenas parte do
vetor é lida, o que significa uma redução importante de tempo de
procura, principalmente se temos um vetor de dimensão grande,
por exemplo, 1000 elementos.

Unidade 4 83

logica_2_livro_caderno.indb 83 7/12/2006 14:21:01


Universidade do Sul de Santa Catarina

Você deve estar se perguntando: como assim, que


somente parte do vetor é lida? A explicação vem no
próprio desenvolvimento do algoritmo.

Porém, em vez de mostramos todo o algoritmo já desenvolvido,


vamos mexer com o seu potencial. Iremos apenas colocar os
passos e você será o responsável pela montagem do pseudocódigo.
Que belo desafio você tem pela frente. A solução completa está
no final da unidade, para você verificar a sua solução encontrada.

Dica: Tente resolver o algoritmo, ao menos algumas vezes, antes


de olhar a solução. É um exercício que tem raciocínio lógico mais
aprimorado do que todos os anteriores. Vamos lá então?

Solucionando o problema
1. Lembrando sempre que o vetor é assumido como sendo
ordenado em ordem crescente. Vamos supor o seguinte vetor
chamado de VET:

10 44 58 78 100

Vamos supor também que estamos a procura do número 78.

Será que precisamos percorrer o vetor desde o seu


início até encontrar o número 78 na posição 3 do
vetor VET, sabendo de antemão que o mesmo está
ordenado em ordem crescente?
Será que não poderíamos ler o valor na posição
central do vetor, ou próxima do centro do vetor VET e
verificar se o valor contido nessa posição é maior ou
menor do que o valor que estamos procurando?

Em nosso exemplo, podemos verificar que o número central do


vetor VET está na posição 2 do vetor e é o número 58. Como
estamos procurando o número 78 e esse é maior do que 58,
iremos procurar o número 78 apenas na segunda metade do vetor
VET, ou seja, da posição 2 até a posição 4, sem precisar percorrer

84

logica_2_livro_caderno.indb 84 7/12/2006 14:21:01


Lógica de Programação II

o vetor desde o seu início. Parece uma vantagem enorme você não
acha, principalmente quando estamos trabalhando com vetores
de dimensões maiores?

10 44 58 78 100

Como o valor 78 está na segunda metade do vetor VET,


realizamos uma nova divisão, agora considerando apenas os
números nas posições [2], [3] e [4]. A metade do vetor é a posição
[3], que nesse caso é o número 78, ou seja, o número que estamos
procurando.

58 78 100

Se fôssemos realizar a pesquisa seqüencialmente, teríamos 4


passos até encontrar o número 78. Teríamos que ler da posição
0 até a posição 3 do vetor VET. Com a pesquisa binária, onde
dividimos o vetor ao meio, realizamos 2 passos apenas, ou seja,
duas divisões até encontrar o número 78. Vamos à parte lógica do
problema?

1. Monte um vetor VET com os seguintes valores: Montar um


vetor significa criá-lo e preenchê-lo com os valores colocados
na seqüência.

10 44 58 78 100

2. Estabeleça o número 78 como o valor a ser pesquisado. Esse


número deverá ser armazenado na variável NUMEROLIDO.

3. Crie duas variáveis, uma para armazenar a posição inicial do


vetor e outra para armazenar a posição final. As variáveis podem
ser chamadas de PRIMEIRA e ULTIMA respectivamente.
Lembre-se de que a posição inicial do vetor é a posição 0.
Some os dois valores e divida por 2 para achar a posição que
corresponde à metade do vetor VET. Armazena o valor na
variável METADE.

Unidade 4 85

logica_2_livro_caderno.indb 85 7/12/2006 14:21:01


Universidade do Sul de Santa Catarina

METADE = (PRIMEIRA + ULTIMA)/2


PRIMEIRA: 0
ULTIMA: 4
METADE: (0 + 4)/2 = 2

10 44 58 78 100

PRIMEIRA METADE ULTIMA

4. Para o primeiro teste, “78 é igual a 58?” o resultado é falso.


Para o segundo teste, “78 é maior do que 58?” o resultado
é verdadeiro. Portanto, o valor que estamos procurando só
pode estar entre a metade do vetor VET até a posição final.
Como já verificamos que o valor na metade do vetor é 58, não
precisamos testá-lo novamente. Sendo assim, fazemos com que
a variável PRIMEIRA assuma o valor da variável METADE
mais um, ou seja, PRIMEIRA = METADE + 1, ficando
assim nossa nova estrutura:

10 44 58 78 100

PRIMEIRA ULTIMA

Agora temos a seguinte composição de variáveis:

PRIMEIRA: METADE + 1, ou seja, 2 + 1 = 3


ULTIMA: 4
METADE: (3 + 4)/2 = 3 (é uma divisão de números inteiros, por isso o resultado é um
número inteiro, desconsiderando a parte fracionária). Podemos perceber que o valor
da variável PRIMEIRA é igual ao valor da variável METADE.

10 44 58 78 100

PRIMEIRA METADE ULTIMA

86

logica_2_livro_caderno.indb 86 7/12/2006 14:21:01


Lógica de Programação II

5. Para o teste “78 é igual a 78?”, o resultado é verdadeiro. Nesse


caso, o algoritmo deve imprimir a mensagem “o número
78 está na posição 3 do vetor”. Essa primeira parte está
concluída.

6. Não podemos nos esquecer de que o número digitado pode


estar entre a posição inicial do vetor e a metade do mesmo.
Temos que resolver essa situação também. Vejamos no caso do
número lido seja 10. A variável NUMEROLIDO armazena o
valor numérico 10.

7. Realizamos os mesmos passos para a procura do valor


numérico 10 através do vetor VET, reinicializando as
variáveis.

PRIMEIRA: 0
ULTIMA: 4
METADE: (0 + 4)/2 = 2

10 44 58 78 100

PRIMEIRA METADE ULTIMA

8. Para o primeiro teste, “10 é igual a 58?” o resultado é falso.


Para o segundo teste, “10 é maior do que 58?” o resultado é
falso. Para o terceiro teste “10 é menor do que 58?” o resultado
é verdadeiro. Portanto, o valor que estamos procurando só
pode estar entre a posição inicial do vetor até a sua metade.
Como já verificamos que o valor na metade do vetor é 58, não
precisamos testá-lo novamente. Assim, podemos testar até
METADE-1. Vamos atribuir esse valor à variável ULTIMA,
ou seja ULTIMA  METADE –1, e teremos a seguinte
estrutura.

10 44 58 78 100

PRIMEIRA ULTIMA

Unidade 4 87

logica_2_livro_caderno.indb 87 7/12/2006 14:21:02


Universidade do Sul de Santa Catarina

Agora temos a seguinte composição de variáveis:

PRIMEIRA: 0
ULTIMA: METADE – 1, ou seja, 2 – 1 = 1
METADE: (PRIMEIRA + ULTIMA)/2, ou seja, (0 + 1)/2 = 0

10 44 58 78 100

PRIMEIRA METADE ULTIMA

Para o teste “10 é igual a 10?”, o resultado é verdadeiro. Nesse


caso, o algoritmo deve imprimir a mensagem “o número 10 está
na posição 0 do vetor”.
Nosso processo lógico de encontrar um valor numérico através de
um vetor com valores numéricos ordenados em ordem crescente
está finalizado. Agora é com você. Realize as atividades de auto-
avaliação a seguir.

Síntese

Nesta unidade vimos estruturas de algoritmos um pouco mais


complexas. Dois mecanismos bastante utilizados em lógica
de programação são os métodos de procura e os métodos de
ordenação. Inicialmente vimos como ordenar um vetor com
valores numéricos e, após, vimos como realizar um busca por
valores contidos dentro de um vetor.
Você pôde observar dois tipos de procura: O método mais
simples é o seqüencial, onde percorremos todo o vetor até
encontrar o valor desejado. Esse método tem a vantagem de ser
simples, porém, pelo fato de precisar percorrer todo o vetor para
encontrar o número desejado, não é tão eficiente, caracterizando
como uma das principais desvantagens desse método. O outro
método que vimos foi o método da pesquisa binária, aplicada
somente para vetores com valores ordenados em ordem crescente.
O método consiste em dividir o vetor pela metade e verificar
se o valor que estamos procurando está exatamente na metade
do vetor, ou acima ou abaixo da metade encontra. Caso esteja

88

logica_2_livro_caderno.indb 88 7/12/2006 14:21:02


Lógica de Programação II

acima ou abaixo da metade, dividimos o vetor novamente até que


o número seja encontrado. É um método bastante eficiente de
procura, porém há a necessidade de que o mesmo esteja ordenado
em ordem crescente.
Nossos algoritmos estão ficando grandes e complexos. É hora
de estruturá-los de forma a ficarem mais fáceis de entender e
melhores de trabalhar. Na próxima unidade estaremos vendo uma
parte que dominou toda a década de 80 em relação aos estudos
de linguagem de programação: a estruturação ou modularização
de algoritmos.

Espero por você lá, então.

Atividades de auto-avaliação

1. Ler um vetor contendo 100 códigos relativos às mercadorias de um


armazém e outro relativo às quantidades de mercadorias. Imprimir os
códigos e as quantidades dos produtos, seguindo a ordem crescente
das quantidades.

Unidade 4 89

logica_2_livro_caderno.indb 89 7/12/2006 14:21:02


Universidade do Sul de Santa Catarina

2. Ler um vetor contendo 100 números, que correspondem à matrícula


de alunos. Ler 5 matrículas e verificar se os alunos com essas matrículas
estão matriculados ou não.

90

logica_2_livro_caderno.indb 90 7/12/2006 14:21:02


Lógica de Programação II

3. Monte um algoritmo em pseudocódigo que implemente os processos


lógicos descritos anteriormente. Esse é um algoritmo de pesquisa
binária.

Unidade 4 91

logica_2_livro_caderno.indb 91 7/12/2006 14:21:02


Universidade do Sul de Santa Catarina

4. Um cliente, gerente de supermercado, possui um programa via Web


que permite cadastrar as mercadorias e as quantidades respectivas
para controle de estoque em ordem aleatória. O supermercado possui
um total de 100 mercadorias para serem cadastradas. O cliente
está solicitando um algoritmo para imprimir as mercadorias e as
quantidades em ordem crescente de quantidades disponíveis. Esse
algoritmo será utilizado no programa já existente no supermercado.
Faça esse algoritmo solicitado e comente-o sempre que necessário. O
cliente deverá entender sua solução por completo, tendo em vista que
ele será o programador da solução proposta por você.

92

logica_2_livro_caderno.indb 92 7/12/2006 14:21:02


Lógica de Programação II

Saiba mais

MANZANO, José Augusto N. G.; OLIVEIRA, Jayr


Figueiredo de. ALGORITMOS: lógica para desenvolvimento
de programação. 9. ed.

MANZANO, José Augusto N. G. Lógica Estruturada para


Programação de Computadores.

BORATTI, Isaias Camilo; OLIVEIRA, Álvaro Borges de.


Introdução à Programação e Algoritmos. 2. ed. Ampliada e
atualizada.

Unidade 4 93

logica_2_livro_caderno.indb 93 7/12/2006 14:21:02


logica_2_livro_caderno.indb 94 7/12/2006 14:21:02
UNIDADE 5

Programação estruturada

Objetivos de aprendizagem
5
 Entender os conceitos de programação estruturada.
 Aplicar modularização aos algoritmos.

Seções de estudo
Seção 1 Modularização: conceitos iniciais.
Seção 2 Modularização: retorno de valores e passagem de
parâmetros.

logica_2_livro_caderno.indb 95 7/12/2006 14:21:02


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Você está iniciando agora a última unidade da disciplina. Isso não
significa que os estudos acabaram por aqui. Muito pelo contrário,
acabaram de começar. No final desta unidade você estará pronto
para começar a se tornar um excelente programador Web. O
que estamos lhe oferecendo é apenas a base, independente da
linguagem de programação que você irá utilizar ou já utiliza.

Você precisa entender agora um dos conceitos que foi alvo de


muitos estudos em décadas passadas: a programação estruturada
ou programação modular. Esse tipo de programação surgiu
quando ocorreu a crise do software, por volta da década de 60.
Os programas de computadores se tornaram grandes e caros,
principalmente em relação à manutenção dos mesmos. Não
havia metodologia para a criação de programas de computadores.
A probabilidade de acontecerem erros na programação era
enorme, mesmo depois de o programa estar funcionando. Eram
necessárias manutenções diárias, aumentando substancialmente
os custos de desenvolvimento.

A tecnologia mudou, o mundo mudou, os problemas também


mudaram. Temos um grau bem maior de complexidade, e a
pressão por redução de custos fez com que os programadores
adotassem metodologias de desenvolvimento de software. Uma
dessas metodologias é a programação estruturada. O objetivo
principal da programação estruturada é decompor o problema
em partes ou blocos, fazendo com que cada bloco execute uma
função específica e, juntos, esses blocos formam o programa
como um todo. A proposta é desenvolver os algoritmos em partes
integradas, de forma a adquirirem maior legibilidade, facilidade
de uso e manutenção.

Por isso, nossa meta nesta unidade é a de decompor os problemas


em partes. Vamos dividir para poder conquistar, ou seja,
vamos transformar nossos algoritmos em uma forma bem mais
estruturada do que temos feito até agora.

O que você acha de iniciar, então?

96

logica_2_livro_caderno.indb 96 7/12/2006 14:21:03


Lógica de Programação II

SEÇÃO 1 - Modularização: conceitos iniciais

Quando nos deparamos com problemas complexos, a melhor


maneira de solucioná-los é decompô-lo em partes, ou seja,
resolver o problema em etapas para que possamos ter êxito no
final. A cada uma dessas partes bem definidas, que contribuem
para a solução do problema, chamamos de módulo.

Assim também são nossas soluções lógicas. Caso separemos


um problema em partes, podemos construir algoritmos
para cada uma das partes de forma bem definida
e independentes uma das outras. A essa técnica
de dividir os algoritmos em módulos chamados de
modularização.

- Retome primeiro o conceito de algoritmo em Lógica de


Programação I.

Para lembrar!
Um algoritmo é formalmente uma seqüência finita
de passos que levam a execução de uma tarefa.
Podemos pensar em algoritmo como uma receita,
uma seqüência de instruções, que tem a função de
atingir uma meta específica. Estas tarefas não podem
ser redundantes nem subjetivas na sua definição,
devendo ser claras e precisas.

Sendo assim, cada parte ou módulo construído deve ter as


mesmas características citadas, devendo cada módulo:

 Implementar tarefas não-redundantes e nem subjetivas.


 Ter uma função específica e clara.
 Ser independente de todos os outros módulos de um
programa.
 Ser testado e corrigido antes de ser integrado à solução
completa tendo em vista que é parte da solução lógica
do problema.
 Poder ser utilizado em outros algoritmos que requerem
os mesmos procedimentos.

Unidade 5 97

logica_2_livro_caderno.indb 97 7/12/2006 14:21:03


Universidade do Sul de Santa Catarina

Veja um exemplo:

Imagine que você seja responsável por construir uma


página na intranet de uma empresa prestadora de serviços.
O programa deverá realizar a entrada de dados para cada
funcionário da empresa, irá executar o cálculo da folha
de pagamento e, por fim, irá emitir os contracheques e a
relação bancária.

Parece um problema bem mais complexo dos que


temos visto até agora, você concorda?
Pois bem, se quisermos implementar as mesmas soluções lógicas
até agora estudadas, vamos ter um programa grande e complexo,
sujeito a falhas e erros. Podemos separar o problema em
partes, construir pequenos módulos, testá-los e depois integrá-
los para alcançar o objetivo final. Com esse procedimento, a
complexidade dos algoritmos diminui, os testes se tornam rápidos
e a manutenção também diminui. Pode parecer estranho, mas os
resultados são de arregalar os olhos.

Voltando ao problema, temos que o nosso alvo é a construção de


um programa de mostrar a folha de pagamento. Vamos então
dividi-lo conforme figura a seguir:

98

logica_2_livro_caderno.indb 98 7/12/2006 14:21:03


Lógica de Programação II

FolhaPagamento constitui o nosso programa principal. Esse


programa é constituído de módulos chamados de EntradaDados,
Movimento e Saídas. Por sua vez, o Módulo EntradaDados é
constituído de dois outros módulos: Funcionários e Dependentes.
Cada módulo resolve um pequeno problema e pode ser
solucionado por uma pessoa diferente, diminuindo o tempo de
desenvolvimento.

O módulo Saída mostra a formatação do texto e formulário


no site da empresa. O módulo EntradaDados permite que
os dados cadastrais de funcionários e/ou dependentes
sejam entrados no programa. Cada um desses módulos
deve funcionar de maneira independente e precisa, ou seja,
sempre que precisarmos imprimir algo na tela, chamamos
o módulo responsável por isso, o módulo Saída. Se
precisarmos cadastrar um novo funcionário, chamamos
o módulo EntradaDados, e assim sucessivamente. Tudo
funciona por partes. Não preciso chamar o módulo
Movimento, se meu interesse é apenas mostrar os
resultados na saída ou na página da empresa.

Um fato importante: Os módulos são independentes, mas


todos eles estão integrados ao módulo que chamados de
módulo principal do programa em nosso exemplo o módulo
FolhaPagamento. A partir desse módulo é que os outros são
chamados para resolver problemas como entrada de dados,
impressão de resultados etc.

Lembra como era anteriormente? Entrávamos com


os dados, processávamos o algoritmo e mostrávamos
o resultado na saída? Agora, as coisas se tornaram
independentes. Chamamos apenas o módulo que
nos convier naquele momento, na seqüência em que
quisermos. É realmente uma forma estruturada de
trabalhar, percebeu?

De forma resumida, nossos programas terão agora um módulo


principal, chamado de programa principal e diversos outros
módulos que irão compor todo o programa. Cada módulo é
chamado a partir do programa principal. Quando um módulo é
chamado a partir do programa principal, os comandos definidos

Unidade 5 99

logica_2_livro_caderno.indb 99 7/12/2006 14:21:03


Universidade do Sul de Santa Catarina

dentro do módulo são executados. Quando finalizados, o controle


volta para o programa principal.

Nas linguagens de programação, cada módulo é chamado de


função.

Mas, o que é uma função?


Uma função é dita como sendo uma sub-rotina
ou módulo do algoritmo principal. Cada função é
independente uma da outra. Chamamos uma função
a partir do algoritmo principal. Dentro da função são
executados comandos que realizam alguma tarefa
específica. Quando todos os comandos dentro da
função forem executados, o controle do programa
volta para o programa principal. A partir do programa
principal, podemos chamar outras funções de
interesse também.

Por que usar funções ?


 Para permitir o reaproveitamento de código já
construído por você ou por outros programadores.
 Para evitar que um trecho de código que seja repetido
várias vezes dentro de um mesmo programa.
 Para permitir a alteração de um trecho de código de
uma forma mais rápida. Com o uso de uma função é
preciso alterar apenas dentro da função que se deseja.
 Para que os blocos do programa não fiquem grandes
demais e, por conseqüência, mais difíceis de entender.
 Para facilitar a leitura do programa de uma forma mais
fácil.
 Para separar o programa em partes (blocos) que
possam ser logicamente compreendidas de forma
isolada.

100

logica_2_livro_caderno.indb 100 7/12/2006 14:21:03


Lógica de Programação II

Com dúvida ainda? Não tem problema.


Acompanhe um exemplo bastante simples que
irá permitir que você entenda o que definimos
anteriormente. A exemplo dos algoritmos anteriores,
vamos elaborar um pseudocódigo para o seguinte
problema: queremos somar dois números quaisquer.
Conforme você já estudou até agora, uma solução
bastante simples para o caso seria a seguinte:

início
{declarando as variáveis}
N1, N2, SOMA: numérico
{entrada de dados}
escreva “Programa de soma de dois números”
escreva “Entre com o primeiro número:”
leia N1
escreva “Entre com o segundo número:”
leia N2
{processamento da soma}
SOMA  N1 + N2
{mostrando a saída}
escreva “Resultado da soma =”, SOMA
escreva “Programa Finalizado”
fim

A soma dos dois números está sendo realizada no algoritmo ou


programa principal. Vamos considerar que as partes do algoritmo
anterior, que são responsáveis pela soma, sejam as partes de
entrada de dados, a soma propriamente dita, ou seja, SOMA 
N1 + N2, e a impressão do resultado, ou seja, escreva “Resultado
da soma =”, SOMA. Modularizar ou estruturar um programa
consiste na construção de módulos que irão compor o programa
como um todo e serão chamados a partir do programa principal.
A proposta é a seguinte: em vez de termos a operação soma
realizada dentro do programa principal, podemos construir uma
sub-rotina que faça somente essa operação, ou seja, somar dois
números e mostrar o resultado final. Sempre que quisermos
somar dois números chamamos essa sub-rotina.

Unidade 5 101

logica_2_livro_caderno.indb 101 7/12/2006 14:21:03


Universidade do Sul de Santa Catarina

Nosso pseudocódigo ficaria mais ou menos assim:

início
escreva “Programa de soma de dois números”
CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA {quando chamamos a função
FUNCAO_SOMA o programa passa a executar os comandos dentro da
função. Finalizados os comandos dentro da função, o programa retorna para
o programa principal, continuando a executar os comandos aqui colocados
na seqüência. A sintaxe de uma função será estudada mais adiante.}
escreva “Programa Finalizado”
fim

FUNÇÃO_SOMA
início
{declarando as variáveis}
N1, N2, SOMA: numérico
{entrada de dados}
escreva “Entre com o primeiro número:”
leia N1
escreva “Entre com o segundo número:”
leia N2
{processamento da soma}
SOMA  N1 + N2
{mostrando a saída}
escreva “Resultado da soma =”, SOMA
fim-função

102

logica_2_livro_caderno.indb 102 7/12/2006 14:21:04


Lógica de Programação II

Pontos a observar:
1. Observe onde estão definidas as variáveis antes e após
a modularização. Antes da modularização, as variáveis
estão definidas dentro do programa principal. Após a
modularização, as variáveis estão definidas dentro da função
FUNCAO_SOMA. Isso é apenas para colocar o seguinte:
as variáveis são definidas onde elas são utilizadas. Mais
importante, uma variável definida no programa principal não
é reconhecida na função FUNCAO_SOMA, e uma variável
definida na função FUNCAO_SOMA não é reconhecida
no programa principal. A isso damos o nome de variáveis
locais. Por exemplo, em nosso algoritmo principal anterior,
o comando de escrita do valor numérico da variável N1 está
errado.

início
escreva “Programa de soma de dois números”
CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA
escreva “O Valor de N1 =”, N1 {errado pois N1 não está definida dentro
do programa principal}
escreva “Programa Finalizado”
fim

O porquê disso? A resposta é que a variável N1 está definida


dentro da função FUNCAO_SOMA e não dentro do programa
principal.

2. Assim que a função é chamada, os comandos dentro da função


são executados, ou seja, as variáveis N1, N2 e SOMA são
criadas, são executados os comandos de entrada de dados
(escreva e leia), é realizado a soma de N1 com N2 e o valor
armazenado na variável SOMA, e por fim, o valor é impresso.
Quando os comandos são finalizados encontrando o comando
fim da função, o programa volta para o programa principal.
Mas o que acontece com as variáveis locais? Elas são
destruídas. É isso mesmo. São destruídas e recriadas sempre
que a função FUNCAO_SOMA for chamada. Por isso não
podemos acessar essas variáveis a partir do programa principal.
Dentro da função FUNCAO_SOMA as variáveis locais N1,
N2 e SOMA são criadas no início e destruídas no fim.

Unidade 5 103

logica_2_livro_caderno.indb 103 7/12/2006 14:21:04


Universidade do Sul de Santa Catarina

3. Podemos criar variáveis no programa principal com os


mesmos nomes das variáveis da função FUNCAO_SOMA?
A resposta é sim. Elas são variáveis locais e uma nada tem a
ver com a outra. Assim, nosso pseudocódigo principal estaria
correto:

início
{declarando variável N1}
N1: numérico
N1  10
escreva “Programa de soma de dois números”
CHAMADA DA FUNÇÃO SOMA
escreva “O Valor de N1 =”, N1 {agora está correto pois a variável N1
está definida dentro do programa principal. Essa variável local é diferente
da variável local definida na função SOMA.}
escreva “Programa Finalizado”
fim

4. Podemos chamar a função FUNCAO_SOMA quantas vezes


quisermos. Veja o pseudocódigo abaixo:

início
escreva “Programa de soma de dois números”
CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA {primeira chamada da função
FUNCAO_SOMA}
CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA {segunda chamada da função
FUNCAO_SOMA}
CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA {terceira chamada da função
FUNCAO_SOMA}
escreva “Programa Finalizado”
fim

Esta é uma das vantagens da modularização: construímos a


função uma vez e chamamos quantas vezes quisermos.

5. O nome FUNCAO_SOMA foi escolhido apenas para mostrar


que estamos nos referindo a uma função cuja função seja a
de somar dois números. Não é necessário colocar a palavra
FUNCAO. Poderíamos ter definido a função como FSOMA,

104

logica_2_livro_caderno.indb 104 7/12/2006 14:21:04


Lógica de Programação II

SOMAS, ou outro nome qualquer. Não poderíamos chamar


a função de SOMA apenas porque criamos uma variável
também chamada de SOMA. O que quero dizer é que não
podemos ter o mesmo nome significando coisas diferentes
(função ou variável).

SEÇÃO 2 - Modularização: retorno de valores e


passagem de parâmetros
Na seção 1 vimos um algoritmo de função bastante simples que
permite implementar a soma de dois números. Todo o processo
de entrada, cálculo da soma e escrita do resultado é feito na
função FUNCAO_SOMA.

No entanto, se perguntássemos o que realmente a


função FUNCAO_SOMA deve fazer, qual a função
principal da função FUNCAO_SOMA, qual seria sua
resposta?

Se você respondeu que a função FUNCAO_SOMA deve somar


e somente somar dois números você acertou. Observe que dentro
da função FUNCAO_SOMA temos comandos de entrada e
saída, além da soma propriamente dita.

Veja o seguinte exemplo:

Você quer somar dois números quaisquer mas não deseja


imprimir o resultado na tela do seu computador, isso porque a
soma dos dois números serve apenas para verificar se o resultado
é um número superior ou abaixo de 10, por exemplo. Para esse
caso, a nossa função FUNCAO_SOMA não serve, sabe por
quê? Por que além de somar os dois números e função, também
imprime o resultado na tela. Ou seja, estamos atribuindo à
função FUNCAO_SOMA funções que na verdade não lhe
pertencem. A função FUNCAO_SOMA deve somar, e tão
somente somar, dois números. Dados de entrada e saída devem
ser feitos à parte. Isso vai nos levar ao tema de Passagem de

Unidade 5 105

logica_2_livro_caderno.indb 105 7/12/2006 14:21:04


Universidade do Sul de Santa Catarina

parâmetros e retorno de valores a partir das funções. Podemos


imaginar uma função como sendo uma caixa que aceita valores,
processa-os e retorna um resultado para o programa principal.
Se utilizarmos o mesmo exemplo da função FUNCAO_SOMA,
o seguinte esquema nos mostra onde estamos querendo chegar:

Dois valores são passados para a função FUNCAO_SOMA, N1


e N2. A função realiza a soma e retorna o valor (resultado) para
o programa principal. De onde vêm N1 e N2? Para onde vai o
valor da variável SOMA? É isso que vamos responder a partir de
agora.

Retornando valores de funções


Retornar um valor de uma função significa que o valor calculado
pela função pode ser lido no programa principal. Você deve estar
se perguntando: Como assim?

Veja o exemplo da função FUNCAO_SOMA. Queremos que a


função não imprima mais o resultado, ou seja, queremos eliminar
o comando escreva da função FUNCAO_SOMA. Quem irá
imprimir o resultado da soma será o programa principal.

Conforme disse na seção 1, a variável SOMA é criada sempre


que a função FUNCAO_SOMA é chamada. Ao finalizar a
função com o comando fim, a variável SOMA é destruída e não
podemos acessar mais seu conteúdo. No entanto, ainda assim é
possível ler seu valor antes mesmo da variável ser destruída.
O que estamos querendo dizer é que é possível ler o valor da
variável SOMA no momento em que chamamos a função
FUNCAO_SOMA no programa principal.

106

logica_2_livro_caderno.indb 106 7/12/2006 14:21:04


Lógica de Programação II

Veja como isso pode ser feito:

FUNÇÃO_SOMA
início
{declarando as variáveis}
N1, N2, SOMA: numérico
{entrada de dados}
escreva “Entre com o primeiro número:”
leia N1
escreva “Entre com o segundo número:”
leia N2
{processamento da soma}
SOMA  N1 + N2
{em vez de imprimir o resultado na tela, vamos retornar o valor da
variável SOMA para o programa principal. Esse valor vai ser retornado
para a linha de comando onde a função FUNCAO_SOMA é chamada.
O comando que executamos nesse caso é o comando retorna
<identificador> onde identificador é o nome de uma variável
definida dentro da função}
retorna SOMA.
fim-função

No programa principal, podemos ter:

início
{declaração da variável}
RESULTADO: numérico
escreva “Programa de soma de dois números”
{observe o comando a seguir: Ele nos indica que o valor retornado pela
função FUNCAO_SOMA é armazenado na variável RESULTADO, variável
essa declarada no programa principal. Com isso, podemos ler o conteúdo
da variável SOMA declarada na função FUNCAO_SOMA.}
RESULTADO  CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA

Unidade 5 107

logica_2_livro_caderno.indb 107 7/12/2006 14:21:04


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Vamos supor que estamos entrando com os números 2 e 3 e queremos


somá-los. Na chamada da função FUNCAO_SOMA a função retorna o valor
da variável SOMA que é 5. Sendo assim, o comando ficaria RESULTADO  5}
{Importante: O valor retornado por uma função somente pode ser
lido no momento em que ela é chamada. Os comandos a seguir estão
completamente errados:
CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA
RESULTADO  SOMA.
Você sabe por quê? Por dois motivos básicos. Quando uma função
retorna um valor ela retorna na linha de comando em que ela é chamada.
Ao encontrar o comando CHAMADA DA FUNÇÃO FUNCAO_SOMA, a função
é chamada, e ao encontrar o comando retorna <identificador> dentro
da função, o valor de <identificador> é colocado na mesma linha que a
função é chamada. O segundo motivo é que a variável SOMA não pode
ser lida a partir do programa principal, tendo em vista que ela é definida
apenas na sub-rotina FUNCAO_SOMA.}
{podemos agora fazer o que quisermos com o resultado da soma, tendo
em vista que armazenamos o resultado na variável RESULTADO. Podemos
verificar se o valor da soma é maior ou igual a 10, por exemplo:
se RESULTADO > 10 então
escreva “A soma é maior que 10”
senão
escreva “A soma é menor ou igual a 10”. Também, podemos apenas
imprimi-lo conforme algoritmo anterior.}
escreva “Resultado da soma =”, RESULTADO
escreva “Programa Finalizado”
fim

Sem segredos não é mesmo?

Estamos com uma função (FUNCAO_SOMA) que tem duas


funções básicas: entrada de dados e a soma dos números.
A impressão fica a cargo do programa principal. Nosso próximo
passo é fazer com que a função FUNCAO_SOMA apenas some,
deixando a entrada de dados para o programa principal ou até
mesmo uma outra função qualquer.

108

logica_2_livro_caderno.indb 108 7/12/2006 14:21:05


Lógica de Programação II

Passando valores para funções


Até agora não nos preocuparmos com a sintaxe para a
implementação de uma função em pseudocódigo. Acho que é
mais importante entender o conceito agora do que mostrar a
sintaxe propriamente dita. Entendido o conceito de função, a
sintaxe é mero detalhe.

Vimos como voltar um valor de uma função. A


questão agora é: Podemos passar valores para dentro
de uma função, ou seja, podemos passar um valor de
uma variável definida dentro do programa principal
para uma função?

A resposta é sim. Perceba que estamos agora fazendo o caminho


da volta do que fizemos no item 2.1. A transferência de valores
para dentro de uma função se dá através de passagem por
parâmetros.

Mas o que significa passagem de parâmetros? Para responder essa


questão, voltamos à figura onde definimos um esquema para a
função FUNCAO_SOMA.

Vimos que SOMA representa o valor de retorno da função


FUNCAO_SOMA. Mas quem são N1 e N2? De onde vêm
essas variáveis? Pois bem, N1 e N2 são duas variáveis declaradas
fora da função FUNCAO_SOMA. Por exemplo, elas podem
estar declaradas dentro do programa principal de forma que a
entrada de dados não é mais realizada pela função FUNCAO_
SOMA e sim pelo programa principal. Poderiam estar definidas
em outra função qualquer também.

Unidade 5 109

logica_2_livro_caderno.indb 109 7/12/2006 14:21:05


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para o nosso exemplo, vamos considerar que a entrada de


dados seja feita pelo programa principal.

Sabendo que as variáveis N1 e N2 armazenam dois


valores que queremos somar, e cuja operação de soma é
realizada pela função FUNCAO_SOMA, obviamente
temos que fazer com que esses dois valores possam ser
lidos dentro da função também. É sempre importante
lembrar que as variáveis são locais (definidas dentro
do programa principal) e não podem ser utilizadas
em quaisquer outras funções. A passagem dos valores
das variáveis N1 e N2 se dá através de passagem
de parâmetros. Os parâmetros de uma função são
variáveis locais definidas junto ao nome da função e servem
para receber valores de outras funções ou programa principal e
podem ser utilizados como variáveis locais dentro da função. Por
exemplo, quando definimos anteriormente a função FUNCAO_
SOMA, utilizamos a seguinte sintaxe provisória:

FUNCAO_SOMA
início
{declaração de variáveis locais}
{comandos da função}
fim-função

Os parâmetros de uma função são definidos junto ao nome da


função. Eles recebem valores que serão passados para a função no
momento em que é chamada no programa principal. Em nosso
programa de soma, a função FUNCAO_SOMA deve receber
dois valores para serem somados. Então, temos:

FUNCAO_SOMA( NUM1, NUM2 )


início
{declaração de variáveis locais}
{comandos da função}
fim-função

110

logica_2_livro_caderno.indb 110 7/12/2006 14:21:05


Lógica de Programação II

Perceba que os parâmetros NUM1 e NUM2 são colocados entre


parênteses após o nome da função. Podemos utilizar NUM1
e NUM2 dentro da função de modo que nos convier. Essas
variáveis são variáveis locais que servem para receber valores a
partir da chamada da função. Mostro um exemplo que explica
melhor. Veja o nosso programa principal:

início
N1, N2, RESULTADO: numérico
{vamos realizar a entrada pelo programa principal}
escreva “entre com o número 1”
leia N1
escreva “entre com o número 2”
leia N2
{N1 e N2 são duas variáveis locais que armazenam os valores que
queremos somar. Devemos, portanto, passar esses valores para dentro
da função FUNCAO_SOMA. Fizemos isso através da passagem de
parâmetros}
RESULTADO  FUNCAO_SOMA (N1, N2) {Nesse momento, a função
FUNCAO_SOMA é chamada e o valor da variável N1 é armazenado na
variável NUM1 e o valor da variável N2 é armazenado na variável NUM2,
exatamente nessa seqüência. A função calcula a soma e retorna um valor,
cujo resultado é armazenado em RESULTADO.}
escreva “resultado da soma =”, RESULTADO
fim

Nossa função FUNCAO_SOMA é a seguinte: FUNCAO_


SOMA( NUM1, NUM2 )

início
{declaração de variáveis locais}
SOMA : numérico
{o parâmetro ou variável NUM1 armazena o valor da variável N1 e o
parâmetro ou variável NUM2 armazena o valor da variável N2}
SOMA  NUM1 + NUM2 {observe aqui que estamos utilizando NUM1
e NUM2 como variáveis locais. Diferentemente das variáveis declaradas
dentro da função, os parâmetros da função servem para receber valores
no momento em que são chamadas. Uma observação importante é o
fato de não podermos definir variáveis locais com os mesmos nomes do
que os parâmetros da função. Em nosso exemplo, não podemos declarar

Unidade 5 111

logica_2_livro_caderno.indb 111 7/12/2006 14:21:05


Universidade do Sul de Santa Catarina

uma variável chamada NUM1 porque já está definida como parâmetro da


função}
retorna SOMA {retorna o valor da variável SOMA para a linha de
comando em que a função foi chamada}
fim-função

Se fôssemos montar um novo esquema para a função


FUNCAO_SOMA, teríamos:

No momento em que a função FUNCAO_SOMA é chamada,


os parâmetros da função (NUM1 e NUM2) são criados e são
passados os valores das variáveis N1 e N2 respectivamente.

Observe que estamos transferindo valores de N1 para


NUM1 e de N2 para NUM2. Isso significa que ambos
devem ser do mesmo tipo, ou seja, se N1 é numérico,
NUM1 também deve ser numérico. Se a variável N2
for literal, então NUM2 também deve ser literal.

Sintaxe da função
Bem, já conhecendo a importância de uma função e de como
ela é chamada, basta saber como implementar utilizando
pseudocódigo. Veja a sintaxe:

função <nome da função> (< lista de parâmetros>):


Sintaxe da função
<tipo de retorno>

112

logica_2_livro_caderno.indb 112 7/12/2006 14:21:05


Lógica de Programação II

Os termos utilizados nesse tipo de sintaxe são explicados a


seguir:

Função Comando referente à função

<nome da função> Nome da função que será declarada.

< lista de parâmetros> Lista dos parâmetros que serão utilizados (se houver)

Tipo da variável que será retornada pela função declarada


<tipo de retorno> (numérico, literal, lógico)

Observe como fica a função FUNCAO_SOMA utilizando a


sintaxe em pseudocódigo:
Nome da função: FUNCAO_SOMA
Lista de parâmetros: NUM1 e NUM2 do tipo numérico
Tipo de retorno: numérico

Desta forma, a sintaxe para a função FUNCAO_SOMA fica:

função FUNCAO_SOMA (NUM1, NUM2: numérico): numérico

Veja outros exemplos de declaração de função:

1. Função que recebe 4 notas e retorna a média.

função MEDIA (NOTA1, NOTA2, NOTA3, NOTA4: numérico): numérico

2. Função que recebe o nome e idade de uma pessoa e


retorna verdadeiro ou falso.

função CADASTRA (NOME: literal, IDADE: numérico): lógico

3. Função que recebe o nome de um mês e volta o mês em


número

função FUNCAO_MES ( MÊS: literal ): numérico

Unidade 5 113

logica_2_livro_caderno.indb 113 7/12/2006 14:21:05


Universidade do Sul de Santa Catarina

Acompanhe mais alguns exemplos de funções. O interesse aqui


é apenas verificar a implementação das funções. Você poderá
construir qualquer tipo de programa que chame essas funções
da maneira que você quiser, quantas vezes quiser e onde quiser.
Por isso é que chamamos de modularização. Fazemos uma vez e
podemos usar várias.

1. Criar uma função para receber o ano corrente e


o ano de nascimento de uma pessoa. Em seguida,
retornar a idade da pessoa.
Pseudocódigo:

função IDADE (ANOCORRENTE, ANONASCIMENTO: numérico):


numérico
retorna ANOCORRENTE – ANONASCIMENTO
fim-função

2. Criar uma fração para receber o valor de uma


determinada temperatura em graus Fahrenheit e
retornar o valor correspondente em Centígrados. A
fórmula de conversão é C = 5/9 (F-32).
Pseudocódigo:

função CELSUIS (FAHRENHEIT : numérico) : numérico


retorna (5/9) * (FAHRENHEIT - 32)
fim-função

3. Um exemplo bastante interessante é o


desenvolvimento de um algoritmo para
implementação de menus de entrada, ou seja, a
elaboração de opções que permitam o usuário entrar
com os dados de acordo com a seleção de um item.

- Bem, agora você está mesmo finalizando os estudos de lógica de


programação. Foi um desafio e tanto não?

114

logica_2_livro_caderno.indb 114 7/12/2006 14:21:06


Lógica de Programação II

Mas o estudo não deve terminar por aqui. O que você conheceu
e aprendeu é apenas o “ponta-pé” inicial para aprofundamentos
futuros. Lembro novamente que, quanto mais exercícios
você fizer, melhor você será e se diferenciará dos outros
programadores. Um outro fato importante que recomendo é
que, ao estudar linguagem de programação, você não abandone
a lógica. Pense inicialmente em uma solução algorítmica. Isso
é pensar no problema de forma inteligente. Aliás, isso é ser
inteligente. Com a solução pensada, o programador terá apenas
trabalho de digitar a solução lógica encontrada em qualquer
linguagem de programação. Passa a ser um trabalho de digitação.

Faço uma última pergunta a você:

Você quer se tornar um profissional de programação


ou um digitador profissional?

Pense nisso quando estiver programando um website.

Um grande abraço e sucesso!

Síntese
Nesta unidade você viu que para a solução de problemas mais
complexos, devemos dividi-los em partes. Caso separemos um pro-
blema complexo em problemas menores, podemos construir algo-
ritmos para cada um deles de forma bem definida, e fazer com que
eles sejam independentes um dos outros. A essa técnica de dividir
os algoritmos em módulos chamamos de modularização.

Cada módulo, quando bem elaborado, deve possuir uma série


de características: implementar tarefas não-redundantes e nem
subjetivas; ter uma função específica e clara; ser independente de
todos os outros módulos de um programa; ser testado e corrigido
antes de ser integrado à solução completa, tendo em vista que é
parte da solução lógica do problema.

Unidade 5 115

logica_2_livro_caderno.indb 115 7/12/2006 14:21:06


Universidade do Sul de Santa Catarina

Em pseudocódigo, utilizamos o conceito de função para mo-


dularizar um algoritmo. Uma função é dita como sendo uma
sub-rotina ou módulo do algoritmo principal. Cada função é
independente uma da outra. Chamamos uma função a partir do
algoritmo principal. A sintaxe para implementar uma função é a
seguinte:

função <nome da função> (< lista de parâmetros>): <tipo de retorno>

Onde a lista de parâmetros representa a forma de passagem de


valores para dentro da função. É o que chamamos de passagem
de valor ou passagem de parâmetros por valor. A função também
pode retornar um valor. Esse valor é do tipo <tipo de retorno>,
podendo ser numérico, literal ou lógico.

Sempre que necessário, devemos utilizar funções para desenvolvi-


mento de algoritmos. As grandes vantagens são:

 Para permitir o reaproveitamento de código já


construído por você ou por outros programadores.
 Para evitar que um trecho de código que seja repetido
várias vezes dentro de um mesmo programa.
 Para permitir a alteração de um trecho de código de
uma forma mais rápida. Com o uso de uma função é
preciso alterar apenas dentro da função que se deseja.
 Para que os blocos do programa não fiquem grandes
demais e, por conseqüência, mais difíceis de entender.
 Para facilitar a leitura do programa de uma forma mais
fácil.
 Para separar o programa em partes (blocos) que
possam ser logicamente compreendidas de forma
isolada.

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logica_2_livro_caderno.indb 116 7/12/2006 14:21:06


Lógica de Programação II

Atividades de auto-avaliação
1. Utilizando o algoritmo anterior, implemente a função SUBTRACAO,
MULTIPLICACAO e DIVISAO. Elabore um programa principal que possa
chamar as funções de acordo com o que o usuário deseja. Por exemplo,
se o usuário digitar 1, a função SUBTRACAO é chamada, se o usuário
digitar 2, a função MULTIPLICACAO é chamada, se o usuário digitar 3
a função DIVISAO é chamada. Qualquer outro número, o programa
deverá indicar uma mensagem de erro e solicitar com que o usuário
digite 1, 2 ou 3 novamente.

Unidade 5 117

logica_2_livro_caderno.indb 117 7/12/2006 14:21:06


Universidade do Sul de Santa Catarina

2. Na atividade 1, altere os algoritmos de cada função de forma que as


mesmas retornem os valores por elas calculados. O programa principal
é que deverá imprimir o resultado de saída, qualquer que seja a
operação escolhida (subtração, multiplicação ou divisão).

118

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Lógica de Programação II

3. Elaborar uma função que calcule o maior número entre três valores. A
função deve aceitar três parâmetros e retornar o maior valor entre eles.
A entrada de dados e a impressão do resultado devem ser feitas no
programa principal.

Unidade 5 119

logica_2_livro_caderno.indb 119 7/12/2006 14:21:06


Universidade do Sul de Santa Catarina

Saiba mais
Para aprofundar os estudos leia os livros indicados a seguir.

MANZANO, José Augusto N. G. LÓGICA estruturada para


programação de computadores.

XAVIER, Gley Fabiano Cardoso. Lógica de Programação.

MANZANO, José Augusto N. G. Algoritmos: lógica para de-


senvolvimento de programação de computadores.

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Para concluir o estudo

Você chegou ao final da disciplina de Lógica de


Programação II. Foram 120 horas de estudos de
algoritmos de programação. O objetivo principal foi
estudar as principais estruturas lógicas de programação
e perceber a importância de realizar um projeto de
qualquer software através de algoritmos.

Pois bem, gostaria de enfatizar que o conteúdo não


terminou, muito pelo contrário, você está agora apto para
se aprofundar em algoritmos de programação. Por isso,
agora é com você, nobre estudante. Siga em frente! Se
você quiser realmente ser um programador diferenciado
no mercado, passo o bastão para você. A corrida é sua
agora. Tenho certeza também que a vitória virá. Não
se esqueça disso, quanto mais você estiver preparado em
lógica de programação, melhor você será, independente
de qualquer linguagem de programação que você poderá
vir a utilizar. Esse é realmente o diferencial de um bom
programador. Não seja apenas um digitador, seja um
pensador, por isso, saiba bem lógica de programação.

Um grande abraço e até a próxima oportunidade.

Professor Carlos Fernando Martins.

logica_2_livro_caderno.indb 121 7/12/2006 14:21:06


logica_2_livro_caderno.indb 122 7/12/2006 14:21:06
Referências

MANZANO, José Augusto N. G.; OLIVEIRA, Jayr Figueiredo


de. ALGORITMOS: lógica para desenvolvimento de
programação. 9. ed. São Paulo: Érica, 2000. 265 p.
ABE, Jair Minoro; SCALZITTI, Alexandre,; SILVA FILHO, João Inácio
da,. Introdução à lógica para a ciência da computação. 2. ed.
São Paulo: Arte & Ciência, 2002. 247 p.
WARNIER, Jean-Dominique. LCP - Lógica de Construção de
Programas: um método de programação estruturada. 3. ed.
Rio de Janeiro: Campus, 1984. 185 p.
UCCI, Waldir; SOUSA, Reginaldo Luiz; KOTANI, Alice Mayumi.
LÓGICA de programação: os primeiros passos. 8. ed. São
Paulo: Érica, 1999. 339 p.
FORBELLONE, André Luiz Villar; EBERSPÄCHER, Henri Frederico.
LÓGICA de programação: a construção de algoritmos e
estruturas de dados. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Makron
Books, 2000. 197 p.
MANZANO, José Augusto N. G. LÓGICA estruturada para
programação de computadores. São Paulo: Érica, 2002. 180 p.

logica_2_livro_caderno.indb 123 7/12/2006 14:21:06


logica_2_livro_caderno.indb 124 7/12/2006 14:21:07
Sobre o professor conteudista

Carlos Fernando Martins

Engenheiro de Controle e Automação Industrial pela


Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
(1990-1995); Mestre em Engenharia Elétrica pelo
Departamento de Automação e Sistemas da UFSC
(1995-1996); Doutorando no Departamento de
Engenharia Mecânica da UFSC (início em 2001)
na Área de Concentração: Sistemas de Produção da
Manufatura. Professor da Faculdade de Tecnologia
do SENAI Florianópolis nas disciplinas de Lógica
de Programação, Programação Orientada a Objetos,
Linguagens de Programação C/C++ e UML; Professor
de cursos de Pós Graduação em nível de especialização
em automação industrial (Sistemas Discretos da
Manufatura, Integração de Sistemas da Manufatura,
Sistemas da Informação).

logica_2_livro_caderno.indb 125 7/12/2006 14:21:07


logica_2_livro_caderno.indb 126 7/12/2006 14:21:07
Respostas e comentários das
atividades de auto-avaliação

Unidade 1
1) temperaturas: vetor[25] numérico
2) nomes: vetor[150] literal
3) produtos: vetor[2500] literal
4) Pseudocódigo do programa de reserva de vôos

início
{declaração de variáveis}
NUM_VOOS, I, NVD: numérico {NVD = número do vôo desejado}
vetor: VOOS[500] numérico {supondo 500 vôos ao dia. Cada posição do vetor
armazena o número de lugares disponíveis}
RG: literal

{início do programa}
escreva “Especifique o número de vôos disponíveis”
leia NUM_VOOS
para I de 0 até NUM_VOOS-1 passo 1 faça
escreva “Especifique a quantidade de lugares disponíveis para
o vôo:”, I+1
leia VOOS[ I ]
fim-para
{processamento}
escreva “Entre com o número do vôo ou –1 para sair:”
leia NVD {leitura do número do vôo desejado pelo cliente}
enquanto NVD <> -1 faça
se (NVD >= 0 E NVD < NUM_VOOS) então
se VOOS[ NVD ] > 0 então {há lugares disponíveis}
VOOS[ NVD ]  VOOS[ NVD ] – 1 {1 lugar ocupado no vôo}

logica_2_livro_caderno.indb 127 7/12/2006 14:21:07


Universidade do Sul de Santa Catarina

escreva “Entre com o RG do passageiro:”


leia RG
senão
escreva “Não há lugares disponíveis no vôo”, NVD
fim-se
senão
escreva “Não existe esse vôo”,
fim-se
escreva “Entre com o número do vôo ou –1 para sair:”
leia NVD
fim-enquanto
fim

Unidade 2
1) Pseudocódigo
início
NOMES : vetor [27] literal
DISTANCIAS : matriz [27][27] numérico
LINHA, COLUNA : numérico
CAPITAL1, CAPITAL2 : literal
para LINHA de 0 até 26 passo 1 faça
escreva “Digite o nome de uma capital: “
leia NOMES[LINHA]
fim-para

para LINHA de 0 até 26 passo 1 faça


para COLUNA de 0 até 26 passo 1 faça
se LINHA = COLUNA então
DISTANCIAS[LINHA][COLUNA]  0
senão
escreva “Digite a distância (kms) entre “,NOMES[LINHA], “ e “,
NOMES[COLUNA]

128

logica_2_livro_caderno.indb 128 7/12/2006 14:21:07


Lógica de Programação II

leia DISTANCIAS[LINHA][COLUNA]
fim-se
fim-para
fim-para
escreva “Digite o nome da primeira capital escolhida:”
leia CAPITAL1
escreva “Digite o nome da segunda capital escolhida:”
leia CAPITAL2
LINHA  0
enquanto NOMES[LINHA] <> CAPITAL1 ou LINHA <= 27 faça
LINHA  LINHA + 1
fim-enquanto
COLUNA  0
enquanto NOMES[COLUNA] <> CAPITAL2 ou COLUNA <= 27 faça
COLUNA  COLUNA + 1
fim-enquanto
se LINHA <= 27 então
se COLUNA <= 27 então
escreva “A distância entre “,CAPITAL1,” e “,CAPITAL2,” é de “,
DISTANCIAS[LINHA][COLUNA], “kms.”
senão
escreva “Nome “,CAPITAL2,” não consta no cadastro!”
fim-se
senão
escreva “Nome “,CAPITAL1,” não consta no cadastro!”
fim-se
fim

129

logica_2_livro_caderno.indb 129 7/12/2006 14:21:07


Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 3
1) Declaração de um registro de um hóspede de um hotel de luxo:
FICHA: registro
NOME, ESTADOCIVIL, ENDERECO, BAIRRO, CIDADE, ESTADO, EMAIL, MOTIVO_
VIAGEM: literal
TELEFONE, NUM_RESERVAS: numérico
fim-registro

2) Algoritmo de um sistema de administração escolar:


início
{declaração do registro FICHA}
FICHA: registro
{variáveis da ficha}
NOME, ENDERECO, CIDADE, ESTADO, CEP, CPF, RG, DATA_NASC, CURSO: literal
TELEFONE, GRAU_ESC: numérico
fim-registro
CONT, NUM_PROF: numérico {especifica o número de professores a serem cadastrados}
CADASTRO: vetor[0..199] FICHA {permite armazenar até 200 professores. As
posições do vetor vão de 0 até 199}
escreva “Entre com o número de professores a serem cadastrados”
leia NUM_PROF
para CONT de 0 até NUM_PROF-1 passo 1 faça
{entrada de dados}
escreva “Nome do Professor:”
leia CADASTRO[CONT].NOME
escreva “CPF do Professor:”
leia CADASTRO[CONT].CPF
escreva “RG do Professor:”
leia CADASTRO[CONT].RG
escreva “Data de Nascimento do Professor:”
leia CADASTRO[CONT].DATA_NASC
escreva “Grau de Escolaridade:”
leia CADASTRO[CONT].GRAU_ESC
escreva “Curso do Professor:”
leia CADASTRO[CONT].CURSO
escreva “Endereço:”
leia CADASTRO[CONT].ENDERECO
escreva “Cidade:”

130

logica_2_livro_caderno.indb 130 7/12/2006 14:21:07


Lógica de Programação II

leia CADASTRO[CONT].CIDADE
escreva “Estado:”
leia CADASTRO[CONT].ESTADO
escreva “CEP:”
leia CADASTRO[CONT].CEP
escreva “Telefone de Contato:”
leia CADASTRO[CONT].TELEFONE
fim-para
fim

3) Algoritmo de um sistema de cadastro de uma Vídeo Locadora:


início
{declaração do registro FICHA}
VIDEO: registro
{variáveis da ficha}
NOME, CODIGO, TIPO, PRODUTOR, ATOR, DIRETOR: literal
DURACAO, ANO: numérico
fim-registro
FITAS: vetor[0..499] VIDEO {permite cadastrar até 500 fitas de vídeo}
NUM_FITAS, CONT: numérico

{entrada de dados}
escreva “Entre com o número de fitas a serem cadastradas”
leia NUM_FITAS
para CONT de 0 até NUM_FITAS-1 passo 1 faça
escreva “Entre com o nome do filme:”
leia FITAS[CONT].NOME
escreva “Entre com o código do filme:”
leia FITAS[CONT].CODIGO
escreva “Entre com o tipo de filme:”
leia FITAS[CONT].TIPO
escreva “Entre com o nome do produtor:”
leia FITAS[CONT].PRODUTOR
escreva “Entre com o nome do ator principal:”
leia FITAS[CONT].ATOR
escreva “Entre com o nome do diretor do filme:”
leia FITAS[CONT].DIRETOR
escreva “Entre com o tempo de duração do filme:”
leia FITAS[CONT].DURACAO
escreva “Entre com o ano da produção:”
leia FITAS[CONT].ANO
fim-para

131

logica_2_livro_caderno.indb 131 7/12/2006 14:21:07


Universidade do Sul de Santa Catarina

{resultados de saída}
para CONT de 0 até NUM_FITAS-1 passo 1 faça
{resultado de saída do algoritmo. Perceba que vamos colocar as principais
saídas tudo no mesmo comando}
escreva “O filme”, FITAS[CONT].NOME, “do produtor”, FITAS[CONT].
PRODUTOR, “é um”, FITAS[CONT].TIPO, “com uma duração de”, FITAS[CONT].
DURACAO, “.Estrelando o ator”, FITAS[CONT].ATOR “.O filme foi produzido no
ano de”, FITAS[CONT].ANO
fim-para
fim

4) Cadastro de 200 funcionários de uma empresa.


Pseudocódigo:

início
tipo FICHA = registro
NOME, ENDERECO, CIDADE, UF, RG, CURSO, GRAU_ESC, CONJUGE : literal
CODIGO,CEP, DEPENDENTES, FONE, CPF, DATA_NASC : numérico
fim-registro

FUNCIONARIOS : vetor [0..199] FICHA


CODIGOCONSUL, CONT, POS : numérico

para POS de 0 até 199 passo 1 faça


escreva “Especifique o código do funcionário:”
leia FUNCIONARIOS[POS].CODIGO
escreva “Digite o nome do funcionário:”
leia FUNCIONARIOS[POS].NOME
escreva “Especifique o endereço:”
leia, FUNCIONARIOS[POS].ENDERECO
escreva “Espeficique a cidade onde funcionário reside:”
leia FUNCIONARIOS[POS].CIDADE
escreva “Especifique o estado:”,
leia FUNCIONARIOS[POS].UF
escreva “Especifique o CEP:”
leia FUNCIONARIOS[POS].CEP
escreva “Especifique o telefone”
leia FUNCIONARIOS[POS].FONE

132

logica_2_livro_caderno.indb 132 7/12/2006 14:21:07


Lógica de Programação II

escreva “Digite CPF”


leia FUNCIONARIOS[POS].CPF
escreva “Especifique R.G.:”,
leia FUNCIONARIOS[POS].RG
escreva “Digite a data de nascimento”
leia FUNCIONARIOS[POS].DATA_NASC
escreva “Digite o grau de escolaridade:”
leia FUNCIONARIOS[POS].GRAU_ESC
escreva “Digite o nome do cônjuge:”
leia FUNCIONARIOS[POS].CONJUGE
escreva “Digite o número de dependentes:”
leia FUNCIONARIOS[POS].DEPENDENTES
fim-para
para CONT de 1 até 20 passo 1 faça
escreva “Digite o código do funcionário a ser consultado:”
leia CODIGOCONSUL
POS  0
enquanto CODIGOCONSUL < > FUNCIONARIOS[POS].CODIGO OU POS < 200
POS  POS + 1
fim-enquanto
se CODIGOCONSUL = FUNCIONARIOS[POS].CODIGO então
escreva “Nome:”, FUNCIONARIOS[POS].NOME
escreva “Endereço:”, FUNCIONARIOS[POS].ENDERECO
escreva “Telefone:”, FUNCIONARIOS[POS].FONE
senão
escreva “Código do funcionário não consta no cadastro”
fim-se
fim-para
fim

5) A Primeira Maneira, declaramos as variáveis individualmente e a


segunda maneira, colocamos as variáveis em um bloco. A praticidade
do segundo tipo está na possibilidade de você criar novas variáveis
em vez de declarar os dados ou estrutura várias vezes. Facilita na
construção de estrutura de dados. Conforme você pode ver na
seqüência do exercício, para criar uma estrutura de dados utilizando
a segunda maneira, basta criarmos um vetor e/ou matriz daquela
estrutura. Você terá um vetor onde cada posição é um registro de
dados, e cada registro possui campos (variáveis) onde são armazenados
os valores.

133

logica_2_livro_caderno.indb 133 7/12/2006 14:21:08


Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 4
1) Pseudocódigo
início
CODIGOPRODUTO : vetor[100] literal
QUANTIDADE : vetor[100] numérico
POS, ULTIMO, AUX1 : numérico
AUX2 : literal
para POS de 0 até 99 passo 1 faça
escreva “Entre com o código da mercadoria: “
leia CODIGOPRODUTO[POS]
fim-para
para POS de 0 até 99 passo 1 faça
escreva “Entre com a quantidade: “
leia QUANTIDADE[POS]
fim-para
POS  0
ULTIMO  99
AUX  0
enquanto ULTIMO < > 1 faça
enquanto POS < > (ULTIMO - 1) faça
se QUANTIDADE[POS] > QUANTIDADE[POS+1] então
AUX1  QUANTIDADE[POS]
AUX2  CODIGOPRODUTO[POS]
QUANTIDADE[POS]  QUANTIDADE[POS+1]
CODIGOPRODUTO[POS]  CODIGOPRODUTO[POS+1]
QUANTIDADE[POS+1]  AUX1
CODIGOPRODUTO[POS+1]  AUX2
senão
POS  POS + 1
fim-se
fim-enquanto
POS  1
ULTIMO  ULTIMO - 1
fim-enquanto

134

logica_2_livro_caderno.indb 134 7/12/2006 14:21:08


Lógica de Programação II

escreva “Imprimindo os códigos e as quantidades em ordem crescente.”


para POS de 0 até 99 passo 1 faça
escreva CODIGOPRODUTO[POS]
escreva QUANTIDADE[POS]
fim-para
fim

2) Pseudocódigo
início
ALUNOS : vetor[100] numérico
POS, PESQUISADO, CONT :numérico
para POS de 0 até 99 passo 1 faça
escreva “Digite o código de matrícula de um aluno: “
leia ALUNOS[POS]
fim-para
{leitura de 5 números de matrícula}
para CONT de 1 até 5 passo 1 faça
escreva “Digite o número de matrícula a ser pesquisado: “
leia PESQUISADO
POS  0
{o comando repita está sendo utilizado para percorrer o vetor ALUNOS}
repita
POS  POS + 1
até que PESQUISADO = ALUNOS[POS] ou POS > 99

se POS > 99 então


escreva “Número não cadastrado !”
senão
escreva “Número localizado na posição “,POS,” do vetor.”
fim-se
fim-para
fim

135

logica_2_livro_caderno.indb 135 7/12/2006 14:21:08


Universidade do Sul de Santa Catarina

3) início
VET: vetor[5] numérico
NUMEROLIDO, PRIMEIRA, ULTIMA, METADE: numérico
POS: numérico
ACHOU : lógico {variável que armazena verdadeiro quando o valor numérico for
encontrado no vetor. Caso contrário, armazena falso}
{preenchendo um vetor com números em ordem crescente}
para POS de 0 até 4 passo 1 faça
escreva “digite um número: “
leia VET[ POS ]
fim-para
escreva “digite um número a ser pesquisado : “
leia NUMEROLIDO
{inicialização das variáveis}
PRIMEIRA  0
ULTIMA  4
ACHOU  falso
{processo de procura}
enquanto PRIMEIRA <= ULTIMA e não ACHOU faça
{cálculo da metade. Utilizamos a função aritmética DIV para realizar
uma divisão inteira, Veja Lógica de Programação I}
METADE  DIV((PRIMEIRA + ULTIMA), 2)
{verifica se o número procurado já se encontra na metade. É o
primeiro teste}
se VET[ METADE ] = NUMEROLIDO então
ACHOU  verdadeiro
fim-se
{caso o número procurado não esteja exatamente na metade o vetor,
verificamos se ele é maior do que esse número}
{Segundo teste}
se VET[ METADE ] < NUMEROLIDO então
PRIMEIRA  METADE + 1
{Se ele não for maior, então só poderá ser menor do que o
número contido na metade do vetor. Terceiro teste}
senão
ULTIMA  METADE – 1

136

logica_2_livro_caderno.indb 136 7/12/2006 14:21:08


Lógica de Programação II

fim-se
fim-enquanto
{verifica o valor lógico da variável ACHOU}
se ACHOU = verdadeiro então
escreva “Número “, NUMEROLIDO, “encontrado na posição “, METADE,
“ do vetor”
senão
escreva “Número não encontrado no vetor”
fim-se
fim

4) Algoritmo para cadastro de códigos e quantidades dos produtos,


seguindo a ordem crescente das quantidades.
Pseudocódigo:
início
COD_PRODUTO : vetor[0..99] literal {código do produto}
QTDE : vetor[0..99] numérico {quantidade de mercadoria}
POS, ULTIMO, AUX1 :numérico
AUX2 : literal
para POS de 0 até 99 faça
leia COD_PRODUTO[POS]
leia QTDE[POS]
fim-para
POS  0
ULTIMO  99
AUX  0
enquanto ULTIMO < > 1 faça
enquanto POS < > (ULTIMO - 1) faça
{mecanismos de ordenação de valores}
se QTDE[POS] > QTDE[POS+1] então
AUX1  QTDE[POS]
AUX2  COD_PRODUTO[POS]
QTDE[POS]  QTDE[POS+1]
COD_PRODUTO[POS]  COD_PRODUTO[POS+1]
QTDE[POS+1]  AUX1
COD_PRODUTO[POS+1]  AUX2

137

logica_2_livro_caderno.indb 137 7/12/2006 14:21:08


Universidade do Sul de Santa Catarina

senão
POS  POS + 1
fim-se
fim-enquanto
POS  1
ULTIMO  ULTIMO - 1
fim-enquanto
escreva “Imprimindo os códigos e as quantidades em ordem crescente.”
para POS de 0 até 99 faça
escreva COD_PRODUTO[POS]
escreva QTDE[POS]
fim-para
fim

Unidade 5
1) Implementando a função SUBTRACAO, MULTIPLICACAO e DIVISAO sem
retorno de valores.
Pseudocódigo

início
{declaração de variáveis}
OPCAO, N1, N2: numérico
OPCAO  1
enquanto OPCAO < > 4 faça
escreva “Menu de Opções”
escreva “1. Subtração”
escreva “2. Multiplicação”
escreva “3. Divisão”
escreva “4. Sair”
escreva “Selecione uma opção: ”
leia OPCAO
leia N1
leia N2
se OPCAO < > 4 faça
se OPCAO = 1 então
{operação de subtração}
SUBTRACAO (N1, N2)

138

logica_2_livro_caderno.indb 138 7/12/2006 14:21:08


Lógica de Programação II

Senão
se OPCAO = 2 então
{operação de Multiplicação}
MULTIPLICACAO (N1, N2)
Senão
se OPCAO = 3 então
{operação de divisão}
DIVISAO (N1, N2)
senão
escreva “Opção errada. Digite novamente”
fim-se
fim-se
fim-se
fim-se
fim-enquanto
fim

{implementação das funções}


função SUBTRACAO (NUM1, NUM2: numérico)
escreva “resultado =”, NUM1 – NUM2
fim-função
função MULTIPLICACAO (NUM1, NUM2: numérico)
escreva “resultado =”, NUM1*NUM2
fim-função
função DIVISAO (NUM1, NUM2: numérico)
se NUM2 < > 0 então {garante que a divisão nunca será feita por
zero}
escreva “resultado =” NUM1/NUM2
senão
escreva “não existe divisão por zero”
fim-se
fim-função

139

logica_2_livro_caderno.indb 139 7/12/2006 14:21:09


Universidade do Sul de Santa Catarina

2) Implementando a função SUBTRACAO, MULTIPLICACAO e DIVISAO


com retorno de valores.
Pseudocódigo

início
{declaração de variáveis}
OPCAO, NUM1, NUM2, RESULTADO: numérico
OPCAO  1
enquanto OPCAO < > 4 faça
escreva “Menu de Opções”
escreva “1. Subtração”
escreva “2. Multiplicação”
escreva “3. Divisão”
escreva “4. Sair”
escreva “Selecione uma opção: ”
leia OPCAO
se OPCAO < > 4 faça
Escreva “Digite dois números”
Leia N1
Leia N2
se OPCAO = 1 então
{operação de subtração}
RESULTADO  SUBTRACAO (N1, N2)
senão se OPCAO = 2 então
{operação de Multiplicação}
RESULTADO  MULTIPLICACAO (N1, N2)
senão se OPCAO = 3 então
{operação de divisão}
RESULTADO  DIVISAO (N1, N2)
senão
escreva “Opção errada. Digite novamente”
fim se
fim se
fim se
escreva “resultado da operação =”, RESULTADO
fim se
fim enquanto
fim

140

logica_2_livro_caderno.indb 140 7/12/2006 14:21:09


Lógica de Programação II

{implementação das funções}


função SUBTRACAO (NUM1, NUM2: numérico): numérico
retorna NUM1 – NUM2 {retorna a diferença entre os parâmetros da
função}
fim-função

função MULTIPLICACAO (NUM1, NUM2: numérico): numérico


retorna NUM1*NUM2 {retorna a multiplicação entre os parâmetros
da função}
fim-função

função DIVISAO (NUM1, NUM2: numérico): numérico


se NUM2 < > 0 então {garante que a divisão nunca será feita por zero}
retorna NUM1/NUM2
senão
escreva “não existe divisão por zero”
retorna 0
fim-se
fim-função

3) Algoritmo do programa que implementa uma função que aceita três


valores como parâmetro e retorna o maior valor.
início
{declaração de variáveis}
RESULT, VAL1, VAL2, VAL3: numérico

{entrada de dados}
escreva “Digite o primeiro número”
leia VAL1
escreva “Digite o segundo número”
leia VAL2
escreva “Digite o terceiro número”
leia VAL3
{chamando a função}
RESULT  FUNCAO_MAIOR(VAL1, VAL2, VAL3)
escreva “O maior valor é:”, RESULT
fim

141

logica_2_livro_caderno.indb 141 7/12/2006 14:21:09


Universidade do Sul de Santa Catarina

{implementação da função}
função FUNCAO_MAIOR (NUM1, NUM2, NUM3: numérico): numérico

MAIOR: numérico {variável local. Válido somente dentro da função}


se NUM1 > NUM2 E NUM1 > NUM3 então
{NUM1 é o maior valor}
MAIOR  NUM1
senão se NUM2 > NUM1 E NUM2 > NUM3 então
{NUM2 é o maior valor}
MAIOR  NUM2
senão
{NUM3 é o maior valor}
MAIOR  NUM3
fim-se
retorna MAIOR
fim-função

142

logica_2_livro_caderno.indb 142 7/12/2006 14:21:09


Elton João Gubert
Mário Gerson Miranda Magno Júnior
Patrícia Gerent Petry

Lógica de Programação II
Caderno de atividades

Design instrucional
Flavia Lumi Matuzawa
Viviane Bastos

2ª edição revista

Palhoça
UnisulVirtual
2007

logica_2_livro_caderno.indb 143 7/12/2006 14:21:09


logica_2_livro_caderno.indb 144 7/12/2006 14:21:09
Apresentação

Este caderno de atividades corresponde ao material


complementar da disciplina de Lógica de Programação II.

O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma,


abordando conteúdos especialmente selecionados e adotando uma
linguagem que facilite seu estudo a distância.

Por falar em distância, isso não significa que você estará sozinho.
Não esqueça que sua caminhada nesta disciplina também
será acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da
UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade,
seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Espaço
UnisulVirtual de Aprendizagem. Nossa equipe terá o maior
prazer em atendê-lo, pois sua aprendizagem é nosso principal
objetivo

Bom estudo e sucesso!

Equipe UnisulVirtual.

logica_2_livro_caderno.indb 145 7/12/2006 14:21:09


Copyright © UnisulVirtual 2007
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.

005.1
G95 Gubert, Elton João
Lógica de programação II : caderno de atividades / Elton João Gubert,
Mário Gerson Miranda Magno Júnior, Patrícia Gerent Petry ; design instrucional
Flavia Lumi Matuzawa; Viviane Bastos. – 2. ed. rev. – Palhoça : UnisulVirtual, 2007.
73p. : il. ; 28 cm.

1. Programação (Computadores). 2. Estrutura de dados (Computador). 3.


Algoritmos. I. Magno Júnior, Mario Gerson Miranda. II. Petry, Patrícia
Gerent. III. Matuzawa, Flavia Lumi. IV. Bastos, Viviane. V. Título.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul

Créditos
Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina
UnisulVirtual - Educação Superior a Distância

Campus UnisulVirtual Bibliotecária Equipe Didático-Pedagógica Monitoria e Suporte Secretária Executiva


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Sebastião Salésio Heerdt Jucimara Roesler Márcia Loch Produção Industrial e Suporte Elton João Gubert
Lilian Cristina Pettres (Auxiliar) Patrícia Meneghel Arthur Emmanuel F. Silveira Mário Gerson Miranda Magno Júnior
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Design Instrucional
Figueiredo Vanessa de Andrade Manuel
Flavia Lumi Matuzawa
Pró-Reitor Administrativo Luiz Otávio Botelho Lento Vanessa Francine Corrêa Projetos Corporativos
Viviane Bastos
Marcus Vinícius Anátoles da Silva Marcelo Cavalcanti Viviane Bastos Diane Dal Mago
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(2a edição revista)
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Valmir Venício Inácio Vilson Martins Filho

logica_2_livro_caderno.indb 146 7/12/2006 14:21:10


Palavras dos professores

Prezado aluno,

Você aprendeu, em Lógica de Programação I, os


conceitos iniciais de algoritmos, criação de variáveis,
tipos de dados, expressões e estruturas seqüenciais de
decisão e de repetição.

Em Lógica de Programação II, estudou novas estruturas,


que o auxiliarão na resolução de problemas, e novas
maneiras de representar a informação, como vetores,
matrizes, registros, funções.

Neste caderno de atividades, você vai aprimorar


seu conhecimento com alguns exercícios resolvidos
utilizando todos os conceitos abordados em Lógica de
Programação I e II.

Mãos à obra!

logica_2_livro_caderno.indb 147 7/12/2006 14:21:10


logica_2_livro_caderno.indb 148 7/12/2006 14:21:10
1
UNIDADE 1

Manipulação de vetores

Objetivos de aprendizagem
 Conhecer os algoritmos de maiores complexidades.
 Construir algoritmos com utilização de vetores.

logica_2_livro_caderno.indb 149 7/12/2006 14:21:10


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Na Unidade referente à Lógica de Programação II, você aprendeu
a manipular vetores, que nada mais é do que uma variável que
pode armazenar vários valores de mesmo tipo.

Neste caderno de atividades, vamos apresentar alguns exercícios


resolvidos passo a passo e, ao fim da unidade, exercícios propostos
para a sua resolução.

Bom trabalho!

Exemplos resolvidos

1) Leia um conjunto N de números armazenados em um vetor,


que representa alturas de pessoas. Calcule e escreva:

a) média aritmética;
b) quantas pessoas possuem altura acima da média;
c) a maior altura;
d) quantas pessoas possuem a maior altura.

Algoritmo AlturaPessoas

Altura : vetor[9999] numérico


I, N, MediaAltura, TotalAcimaMedia, MaiorAltura,
TotalMaiorAltura: numérico

Início
{Lê o total de alturas armazenadas no vetor
Altura}
Leia (“Digite o total de pessoas”,N)

{Inicializar a variável Soma, que contém a soma


de todas as alturas, para no fi nal calcular a
média}
Soma ← 0

150

logica_2_livro_caderno.indb 150 7/12/2006 14:21:11


Lógica de Programação II

{Iniciamos com um valor bem BAIXO, para garantir


que encontraremos uma altura MAIOR que essa no
vetor}
MaiorAltura ← -1

{Iniciamos o laço}
Para I de 1 até N faça

{leitura do vetor de alturas}


Leia “Digite a altura”, ALTURA [I]

{Somamos a altura das pessoas, para depois


calcularmos a média}

Soma ← Soma + Altura[I]

{Se a altura da pessoa atual (Altura[I]) for


MAIOR que a maior altura até agora então,
aquela passa a ser a maior altura}

Se Altura[I] > MaiorAltura Então


MaiorAltura ← Altura[I]
Fim Se
Fim Para

{Calcula a média das alturas}

MediaAltura ← Soma / N

{Inicializando as variáveis que são contadores}


TotalAcimaMedia ← 0
TotalMaiorAltura ← 0

{Novamente iniciamos o laço, para verificar quem


tem altura maior que a média e quem tem a maior
altura}
Para I de 1 até N faça

{Aqui iremos verificar o total de pessoas que


têm a altura acima da média}
Se Altura[I]>MediaAltura então
TotalAcimaMedia ← TotalAcimaMedia + 1
Fim Se

{Agora vamos verificar o total de pessoas que


têm a maior altura}
Se Altura[I]= MaiorAltura então
TotalMaiorAltura ← TotalMaiorAltura + 1
Fim Se
Fim Para

Unidade 1 151

logica_2_livro_caderno.indb 151 7/12/2006 14:21:11


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Escrevendo os dados de saída}

Escreva(“Média das alturas: “ + MediaAltura)


Escreva(“Total de pessoas com altura acima da
média: “ + TotalAcimaMedia)

Escreva(“A maior altura é: “ + MaiorAltura)


Escreva(“Total de pessoas com a maior altura é :
“+TotalMaiorAltura)
Fim

2) Faça um programa que leia e armazene em vetores as idades e


o sexo (Masculino: 0 ou Feminino: 1) de um conjunto de pessoas.
A leitura deverá parar quando for lida uma idade negativa. O
programa deverá também:

a) imprimir as idades dos homens e depois as idades das


mulheres;

b) imprimir as médias de idade de cada sexo;

c) encontrar o homem mais novo e colocá-lo na posição


inicial como o primeiro dos homens;

d) encontrar a mulher mais jovem e posicioná-la como a


primeira entre as mulheres.

Algoritmo Pessoas

Idade, Sexo: vetor[9999] numérico


I, N, PosMaisJovem, IdadeMaisNova, PosMaisVelho,
IdadeMaisVelho: numérico
MediaIdadeHomens, MediaIdadeMulheres: numérico
Início
I ← 1
{Lê a idade da primeira pessoa já fora do laço,
para que a condição do comando “enquanto-faça”
possa ser verificada}

Leia (“Digite a idade”,Idade[I])

152

logica_2_livro_caderno.indb 152 7/12/2006 14:21:11


Lógica de Programação II

{Enquanto o usuário digitar números maiores que


-1, o laço continua girando e, conseqüentemente,
lendo a Idade e o Sexo de outra pessoa.}
Enquanto Idade[I] > -1 faça
Leia(“Digite o sexo”,Sexo[I])
I ← I + 1
{Antes de o laço “retornar”, é preciso ler a
idade de outra pessoa. Veja que a leitura da
Idade da primeira pessoa foi realizada “fora”
do laço}
Leia(“Digite um valor para a idade ou -1 para
fi nalizar”,Idade[I])
Fim Enquanto

{Aqui descobrimos quantos dados foram realmente


lidos (N), já que não sabíamos de antemão}
N ← I - 1
{Escreve a idade de todos os homens. Aproveita
o laço para somar as idades deles e encontrar o
mais velho}
Soma ← 0
{Iniciamos com um valor bem BAIXO, para garantir
que encontraremos uma idade MAIOR que essa no
vetor}
IdadeMaisVelho ← -1

Para I de 1 até N faça


Se Sexo[I] = 1 Então
{Escrevemos a idade de cada homem}
Escreva (Idade[I])

{Somamos a idade de cada homem para depois


calcular a média}
Soma ← Soma + Idade[I]

{Se a idade do Homem atual (Idade[I]) for


MAIOR que a idade do mais velho até agora
então, aquele passa a ser o mais velho.
A posição atual no vetor é “guardada” em
PosMaisVelho}
Se Idade[I] > IdadeMaisVelho Então
IdadeMaisVelho ← Idade[I]
PosMaisVelho ← I
Fim Se
Fim Se
Fim Para
{Calcula a média de idade dos homens}
MediaIdadeHomens ← Soma / N

Unidade 1 153

logica_2_livro_caderno.indb 153 7/12/2006 14:21:11


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Trocando de posição o homem mais velho com a


primeira posição em que aparece homem}
I ←1
Enquanto |<=N faça
Se Sexo[I]=1 Então
{guardo a primeira idade do homem em
uma variável auxiliar}
Aux ← Idade[I]
{coloco a idade do homem mais velho na
primeira posição do homem}
Idade[I] ← Idade[PosMaisVelho]

{coloco a primeira idade do homem no


local do mais velho}
Idade[PosMaisVelho] ← Aux

{para parar a repetição. Não precisa


achar outra idade, basta a primeira. A
troca já foi realizada.}
I ←N
Fim se
I ←I + 1
Fim enquanto
{Escreve a idade de todas as mulheres. Aproveita
o laço para somar as idades delas e encontrar a
mais nova}
Soma ← 0
{Iniciamos com um valor bem ALTO, para garantir
que encontraremos uma idade MENOR que essa no
vetor}
IdadeMaisNova ← 999

Para I de 1 até N faça


Se Sexo[I] = 0 Então
{Escrevemos a idade de cada mulher}
Escreva (Idade[I])

{Somamos a idade de cada mulher para


depois calcularmos a média}
Soma ← Soma + Idade[I]

{Se a idade da Mulher atual (Idade[I]) for


MENOR que a idade da mais nova até agora
então, aquela passa a ser a mais nova. A
posição atual no vetor é “guardada” em
PosMaisNova}
Se Idade[I] < IdadeMaisNova Então
IdadeMaisNova ← Idade[I]
PosMaisNova ← I
Fim se
Fim Se
Fim Para
{Calcula a média de idade das mulheres}
MediaIdadeMulheres ← Soma / N
{Trocando de posição a mulher mais nova com a
primeira posição em que aparece mulher}
I ←1
Enquanto |<=N faça
Se Sexo[I]=1 Então
{guardo a primeira idade da mulher em
uma variável auxiliar}
Aux ← Idade[I]
{coloco a idade da mulher mais nova na
primeira posição da mulher}
Idade[I] ← Idade[PosMaisNova]

154

logica_2_livro_caderno.indb 154 7/12/2006 14:21:12


Lógica de Programação II

{coloco a primeira idade da mulher no


local da mais nova}
Idade[PosMaisVelho] ← Aux

{para parar a repetição. Não precisa


achar outra idade, basta a primeira. A
troca já foi realizada.}
I ←N
Fim se
I ←I + 1
Fim enquanto
{Escrevendo dados de saída}
Escreva(“Média de idade dos homens: “,
MediaIdadeHomens)
Escreva(“Média de idade das mulheres: “,
MediaIdadeMulheres)
Escreva(“A idade do homem mais velho é: “,
IdadeMaisVelho,“ sua posição no vetor é: “,
PosMaisVelho)
Escreva(“A idade da mulher mais nova é: “,
IdadeMaisNova,“ sua posição no vetor é: “,
PosMaisNova)
Fim

3) Um concurso foi realizado por um número não conhecido


de candidatos e constou de 50 questões, cada uma contendo
5 opções. Cada candidato teve o seu número e respostas
registradas. Sabendo o gabarito da prova, faça um algoritmo
que imprima o número do candidato e o total de acertos de cada
candidato.

{Iniciamos o desenvolvimento deste algoritmo


defi nindo quatro variáveis:

V _ Respostas: Um vetor de cinqüenta posições que


armazenará as respostas de cada questão.

V _ Gabarito: Um vetor de cinqüenta posições que


armazenará os resultados de cada candidato.

NumeroDoCandidato: usado para identificar o


candidato.

Continuar: uma variável lógica usada no laço de


repetição.}

Unidade 1 155

logica_2_livro_caderno.indb 155 7/12/2006 14:21:12


Universidade do Sul de Santa Catarina

Algoritmo Concurso

V _ Respostas, V _ Gabarito : Vetor[50] Literal


NumeroDocandidato, X, ContadorAcertos : numérico
Continuar : Lógico

Início

{Primeiramente, as variáveis devem apresentar os


valores necessários; após, solicitamos a digitação do
gabarito}

Continuar ← V
Para X de 1 até 50 faça
Leia (V _ Gabarito[X])
Fim Para

{Após a digitação do gabarito, podemos desenvolver


a correção das provas; para isso usamos um laço de
repetição enquanto; este é usado porque não sabemos
o número correto de candidatos}

Enquanto (Continuar) faça

{Leitura do número do candidato e um laço de


repetição para ler suas respostas}

Leia (NumeroDocandidato)
Para X de 1 até 50 faça
Leia (V _ Respostas[X])
Fim Para

{Agora vamos comparar os resultados de cada questão


do candidato com o gabarito}

ContadorAcertos ← 0 {para cada candidato vamos


inicializar dentro do laço enquanto}
Para X de 1 até 50 faça
Se V _ Gabarito[X] = V _ Respostas[X] então
ContadorAcertos ← ContadorAcertos +1
Fim Se
Fim para

{Impressão dos resultados deste candidato e a leitura


da variável usada como sinalizador de parada
“Continuar”}

Escreva (NumeroDocandidato)
Escreva (ContadorAcertos)
Escreva (“Digite V para avaliar mais um
candidato ou F para parar”)
Leia (Continuar)
Fim Enquanto
Fim

156

logica_2_livro_caderno.indb 156 7/12/2006 14:21:12


Lógica de Programação II

Atividades propostas

1) Analise o algoritmo a seguir e mostre o desenvolvimento do mesmo


por meio de um teste de mesa (execução passo a passo do algoritmo).

Algoritmo Teste

I: numérico
V: Vetor[5] numérico
Início
Para I de 1 até 5 faça
V[I] ← I+1
Fimpara
V[3] ← V[1]+V[5]
V[5] ← V[V[2]]
Para I de 1 até 5 faça
Escreva (V[I])
Fim para
Fim

2) Escreva um algoritmo que leia um vetor de 13 elementos inteiros, que


é o Gabarito de um teste da loteria esportiva, contendo os valores
1 (coluna 1), 2 (coluna 2) e 3 (coluna do meio). Leia, a seguir, para
cada apostador, o número do seu cartão e um vetor de Respostas
de 13 posições. Verifique para cada apostador o número de acertos,
comparando o vetor de Gabarito com o vetor de Respostas. Escreva o
número do apostador e o número de acertos. Se o apostador tiver 13
acertos, mostre a mensagem “Ganhador”.

Unidade 1 157

logica_2_livro_caderno.indb 157 7/12/2006 14:21:12


Universidade do Sul de Santa Catarina

3) Escreva um algoritmo que leia um vetor de 20 posições e mostre-o.


Em seguida, troque o primeiro elemento pelo último, o segundo pelo
penúltimo, o terceiro pelo antepenúltimo, e assim sucessivamente.
Mostre o novo vetor depois da troca.

4) Faça um algoritmo que leia um vetor (A) de 100 posições. Em seguida,


compacte o vetor retirando os valores nulos e negativos. Coloque o
resultado no vetor B.

158

logica_2_livro_caderno.indb 158 7/12/2006 14:21:13


2
UNIDADE 2

Manipulação de matrizes

Objetivos de aprendizagem
 Entender o conceito de matrizes.

 Conhecer e praticar montagens de matrizes.

 Construir algoritmos com utilização de matrizes.

logica_2_livro_caderno.indb 159 7/12/2006 14:21:13


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Nesta unidade, você estudou as matrizes, que nada mais são que
variáveis bidimensionais (com 2 índices). Em muitos problemas,
torna-se impossível a utilização de variáveis simples para guardar
várias informações.

Na unidade anterior, você viu que os vetores (variáveis


unidimensionais) permitem manipular várias informações em
uma única variável de mesmo tipo de dados. Esse conceito
também serve para uma matriz. Em alguns problemas o uso de
vetores torna-se trabalhoso e, com a utilização de matrizes, pode
facilitar a resolução do problema.

Exemplos resolvidos

1) Um fazendeiro anotou as produções de leite, em litros, de cada


uma de suas dez melhores vacas, durante 30 dias e montou a
Tabela 1 abaixo esquematizada:

Tabela 1- Produções de leite

VACA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIA
1 15.5 18.5 10.2 18.3 20.3 15.2 9.5 13.2 11.2 23.4

2 18.2 15.2 9.9 15.0 19.9 20.2 12.9 15.4 13.4 25.4

3 16.2 12.2 10.9 16.2 20.0 17.2 13.3 16.2 12.2 24.9

30 15.6 11.0 10.9 16.3 18.9 17.2 15.2 14.2 12.6 23.9

Faça um algoritmo que:

a) leia e armazene os dados;


b) imprima as produções da vaca 5 e a da vaca 8 no mês;
c) imprima a produção total do dia 10 com a do dia 20;
d) registre quantos litros de leite o fazendeiro tirou no mês.

160

logica_2_livro_caderno.indb 160 7/12/2006 14:21:13


Lógica de Programação II

Algoritmo Leite

Leite: matriz[30,10] numérico


vaca5,vaca8,linha,coluna,dia10e20,dia01a30 :
numérico
Início

{Inicialização dos acumuladores.}

vaca5 = 0
vaca8 = 0
dia10e20 = 0
dia01a30 = 0

{Leitura e armazenamento da matriz}


{As produções de leite acima são, claramente, dados
de mesma natureza que podem ser armazenados numa
matriz tipo numérico de 30 linhas por 10 colunas,
perfazendo um total de 300 posições de memória. Caso
não armazenássemos em matriz, teríamos que armazenar
item a item, como a seguir:

Leia (leite[1,1], leite[1,2], ..., leite[1,10])


Leia (leite[2,1], leite[2,2], ..., leite[2,10])
...
Leia (leite[30,1], leite[30,2],..., leite[30,10])

Usando uma estrutura de repetição e chamando de


LINHA o primeiro índice, que varia de 1 a 30, e outra
estrutura de repetição embutida dentro da primeira,
chamando, assim, o segundo índice de COLUNA, que
varia de 1 a 10, para cada valor assumido por LINHA,
teríamos:

LINHA = 1, o segundo índice assume valores 1, 2,..., 10


LINHA = 2, o segundo índice assume valores 1, 2,..., 10
...
LINHA = 30, o segundo índice assume valores 1, 2,..., 10

Assim a leitura da matriz acima ficaria:}

Para linha de 1 a 30 faça


Para coluna de 1 a 10 faça
Leia (leite[linha, coluna])
Fim Para

{Como se observa, cada execução do comando LEIA


lê primeiramente uma linha da matriz. Quando a
LINHA for 2, estará lendo a segunda linha}

Fim Para

Unidade 2 161

logica_2_livro_caderno.indb 161 7/12/2006 14:21:13


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Produções da vaca 5 e da vaca 8}


{O que se deseja na realidade é a soma da 5a. coluna e
a soma da 8a. coluna. Então, basta zerar um acumulador
para a vaca 5 e outro para a vaca 8 e percorrer todas
as linhas da matriz, somando os elementos da coluna
5 e os da coluna 8, isto é, o primeiro índice, que
indica a linha, varia de 1 a 30, enquanto o segundo
fica constante, valendo ou 5 ou 8}

Para linha de 1 até 30 faça


vaca5 = vaca5 + leite[linha,5]
vaca8 = vaca8 + leite[linha,8]
Fim Para

{Produção total do dia 10 com a do dia 20.}


{Nesse caso devem-se somar as produções do dia 10
com as do dia 20, das 10 vacas, isto é, percorrer as
linhas 10 e 20 somando as colunas de 1 a 10 destas
linhas, e acumulando os valores}

Para coluna de 1 até 10 faça


dia10e20 = dia10e20 + leite(10, col) + leite(20,
col)
Fim Para

{Producao total do mês.}


{A produção total de leite do mês é a soma de todos
os elementos da matriz, isto é, deve-se percorrer cada
linha e, em cada linha, todas as suas colunas somando
os elementos lá posicionados em um acumulador. Então,
a variável LINHA assumirá valores de 1 a 30 e para
cada valor assumido por LINHA, a variável COLUNA
assumirá valores de 1 a 10}

Para linha de 1 a 30 faça


Para coluna de 1 a 10 faça
dia01a30 = dia01a30 + leite(linha, coluna)
Fim Para
Fim Para

{Impressão dos resultados}

Escreva(“Produção da vaca número 5 : “, vaca5)


Escreva(“Produção da vaca número 8 : “, vaca8)
Escreva(“Produção do dia 10 com a do dia 20: “,
dia10e20)
Escreva(“Produção total do mês : “, dia01a30)
Fim

162

logica_2_livro_caderno.indb 162 7/12/2006 14:21:13


Lógica de Programação II

2) Faça um algoritmo que:

a) Leia uma matriz A de ordem N X M.


b) Some todos os elementos da matriz e escreva o resultado
na tela.
c) Some os elementos pares da matriz e escreva o resultado
na tela.
d) Escreva uma mensagem, caso a matriz seja quadrada.
OBS: Uma matriz é quadrada quando o número de
linhas é igual ao número de colunas.
e) Expresse os elementos da diagonal principal.
f) Expresse a soma dos elementos da diagonal secundária.
g) Expresse a soma de cada linha da matriz mostrando o
resultado na tela.
h) Expresse a soma da linha 3.

Algoritmo MatrizNumerica

A: Matriz[999,999] numérico {ou ainda poderíamos


declarar assim: A: Matriz[999x999] numérico ou A:
Matriz[999][999] numérico ou, em vez de escrever
Matriz, pode ser escrito Vetor, assim: A: Vetor[999,999]
numérico, ou ainda: A:Array[999,999] numérico}

I, J, N, M, Soma, SomaPar, SomaDS, SomaLinha,


SomaLinha3 : numérico
Início

{Leitura da ordem da matriz}

Leia (“Digite o total de linhas”,N)


Leia (“Digite o total de colunas”,M)

{Leitura dos valores da matriz}

Para I de 1 até N faça


Para J de 1 até M faça
Leia (A[I, J])
Fim Para
Fim Para

Unidade 2 163

logica_2_livro_caderno.indb 163 7/12/2006 14:21:13


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Processo para somar os valores da matriz}

Soma ← 0
Para I de 1 até N faça
Para J de 1 até M faça
Soma ← Soma + A[I,J]
Fim Para
Fim Para

{Processo para somar os valores pares da matriz}

SomaPar ← 0
Para I de 1 até N faça
Para J de 1 até M faça

{Verifica se o valor da matriz é par. É


par quando o resto da divisão do valor
por 2 for igual a zero}

Se (RESTO (A[I,J],2) = 0) então


SomaPar ← SomaPar + A[I,J]
Fim se
Fim Para
Fim Para

{Processo para verificar se uma matriz é quadrada}

Se N = M então
Escreva (“Matriz é quadrada.”)

{Matriz quadrada tem diagonal principal e


secundária. Agora vou mostrar na tela os
valores da diagonal principal. É diagonal
principal quando I for igual a J}

Para I de 1 até N faça


Escreva (“Diagonal Principal : “, A[I,I]
Fim Para

{Agora some os elementos da diagonal


secundária. É diagonal secundária quando I + J
for igual a N+1, ou de N=total de linhas}

SomaDS ← SomaDS + 1
Para I de 1 até N faça
Para J de 1 até M faca
Se (I+J = N+1) então
SomaDS ← SomaDS + A[I,J]
Fim se
Fim Para
Fim Para
Senão
Escreva (“Matriz não é quadrada.”)
Fim se

164

logica_2_livro_caderno.indb 164 7/12/2006 14:21:14


Lógica de Programação II

{Processo para somar cada linha da matriz}

Para I de 1 até N faça


SomaLinha ← 0 {a cada nova linha inicializo a
soma}

Para J de 1 até M faça


SomaLinha ← SomaLinha + A[I,J]
Fim Para
Escreva (“A soma da linha ”,I,” é : “,SomaLinha)
Fim Para

{Processo para somar a linha 3 da matriz}

SomaLinha3 ← 0

{Percorrer toda a coluna da linha 3}

Para J de 1 até M faça

{Fixo a linha 3, ou seja, no lugar do I coloco


3 e percorro toda a coluna J}

SomaLinha3 ← SomaLinha3 + A[3,J]


Fim Para

{Resultado}

Escreva (“A soma dos elementos da matriz é:


“,Soma)

Escreva (“A soma dos elementos pares da matriz é:


“,SomaPar)

Escreva (“A soma dos elementos da diagonal


secundária da matriz é: “,SomaDS)

Escreva (“A soma dos elementos da linha 3 da


matriz é: “,SomaLinha3)
Fim

Unidade 2 165

logica_2_livro_caderno.indb 165 7/12/2006 14:21:14


Universidade do Sul de Santa Catarina

3) Dada uma matriz de ordem N x N, faça um algoritmo que


verifique se a matriz é simétrica (aij=aji).

Algoritmo MatrizSimetrica

A: Matriz [N,M] numérico {também posso declarar,


como N e M, quando não sei o tamanho. Mas
cuidado com esse tipo de declaração, pois algumas
linguagens não suportam}

I, J, N, M : Numérico
Simetrica : Lógica
Início

{Leitura da ordem da matriz}

Leia (N)

{Leitura dos valores da matriz}

Para I de 1 até N faça


Para J de 1 até N faça
Leia (A[I, J])
Fim Para
Fim Para

{Processo para descobrir se a matriz é simétrica


ou não}

I ← 1

{A princípio consideramos a matriz como simétrica}

Simetrica ← Verdadeiro
Enquanto I < N faça

{Partimos de I+1 para passarmos somente pelos


elementos da diagonal superior da matriz; assim,
para cada um destes valores, comparamos com o
valor da posição simétrica na diagonal inferior.
Observe o comando “Se” a seguir.}

J ← I + 1
Enquanto J < N faça
Se A[I, J] <> A[J, I] então

{Se um dos valores for diferente, podemos,


com certeza, afirmar que a matriz NÃO é
simétrica}

Simetrica ← Falso

166

logica_2_livro_caderno.indb 166 7/12/2006 14:21:14


Lógica de Programação II

{Se já sabemos que a matriz NÃO é simétrica,


então não é preciso comparar os demais
valores; por isso, foi atribuído o valor
N, tanto para I como para J, para que os
dois laços terminem}

J ← N
I ← N
Fim Se
J ← J + 1
Fim Enquanto
I ← I + 1
Fim Enquanto

{Neste momento a variável “Simétrica” tem o valor


Verdadeiro, ou Falso. Com base nesse valor, se
escreve o resultado}

Se Simetrica então
Escreva (“A matriz é simétrica”)
Senão
Escreva (“A matriz NÃO é simétrica”)
Fim Se
Fim

4) Dada uma matriz 10 x 10 de valores reais, faça um algoritmo


que faça a leitura desses valores e, ao final da leitura de todos,
imprima o relatório com os seguintes itens:

a) soma dos valores de cada coluna da matriz;

b) lista dos valores que são menores que a média dos


valores;

c) soma dos elementos da diagonal secundária.

{O trabalho com matrizes é praticamente todo baseado


em comandos de repetição, e, como o tamanho da matriz
é conhecido, usa-se praticamente sempre o comando
Para-faça.

No caso a seguir, será defi nida uma matriz de tamanho


10x10.}

Unidade 2 167

logica_2_livro_caderno.indb 167 7/12/2006 14:21:14


Universidade do Sul de Santa Catarina

Algoritmo Matriz

{Primeiramente serão defi nidas as variáveis necessárias.


Nesse caso, as variáveis novas incluem um vetor, de
nome SomaColuna, com 10 posições, que será usado para
obter o somatório de cada coluna da matriz e uma
variável Mat, que representa uma matriz 10x10.}

I, J, SomaTotal, Media : numérico


SomaDiagSecund : numérico
Mat : matriz[10,10] numérico
SomaColuna : Vetor[10] numérico

Início

{Como você viu anteriormente, o processo de leitura dos


dados em matrizes é baseado em comandos de repetição.
Você verá, a seguir, que são necessários sempre dois
laços de repetição: o primeiro é para navegação nas
linhas, e o segundo, para navegação nas colunas}

{No exemplo de leitura a seguir, a matriz será preenchida


linha a linha, na seguinte seqüência: todas as colunas
da primeira linha, depois as da segunda linha e assim
sucessivamente até a última coluna da última linha.}
{Aproveitando que a matriz será percorrida inteiramente,
já foi efetuada a soma de todas as suas células, soma
esta que será utilizada mais tarde para o cálculo da
média}

SomaTotal ← 0
Para I de 1 até 10 faça
Para J de 1 até 10 faça
Leia (Mat[I,J])
SomaTotal ← SomaTotal + Mat[I,J]
Fim Para
Fim Para

{Para efetuar a soma das colunas, recorreu-se ao mesmo


processo, porém foi invertida a ordem de navegação,
variáveis I e J. Assim, a navegação será coluna a
coluna. Sendo todas as linhas da primeira oluna,
depois todas as linhas da segunda coluna e assim por
diante.}

Para J de 1 até 10 faça


SomaColuna[I] ← 0 {inicializo cada coluna
com 0}
Para I de I até 10 faça
SomaColuna[I] ← SomaColuna[I] +
Mat[I,J]
Fim Para
Fim Para

168

logica_2_livro_caderno.indb 168 7/12/2006 14:21:14


Lógica de Programação II

{Para a navegação em uma diagonal, foi usado um


artifício matemático; como os números são inversamente
proporcionais, será preciso apenas um laço de
repetição}

SomaDiagSecund ← 0
Para I de 1 até 10 faça
SomaDiagSecund ← SomaDiagSecund +
Mat[I,(11-I)]
Fim Para

{A saída de dados deste algoritmo não é tão simples


como nos outros. Para que se possam escrever os dados
solicitados são necessários também alguns laços de
repetição}

{Para escrever os valores das somas das colunas, foi


construído um laço que percorre o vetor SomaColuna
escrevendo o conteúdo de cada posição}

Para I de I até 10 faça


Escreva (“Soma da coluna”,I,“ é: ”,
SomaColuna[I])
Fim Para

{Calculando a média}

Media = SomaTotal / 100

{Após encontrar a média, é necessário percorrer


novamente a matriz, comparando cada uma das posições
com a média. Assim, é possível escrever somente
aquelas que são menores que ela.}

Para I de 1 até 10 faça


Para J de I até 10 faça
Se Mat[I,J] < Media então
Escreva (Mat[I,J])
Fim se
Fim Para
Fim Para

{A soma da diagonal secundária foi calculada já na


navegação. Então para esse caso não será preciso de
nenhum laço de repetição}

Escreva(“Soma diagonal secundária é:”,


SomaDiagSecund)
Fim

Unidade 2 169

logica_2_livro_caderno.indb 169 7/12/2006 14:21:15


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades propostas

1) Considere a matriz M:
O Q * I
E * E S
R E U T
A * * S

Agora responda: qual será a sua configuração após a execução do


algoritmo a seguir?

Algoritmo Matriz
Variáveis
I,J: numérico
M: Matriz[4x4] literal
Aux: literal
Início
Para I de 1 até 4 faça
Para J de 1 até 4 faça
Ler (M[I,J])
Fim Para
Fim Para
Para I de 1 até 4 faça
Para J de I+1 até 4 faça
Aux ← M[I,J]
M[I,J] ← M[J,I]
M[J,I] ← Aux
Fim Para
Fim Para
Aux ← M[1,1]
M[1,1] ← M[4,4]
M[4,4] ← Aux
Aux ← M[2,2]
M[2,2] ← M[3,3]
M[3,3] ← Aux
Fim

170

logica_2_livro_caderno.indb 170 7/12/2006 14:21:15


Lógica de Programação II

2) Escreva um algoritmo que lê uma matriz M (12,13) e divida todos os 13


elementos de cada uma das 12 linhas de M pelo maior elemento em
módulo daquela linha (escreva a matriz lida e a modificada).

3) Elabore um algoritmo que lê uma matriz M (6x6) contendo valores


numéricos, e um valor A. Multiplicar M por A, armazenando os valores
resultantes em vetor. Escreva o vetor ao final.

Unidade 2 171

logica_2_livro_caderno.indb 171 7/12/2006 14:21:15


Universidade do Sul de Santa Catarina

4) Troque, a seguir:
a) a linha 2 pela linha 8;
b) a coluna 4 pela coluna 10;
c) a diagonal principal pela diagonal secundária;
d) a linha 5 pela coluna 10.
Escreva a matriz assim modificada (Diagonal principal e diagonal
secundária).

Principal Secundária
X X
X X
X X
X X

172

logica_2_livro_caderno.indb 172 7/12/2006 14:21:15


3
UNIDADE 3

Manipulação de registros

Objetivos de aprendizagem
 Entender o conceito de registro ou estrutura.

 Conhecer e praticar montagens de registros.

 Criar novos tipos de variáveis.

logica_2_livro_caderno.indb 173 7/12/2006 14:21:15


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Manipular registros nada mais é que trabalhar com dados
relacionados logicamente, porém de tipos de dados diferentes.
Ou seja, visa a facilitar o agrupamento de variáveis que não são
do mesmo tipo, mas que guardam estreita relação lógica; por
exemplo, o cadastro (nome, telefone, sexo, endereço, número de
dependentes, idade, cidade, etc) de funcionários de uma empresa.

Exemplos resolvidos

1) Crie um cadastro de funcionários com as seguintes


informações: nome, idade, salário, endereço. O cadastro de
Endereço deve conter: rua, número e cidade. Após, crie um
algoritmo para ler as informações de N funcionários. Conte
quantos funcionários são de “São Paulo”.

Algoritmo Empresa

{Como são dois cadastros, é preciso então, criar dois


tipos}

Tipo TENDEREÇO: registro


Rua, Cidade :literal
Número :numérico

Tipo TFUNCIONÁRIO: registro


Nome, sexo: literal
Idade, Salario: numérico
Endereco: TEndereco

{aqui é informado que a variável


Endereco é do tipo TEndereco}

Var
{Agora, será declarada a variável FUNCIONARIO, que é
um vetor do tipo TFuncionário, na qual contém todas as
informações do funcionário}

FUNCIONARIO: Vetor[9999] TFUNCIONARIO


N, cont, I : numérico

Início
Leia (“Digite o total de funcionários: “,N)
Para I de 1 até N faça

{Para acessar a informação nome, que é um componente


do tipo TFuncionário, faço da seguinte forma:}

174

logica_2_livro_caderno.indb 174 7/12/2006 14:21:15


Lógica de Programação II

Leia (FUNCIONARIO[I].Nome)
Leia (FUNCIONARIO[I].Idade)
Leia (FUNCIONARIO[I].Salario)
Leia (FUNCIONARIO[I].Sexo)

{Como o endereço é um tipo também, para acessar a


rua, por exemplo, será feito da seguinte forma:}

Leia (FUNCIONARIO[I].Endereco.Rua)
Leia (FUNCIONARIO[I].Endereco.Número)
Leia (FUNCIONARIO[I].Endereco.Cidade)
Fim Para

{Cálculo para contar quantos funcionários são de São Paulo}

cont ← 0
Para I de 1 ate N faça
Se (FUNCIONARIO[I].Endereco.Cidade=“São Paulo”) então
cont ← cont + 1
Fim se
Fim Para

Escreva(“Total de funcionários de São Paulo é:“,cont)


Fim

2) Imagine uma eleição onde haja 5 candidatos; você deve gerar


um relatório parcial do andamento: a cada parcial, você deve
fornecer o nome do partido, o nome do candidato, o número do
candidato e sua contagem de votos.

Faça um algoritmo que seja usado para um número desconhecido


de parciais.

Algoritmo eleição

{Declaração de um registro com as variáveis utilizadas


em cada parcial; é necessário, pois, que os dados sejam
relacionados e de tipos diferentes}

tipo parcial = registro


Partido: literal
Candidato: numérico
Nome: Literal
Votos: numérico
Fim-registro

Unidade 3 175

logica_2_livro_caderno.indb 175 7/12/2006 14:21:16


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Como possuímos cinco candidatos para cada


relatório de parciais, serão necessários, então,
cinco conjuntos de dados, e a criação de um vetor
facilitará a manipulação dos dados}

relatório: vetor[5] parcial {declaração de um vetor


de parciais}

X : numérico

Início
Para X de 1 até 5 faça
Leia (relatório[X].Partido)
Leia (relatório[X].Candidato)
Leia (relatório[X].Nome)
Leia (relatório[X].Votos)
Fim Para
Escreva (“Impressão do relatório de parciais:”)
Para X de 1 até 5 faça
Escreva (“Partido: ”, relatório[X].Partido)
Escreva (“Canditato:”, relatório[X].Nome)
Escreva (“Numero: ”, relatório[X].Candidato)
Escreva (“Votos: ”, relatório[X].Votos)
Fim Para
Fim

3) Faça um algoritmo para ler nome, idade, altura, sexo, e as


cinco (5) notas de 100 alunos e armazene estas informações num
vetor usando registro. Depois da leitura escreva um relatório
contendo nome e idade de todas as pessoas do sexo feminino que
obtiveram média superior a 8.0.

Algoritmo Aluno

ALUNO: registro
Nome: literal
Idade, Sexo: numérico {Sexo 0-Feminino 1-Masculino}
Altura: numérico

{Observe que uma das partes do registro é um vetor}

Notas: Vetor[5] numérico

CAD _ ALUNOS: Vetor[100] ALUNO


I, K: Numérico
Soma: numérico

176

logica_2_livro_caderno.indb 176 7/12/2006 14:21:16


Lógica de Programação II

Início
Para I de 1 até 100 faça
Leia (CAD _ ALUNOS[I].Nome)
Leia (CAD _ ALUNOS[I].Idade)
Leia (CAD _ ALUNOS[I].Altura)
Leia (CAD _ ALUNOS[I].Sexo)

{Observe os índices [I] e [K], que são


diferentes. O índice [I] controla o vetor de
100 alunos e o [K] controla o vetor de 5 notas
de cada aluno [I]}

Para K de 1 até 5 faça


Leia(CAD _ ALUNOS[I].Notas[K])
Fim Para
Fim Para

Para I de 1 ate 100 faça

{Se o aluno NÃO é do sexo feminino, então NEM


analisamos}

Se (CAD _ ALUNOS[I].Sexo = 0) então


Soma ← 0

{Soma as 5 notas da aluna atual [I]. Observe a


importância de “zerarmos” a variável “Soma”
antes do Para-faça. Assim, garantimos que se
faça uma soma única para aquela determinada
aluna}

Para K de 1 até 5 faça


Soma ← CAD _ ALUNOS[I].Notas[K] + Soma
Fim Para

{Calcula a média e verifica se ela é maior


que 8}

Se (Soma / 5) > 8 então

{Escreve nome e idade das alunas com


média superior a 8}

Escreva(CAD _ ALUNOS[I].Nome)
Escreva(CAD _ ALUNOS[I].Idade)
Fim Se
Fim Para
Fim

Unidade 3 177

logica_2_livro_caderno.indb 177 7/12/2006 14:21:16


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades propostas

1) Utilizando os conceitos de vetor e registro, estudados nas unidades 1 e


3 respectivamente, faça um algoritmo para ler nome, salário, endereço
e sexo de 200 funcionários e armazene estas informações na memória.
Após a leitura, escreva na tela:
a) quantas mulheres possuem salário maior que R$ 1.000,00;
b) qual o maior salário entre os funcionários homens;
c) a média salarial.

178

logica_2_livro_caderno.indb 178 7/12/2006 14:21:16


Lógica de Programação II

2) Monte um algoritmo para cadastrar dados pessoais de 100 candidatos


a uma vaga de engenheiro de um sistema de administração de
currículos. Os dados pessoais são: nome, endereço, cidade, estado,
telefone, grau de escolaridade (1-Graduação, 2-Pós-graduação, 3-
Mestrado, 4-Doutorado) e curso em que se formou. Depois da leitura,
imprima uma relação dos candidatos que tenham grau de pós-
graduação ou superior e que residam em SC. Os campos do relatório
devem ser: nome, cidade, telefone, grau de escolaridade e curso de
formação.

Unidade 3 179

logica_2_livro_caderno.indb 179 7/12/2006 14:21:16


Universidade do Sul de Santa Catarina

3) Faça um algoritmo que receba as informações sobre determinado


acervo de filmes, título, gênero, autor, duração e sinopse. Além disso,
imprima uma relação de filmes por gênero. Considere que a Pinacoteca
tem 3.500 Filmes.

180

logica_2_livro_caderno.indb 180 7/12/2006 14:21:16


4
UNIDADE 4

Tópicos avançados em
algoritmos computacionais

Objetivos de aprendizagem
 Identificar os comandos e compreender a lógica em
pseudocódigo, proposta para resolver o problema.

logica_2_livro_caderno.indb 181 7/12/2006 14:21:16


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


Com esta unidade, você vai aprimorar seus estudos em tópicos
avançados utilizando vetores, como a ordenação de literais,
pesquisa simples e pesquisa binária, com explicações passo a
passo da resolução destes métodos.

Exemplos resolvidos

Ordenação de literais

1. Faça um algoritmo para ordenar o nome de 50 pessoas.

Algoritmo OrdenarNomes

{Declarando variáveis}

NOME : Vetor[50] de literal


AUX : literal
I, J : numérico

Início
{Fazendo a leitura do vetor de nomes}

Para I de 1 até 50 faça {ou ainda poderia: Para


I de 0 até 49 faça}
Escreva “Digite o nome na posição : ”, I
Leia NOME[I]
Fim Para

{Fazendo a ordenação do vetor de nomes – Isso


será explicado após o algoritmo}

Para I de 1 até 50 faça


Para J de (I+1) até 50 faça
Se NOME[I] > NOME[J] então
AUX  NOME[I]
NOME[I]  NOME[J]
NOME[J]  AUX
Fim se
Fim Para
Fim Para

{Escrevendo o vetor ordenado}

Escreva “Nomes Ordenados:”


Para I de 1 até 50 faça
Escreva NOME[I]
Fim Para
Fim

182

logica_2_livro_caderno.indb 182 7/12/2006 14:21:17


Lógica de Programação II

Explicação do Método de Ordenação utilizado

Imagine o vetor chamado NOME e suas posições I, com


tamanho 4:

NOME José Marcos Ana Maria


I 1 2 3 4

É importante lembrar que quando se menciona posição está-se


referindo a I, e quando mencionado no conteúdo do vetor, na
informação, refere-se a NOME[I].

Qual é a idéia do algoritmo apresentado anteriormente? Será


utilizado o primeiro nome (José), comparando-o com todos
os demais, ou seja, será fi xada a posição I=1 e será comparado
o nome José com Marcos, Ana e Maria (I=2, 3 e 4). Então
será colocado o menor nome (Ana) na primeira posição e será
comparada a posição do 2º nome com os demais, e assim por
diante. Acompanhe o exemplo.

Para I de 1 até 4 faça

{essa primeira estrutura de repetição serve para


fi xar o primeiro nome (a primeira vez que entra nesse
para-faça é José) a ser comparado com os demais
quando I=1. Depois será com I=2, I=3 e I=4.}

Para J de (I+1) até 4 faça

{essa segunda estrutura de repetição serve


para percorrer os demais nomes a partir
daquele que será fi xo, ou seja, se estou na
primeira posição I=1, o J será I+1, ou seja, 2
(depois 3, depois 4, e assim por diante).}

Se NOME[I] > NOME[J] então


AUX  NOME[I]
NOME[I]  NOME[J]
NOME[J]  AUX
Fim se

{Na estrutura de decisão, SE está sendo


comparado NOME[1] > NOME[2] (José com
Marcos), ou seja, o I=1 e J=2. Verifica-se
se José é > que Marcos, ou seja, a letra
J vem depois de M? Não. Então não há
troca.
O que ocorre? Volta para o PARA J DE
(I+1) ATÉ 4 FAÇA. Agora o I vale 1 e J
está valendo 3.

Unidade 4 183

logica_2_livro_caderno.indb 183 7/12/2006 14:21:17


Universidade do Sul de Santa Catarina

Então, entro na estrutura de decisão SE e testo


NOME[1] > NOME[3]. José é maior do que Ana? Sim.
Então a troca entre a posição 1 e 3 será feita.}

Meu vetor agora se apresenta assim:

NOME Ana Marcos José Maria


I 1 2 3 4

{Volta para o PARA J DE (I+1) ATÉ 4 FAÇA.


Agora o J está valendo 4.

Entra na estrutura de decisão SE e testa


NOME[1] > NOME[4]. Agora atenção. Vou
comparar Ana com Maria. Ana é > que
Maria? Não. Não é realizada nenhuma
troca.

Volta para PARA J DE (I+1) ATÉ 4 FAÇA. Já


chegou a 4. Então sai do PARA J e volta
para o PARA I, agora o I vale 2.

Entra novamente no PARA J DE (I+1) ATE 4


FAÇA.}

I=2
J=I+1 = 3

{Então será fi xa; fi xar a posição 2 e


comparar com o restante do vetor a
partir da posição 3.

Se NOME[2] > NOME[3] então. É verdade?


Marcos é > José? Sim. Então realiza a
troca.}

O vetor fica assim agora:

NOME Ana José Marcos Maria


I 1 2 3 4

{Volta para o PARA J DE (I+1) ATÉ 4 FAÇA.


Entra no SE e compara NOME[2]>NOME[4].
Não. Não é realizada troca.

PARA J já chegou a 4. Então pára! E vai


para o PARA I novamente. O I já chegou
a 4? Não. O I estava valendo 2 e agora
passa a valer 3.}

184

logica_2_livro_caderno.indb 184 7/12/2006 14:21:17


Lógica de Programação II

Entra no PARA J novamente:


I=3
J=I+1=4
{Vou comparar NOME[3]>NOME[4], Marcos é >
Maria? Não. Então não troca.

O PARA J já está em 4. Volta para o PARA


I.}

I=4
J=I+1=5.

{Não entra no PARA J porque já


ultrapassou o limite 4. Volta para o PARA
I. Agora o I já chegou a 4.}

Observe que o vetor exemplo ficou


ordenado.

NOME Ana José Marcos Maria


I 1 2 3 4

Fim Para
Fim Para

Unidade 4 185

logica_2_livro_caderno.indb 185 7/12/2006 14:21:17


Universidade do Sul de Santa Catarina

Pesquisa

Seqüencial ou Linear

1) Dados desordenados – Pesquisa Linear Simples

{Este algoritmo representa a forma mais básica de


consulta a um grupo de dados; seria o equivalente à
leitura de um livro em procura de uma determinada
palavra; você pode imaginar como isso é trabalhoso
não?}

a,n,i: numérico

{A variável a representa o número procurado}


{A variável n representa o número de valores
armazenados}

Início

Leia (a, n)

{Primeiramente, é preciso preencher o vetor com os


valores; para isso, usamos um laço que pede para o
usuário digitar cada um dos valores}

Para i de 1 até n faça


Leia ( x[ i ] )
Fim Para

{Abaixo posicionamos nossa variável auxiliar i na


primeira posição do vetor e então desenvolvemos um
laço à procura do primeiro valor que corresponder ao
valor procurado}

i ← 1
Enquanto (i<=n) E (x[i]<>a) faça
i ← i + 1
Fim Enquanto

{A seguir, verificamos se o nosso ponteiro está


direcionado para uma posição no vetor; se ele
estiver apontando para o fi nal, quer dizer que
não encontramos nenhum valor correspondente; se
estiver no meio, esta corresponde à posição do vetor
procurado.}

Se i > n então
Escreva (“Não encontrou”)
Senão
Escreva (“Encontrou na posição : “, i)
Fim Se
Fim.

186

logica_2_livro_caderno.indb 186 7/12/2006 14:21:17


Lógica de Programação II

2) Dados Ordenados - Pesquisa Binária (para vetores grandes)

{O exemplo abaixo se refere à Pesquisa Binária para


números inteiros, mas o método pode ser aplicado para
tipo de valor, como real e literal.}

Algoritmo PesquisaBinaria
numeroPesquisa: numérico {número a ser
pesquisado}
n: numérico {quantidade de valores no vetor}
x: vetor[N] de numérico {vetor de tamanho “n” de
valores inteiros}
início, meio, fi nal, i: numérico

Início

{A idéia central deste método de pesquisa


é “dividir para conquistar”, isto é, sempre
perguntar “ao vetor” onde está o valor que estamos
procurando: se na metade da esquerda do vetor, ou
na metade da direita. De posse dessa informação,
nós “redefi nimos” o início e o fi m desse vetor e
passamos a ter agora a metade do vetor original,
via de regra, um “novo” vetor. A partir daí o
processo continua, sempre descobrindo em que
metade o valor está (e redefi nindo início e fi m
do vetor sucessivamente), até que o valor seja
encontrado, ou não seja mais possível dividir o
vetor; neste último caso, significa que o valor não
estava no vetor.
Este método é especialmente utilizado em vetores
GRANDES. Como vimos acima, a vantagem é que a
cada iteração o tamanho do vetor passa a ter
a metade do anterior, e assim sucessivamente,
diminuindo, desse modo, o tempo de processamento.}

{Leitura do número a ser pesquisado e do tamanho


do vetor}

Leia (numeroPesquisa , N)

{Leitura dos valores do vetor}

Para i de 1 até N faça


Leia ( x [ i ] )
Fim Para

{O início e o fi nal neste ponto representam o


tamanho original do vetor}

Início ← 1
fi nal ← N
Enquanto (início <= fi nal) faça

Unidade 4 187

logica_2_livro_caderno.indb 187 7/12/2006 14:21:18


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Descobrimos qual é o “meio” do vetor}

meio ← (início + fi nal)/2

{Perguntamos se o número a ser pesquisado está


na metade da esquerda ou da direita do vetor
original (ou do passo anterior)}

Se (numeroPesquisa < x[meio] ) então

{O número está na metade esquerda,


“redefi no” o fi nal}

Final ← meio - 1
Senão
Se (numeroPesquisa > x[meio] ) então

{O número está na metade direita,


“redefi no” o início}

Início ← fi nal + 1
Senão

{Nesta opção, o número foi encontrado,


então atribuímos à variável início um
valor tal, para que o laço TERMINE de
“girar”}
Início ← fi nal + 1 {artifício para
interromper o laço}

Fim Se
Fim Se
Fim enquanto

{Se saímos do laço e x[meio] é diferente do


numeroPesquisa, então NÃO encontramos, senão...
(x[meio] é igual a numeroPesquisa, então
ENCONTRAMOS}

Se (x[meio] <> numeroPesquisa) então


Escreva (“Não Encontrou”)
Senão
Escreva (“Encontrou na posição : “, meio)
Fim Se
Fim

188

logica_2_livro_caderno.indb 188 7/12/2006 14:21:18


Lógica de Programação II

Atividades propostas

1) Faça um algoritmo para ler um vetor X com N elemento. Leia um valor


A qualquer. Verifique se este valor pertence ao vetor. Se pertencer,
mostre uma mensagem na tela. E informe quantas vezes ele aparece e
em quais posições. Caso não exista, escreva uma mensagem.

Unidade 4 189

logica_2_livro_caderno.indb 189 7/12/2006 14:21:18


Universidade do Sul de Santa Catarina

2) Faça um algoritmo para ler um vetor com 500 valores inteiros e verificar
se um determinado valor “N” está ou não dentro dele. Escreva uma
mensagem dizendo se encontrou ou não o valor.

190

logica_2_livro_caderno.indb 190 7/12/2006 14:21:18


5
UNIDADE 5

Programação estruturada

Objetivos de aprendizagem
 Entender os conceitos de programação estruturada.

 Aplicar modularização aos algoritmos.

logica_2_livro_caderno.indb 191 7/12/2006 14:21:18


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de conversa


A realização de uma determinada tarefa muitas vezes é
decomposta em seqüências de passos. Lembre-se da tarefa de
trocar uma lâmpada: existe uma série de passos que devem ser
seguidos.

Conforme uma tarefa cresce e se torna mais complexa, surge


uma série de situações a serem resolvidas para que esse problema
possa ser solucionado. Podemos dizer que passamos a ter dentro
deste problema uma série de “probleminhas”. Muitas vezes,
essa grande quantidade de probleminhas afeta a legibilidade
(clareza), fazendo com que uma consulta ou manutenção futura
dessa lógica seja uma tarefa difícil de se realizar. Por meio da
modularização é possível evitar isso, como também podemos
reutilizar esse probleminha descrito em uma outra tarefa.

Portanto, modularizar é quebrar um problema em pequenas


partes, sendo que cada uma dessas partes será responsável pela
realização de uma etapa do problema.

Exemplos resolvidos

1) Dada uma frase, faça uma FUNÇÃO que verifique se existe


alguma palavra com mais de 7 caracteres. Considere que cada
palavra é separada da outra por, no mínimo, um espaço em branco.

Função ExistePalavraMaiorQueSete(Frase: literal):


lógico

K, TamPalavra: numérico

{Observe que “Frase” é o parâmetro da função e


ExistePalavraMaiorQueSete é o próprio nome da
função que retorna Verdadeiro ou Falso}

Início

{Partimos do princípio de que NÃO existe Palavra


com tamanho maior que 7 (sete)}

ExistePalavraMaiorQueSete ← Falso

192

logica_2_livro_caderno.indb 192 7/12/2006 14:21:18


Lógica de Programação II

{Artifício identificar o fi nal da frase, neste caso


a frase está terminando com os caracteres “ $”
(espaço e cifrão) }

Frase ← Frase + “ $”
K ← 0

{Vale lembrar que um literal pode ser manipulado


como um VETOR de caracteres, iniciando na posição
0(zero)}

TamPalavra ← 0
Enquanto (NÃO ExistePalavraMaiorQueSete) e
(Frase[K] <> “$”) faça

{Se o caractere da posição K for diferente de


um espaço em branco, estamos assumindo que ele
está fazendo parte de uma palavra, por isso
incrementamos a variável TamPalavra que guarda
esta informação}

Se Frase[K] <> “ “ Então


TamPalavra ← TamPalavra + 1
Senão

{Neste ponto a palavra terminou e, então,


precisamos testar e seu tamanho}

Se TamPalavra > 7 Então

{Se a palavra for maior que sete,


já temos nosso resultado, por isso
atribuímos “Verdadeiro” à variável para
que o laço termine}

ExistePalavraMaiorQueSete ← Verdadeiro
Senão

{Neste ponto precisamos “zerar” a


variável que guarda o tamanho da
palavra, para começar a contar o
tamanho de outra, visto que essa, neste
ponto, não tem tamanho maior que 7(set(}

TamPalavra ← 0
Fim Se
Fim Se

{Incrementamos a variável K para acessar o


próximo caractere da frase}

K ← K + 1
Fim Enquanto
Fim

Unidade 5 193

logica_2_livro_caderno.indb 193 7/12/2006 14:21:19


Universidade do Sul de Santa Catarina

2) Faça um programa para ler o nome e salário bruto de N


funcionários. Calcule e imprima o valor do desconto do INSS,
o valor de desconto do IRRF (se houver) e o valor do salário
líquido do funcionário. Escreva uma função para retornar o valor
de desconto do INSS e outra função para retornar o valor de
desconto do IRRF.

Tabela de Desconto do INSS


SALÁRIO BRUTO % DE DESCONTO
Até R$ 429,00 7,65 %
De R$ 429,01 até R$ 540,00 8,65 %
De R$ 540,01 até R$ 715,00 9,00 %
De R$ 715,01 até R$ 1.430,00 11,00 %
Acima de R$ 1430,00 R$ 157,00 (teto de contribuição)

Tabela de Desconto do IRFF


SALÁRIO BRUTO % DE DESCONTO
Até R$ 1.058,00 Isento
De R$ 1.059,00 a R$ 2.115,00 15%
Acima R$ 2.115,00 27,5%

{Programa Principal; neste, precisamos apenas das


chamadas para as funções}

Algoritmo salário

SalBruto, NumDeFunc,
DescINSS, DescIRRF, SalLiq: numérico

Início
Leia (SalarioBruto)
Leia (NumDeFunc)

DescINSS  CalculaINSS(SalarioBruto)
DescIRRF  CalculaIRRF (SalarioBruto)
SalLiq = SalarioBruto – DescINSS – DescIRRF
Escreva (“O salário Liquido é:”, SalLiq)
Fim

194

logica_2_livro_caderno.indb 194 7/12/2006 14:21:19


Lógica de Programação II

{Esta é a função para calcular o valor do desconto de


IRRF}

Função CalculaIRRF (SalarioBruto:Numérico) :numérico


Início
Se SalarioBruto <= 1058 então
DescIRRF = 0
Senão
Se SalarioBruto <= 2115 então
DescIRRF = SalarioBruto * 0,15
Senão
DescIRRF = SalarioBruto * 0,275
Fim Se
Fim Se
Retorna DescIRRF
Fim

{Esta é a função para calcular o valor do desconto de


INSS}

Função CalculaINSS(SalarioBruto:Numérico) :numérico


Início
Se SalarioBruto <= 429 então
DescINSS = SalarioBruto * 0,0765
Senão
SE SalarioBruto <= 540 então
DescINSS = SalarioBruto * 0,0865
Senão
SE SalarioBruto <= 715 então
DescINSS = SalarioBruto * 0,0900
Senão
SE SalarioBruto < 1.430 então
DescINSS = SalarioBruto * 0,1100
Senão
DescINSS = 157,00
Fim SE
Fim Se
Fim Se
Fim Se
Retorna DescINSS
Fim

Unidade 5 195

logica_2_livro_caderno.indb 195 7/12/2006 14:21:19


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades propostas

1) Você estudou, em nossa disciplina, modularização ou sub-rotinas


e descobriu que uma função é dita como sendo uma sub-rotina ou
módulo do algoritmo principal. A partir do “exemplo supermercado”
abaixo, faça uma função chamada CALCDESCONTO que receba como
parâmetro o código de um produto e seu valor. Esta função deve
retornar o novo valor do produto, com as seguintes regras:
 caso o produto tenha o código “ABC”, será concedido um desconto
de 4,5% (quatro e meio por cento);
 caso o produto tenha o código “XYZ”, será concedido um desconto
de 6,5% (seis e meio por cento), se o valor da mercadoria for inferior
a R$ 85,00 (oitenta e cinco reais);
 caso o produto não se enquadre em nenhum desses códigos, ele não
receberá desconto;

Exemplo supermercado:
Um cliente foi a um supermercado e comprou N produtos, sendo
informado que, dependendo do código do produto, ele receberia
um desconto. Faça um algoritmo pedindo que o usuário digite as
informações de N produtos: seu valor e o seu código. Após a digitação,
mostre na tela, o valor total que foi pago pelo cliente, considerando os
possíveis descontos (utilize a função CALCDESCONTO neste algoritmo).

196

logica_2_livro_caderno.indb 196 7/12/2006 14:21:19


Lógica de Programação II

2) Faça uma função chamada EhPrimo que receba um valor e retorne


1, caso o número seja primo, ou 0, em caso contrário. Um número N
é primo quando não é divisível por nenhum valor (exceto 1) até N/2.
Quando se encontrar um valor pelo qual N é divisível, a função pode
parar a busca e considerar o número não primo.

3) Faça um programa que calcule a área e o perímetro do retângulo.


Modularize esse programa, ou seja, divida-o em funções
adequadamente.

Unidade 5 197

logica_2_livro_caderno.indb 197 7/12/2006 14:21:19


logica_2_livro_caderno.indb 198 7/12/2006 14:21:19
Respostas e comentários das
atividades de auto-avaliação

Unidade 1
1) Analise o algoritmo abaixo e mostre o desenvolvimento do
mesmo mediante teste de mesa.

Algoritmo Teste

Var
I:numérico
V: Vetor[5] numérico
Início
Para I de 1 até 5 faça
V[I] ← I+1
Fim Para
V[3] ← V[1]+V[5]
V[5] ← V[V[2]]
Para I de 1 até 5 faça
Escreva (V[I])
Fim Para
Fim

Resposta:

I=1 I=2 I=3 I=4 I=5


V[1] = 2 V[2] = 3 V[3] = 4 V[4] = 5 V[5] = 6

V[3] = 2 + 6 = 8
V[5] = V[V[2]] = V[3] = 4

I=1 I=2 I=3 I=4 I=5


V[1] = 2 V[2] = 3 V[3] = 8 V[4] = 5 V[5] = 4

logica_2_livro_caderno.indb 199 7/12/2006 14:21:19


Universidade do Sul de Santa Catarina

2) Escreva um algoritmo que leia um vetor de 13 elementos inteiros, que


é o Gabarito de um teste da loteria esportiva, contendo os valores
1 (coluna 1), 2 (coluna 2) e 3 (coluna do meio). Leia, a seguir, para
cada apostador, o número do seu cartão e um vetor de Respostas
de 13 posições. Verifique para cada apostador o número de acertos,
comparando o vetor de Gabarito com o vetor de Respostas. Escreva o
número do apostador e o número de acertos. Se o apostador tiver 13
acertos, mostre a mensagem “Ganhador”.
Resposta:

Algoritmo loteriaesportiva

Var
Gabarito, Respostas: Vetor[13] numérico
NROCARTAO, CONTACERTOS, I : numérico
Início
Escrever (“Informe o gabarito do jogo”)
Para I de 1 até 13 faça
Escreva(“1= COLUNA1, 2= COLUNA2, 3= COLUNA DO
MEIO”)
Leia (Gabarito[I])
Fim Para
Escrever (“Informe o número do cartão:”)
Leia (NROCARTAO)

CONTACERTOS ← 0
Escrever (“Informe as 13 posições do jogo”)
Para I de 1 até 13 faça
Escreva(“1= COLUNA1, 2= COLUNA2, 3= COLUNA DO
MEIO”)
Leia (RESPOSTAS[I])
Se (RESPOSTAS[I] = GABARITO[I]) então
CONTACERTOS ← CONTACERTOS + 1
Fim Se
Fim Para

Escrever (“Número do cartão = “, NROCARTAO)


Escrever (“Número de acertos = “, CONTACERTOS)
Se (CONTACERTOS=13) então
Escreva (“VENCEDOR”)
Fim Se
Fim

3) Escreva um algoritmo que leia um vetor de 20 posições e mostre-o. Em


seguida, troque o primeiro elemento com o último, o segundo com o
penúltimo, o terceiro com o antepenúltimo, e assim sucessivamente.
Mostre o novo vetor depois da troca.

200

logica_2_livro_caderno.indb 200 7/12/2006 14:21:20


Lógica de Programação II

Resposta :
Algoritmo TROCA_TROCA

Var
V : VETOR[20] numérico
AUX, I, J : numérico
Início
Escreva (“INFORME 20 VALORES”)
Para I de 1 até 20 faça
Leia (V[I])
Fim Para

I ← 1
J ← 20
repita
AUX ← V[I]
V[I] ← V[J]
V[J] ← AUX
I ← I + 1
J ← J – 1
Até (J<=I)

Para I de 1 até 20 faça


Escrever (V[I])
Fim Para
Fim

4) Faça um algoritmo que leia um vetor (A) de 100 posições. Em seguida,


compacte o vetor, retirando os valores nulos e negativos. Coloque o
resultado no vetor B.
Resposta:
Algoritmo Compacto

Var
A, B : Vetor[100] numérico
I, J : numérico
Início
Escreva (“Informe 100 valores”)
Para I de 1 até 100 faça
Leia (A[I])
Fim Para

J ← 1
Para I de 1 até 100 faça
Se (A[I] > 0) então
B[J] ← A[I]
J ← J + 1
Fim se
Fim Para
I ← 1

Enquanto (I<J) faça


Escreva (B[I])
I ← I + 1
Fim enquanto
Fim

201

logica_2_livro_caderno.indb 201 7/12/2006 14:21:20


Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 2
1) Considere a matriz M:
O Q * I
E * E S
R E U T
A * * S

Agora responda: qual será a sua configuração após a execução do


algoritmo a seguir?
Algoritmo Matriz

Variáveis
I,J: numérico
M: Matriz[4x4] literal
Aux: literal
Início
Para I de 1 até 4 faça
Para J de 1 até 4 faça
Ler (M[I,J])
Fimpara
Fimpara
Para I de 1 até 4 faça
Para J de I+1 até 4 faça
Aux ← M[I,J]
M[I,J] ← M[J,I]
M[J,I] ← Aux
Fimpara
Fimpara
Aux ← M[1,1]
M[1,1] ← M[4,4]
M[4,4] ← Aux
Aux ← M[2,2]
M[2,2] ← M[3,3]
M[3,3] ← Aux
Fim

Resposta:

I = 1 I = 1 I = 1
J = 2 J = 3 J = 4
AUX  M[1,2] (Q) AUX  M[1,3] (*) AUX  M[1,4] (I)
M[1,2]  M[2,1] (E) M[1,3]  M[3,1] (R) M[1,4]  M[4,1] (A)
M[2,1]  AUX (Q) M[3,1]  AUX (*) M[4,1]  AUX (I)

I = 2 I = 2
J = 3 J = 4
AUX  M[2,3] (E) AUX  M[2,4] (S)
M[2,3]  M[3,2] (E) M[2,4]  M[4,2] (*)
M[3,2]  AUX (E) M[4,2]  AUX (S)

I = 3 I = 4
J = 4 J = 5
AUX  M[3,4] (T) NADA ACONTECE
M[3,4]  M[4,3] (*)
M[4,3]  AUX (T)

202

logica_2_livro_caderno.indb 202 7/12/2006 14:21:20


Lógica de Programação II

AUX  M[1,1] (O)


M[1,1]  M[4,4] (S)
M[4,4]  AUX (O)

AUX  M[2,2] (*)


M[2,2]  M[3,3] (U)
M[3,3]  AUX (*)

Configuração final:
S E R A
Q U E *
* E * *
I S T O

2) Escreva um algoritmo que lê uma matriz M (12,13) e divida todos os


13 elementos de cada uma das 12 linhas de M pelo maior elemento
daquela linha. Escreva a matriz lida e a modificada.
Resposta:
Algoritmo Matriz1

Variáveis
M : MATRIZ[12,13] numérico
MAIOR : numérico
I, J: numérico
Início
Para I de 1 até 12 faça
Para J de 1 até 13 faça
Escreva (“Informe o valor de M[“,I, “,”,J, “]:”)
Leia (M[I,J])
Fim Para
Fim Para

Para I de 1 até 12 faça


MAIOR  M[I,1]
Para J de 2 até 13 faça
Se (M[I,J] > MAIOR então
MAIOR  M[I,J]
Fim se
Fim Para
Para J de 1 até 13 faça
M[I,J]  M[I,J] / MAIOR
Fim Para
Fim Para

Para I de 1 até 12 faça


Para J de 1 até 13 faça
Escreva (‘M[‘ ,I, ‘,’ J ,’]=’)
Escreva (M[I,J])
Fim Para
Fim Para
Fim

203

logica_2_livro_caderno.indb 203 7/12/2006 14:21:20


Universidade do Sul de Santa Catarina

3) Elabore um algoritmo que lê uma matriz M(6x6) contendo valores reais,


e um valor A, do tipo inteiro. Multiplicar M por A, armazenando os
valores resultantes em vetor. Escreva o vetor ao final.
Resposta:
Algoritmo Matriz2

Variáveis
M : MATRIZ[6,6] numérico
V : VETOR [36] numérico
A : numérico
K, I, J: numérico
Início
Escrever (“Informe um valor inteiro”)
Leia(A)
Para I de 1 até 6 faça
Para J de 1 até 6 faça
Leia (M[I,J])
Fim para
Fim para
K  1
Para I de 1 até 6 faça
Para J de 1 até 6 faça
V[K]  M[I,J] * A
Escreva (V[K])
K  K + 1
Fim Para
Fim Para
Fim

4) Troque, a seguir:

a) a linha 2 pela linha 8;


b) a coluna 4 pela coluna 10;
c) a diagonal principal pela diagonal secundária;
d) a linha 5 pela coluna 10.
Escreva a matriz assim modificada (diagonal principal e diagonal
secundária).

Principal Secundária
X X
X X
X X
X X

Resposta:

204

logica_2_livro_caderno.indb 204 7/12/2006 14:21:21


Lógica de Programação II

Algoritmo Matriz3

Var
M : MATRIZ[10,10] numérico
AUX, C, K, I, J: numérico
Início
Para I de 1 até 10 faça
Para J de 1 até 10 faça
Leia (M[I,J])
Fim Para
Fim para

{Troca a linha 2 pela linha 8}

Para J de 1 até 10 faça


AUX  M[2,J]
M[2,J]  M[8,J]
M[8,J]  AUX
Fim Para

{Troca a coluna 4 pela coluna 10}

Para I de 1 até 10 faça


AUX  M[I,4]
M[I,4]  M[I,10]
M[I,10]  AUX
Fim Para

{Troca a linha 5 pela coluna 10}

Para K de 1 até 10 faça


AUX  M[5,K]
M[5,K]  M[K,10]
M[K,10]  AUX
Fim Para

{Troca a diagonal principal pela diagonal


secundária}

I  1
J  1
K  10
Repita
AUX  M[I,C]
M[I,C]  M[I,K]
M[I,K]  AUX
I  I + 1
J  J + 1
K  K – 1
Até (I>10 E J >10 E K <1)

Para I de 1 até 10 faça


Para J de 1 até 10 faça
Escrever (M[I,J])
Fim para
Fim Para
Fim

205

logica_2_livro_caderno.indb 205 7/12/2006 14:21:21


Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 3

1) Utilizando os conceitos de vetor e registro, estudados nas unidades 1 e


3 respectivamente, faça um algoritmo para ler nome, salário, endereço
e sexo de 200 funcionários e armazene estas informações na memória.
Após a leitura, escreva na tela:
a) quantas mulheres possuem salário maior que R$ 1.000,00;
b) qual o maior salário entre os funcionários homens;
c) a média salarial.

Resposta:
Algoritmo RelatorioSalarial

Tipo TFUNC
NOME, END, SEXO : literal
SALÁRIO : numérico

Var
FUNC : vetor [200] TFUNC
I, TOTALMUL,
MAIORSAL, MEDIASAL : numérico

Início
{leitura dos dados}

Para I de 1 até 200 faça


Escreva “Digite o nome”
Leia FUNC[I].NOME
Escreva “Digite o endereço”
Leia FUNC[I].END
Escreva “Digite o sexo”
Leia FUNC[I].SEXO
Escreva “Digite o salário”
Leia FUNC[I].SALÁRIO
Fim para

{Letra A}

TOTALMUL0
Para I de 1 até 200 faça
Se (FUNC[I].SEXO=”F”) E (FUNC[I].
SALARIO>1000) então
TOTMULTOTMUL + 1
Fim se
Fim Para

206

logica_2_livro_caderno.indb 206 7/12/2006 14:21:21


Lógica de Programação II

{Letra B}

MAIORSAL0
Para I de 1 até 200 faça
Se (FUNC[I].SEXO=”M”)E(FUNC[I].
SALARIO>MAIORSAL) então
MAIORSALFUNC[I].SALARIO
Fim se
Fim Para

{Letra C}

MEDIASAL0
Para I de 1 até 200 faça
MEDIASALMEDIASAL+ FUNC[I].SALARIO
Fim Para

MEDIASALMEDIASAL/200

{Saída dos dados}

Escreva (“Total de mulheres com mais de R$


1.000,00 : “, TOTALMUL)
Escreva “Maior salário dos homens : “, MAIORSAL
Escreva “Média Salarial : “, MEDIASAL
Fim

2) Monte um algoritmo para cadastrar dados pessoais de 100 candidatos a


uma vaga de engenheiro de um sistema de administração de currículos.
Os dados pessoais são: nome, endereço, cidade, estado, telefone,
grau de escolaridade (1-Graduação, 2-Pós-graduação, 3-Mestrado, 4-
Doutorado) e curso em que se formou. Depois da leitura, imprima uma
relação dos candidatos que tenham grau de pós-graduação ou superior
e que residam em SC. Os campos do relatório devem ser: nome, cidade,
telefone, grau de escolaridade e curso de formação.
Resposta:
Algoritmo PesquisaCandidatos

Var

{Defi nição do registro}

tipo CADASTRO : registro


NOME: literal {Nome do Candidato}
ENDERECO: literal {Endereço}
CIDADE: literal {Cidade}
UF: literal {Unidade da Federação}
FONE: literal {Telefone}
GRAU : numérico {Grau de Escolaridade}
CURSO : literal {Nome do Curso}
Fim-registro

207

logica_2_livro_caderno.indb 207 7/12/2006 14:21:21


Universidade do Sul de Santa Catarina

{Declaração das variáveis}


CANDIDATOS : vetor[100] CADASTRO
K : numérico {Contador}

Início
{Leitura dos dados cadastrais}

Para K de 1 até 100 passo 1 faça


Leia (CANDIDATOS[K].NOME)
Leia (CANDIDATOS[K].ENDERECO)
Leia (CANDIDATOS[K].CIDADE)
Leia (CANDIDATOS[K].UF)
Leia (CANDIDATOS[K].FONE)
Leia (CANDIDATOS[K].GRAU)
Leia (CANDIDATOS[K].CURSO)
Fim Para

{Processamento}

Para K de 1 até 100 passo 1 faça


Se (CANDIDATOS[K].UF=“SC”)E(CANDIDATOS[K].
GRAU > 1) Então
Escreva (CANDIDATOS[K].NOME)
Escreva (CANDIDATOS[K].ENDEREÇO)
Escreva (CANDIDATOS[K].CIDADE)
Escreva (CANDIDATOS[K].UF)
Escreva (CANDIDATOS[K].FONE)
Escreva (CANDIDATOS[K].GRAU)
Escreva (CANDIDATOS[K].CURSO)
Fim Se
Fim Para
Fim

208

logica_2_livro_caderno.indb 208 7/12/2006 14:21:22


Lógica de Programação II

3) Faça um algoritmo que receba as informações sobre determinado


acervo de filmes, título, gênero, autor, duração e sinopse. Além disso,
imprima uma relação de filmes por gênero. Considere que a Pinacoteca
tem 3.500 Filmes.
Resposta:
Algoritmo Acervo

tipo Filme = registro


Título: literal
Gênero: literal
Autor: Literal
Duração: numérico
Sinopse: literal
fi m-registro

Acervo : Vetor [3500] Filme


Generodesejado: literal
contador : numérico

Início
Para contador de 1 até 3500 faça
Leia Acervo[contador].Título
Leia Acervo[contador].Genero
Leia Acervo[contador].Autor
Leia Acervo[contador].Duracao
Leia Acervo[contador].Sinopse
Fim Para

Escreva (“Deseja pesquisar algum gênero?”)


Leia (Generodesejado)
Enquanto Genero = “sim” faça
Para contador de 1 até 3500 faça
Se Acervo[contador].Genero =
Generodesejado
Escreva Acervo[contador].
Título
Escreva Acervo[contador].
Genero
Escreva Acervo[contador].
Autor
Escreva Acervo[contador].
Duracao
Escreva Acervo[contador].
Sinopse
Fim Se
Fim Para
Escreva (“Deseja mais algum gênero?”)
Leia (Generodesejado )
Fim Enquanto
Fim.

209

logica_2_livro_caderno.indb 209 7/12/2006 14:21:22


Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 4

1) Faça um algoritmo para ler um vetor X com N elemento. Leia um valor


A qualquer. Verifique se este valor pertence ao vetor. Se pertencer,
mostre uma mensagem na tela. E informe quantas vezes ele aparece e
em quais posições. Caso não exista, escreva uma mensagem.
Resposta:
Algoritmo EncontraValor

Var
X, Posicoes: vetor[9999] numérico
K, N, cont: numérico

Inicio

{Leitura dos valores do vetor}

Leia (“Digite o total de valores do vetor: ”,N)


Para I de 1 até N faça
Leia(X[I])
Fim Para

{Leitura do valor a ser pesquisado}

Leia (K)

{Processamento – Encontrar o valor}


{Considerarmos inicialmente que NÃO
encontraremos o valor}

cont ← 0
Para I de 1 até N faça
Se (X[I] = K) então {pesquisando o valor no
vetor}
Posicoes[cont] ← I {guardando a
posição onde o valor se encontra}
cont ← cont + 1
Fim Se
Fim Para

Se cont = 0 então
Escreva (“Valor não encontrado.”)
Senão

{Escrever quantas vezes o valor aparece no


vetor}

Escreva (“Valor encontrado. Ele aparece


“,cont,” vezes no vetor X”)

{Escrever as posições em que o valor


aparece no vetor}

Para I de 1 até cont faça


Escreva(Posicoes[I])
Fim Para
Fim Se
Fim.

210

logica_2_livro_caderno.indb 210 7/12/2006 14:21:22


Lógica de Programação II

2) Faça um algoritmo para ler um vetor com 500 valores inteiros e verificar
se um determinado valor “N” está ou não dentro dele. Escreva uma
mensagem dizendo se encontrou ou não o valor.
Resposta:
Algoritmo EncontraValor

Algoritmo EncontraValor
Var
Números: vetor[500] numérico
K, N: numérico
Encontrou: lógico
Início

{Leitura dos valores do vetor}

Para K de 1 até 500 faça


Leia(Numeros[K])
Fim Para

{Leitura do valor a ser pesquisado}

Leia (N)

{Processamento – Encontrar o valor}


{Considerarmos inicialmente que NÃO
encontraremos o valor}

Encontrou ← Falso

K ← 1
Enquanto (Não Encontrou) e (K < 500) faça
Encontrou ← Numeros[K] = N
K ← K + 1
Fim Enquanto

{Precisamos decidir porque o laço terminou e


isso nos garante a resposta.}

Se Encontrou então
Escreva(“O número “ + N + “ foi encontrado”)
Senão
Escreva(“O número “ + N + “ Não foi
encontrado”)
Fim Se
Fim

211

logica_2_livro_caderno.indb 211 7/12/2006 14:21:22


Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 5

1) Você estudou, em nossa disciplina, modularização ou sub-rotinas


e descobriu que uma função é dita como sendo uma sub-rotina ou
módulo do algoritmo principal. A partir do “exemplo supermercado”
abaixo, faça uma função chamada CALCDESCONTO que receba como
parâmetro o código de um produto e seu valor. Esta função deve
retornar o novo valor do produto, com as seguintes regras:
 caso o produto tenha o código “ABC”, será concedido um desconto
de 4,5% (quatro e meio por cento);
 caso o produto tenha o código “XYZ”, será concedido um desconto
de 6,5% (seis e meio por cento), se o valor da mercadoria for inferior
a R$ 85,00 (oitenta e cinco reais);
 caso o produto não se enquadre em nenhum desses códigos, ele não
receberá desconto;

Exemplo supermercado:
Um cliente foi a um supermercado e comprou N produtos, sendo
informado que, dependendo do código do produto, ele receberia
um desconto. Faça um algoritmo pedindo que o usuário digite as
informações de N produtos: seu valor e o seu código. Após a digitação,
mostre na tela, o valor total que foi pago pelo cliente, considerando os
possíveis descontos (utilize a função CALCDESCONTO neste algoritmo).

Função CALCDESCONT (COD: literal, VALOR: numérico):


numérico
Var
NVALOR : numérico
Início
Se (COD=”ABC”) então
NVALOR ← VALOR – VALOR * 4.5/100
Senão
Se (COD=”XYZ”) E (VALOR<85.00) então
NVALOR ← VALOR – VALOR * 6.5/100
Senão
NVALOR ← VALOR
Fim Se
Fim Se
Retorne NVALOR
Fim

Algoritmo Supermercado
Var
N, TOTALPAGO, VALORPROD, CONT : numérico
CODPROD :
literal

212

logica_2_livro_caderno.indb 212 7/12/2006 14:21:22


Lógica de Programação II

Início
Escreva “Digite o total de produtos
comprado”
Leia N
TOTALPAGO ← 0
Para CONT de 1 até N faça

{Entrada dos dados}

Escreva “Digite o código do produto”


Leia CODPROD
Escreva “Digite o valor do produto”
Leia VALORPROD

{Chamando a função e levando de


parâmetro o código e o valor}

VALORPROD ← CALCDESCONTO (CODPROD,


VALORPROD)

{Acumulando valor de cada produto para,


ao fi nal, saber quanto o cliente pagou}

TOTALPAGO ← TOTALPAGO + VALORPROD


Fim Para
Escreva “O total pago pelo cliente na compra
dos “, N, “ produtos foi: “, TOTALPAGO
Fim

2) Faça uma função chamada EhPrimo que receba um valor e retorne


1, caso o número seja primo, ou 0, em caso contrário. Um número N
é primo quando não é divisível por nenhum valor (exceto 1) até N/2.
Quando se encontrar um valor pelo qual N é divisível, a função pode
parar a busca e considerar o número não primo.

Função EhPrimo (N: numérico) : numérico


Var
K, Fim : numérico
Início
EhPrimo ← 1 {Partimos do princípio de que o
número N é primo}
K ← 2
Fim ← N/2
Enquanto (RESTO(N,K) > 0) E (K < Fim) Faca
K ← K + 1
Fim Enquanto

{Ao sair do laço precisamos saber o motivo:


se foi porque encontrou um número divisível ou
porque chegou ao fi m do laço (K alcançou o valor
de N)}

Se (RESTO(N,K) = 0) Então
EhPrimo ← 0
Senão
EhPrimo ← 1
Fim Se
Retorne EhPrimo
Fim

213

logica_2_livro_caderno.indb 213 7/12/2006 14:21:23


Universidade do Sul de Santa Catarina

3) Faça um programa que calcule a área e o perímetro do retângulo.


Modularize esse programa, ou seja, divida-o em funções
adequadamente.

Algoritmo DadosDoRetangulo
Variáveis
LadoA, LadoB : numérico
Início
Leia (LadoA, LadoB)
Escreva (“A área retângulo é:”,CalculaArea(LadoA,
LadoB))
Escreva (“O perímetro é:”,CalculaPerimetro(Lado
A, LadoB))
Fim

Função CalculaArea (LA:numérico; LB:numérico) :


numérico
AreaTotal : numérico
Início
AreaTotal = (LA * LB)
Retorna AreaTotal
Fim.

Função CalculaPerimetro (A:numérico; B:numérico) :


numérico
Perimetro : numérico
Inicio
Perimetro = ((A * 2)+(B * 2))
Retorna Perimetro
Fim

214

logica_2_livro_caderno.indb 214 7/12/2006 14:21:23


Sobre os professores conteudistas

Patrícia Gerent Petry

Formada em Ciências da Computação pela Universidade


Federal de Santa Catarina, mestre em Ciências da
Computação, área Informática e Educação, pela Universidade
Federal de Santa Catarina, tendo como tema principal
de sua dissertação o Processo de Ensino e Aprendizagem
de Algoritmos. Atuou como professora substituta na
Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professora nas
instituições de ensino superior: Universidade do Vale do Itajaí
e Faculdades Barddal. Atualmente é Analista de Sistemas dos
Correios/SC e atua como professora na Universidade do Sul
de Santa Catarina desde 1998. Atuou por muitos anos nas
disciplinas de Programação I, Programação II, Laboratório de
Informática e Análise e Sistemas I dos cursos de Sistema de
Informação e Ciência da Computação, no ensino presencial da
Unisul. No ensino virtual, atua como tutora nas cadeiras de
Introdução à Internet, Lógica de Programação I e II do curso
de Tecnólogo em Web Design e Programação.

Elton João Gubert

É formado em Ciências da computação (UFSC) e é


especialista em Gestão empresarial (UFSC). Atua na empresa
Sistemas e Tecnologias de Informação Ltda, voltada para o
desenvolvimento de software para área de produção animal
de suínos e bovinos de confinamento. É professor do curso
de Ciências da Computação e Sistemas de Informação, nas
disciplinas de Linguagem Visual (Delphi), Técnicas de
Programação, Estruturas de Dados e Análise e Projetos
de Sistemas Orientados a Objetos. É professor do curso
Web Designer da UnisulVirtual (Ensino à Distancia).
Apresenta sólida atuação em desenvolvimento de sistemas
informatizados, baseada em atividades de análise de sistemas,

logica_2_livro_caderno.indb 215 7/12/2006 14:21:23


Universidade do Sul de Santa Catarina

projeto estruturado, programação, suporte a usuários. Além


disso, tem experiência em desenvolvimento de sistemas e
programação orientada a objetos.

Mário Gerson Miranda Magno Júnior

Formado em Ciências da Computação pela Universidade do


Vale do Itajaí, mestrando em Ciências da Linguagem pela
Universidade do Sul de Santa Catarina, é professor do ensino
superior e Consultor em Gerência de Projetos e Auditoria de
Tecnologia da Informação, com experiência reconhecida no
mercado nacional. É responsável, no ensino presencial, pelas
cadeiras de Tecnologia da Informação de Programação para
Engenharia e de Programação para Internet, respectivamente,
nos cursos de Engenharia de Telemática, Engenharia Civil e
Sistemas de Informação. No ensino virtual, atua como professor
tutor nas cadeiras de Lógica de Programação I e II do curso de
Tecnólogo em Web Design e Programação.

216

logica_2_livro_caderno.indb 216 7/12/2006 14:21:23

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